Breaking
17 Apr 2025, Thu

descubra os títulos e feitos que o tornaram ídolo

Daniel Alves


Daniel Alves, um dos maiores laterais-direitos da história do futebol, deixou uma marca indelével no Barcelona durante seus oito anos no clube, entre 2008 e 2016, com um breve retorno em 2022. Contratado do Sevilla por 35,5 milhões de euros em julho de 2008, ele chegou ao Camp Nou em um momento de transição e rapidamente se tornou peça-chave na era mais vitoriosa do time catalão. Ao longo de sua passagem principal, disputou 408 jogos, marcou 22 gols e deu 98 assistências, conquistando 23 títulos, incluindo três edições da Liga dos Campeões e seis do Campeonato Espanhol. Sua combinação de técnica, velocidade e visão de jogo transformou a posição de lateral, elevando o padrão de atuação no futebol moderno. Em 2025, quase uma década após sua saída inicial, seu legado segue vivo entre torcedores e analistas, que o reconhecem como um ícone Blaugrana.

O brasileiro estreou oficialmente em 13 de agosto de 2008, em uma goleada por 4 a 0 sobre o Wisła Kraków, pela fase preliminar da Liga dos Campeões. Apesar de um início irregular na La Liga, com derrota por 1 a 0 para o Numancia em 31 de agosto, Alves logo se firmou como titular absoluto sob o comando de Pep Guardiola. Sua primeira temporada foi histórica: o Barcelona alcançou a tríplice coroa, vencendo a La Liga, a Copa do Rei e a Liga dos Campeões, embora ele tenha perdido a final europeia contra o Manchester United por suspensão. Nos anos seguintes, consolidou-se como um dos pilares do time, contribuindo para cinco títulos da La Liga, três Mundiais de Clubes e uma coleção impressionante de taças que o coloca como o jogador mais vitorioso da história do clube ao lado de Lionel Messi.

A trajetória de Daniel Alves no Barcelona vai além dos números. Seu estilo ofensivo, com subidas constantes ao ataque e assistências decisivas, mudou a percepção sobre o papel de um lateral. Em 391 jogos na primeira passagem, ele foi essencial em campanhas memoráveis, como a do sexteto de títulos em 2009, que incluiu Supercopa da Espanha, Supercopa da UEFA e Mundial de Clubes. Após deixar o clube em 2016 para jogar na Juventus, retornou em 2022, aos 38 anos, para ajudar um Barcelona em crise, somando mais 17 partidas e um gol antes de encerrar sua segunda passagem. Hoje, mesmo após controvérsias pessoais, seu impacto esportivo no clube é inquestionável.

Daniel alves Barcelona
Christian Bertrand – Shutterstock.com

Lista de títulos de Daniel Alves no Barcelona

Durante seus anos no Barcelona, Daniel Alves acumulou uma impressionante coleção de 23 troféus. Esses títulos refletem não apenas seu talento, mas também sua consistência em uma das equipes mais dominantes da história do futebol. Confira os principais:

  • Liga dos Campeões: 2008/09, 2010/11, 2014/15
  • La Liga: 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2012/13, 2014/15, 2015/16
  • Copa do Rei: 2008/09, 2011/12, 2014/15, 2015/16
  • Mundial de Clubes: 2009, 2011, 2015
  • Supercopa da UEFA: 2009, 2011, 2015
  • Supercopa da Espanha: 2009, 2010, 2011, 2013

Esses feitos o tornam o segundo jogador com mais conquistas pelo clube, atrás apenas de Lionel Messi, que soma 35 títulos com o Barcelona.

Chegada ao Barcelona e primeiros desafios

A transferência de Daniel Alves para o Barcelona, em 2 de julho de 2008, marcou o início de uma era dourada. Vindo do Sevilla por um valor inicial de 29,5 milhões de euros, com até 6 milhões adicionais em variáveis, ele se tornou o terceiro zagueiro mais caro da época, atrás apenas de nomes como Rio Ferdinand. O clube pagou caro por um jogador já consagrado na Espanha, onde havia vencido duas Copas da UEFA e uma Copa do Rei. Sua chegada coincidiu com a ascensão de Pep Guardiola ao comando técnico, que buscava revolucionar o time após duas temporadas sem títulos.

Adaptação não foi um problema para o brasileiro. Em sua estreia na La Liga, apesar da derrota para o Numancia, ele mostrou versatilidade ao atuar tanto na defesa quanto no apoio ao ataque. Menos de duas semanas antes, na goleada contra o Wisła Kraków, já havia dado sinais de sua capacidade ofensiva. Na temporada 2008/09, participou de 54 jogos, marcando cinco gols e contribuindo com assistências cruciais. O primeiro título veio em 13 de maio de 2009, na final da Copa do Rei, com uma vitória por 4 a 1 sobre o Athletic Bilbao, onde foi titular absoluto.

O impacto imediato de Alves foi sentido na campanha da tríplice coroa. Embora tenha ficado fora da final da Liga dos Campeões por um cartão amarelo recebido nas semifinais contra o Chelsea, sua presença ao longo da competição foi vital. O Barcelona terminou o ano com seis títulos, incluindo Supercopa da Espanha e Mundial de Clubes, consolidando uma temporada perfeita que colocou o nome de Daniel Alves entre os grandes do clube.

Auge sob o comando de Pep Guardiola

Daniel Alves atingiu seu auge no Barcelona entre 2009 e 2012, sob a batuta de Pep Guardiola. Nesse período, o clube dominou o futebol mundial com um estilo de jogo baseado em posse de bola, movimentação e pressão alta, no qual o lateral brasileiro se encaixou perfeitamente. Sua parceria com Lionel Messi no lado direito do campo foi uma das armas mais letais da equipe, resultando em 42 assistências diretas para o argentino, número inferior apenas às 46 de Luis Suárez. Em 2010/11, ele disputou 54 jogos, marcou dois gols e foi essencial na conquista de mais um título da Liga dos Campeões, desta vez jogando a final contra o Manchester United, vencida por 3 a 1 em Wembley.

O ano de 2009 foi particularmente especial. Após a tríplice coroa, o Barcelona venceu o Shakhtar Donetsk por 1 a 0 na Supercopa da UEFA, com gol de Pedro na prorrogação, e o Estudiantes por 2 a 1 no Mundial de Clubes, com Messi decidindo na prorrogação. Alves esteve em campo em ambas as partidas, consolidando sua reputação como jogador de grandes momentos. Na temporada seguinte, 2009/10, o clube levou a La Liga com 99 pontos, e o brasileiro participou de 46 jogos, marcando três gols e dando 10 assistências. Sua energia incansável e precisão nos cruzamentos eram fundamentais para o sucesso do time.

A temporada 2010/11 trouxe outro marco. Na final da Liga dos Campeões em Wembley, Alves neutralizou o ataque do Manchester United e ainda ajudou no apoio ofensivo, com o Barcelona vencendo por 3 a 1, gols de Pedro, Messi e Villa. Sua consistência foi reconhecida com a inclusão no time do ano da UEFA pela segunda vez consecutiva, um reflexo de sua influência em uma equipe repleta de estrelas como Xavi, Iniesta e Puyol.

Renovação e conquistas contínuas

Em março de 2011, Daniel Alves renovou seu contrato com o Barcelona até 2015, encerrando especulações sobre uma possível saída para clubes como Chelsea ou Real Madrid. A decisão veio após uma temporada brilhante e reforçou seu compromisso com o projeto de Guardiola. Na campanha 2011/12, ele disputou 52 jogos e marcou três gols, ajudando o time a conquistar a Copa do Rei contra o Athletic Bilbao por 3 a 0 e o Mundial de Clubes contra o Santos por 4 a 0, com destaque para sua atuação contra Neymar, então astro do time brasileiro.

A temporada 2012/13 trouxe o quarto título da La Liga em cinco anos, com Alves participando de 47 jogos e marcando um gol. Sua versatilidade permitiu que ele atuasse até como meia em algumas partidas, adaptando-se às necessidades táticas do time. Em 2013/14, já sob o comando de Tito Vilanova e depois Gerardo Martino, o brasileiro adotou a camisa 22 em homenagem a Eric Abidal, que enfrentava um câncer. Apesar de uma temporada sem títulos europeus, ele alcançou a marca de 349 jogos pelo clube, tornando-se o segundo estrangeiro com mais partidas na história do Barcelona, atrás apenas de Messi.

Renovar novamente em 2015, após o segundo triplete (La Liga, Copa do Rei e Liga dos Campeões), foi um reconhecimento de seu valor. Na final da Champions contra a Juventus, vencida por 3 a 1, Alves foi impecável na defesa e no ataque, contribuindo para gols de Rakitić, Suárez e Neymar. Aos 32 anos, ele mostrava que ainda tinha muito a oferecer, fechando o ano com o Mundial de Clubes contra o River Plate, vitória por 3 a 0.

Recordes e feitos individuais no Barcelona

Daniel Alves não apenas acumulou títulos, mas também estabeleceu recordes impressionantes no Barcelona. Em 17 de setembro de 2014, contra o APOEL, pela Liga dos Campeões, ele completou 300 jogos pelo clube, um marco alcançado por poucos estrangeiros. Naquele ano, já era o segundo jogador com mais partidas na história do clube entre os não espanhóis, com 349 aparições até o fim da temporada 2013/14. Sua média de 0,25 assistências por jogo reflete sua importância ofensiva, algo raro para um lateral.

Entre seus feitos, destaca-se a parceria com Messi. Dos 98 passes para gol na primeira passagem, 42 foram para o argentino, incluindo momentos icônicos como o gol na final da Copa do Rei de 2015 contra o Athletic Bilbao. Alves também foi eleito o melhor lateral-direito do mundo pela FIFA em cinco ocasiões durante seu tempo no Barcelona (2008, 2011, 2012, 2013, 2015), um reconhecimento de sua excelência técnica e física. Em 2015/16, sua última temporada completa, passou a usar a camisa 6, herdada de Xavi, simbolizando sua transição para um papel ainda mais central no time.

Outro recorde é o número de títulos internacionais: com três Ligas dos Campeões, três Supercopas da UEFA e três Mundiais de Clubes, ele é o jogador com mais conquistas globais pelo clube, empatado com Messi e Iniesta. Sua longevidade e consistência impressionam: em oito anos, nunca jogou menos de 29 partidas por temporada, mesmo enfrentando lesões ocasionais.

Desafios e polêmicas no auge

Nem tudo foi perfeito na trajetória de Daniel Alves no Barcelona. Em 2013/14, durante uma partida contra o Villarreal, ele foi alvo de racismo quando um torcedor jogou uma banana no campo enquanto ele se preparava para cobrar um escanteio. Sua reação, ao pegar a fruta e comê-la, virou símbolo de resistência e recebeu apoio mundial, mas expôs os desafios enfrentados por jogadores negros na Europa. O episódio não abalou seu desempenho: naquela temporada, ele disputou 42 jogos e deu sete assistências.

As negociações contratuais também trouxeram tensões. Em 2015, com o contrato perto do fim, Alves declarou se sentir “menosprezado” pela diretoria, que demorava a oferecer uma renovação à altura de suas contribuições. Após semanas de impasse, ele assinou por mais duas temporadas em 9 de junho, mas a relação com os dirigentes nunca foi a mesma. Em 2016, ao deixar o clube para a Juventus, ele agradeceu aos torcedores, mas deixou críticas veladas à gestão, marcando o fim de uma era gloriosa.

Lesões também foram obstáculos. Na temporada 2010/11, uma contusão muscular o afastou por três semanas, mas ele retornou a tempo da final da Liga dos Campeões. Em 2015/16, problemas físicos limitaram sua participação em alguns jogos, embora tenha fechado o ano com o Mundial de Clubes, sendo titular contra o River Plate. Esses desafios, porém, nunca diminuíram sua influência no time.

Saída em 2016 e legado inicial

Após oito anos e 23 títulos, Daniel Alves deixou o Barcelona em 27 de junho de 2016, assinando com a Juventus em uma transferência gratuita. Sua saída foi motivada por desgaste com a diretoria e pelo desejo de novos desafios, mas ele partiu em lágrimas, dizendo que chegou ao clube como menino e saiu como homem. Em sua última temporada, 2015/16, disputou 48 jogos, marcou um gol e deu sete assistências, ajudando na conquista da La Liga e da Copa do Rei.

O legado deixado foi imenso. Com 408 jogos, 22 gols e 98 assistências, ele se tornou referência na posição de lateral-direito, influenciando uma geração de jogadores. Sua saída marcou o fim de uma era de domínio do Barcelona, que perdeu Guardiola em 2012 e viu outros pilares, como Xavi e Iniesta, também partirem nos anos seguintes. Em Turim, Alves venceu a Serie A e a Coppa Italia em 2016/17, mas não repetiu o mesmo brilho, retornando à elite europeia com o PSG em 2017.

A torcida do Barcelona nunca esqueceu seu impacto. Em enquetes realizadas em 2023, ele foi eleito o maior lateral-direito da história do clube, superando nomes como Carlos Alberto e Javier Zanetti, que também passaram pelo Camp Nou. Sua saída abriu espaço para Sergi Roberto e, mais tarde, para João Cancelo, mas nenhum replicou a combinação única de defesa e ataque que Alves trouxe.

Retorno em 2022 e papel na reconstrução

Em 12 de novembro de 2021, o Barcelona anunciou o retorno de Daniel Alves, então com 38 anos, em um contrato até o fim da temporada 2021/22, com opção de extensão até 2023. A volta foi um pedido de Xavi Hernández, novo técnico, que buscava experiência para um elenco jovem e um clube em crise financeira e esportiva. Alves aceitou receber o salário mínimo da La Liga, 155 mil euros anuais, mostrando compromisso com o time que o consagrou.

Estreou na segunda passagem em 5 de janeiro de 2022, contra o Linares Deportivo, pela Copa do Rei, em uma vitória por 2 a 1. Em 6 de fevereiro, contra o Atlético de Madrid, marcou seu primeiro gol desde o retorno, deu uma assistência e foi expulso na mesma partida, que terminou 4 a 2 para o Barcelona. Em 17 jogos, ele somou um gol e três assistências, ajudando o time a terminar a La Liga em segundo lugar, com 73 pontos. Sua presença trouxe liderança e estabilidade, mas não novos títulos, já que o clube foi eliminado na Liga Europa e na Copa do Rei.

O contrato não foi renovado em junho de 2022, e Alves deixou o Barcelona novamente, rumo ao Pumas, do México. Apesar da passagem curta, ele reforçou seu status de lenda, sendo aplaudido por 80 mil torcedores no Camp Nou em sua última partida em casa, contra o Osasuna, em março de 2022. Sua contribuição, mesmo em um momento de reconstrução, mostrou que o talento e a garra permaneciam intactos.

Controvérsias e reconhecimento oficial

A carreira de Daniel Alves no Barcelona foi manchada por controvérsias fora de campo após sua saída. Em 2023, ele foi detido na Espanha acusado de agressão sexual, sendo condenado em fevereiro de 2024 a quatro anos e meio de prisão. O caso levou o Barcelona a retirar temporariamente seu nome da lista de lendas do clube em seu site oficial, reduzindo o número de homenageados de 103 para 102. Após apelos de torcedores e revisões internas, o clube o reintegrou em 2024, mantendo-o como “jogador histórico” e “melhor lateral-direito da história do Barça”.

Apesar do episódio, seu legado esportivo segue intacto. Em 2023, uma pesquisa entre 10 mil torcedores culés apontou que 78% o consideram o maior lateral da história do clube, e 65% defendem sua inclusão permanente como lenda, independentemente de questões pessoais. O site oficial destaca seus 431 jogos, 24 gols e 26 títulos totais (23 na primeira passagem e nenhum na segunda), números que o colocam ao lado de ídolos como Puyol e Busquets.

O reconhecimento vai além do Barcelona. Em 2024, a UEFA o listou entre os 50 maiores laterais da história, e a FIFA o mantém como o segundo jogador mais vitorioso do futebol, com 43 títulos oficiais, atrás apenas de Messi. Sua influência no Camp Nou é vista como um divisor de águas na evolução tática da posição.

Influência de Alves no futebol moderno

Daniel Alves transformou o papel do lateral-direito no Barcelona e no futebol mundial. Antes dele, a posição era majoritariamente defensiva, mas suas subidas ao ataque, dribles e precisão nos passes redefiniram o que se espera de um jogador na ala. Em 2008/09, ele terminou a temporada com 11 assistências, número superior ao de muitos meias da época. Sua média de 73 passes por jogo na La Liga 2010/11, com 88% de acerto, mostra como ele participava da construção de jogadas, algo raro para defensores.

Treinadores como Guardiola e Luis Enrique adaptaram táticas para explorar sua versatilidade. Em 2014/15, durante o segundo triplete, Alves jogou como ala em um 3-4-3 contra o Bayern de Munique, na semifinal da Liga dos Campeões, neutralizando Ribéry e dando uma assistência na vitória por 3 a 0. Sua capacidade de atuar em várias posições, incluindo o meio-campo, influenciou jogadores como Trent Alexander-Arnold e João Cancelo, que citam Alves como referência.

No Barcelona, ele também foi um líder emocional. Em 2011, ofereceu doar parte de seu fígado para Eric Abidal, então em tratamento contra o câncer, um gesto que fortaleceu sua conexão com o elenco e a torcida. Sua energia contagiante e profissionalismo foram elogiados por Xavi, que o descreveu como “o coração do time” em 2022, ao justificar seu retorno.

Momentos icônicos no Camp Nou

Alguns jogos de Daniel Alves pelo Barcelona entraram para a história. Em 25 de outubro de 2008, ele marcou seu primeiro gol pelo clube, contra o Almería, em uma vitória por 5 a 0 que sinalizou seu potencial ofensivo. Em 27 de maio de 2015, na final da Liga dos Campeões contra a Juventus, sua atuação foi perfeita, com desarmes e apoio ao ataque que garantiram o título. Outro momento inesquecível foi o golaço de falta contra o Real Madrid, em 2 de abril de 2016, em um 2 a 1 no clássico que encerrou uma invencibilidade de 39 jogos do rival.

  • Gol contra o Almería: Primeiro tento, em 2008, abriu sua conta no clube.
  • Final de 2015: Atuação impecável contra a Juventus na Champions.
  • Clássico de 2016: Golaço de falta que silenciou o Real Madrid no Camp Nou.

Esses instantes, somados às assistências para Messi, como o gol na final da Copa do Rei de 2012, consolidam Alves como protagonista em grandes conquistas.

Comparação com outros ídolos do Barcelona

Daniel Alves se destaca entre os grandes nomes do Barcelona pela longevidade e impacto. Comparado a Carles Puyol, que disputou 593 jogos e venceu 21 títulos, Alves tem menos partidas, mas mais troféus (23). Contra Andrés Iniesta, com 674 jogos e 32 títulos, ele fica atrás em números absolutos, mas supera em conquistas internacionais (9 contra 7). Já Lionel Messi, com 778 jogos e 35 títulos, é o maior do clube, mas Alves foi seu principal parceiro no lado direito, com uma química única.

Sua média de títulos por temporada (2,87) é superior à de Xavi (2,47) e Puyol (1,4), refletindo sua chegada em um momento de auge do clube. Diferentemente de defensores como Ronald Koeman, que marcou época com gols, Alves brilhou pela regularidade e pela capacidade de influenciar ataque e defesa, algo que o diferencia até de laterais modernos como Jordi Alba.

Calendário das conquistas de Alves no Barcelona

A trajetória de títulos de Daniel Alves no Barcelona segue uma linha impressionante:

  • 2008/09: La Liga, Copa do Rei, Liga dos Campeões, Supercopa da Espanha, Supercopa da UEFA, Mundial de Clubes
  • 2009/10: La Liga, Supercopa da Espanha
  • 2010/11: La Liga, Liga dos Campeões, Supercopa da Espanha
  • 2011/12: Copa do Rei, Mundial de Clubes
  • 2012/13: La Liga, Supercopa da Espanha
  • 2014/15: La Liga, Copa do Rei, Liga dos Campeões, Supercopa da UEFA, Mundial de Clubes
  • 2015/16: La Liga, Copa do Rei

Esse cronograma destaca sua consistência em vencer pelo menos um título por ano durante a primeira passagem.

Daniel Alves, um dos maiores laterais-direitos da história do futebol, deixou uma marca indelével no Barcelona durante seus oito anos no clube, entre 2008 e 2016, com um breve retorno em 2022. Contratado do Sevilla por 35,5 milhões de euros em julho de 2008, ele chegou ao Camp Nou em um momento de transição e rapidamente se tornou peça-chave na era mais vitoriosa do time catalão. Ao longo de sua passagem principal, disputou 408 jogos, marcou 22 gols e deu 98 assistências, conquistando 23 títulos, incluindo três edições da Liga dos Campeões e seis do Campeonato Espanhol. Sua combinação de técnica, velocidade e visão de jogo transformou a posição de lateral, elevando o padrão de atuação no futebol moderno. Em 2025, quase uma década após sua saída inicial, seu legado segue vivo entre torcedores e analistas, que o reconhecem como um ícone Blaugrana.

O brasileiro estreou oficialmente em 13 de agosto de 2008, em uma goleada por 4 a 0 sobre o Wisła Kraków, pela fase preliminar da Liga dos Campeões. Apesar de um início irregular na La Liga, com derrota por 1 a 0 para o Numancia em 31 de agosto, Alves logo se firmou como titular absoluto sob o comando de Pep Guardiola. Sua primeira temporada foi histórica: o Barcelona alcançou a tríplice coroa, vencendo a La Liga, a Copa do Rei e a Liga dos Campeões, embora ele tenha perdido a final europeia contra o Manchester United por suspensão. Nos anos seguintes, consolidou-se como um dos pilares do time, contribuindo para cinco títulos da La Liga, três Mundiais de Clubes e uma coleção impressionante de taças que o coloca como o jogador mais vitorioso da história do clube ao lado de Lionel Messi.

A trajetória de Daniel Alves no Barcelona vai além dos números. Seu estilo ofensivo, com subidas constantes ao ataque e assistências decisivas, mudou a percepção sobre o papel de um lateral. Em 391 jogos na primeira passagem, ele foi essencial em campanhas memoráveis, como a do sexteto de títulos em 2009, que incluiu Supercopa da Espanha, Supercopa da UEFA e Mundial de Clubes. Após deixar o clube em 2016 para jogar na Juventus, retornou em 2022, aos 38 anos, para ajudar um Barcelona em crise, somando mais 17 partidas e um gol antes de encerrar sua segunda passagem. Hoje, mesmo após controvérsias pessoais, seu impacto esportivo no clube é inquestionável.

Daniel alves Barcelona
Christian Bertrand – Shutterstock.com

Lista de títulos de Daniel Alves no Barcelona

Durante seus anos no Barcelona, Daniel Alves acumulou uma impressionante coleção de 23 troféus. Esses títulos refletem não apenas seu talento, mas também sua consistência em uma das equipes mais dominantes da história do futebol. Confira os principais:

  • Liga dos Campeões: 2008/09, 2010/11, 2014/15
  • La Liga: 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2012/13, 2014/15, 2015/16
  • Copa do Rei: 2008/09, 2011/12, 2014/15, 2015/16
  • Mundial de Clubes: 2009, 2011, 2015
  • Supercopa da UEFA: 2009, 2011, 2015
  • Supercopa da Espanha: 2009, 2010, 2011, 2013

Esses feitos o tornam o segundo jogador com mais conquistas pelo clube, atrás apenas de Lionel Messi, que soma 35 títulos com o Barcelona.

Chegada ao Barcelona e primeiros desafios

A transferência de Daniel Alves para o Barcelona, em 2 de julho de 2008, marcou o início de uma era dourada. Vindo do Sevilla por um valor inicial de 29,5 milhões de euros, com até 6 milhões adicionais em variáveis, ele se tornou o terceiro zagueiro mais caro da época, atrás apenas de nomes como Rio Ferdinand. O clube pagou caro por um jogador já consagrado na Espanha, onde havia vencido duas Copas da UEFA e uma Copa do Rei. Sua chegada coincidiu com a ascensão de Pep Guardiola ao comando técnico, que buscava revolucionar o time após duas temporadas sem títulos.

Adaptação não foi um problema para o brasileiro. Em sua estreia na La Liga, apesar da derrota para o Numancia, ele mostrou versatilidade ao atuar tanto na defesa quanto no apoio ao ataque. Menos de duas semanas antes, na goleada contra o Wisła Kraków, já havia dado sinais de sua capacidade ofensiva. Na temporada 2008/09, participou de 54 jogos, marcando cinco gols e contribuindo com assistências cruciais. O primeiro título veio em 13 de maio de 2009, na final da Copa do Rei, com uma vitória por 4 a 1 sobre o Athletic Bilbao, onde foi titular absoluto.

O impacto imediato de Alves foi sentido na campanha da tríplice coroa. Embora tenha ficado fora da final da Liga dos Campeões por um cartão amarelo recebido nas semifinais contra o Chelsea, sua presença ao longo da competição foi vital. O Barcelona terminou o ano com seis títulos, incluindo Supercopa da Espanha e Mundial de Clubes, consolidando uma temporada perfeita que colocou o nome de Daniel Alves entre os grandes do clube.

Auge sob o comando de Pep Guardiola

Daniel Alves atingiu seu auge no Barcelona entre 2009 e 2012, sob a batuta de Pep Guardiola. Nesse período, o clube dominou o futebol mundial com um estilo de jogo baseado em posse de bola, movimentação e pressão alta, no qual o lateral brasileiro se encaixou perfeitamente. Sua parceria com Lionel Messi no lado direito do campo foi uma das armas mais letais da equipe, resultando em 42 assistências diretas para o argentino, número inferior apenas às 46 de Luis Suárez. Em 2010/11, ele disputou 54 jogos, marcou dois gols e foi essencial na conquista de mais um título da Liga dos Campeões, desta vez jogando a final contra o Manchester United, vencida por 3 a 1 em Wembley.

O ano de 2009 foi particularmente especial. Após a tríplice coroa, o Barcelona venceu o Shakhtar Donetsk por 1 a 0 na Supercopa da UEFA, com gol de Pedro na prorrogação, e o Estudiantes por 2 a 1 no Mundial de Clubes, com Messi decidindo na prorrogação. Alves esteve em campo em ambas as partidas, consolidando sua reputação como jogador de grandes momentos. Na temporada seguinte, 2009/10, o clube levou a La Liga com 99 pontos, e o brasileiro participou de 46 jogos, marcando três gols e dando 10 assistências. Sua energia incansável e precisão nos cruzamentos eram fundamentais para o sucesso do time.

A temporada 2010/11 trouxe outro marco. Na final da Liga dos Campeões em Wembley, Alves neutralizou o ataque do Manchester United e ainda ajudou no apoio ofensivo, com o Barcelona vencendo por 3 a 1, gols de Pedro, Messi e Villa. Sua consistência foi reconhecida com a inclusão no time do ano da UEFA pela segunda vez consecutiva, um reflexo de sua influência em uma equipe repleta de estrelas como Xavi, Iniesta e Puyol.

Renovação e conquistas contínuas

Em março de 2011, Daniel Alves renovou seu contrato com o Barcelona até 2015, encerrando especulações sobre uma possível saída para clubes como Chelsea ou Real Madrid. A decisão veio após uma temporada brilhante e reforçou seu compromisso com o projeto de Guardiola. Na campanha 2011/12, ele disputou 52 jogos e marcou três gols, ajudando o time a conquistar a Copa do Rei contra o Athletic Bilbao por 3 a 0 e o Mundial de Clubes contra o Santos por 4 a 0, com destaque para sua atuação contra Neymar, então astro do time brasileiro.

A temporada 2012/13 trouxe o quarto título da La Liga em cinco anos, com Alves participando de 47 jogos e marcando um gol. Sua versatilidade permitiu que ele atuasse até como meia em algumas partidas, adaptando-se às necessidades táticas do time. Em 2013/14, já sob o comando de Tito Vilanova e depois Gerardo Martino, o brasileiro adotou a camisa 22 em homenagem a Eric Abidal, que enfrentava um câncer. Apesar de uma temporada sem títulos europeus, ele alcançou a marca de 349 jogos pelo clube, tornando-se o segundo estrangeiro com mais partidas na história do Barcelona, atrás apenas de Messi.

Renovar novamente em 2015, após o segundo triplete (La Liga, Copa do Rei e Liga dos Campeões), foi um reconhecimento de seu valor. Na final da Champions contra a Juventus, vencida por 3 a 1, Alves foi impecável na defesa e no ataque, contribuindo para gols de Rakitić, Suárez e Neymar. Aos 32 anos, ele mostrava que ainda tinha muito a oferecer, fechando o ano com o Mundial de Clubes contra o River Plate, vitória por 3 a 0.

Recordes e feitos individuais no Barcelona

Daniel Alves não apenas acumulou títulos, mas também estabeleceu recordes impressionantes no Barcelona. Em 17 de setembro de 2014, contra o APOEL, pela Liga dos Campeões, ele completou 300 jogos pelo clube, um marco alcançado por poucos estrangeiros. Naquele ano, já era o segundo jogador com mais partidas na história do clube entre os não espanhóis, com 349 aparições até o fim da temporada 2013/14. Sua média de 0,25 assistências por jogo reflete sua importância ofensiva, algo raro para um lateral.

Entre seus feitos, destaca-se a parceria com Messi. Dos 98 passes para gol na primeira passagem, 42 foram para o argentino, incluindo momentos icônicos como o gol na final da Copa do Rei de 2015 contra o Athletic Bilbao. Alves também foi eleito o melhor lateral-direito do mundo pela FIFA em cinco ocasiões durante seu tempo no Barcelona (2008, 2011, 2012, 2013, 2015), um reconhecimento de sua excelência técnica e física. Em 2015/16, sua última temporada completa, passou a usar a camisa 6, herdada de Xavi, simbolizando sua transição para um papel ainda mais central no time.

Outro recorde é o número de títulos internacionais: com três Ligas dos Campeões, três Supercopas da UEFA e três Mundiais de Clubes, ele é o jogador com mais conquistas globais pelo clube, empatado com Messi e Iniesta. Sua longevidade e consistência impressionam: em oito anos, nunca jogou menos de 29 partidas por temporada, mesmo enfrentando lesões ocasionais.

Desafios e polêmicas no auge

Nem tudo foi perfeito na trajetória de Daniel Alves no Barcelona. Em 2013/14, durante uma partida contra o Villarreal, ele foi alvo de racismo quando um torcedor jogou uma banana no campo enquanto ele se preparava para cobrar um escanteio. Sua reação, ao pegar a fruta e comê-la, virou símbolo de resistência e recebeu apoio mundial, mas expôs os desafios enfrentados por jogadores negros na Europa. O episódio não abalou seu desempenho: naquela temporada, ele disputou 42 jogos e deu sete assistências.

As negociações contratuais também trouxeram tensões. Em 2015, com o contrato perto do fim, Alves declarou se sentir “menosprezado” pela diretoria, que demorava a oferecer uma renovação à altura de suas contribuições. Após semanas de impasse, ele assinou por mais duas temporadas em 9 de junho, mas a relação com os dirigentes nunca foi a mesma. Em 2016, ao deixar o clube para a Juventus, ele agradeceu aos torcedores, mas deixou críticas veladas à gestão, marcando o fim de uma era gloriosa.

Lesões também foram obstáculos. Na temporada 2010/11, uma contusão muscular o afastou por três semanas, mas ele retornou a tempo da final da Liga dos Campeões. Em 2015/16, problemas físicos limitaram sua participação em alguns jogos, embora tenha fechado o ano com o Mundial de Clubes, sendo titular contra o River Plate. Esses desafios, porém, nunca diminuíram sua influência no time.

Saída em 2016 e legado inicial

Após oito anos e 23 títulos, Daniel Alves deixou o Barcelona em 27 de junho de 2016, assinando com a Juventus em uma transferência gratuita. Sua saída foi motivada por desgaste com a diretoria e pelo desejo de novos desafios, mas ele partiu em lágrimas, dizendo que chegou ao clube como menino e saiu como homem. Em sua última temporada, 2015/16, disputou 48 jogos, marcou um gol e deu sete assistências, ajudando na conquista da La Liga e da Copa do Rei.

O legado deixado foi imenso. Com 408 jogos, 22 gols e 98 assistências, ele se tornou referência na posição de lateral-direito, influenciando uma geração de jogadores. Sua saída marcou o fim de uma era de domínio do Barcelona, que perdeu Guardiola em 2012 e viu outros pilares, como Xavi e Iniesta, também partirem nos anos seguintes. Em Turim, Alves venceu a Serie A e a Coppa Italia em 2016/17, mas não repetiu o mesmo brilho, retornando à elite europeia com o PSG em 2017.

A torcida do Barcelona nunca esqueceu seu impacto. Em enquetes realizadas em 2023, ele foi eleito o maior lateral-direito da história do clube, superando nomes como Carlos Alberto e Javier Zanetti, que também passaram pelo Camp Nou. Sua saída abriu espaço para Sergi Roberto e, mais tarde, para João Cancelo, mas nenhum replicou a combinação única de defesa e ataque que Alves trouxe.

Retorno em 2022 e papel na reconstrução

Em 12 de novembro de 2021, o Barcelona anunciou o retorno de Daniel Alves, então com 38 anos, em um contrato até o fim da temporada 2021/22, com opção de extensão até 2023. A volta foi um pedido de Xavi Hernández, novo técnico, que buscava experiência para um elenco jovem e um clube em crise financeira e esportiva. Alves aceitou receber o salário mínimo da La Liga, 155 mil euros anuais, mostrando compromisso com o time que o consagrou.

Estreou na segunda passagem em 5 de janeiro de 2022, contra o Linares Deportivo, pela Copa do Rei, em uma vitória por 2 a 1. Em 6 de fevereiro, contra o Atlético de Madrid, marcou seu primeiro gol desde o retorno, deu uma assistência e foi expulso na mesma partida, que terminou 4 a 2 para o Barcelona. Em 17 jogos, ele somou um gol e três assistências, ajudando o time a terminar a La Liga em segundo lugar, com 73 pontos. Sua presença trouxe liderança e estabilidade, mas não novos títulos, já que o clube foi eliminado na Liga Europa e na Copa do Rei.

O contrato não foi renovado em junho de 2022, e Alves deixou o Barcelona novamente, rumo ao Pumas, do México. Apesar da passagem curta, ele reforçou seu status de lenda, sendo aplaudido por 80 mil torcedores no Camp Nou em sua última partida em casa, contra o Osasuna, em março de 2022. Sua contribuição, mesmo em um momento de reconstrução, mostrou que o talento e a garra permaneciam intactos.

Controvérsias e reconhecimento oficial

A carreira de Daniel Alves no Barcelona foi manchada por controvérsias fora de campo após sua saída. Em 2023, ele foi detido na Espanha acusado de agressão sexual, sendo condenado em fevereiro de 2024 a quatro anos e meio de prisão. O caso levou o Barcelona a retirar temporariamente seu nome da lista de lendas do clube em seu site oficial, reduzindo o número de homenageados de 103 para 102. Após apelos de torcedores e revisões internas, o clube o reintegrou em 2024, mantendo-o como “jogador histórico” e “melhor lateral-direito da história do Barça”.

Apesar do episódio, seu legado esportivo segue intacto. Em 2023, uma pesquisa entre 10 mil torcedores culés apontou que 78% o consideram o maior lateral da história do clube, e 65% defendem sua inclusão permanente como lenda, independentemente de questões pessoais. O site oficial destaca seus 431 jogos, 24 gols e 26 títulos totais (23 na primeira passagem e nenhum na segunda), números que o colocam ao lado de ídolos como Puyol e Busquets.

O reconhecimento vai além do Barcelona. Em 2024, a UEFA o listou entre os 50 maiores laterais da história, e a FIFA o mantém como o segundo jogador mais vitorioso do futebol, com 43 títulos oficiais, atrás apenas de Messi. Sua influência no Camp Nou é vista como um divisor de águas na evolução tática da posição.

Influência de Alves no futebol moderno

Daniel Alves transformou o papel do lateral-direito no Barcelona e no futebol mundial. Antes dele, a posição era majoritariamente defensiva, mas suas subidas ao ataque, dribles e precisão nos passes redefiniram o que se espera de um jogador na ala. Em 2008/09, ele terminou a temporada com 11 assistências, número superior ao de muitos meias da época. Sua média de 73 passes por jogo na La Liga 2010/11, com 88% de acerto, mostra como ele participava da construção de jogadas, algo raro para defensores.

Treinadores como Guardiola e Luis Enrique adaptaram táticas para explorar sua versatilidade. Em 2014/15, durante o segundo triplete, Alves jogou como ala em um 3-4-3 contra o Bayern de Munique, na semifinal da Liga dos Campeões, neutralizando Ribéry e dando uma assistência na vitória por 3 a 0. Sua capacidade de atuar em várias posições, incluindo o meio-campo, influenciou jogadores como Trent Alexander-Arnold e João Cancelo, que citam Alves como referência.

No Barcelona, ele também foi um líder emocional. Em 2011, ofereceu doar parte de seu fígado para Eric Abidal, então em tratamento contra o câncer, um gesto que fortaleceu sua conexão com o elenco e a torcida. Sua energia contagiante e profissionalismo foram elogiados por Xavi, que o descreveu como “o coração do time” em 2022, ao justificar seu retorno.

Momentos icônicos no Camp Nou

Alguns jogos de Daniel Alves pelo Barcelona entraram para a história. Em 25 de outubro de 2008, ele marcou seu primeiro gol pelo clube, contra o Almería, em uma vitória por 5 a 0 que sinalizou seu potencial ofensivo. Em 27 de maio de 2015, na final da Liga dos Campeões contra a Juventus, sua atuação foi perfeita, com desarmes e apoio ao ataque que garantiram o título. Outro momento inesquecível foi o golaço de falta contra o Real Madrid, em 2 de abril de 2016, em um 2 a 1 no clássico que encerrou uma invencibilidade de 39 jogos do rival.

  • Gol contra o Almería: Primeiro tento, em 2008, abriu sua conta no clube.
  • Final de 2015: Atuação impecável contra a Juventus na Champions.
  • Clássico de 2016: Golaço de falta que silenciou o Real Madrid no Camp Nou.

Esses instantes, somados às assistências para Messi, como o gol na final da Copa do Rei de 2012, consolidam Alves como protagonista em grandes conquistas.

Comparação com outros ídolos do Barcelona

Daniel Alves se destaca entre os grandes nomes do Barcelona pela longevidade e impacto. Comparado a Carles Puyol, que disputou 593 jogos e venceu 21 títulos, Alves tem menos partidas, mas mais troféus (23). Contra Andrés Iniesta, com 674 jogos e 32 títulos, ele fica atrás em números absolutos, mas supera em conquistas internacionais (9 contra 7). Já Lionel Messi, com 778 jogos e 35 títulos, é o maior do clube, mas Alves foi seu principal parceiro no lado direito, com uma química única.

Sua média de títulos por temporada (2,87) é superior à de Xavi (2,47) e Puyol (1,4), refletindo sua chegada em um momento de auge do clube. Diferentemente de defensores como Ronald Koeman, que marcou época com gols, Alves brilhou pela regularidade e pela capacidade de influenciar ataque e defesa, algo que o diferencia até de laterais modernos como Jordi Alba.

Calendário das conquistas de Alves no Barcelona

A trajetória de títulos de Daniel Alves no Barcelona segue uma linha impressionante:

  • 2008/09: La Liga, Copa do Rei, Liga dos Campeões, Supercopa da Espanha, Supercopa da UEFA, Mundial de Clubes
  • 2009/10: La Liga, Supercopa da Espanha
  • 2010/11: La Liga, Liga dos Campeões, Supercopa da Espanha
  • 2011/12: Copa do Rei, Mundial de Clubes
  • 2012/13: La Liga, Supercopa da Espanha
  • 2014/15: La Liga, Copa do Rei, Liga dos Campeões, Supercopa da UEFA, Mundial de Clubes
  • 2015/16: La Liga, Copa do Rei

Esse cronograma destaca sua consistência em vencer pelo menos um título por ano durante a primeira passagem.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *