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18 Apr 2025, Fri

Golaço de Erick Pulga garante vitória do Bahia sobre o Nacional na Libertadores em Montevidéu

Erick Pulga Bahia


A noite de 9 de abril de 2025 ficará marcada na memória dos torcedores do Bahia. Em um jogo disputado no estádio Parque Central, em Montevidéu, o Tricolor baiano venceu o Nacional-URU por 1 a 0, em partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Taça Conmebol Libertadores. O grande destaque foi o atacante Erick Pulga, que, aos 19 minutos do segundo tempo, marcou um golaço de chapada que bateu na trave antes de balançar as redes, selando o triunfo do Esquadrão. O resultado coloca o Bahia em posição favorável no Grupo F, enquanto o Nacional amarga a segunda derrota consecutiva na competição.

O confronto começou equilibrado, com as duas equipes buscando espaço em um gramado que favorecia o jogo físico. O Bahia, comandado por Rogério Ceni, entrou em campo com uma formação 4-3-3, apostando na velocidade de Pulga e na criatividade de Cauly para furar a defesa uruguaia. Já o Nacional, sob o comando do estreante Pablo Peirano, adotou um esquema 3-5-2, tentando impor seu estilo em casa. Apesar do apoio da torcida no Parque Central, os mandantes esbarraram na sólida atuação defensiva do Tricolor, que soube neutralizar os avanços adversários.

No primeiro tempo, o jogo foi truncado, com poucas chances claras. O Bahia teve maior posse de bola, chegando a 57% contra 43% do Nacional, mas enfrentou dificuldades para transformar o domínio em oportunidades. A primeira tentativa perigosa veio aos 36 minutos, quando Lucho Rodríguez cobrou uma falta que passou raspando a trave de Mejía. Nos instantes finais da etapa inicial, Cauly quase abriu o placar ao driblar a defesa e ficar cara a cara com o goleiro, mas Mejía foi rápido para abafar o lance.

A etapa complementar trouxe mais emoção. O Bahia voltou mais agressivo, enquanto o Nacional tentava reagir com substituições, como as entradas de Nico López e Yonatan Rodríguez. Aos 19 minutos, porém, o talento de Erick Pulga fez a diferença. Após um pivô bem executado por Willian José e um passe de Cauly, a bola sobrou para o camisa 16, que, com uma chapada precisa, acertou o canto esquerdo do gol uruguaio. O goleiro Mejía nada pôde fazer, e o placar foi aberto em Montevidéu.


Erick Pulga decide em noite inspirada

Erick Pulga viveu uma noite de protagonista no Parque Central. O atacante, que já havia igualado Lucho Rodríguez como artilheiro do Bahia em 2025, com sete gols, mostrou porque é peça fundamental no esquema de Rogério Ceni. Sua atuação não se limitou ao golaço. Durante os 90 minutos, Pulga foi incansável, participando de contra-ataques, driblando marcadores e criando jogadas pela esquerda. Aos 16 minutos do segundo tempo, ele já havia sofrido uma falta dura, mas o árbitro argentino Dario Herrera mandou o jogo seguir.

O gol que definiu a partida veio em um momento de pressão do Nacional. Após uma sequência de ataques frustrados dos uruguaios, o Bahia aproveitou a transição rápida. Willian José segurou a bola na frente, Cauly abriu o jogo, e Jean Lucas deixou passar para Pulga finalizar com maestria. A bola, que ainda tocou a trave antes de entrar, coroou uma jogada coletiva que evidenciou a superioridade tática do Tricolor no segundo tempo.

Aos 24 anos, Pulga vem se consolidando como uma das revelações do futebol brasileiro. Sua versatilidade e faro de gol têm sido fundamentais para o Bahia na temporada. Contra o Nacional, ele finalizou três vezes, sendo uma delas no alvo, e ainda venceu cinco duelos individuais, números que mostram seu impacto em campo. A torcida tricolor, que acompanhou o jogo à distância, celebrou mais um capítulo na ascensão do jovem atacante.

O desempenho de Pulga não foi surpresa para quem acompanha o Bahia. No último domingo, ele já havia marcado no empate em 2 a 2 contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, alcançando a marca de sete gols no ano. Agora, com a vitória em Montevidéu, ele se isola como o principal goleador do time na temporada e reforça sua importância na campanha da Libertadores.

Nacional pressiona, mas não converte

O Nacional entrou em campo com a missão de fazer valer o fator casa, mas esbarrou em suas próprias limitações. Sob o comando de Pablo Peirano, que fazia sua estreia como técnico, o time uruguaio tentou impor um ritmo intenso, especialmente no segundo tempo. A equipe finalizou cinco vezes ao longo da partida, mas apenas uma delas levou real perigo ao gol de Ronaldo, que fez quatro defesas seguras e terminou o jogo como um dos destaques do Bahia.

Entre os momentos de maior pressão do Nacional, destaca-se o lance aos 7 minutos do segundo tempo, quando Millán, zagueiro esquerdo, apareceu como elemento surpresa na entrada da área e soltou uma bomba de canhota. A bola passou perto do gol de Ronaldo, mas foi para fora, arrancando suspiros da torcida no Parque Central. Outro lance perigoso veio aos 23 minutos, com Rodríguez finalizando da direita, mas o goleiro baiano saltou bem para mandar a bola para escanteio.

A falta de criatividade no ataque foi um problema recorrente para os uruguaios. Mesmo com as entradas de Nico López e Vargas no segundo tempo, o Nacional não conseguiu furar o bloqueio defensivo do Bahia. A zaga tricolor, formada por David Duarte e Kanu, foi impecável, vencendo 12 duelos aéreos e bloqueando duas finalizações perigosas. O esquema com três zagueiros de Peirano até deu solidez na defesa, mas não foi suficiente para conter a velocidade do ataque baiano.

A torcida do Nacional, conhecida por seu apoio fervoroso, tentou empurrar o time até o fim, mas o placar não se alterou. Com apenas dois pontos em dois jogos, o Decano agora ocupa a lanterna do Grupo F e precisa reagir nas próximas rodadas para manter vivo o sonho de avançar na competição continental.


Principais lances do jogo em Montevidéu

A partida entre Nacional e Bahia foi marcada por momentos de tensão e jogadas decisivas. O segundo tempo, em especial, concentrou os lances mais emocionantes, com o gol de Erick Pulga mudando o rumo do confronto. Abaixo, os principais instantes que definiram o placar:

  • 19 minutos do 2º tempo: Erick Pulga marca um golaço de chapada após jogada coletiva com Willian José e Cauly, abrindo o placar para o Bahia.
  • 23 minutos do 2º tempo: Rodríguez finaliza forte pela direita, mas Ronaldo faz grande defesa e evita o empate do Nacional.
  • 7 minutos do 2º tempo: Millán arrisca de fora da área e quase surpreende Ronaldo, mas a bola vai para fora.
  • 16 minutos do 2º tempo: Pulga sofre falta dura na esquerda, mas o árbitro manda seguir, gerando reclamações do banco baiano.
  • 36 minutos do 1º tempo: Lucho Rodríguez cobra falta perigosa, e a bola passa raspando a trave de Mejía, no melhor lance do primeiro tempo.

Esses momentos mostram como o Bahia soube aproveitar sua chance mais clara, enquanto o Nacional, apesar de pressionar, pecou nas finalizações. A eficiência tricolor fez a diferença em um jogo equilibrado.


Bahia cresce no segundo tempo

O segundo tempo foi o momento de afirmação do Bahia na partida. Após um primeiro tempo de poucas emoções, Rogério Ceni ajustou a equipe no intervalo, e o Tricolor voltou mais organizado. As substituições de Willian José por Lucho Rodríguez e Everton Ribeiro por Caio Alexandre, aos 17 minutos, deram novo fôlego ao meio-campo e ao ataque. A entrada de Caio Alexandre, em especial, trouxe mais dinamismo, com o volante participando da transição que culminou no gol de Pulga.

Jean Lucas também foi peça-chave na etapa final. Aos 11 minutos, ele acertou um voleio dentro da área, mas a bola parou na defesa. Três minutos antes do gol, o camisa 6 já havia aparecido bem ao matar uma bola no peito e tentar uma finalização, mostrando a intenção do Bahia de buscar o ataque. A posse de bola, que já era favorável no primeiro tempo, se manteve em 57%, mas foi mais bem aproveitada na metade final do jogo.

Outro ponto forte do Bahia foi a disciplina defensiva. Mesmo sob pressão nos minutos finais, a equipe não cedeu espaços. Kanu e David Duarte foram pilares na zaga, enquanto Luciano Juba e Santiago Arias fecharam as laterais com eficiência. O Nacional teve três escanteios e oito faltas a seu favor, mas não conseguiu transformar essas oportunidades em gol, frustrando os planos de Peirano em sua estreia.

A vitória fora de casa reforça a invencibilidade do Bahia, que agora chega a 11 jogos sem derrota na temporada. O resultado também alivia a pressão sobre Rogério Ceni, que vinha sendo criticado pelos gols sofridos nos minutos finais nas últimas partidas. Desta vez, o Tricolor segurou o placar até o apito final de Dario Herrera.


Destaques individuais além de Pulga

Embora Erick Pulga tenha roubado a cena, outros jogadores do Bahia também merecem destaque. Ronaldo, goleiro tricolor, foi essencial para manter o zero no placar. Com quatro defesas, incluindo uma difícil aos 23 minutos do segundo tempo, ele garantiu a segurança na meta. Sua atuação foi ainda mais importante nos momentos de pressão do Nacional, quando o time uruguaio tentou o empate com chutes de média distância.

Cauly, apesar de não ter marcado, foi fundamental na criação de jogadas. O meia finalizou duas vezes, uma delas desviada para escanteio aos 18 minutos do primeiro tempo, e deu o passe que iniciou a jogada do gol. Sua visão de jogo e dribles abriram espaços na defesa adversária, mesmo em um dia de marcação cerrada. Aos 43 minutos do primeiro tempo, ele quase marcou ao driblar o zagueiro e ficar frente a frente com Mejía, mas o goleiro uruguaio levou a melhor.

Pelo lado do Nacional, Millán chamou atenção pela versatilidade. O zagueiro esquerdo apareceu no ataque em mais de uma ocasião, como no chute perigoso aos 7 minutos do segundo tempo. Sua participação ofensiva, porém, não foi suficiente para compensar a falta de pontaria dos atacantes uruguaios. Otero, especialista em bolas paradas, também tentou incomodar com uma cobrança de falta aos 24 minutos do primeiro tempo, mas o chute saiu à direita de Ronaldo.


Como fica o Grupo F após a vitória

A vitória do Bahia sobre o Nacional mexe diretamente na classificação do Grupo F da Libertadores. Com o resultado, o Tricolor soma quatro pontos em duas rodadas e assume a liderança provisória, dependendo dos outros jogos da chave. O Nacional, por outro lado, segue zerado, na lanterna, após perder também na estreia. O confronto em Montevidéu era visto como decisivo para as pretensões das duas equipes na competição.

O Bahia havia empatado em 1 a 1 com o Internacional na primeira rodada, em um jogo onde abriu o placar com Jean Lucas, mas sofreu o empate aos 38 minutos do segundo tempo. Já o Nacional vinha de uma derrota fora de casa na estreia, o que aumentava a pressão para um bom resultado no Parque Central. A goleada por 4 a 0 sobre o Cerro Largo, pelo Campeonato Uruguaio, no fim de semana, havia dado esperanças à torcida uruguaia, mas o desempenho na Libertadores voltou a decepcionar.

O próximo desafio do Bahia na competição será em casa, onde o time tentará manter o embalo diante de sua torcida. Para o Nacional, a situação se complica, e a estreia de Pablo Peirano, que prometia um time agressivo, acabou marcada por mais um revés. A fase de grupos ainda está no início, mas os rumos de baianos e uruguaios começam a se desenhar.


Minuto a minuto: os números da partida

Os números da partida refletem o equilíbrio tático entre as equipes, mas com vantagem do Bahia na eficiência. O Tricolor finalizou seis vezes, contra cinco do Nacional, e teve uma bola no gol, justamente a que decidiu o jogo. A posse de bola de 57% para os brasileiros mostra um domínio leve, enquanto os 87% de passes certos indicam boa circulação no meio-campo. O Nacional, com 77% de acerto nos passes, teve mais dificuldade na construção.

Defensivamente, o Bahia se destacou com 12 desarmes, contra apenas três do Nacional, evidenciando a solidez da marcação tricolor. Ambos os times cometeram oito faltas, mas o Bahia levou dois cartões amarelos (para Erick e Jean Lucas), enquanto os uruguaios passaram sem advertências. Os escanteios terminaram empatados, com três para cada lado, mas nenhum resultou em gol.

Abaixo, alguns dados curiosos da partida:

  • O Bahia acertou 296 passes, contra 215 do Nacional.
  • Erick Pulga foi o jogador com mais duelos vencidos (5).
  • Ronaldo fez quatro defesas, enquanto Mejía realizou três.
  • O Nacional teve apenas uma finalização no gol, contra duas do Bahia.

Esses números mostram como o Bahia foi mais efetivo, mesmo em um jogo de poucas chances claras. A vitória reforça a capacidade do time de aproveitar os momentos decisivos, algo que vinha faltando nas últimas partidas.


O que vem pela frente para Bahia e Nacional

Com a vitória, o Bahia ganha moral para os próximos compromissos. O time de Rogério Ceni volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro, onde enfrenta uma sequência de jogos importantes, mas já pode planejar o duelo em casa pela terceira rodada da Libertadores. A invencibilidade de 11 jogos é um trunfo, mas o técnico sabe que os gols sofridos nos minutos finais, como nas últimas cinco partidas antes deste jogo, ainda são um ponto a corrigir.

Para o Nacional, o cenário é de alerta. A derrota em casa na segunda rodada da Libertadores coloca o time em situação delicada no Grupo F. Pablo Peirano, em sua estreia, terá a missão de ajustar a equipe para o próximo confronto continental, além de manter o desempenho no Campeonato Uruguaio, onde a goleada recente trouxe alívio. O técnico uruguaio prometeu um time que buscasse o domínio, mas o resultado mostrou que o caminho ainda é longo.

O jogo em Montevidéu foi mais um capítulo da história do Bahia na Libertadores, que agora soma quatro pontos e lidera o grupo. Para os torcedores tricolores, a noite foi de celebração pelo golaço de Erick Pulga e pela entrega do time. Já os fãs do Nacional saíram do Parque Central com a sensação de que a equipe precisa reagir rápido para não comprometer suas chances na competição.



A noite de 9 de abril de 2025 ficará marcada na memória dos torcedores do Bahia. Em um jogo disputado no estádio Parque Central, em Montevidéu, o Tricolor baiano venceu o Nacional-URU por 1 a 0, em partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Taça Conmebol Libertadores. O grande destaque foi o atacante Erick Pulga, que, aos 19 minutos do segundo tempo, marcou um golaço de chapada que bateu na trave antes de balançar as redes, selando o triunfo do Esquadrão. O resultado coloca o Bahia em posição favorável no Grupo F, enquanto o Nacional amarga a segunda derrota consecutiva na competição.

O confronto começou equilibrado, com as duas equipes buscando espaço em um gramado que favorecia o jogo físico. O Bahia, comandado por Rogério Ceni, entrou em campo com uma formação 4-3-3, apostando na velocidade de Pulga e na criatividade de Cauly para furar a defesa uruguaia. Já o Nacional, sob o comando do estreante Pablo Peirano, adotou um esquema 3-5-2, tentando impor seu estilo em casa. Apesar do apoio da torcida no Parque Central, os mandantes esbarraram na sólida atuação defensiva do Tricolor, que soube neutralizar os avanços adversários.

No primeiro tempo, o jogo foi truncado, com poucas chances claras. O Bahia teve maior posse de bola, chegando a 57% contra 43% do Nacional, mas enfrentou dificuldades para transformar o domínio em oportunidades. A primeira tentativa perigosa veio aos 36 minutos, quando Lucho Rodríguez cobrou uma falta que passou raspando a trave de Mejía. Nos instantes finais da etapa inicial, Cauly quase abriu o placar ao driblar a defesa e ficar cara a cara com o goleiro, mas Mejía foi rápido para abafar o lance.

A etapa complementar trouxe mais emoção. O Bahia voltou mais agressivo, enquanto o Nacional tentava reagir com substituições, como as entradas de Nico López e Yonatan Rodríguez. Aos 19 minutos, porém, o talento de Erick Pulga fez a diferença. Após um pivô bem executado por Willian José e um passe de Cauly, a bola sobrou para o camisa 16, que, com uma chapada precisa, acertou o canto esquerdo do gol uruguaio. O goleiro Mejía nada pôde fazer, e o placar foi aberto em Montevidéu.


Erick Pulga decide em noite inspirada

Erick Pulga viveu uma noite de protagonista no Parque Central. O atacante, que já havia igualado Lucho Rodríguez como artilheiro do Bahia em 2025, com sete gols, mostrou porque é peça fundamental no esquema de Rogério Ceni. Sua atuação não se limitou ao golaço. Durante os 90 minutos, Pulga foi incansável, participando de contra-ataques, driblando marcadores e criando jogadas pela esquerda. Aos 16 minutos do segundo tempo, ele já havia sofrido uma falta dura, mas o árbitro argentino Dario Herrera mandou o jogo seguir.

O gol que definiu a partida veio em um momento de pressão do Nacional. Após uma sequência de ataques frustrados dos uruguaios, o Bahia aproveitou a transição rápida. Willian José segurou a bola na frente, Cauly abriu o jogo, e Jean Lucas deixou passar para Pulga finalizar com maestria. A bola, que ainda tocou a trave antes de entrar, coroou uma jogada coletiva que evidenciou a superioridade tática do Tricolor no segundo tempo.

Aos 24 anos, Pulga vem se consolidando como uma das revelações do futebol brasileiro. Sua versatilidade e faro de gol têm sido fundamentais para o Bahia na temporada. Contra o Nacional, ele finalizou três vezes, sendo uma delas no alvo, e ainda venceu cinco duelos individuais, números que mostram seu impacto em campo. A torcida tricolor, que acompanhou o jogo à distância, celebrou mais um capítulo na ascensão do jovem atacante.

O desempenho de Pulga não foi surpresa para quem acompanha o Bahia. No último domingo, ele já havia marcado no empate em 2 a 2 contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, alcançando a marca de sete gols no ano. Agora, com a vitória em Montevidéu, ele se isola como o principal goleador do time na temporada e reforça sua importância na campanha da Libertadores.

Nacional pressiona, mas não converte

O Nacional entrou em campo com a missão de fazer valer o fator casa, mas esbarrou em suas próprias limitações. Sob o comando de Pablo Peirano, que fazia sua estreia como técnico, o time uruguaio tentou impor um ritmo intenso, especialmente no segundo tempo. A equipe finalizou cinco vezes ao longo da partida, mas apenas uma delas levou real perigo ao gol de Ronaldo, que fez quatro defesas seguras e terminou o jogo como um dos destaques do Bahia.

Entre os momentos de maior pressão do Nacional, destaca-se o lance aos 7 minutos do segundo tempo, quando Millán, zagueiro esquerdo, apareceu como elemento surpresa na entrada da área e soltou uma bomba de canhota. A bola passou perto do gol de Ronaldo, mas foi para fora, arrancando suspiros da torcida no Parque Central. Outro lance perigoso veio aos 23 minutos, com Rodríguez finalizando da direita, mas o goleiro baiano saltou bem para mandar a bola para escanteio.

A falta de criatividade no ataque foi um problema recorrente para os uruguaios. Mesmo com as entradas de Nico López e Vargas no segundo tempo, o Nacional não conseguiu furar o bloqueio defensivo do Bahia. A zaga tricolor, formada por David Duarte e Kanu, foi impecável, vencendo 12 duelos aéreos e bloqueando duas finalizações perigosas. O esquema com três zagueiros de Peirano até deu solidez na defesa, mas não foi suficiente para conter a velocidade do ataque baiano.

A torcida do Nacional, conhecida por seu apoio fervoroso, tentou empurrar o time até o fim, mas o placar não se alterou. Com apenas dois pontos em dois jogos, o Decano agora ocupa a lanterna do Grupo F e precisa reagir nas próximas rodadas para manter vivo o sonho de avançar na competição continental.


Principais lances do jogo em Montevidéu

A partida entre Nacional e Bahia foi marcada por momentos de tensão e jogadas decisivas. O segundo tempo, em especial, concentrou os lances mais emocionantes, com o gol de Erick Pulga mudando o rumo do confronto. Abaixo, os principais instantes que definiram o placar:

  • 19 minutos do 2º tempo: Erick Pulga marca um golaço de chapada após jogada coletiva com Willian José e Cauly, abrindo o placar para o Bahia.
  • 23 minutos do 2º tempo: Rodríguez finaliza forte pela direita, mas Ronaldo faz grande defesa e evita o empate do Nacional.
  • 7 minutos do 2º tempo: Millán arrisca de fora da área e quase surpreende Ronaldo, mas a bola vai para fora.
  • 16 minutos do 2º tempo: Pulga sofre falta dura na esquerda, mas o árbitro manda seguir, gerando reclamações do banco baiano.
  • 36 minutos do 1º tempo: Lucho Rodríguez cobra falta perigosa, e a bola passa raspando a trave de Mejía, no melhor lance do primeiro tempo.

Esses momentos mostram como o Bahia soube aproveitar sua chance mais clara, enquanto o Nacional, apesar de pressionar, pecou nas finalizações. A eficiência tricolor fez a diferença em um jogo equilibrado.


Bahia cresce no segundo tempo

O segundo tempo foi o momento de afirmação do Bahia na partida. Após um primeiro tempo de poucas emoções, Rogério Ceni ajustou a equipe no intervalo, e o Tricolor voltou mais organizado. As substituições de Willian José por Lucho Rodríguez e Everton Ribeiro por Caio Alexandre, aos 17 minutos, deram novo fôlego ao meio-campo e ao ataque. A entrada de Caio Alexandre, em especial, trouxe mais dinamismo, com o volante participando da transição que culminou no gol de Pulga.

Jean Lucas também foi peça-chave na etapa final. Aos 11 minutos, ele acertou um voleio dentro da área, mas a bola parou na defesa. Três minutos antes do gol, o camisa 6 já havia aparecido bem ao matar uma bola no peito e tentar uma finalização, mostrando a intenção do Bahia de buscar o ataque. A posse de bola, que já era favorável no primeiro tempo, se manteve em 57%, mas foi mais bem aproveitada na metade final do jogo.

Outro ponto forte do Bahia foi a disciplina defensiva. Mesmo sob pressão nos minutos finais, a equipe não cedeu espaços. Kanu e David Duarte foram pilares na zaga, enquanto Luciano Juba e Santiago Arias fecharam as laterais com eficiência. O Nacional teve três escanteios e oito faltas a seu favor, mas não conseguiu transformar essas oportunidades em gol, frustrando os planos de Peirano em sua estreia.

A vitória fora de casa reforça a invencibilidade do Bahia, que agora chega a 11 jogos sem derrota na temporada. O resultado também alivia a pressão sobre Rogério Ceni, que vinha sendo criticado pelos gols sofridos nos minutos finais nas últimas partidas. Desta vez, o Tricolor segurou o placar até o apito final de Dario Herrera.


Destaques individuais além de Pulga

Embora Erick Pulga tenha roubado a cena, outros jogadores do Bahia também merecem destaque. Ronaldo, goleiro tricolor, foi essencial para manter o zero no placar. Com quatro defesas, incluindo uma difícil aos 23 minutos do segundo tempo, ele garantiu a segurança na meta. Sua atuação foi ainda mais importante nos momentos de pressão do Nacional, quando o time uruguaio tentou o empate com chutes de média distância.

Cauly, apesar de não ter marcado, foi fundamental na criação de jogadas. O meia finalizou duas vezes, uma delas desviada para escanteio aos 18 minutos do primeiro tempo, e deu o passe que iniciou a jogada do gol. Sua visão de jogo e dribles abriram espaços na defesa adversária, mesmo em um dia de marcação cerrada. Aos 43 minutos do primeiro tempo, ele quase marcou ao driblar o zagueiro e ficar frente a frente com Mejía, mas o goleiro uruguaio levou a melhor.

Pelo lado do Nacional, Millán chamou atenção pela versatilidade. O zagueiro esquerdo apareceu no ataque em mais de uma ocasião, como no chute perigoso aos 7 minutos do segundo tempo. Sua participação ofensiva, porém, não foi suficiente para compensar a falta de pontaria dos atacantes uruguaios. Otero, especialista em bolas paradas, também tentou incomodar com uma cobrança de falta aos 24 minutos do primeiro tempo, mas o chute saiu à direita de Ronaldo.


Como fica o Grupo F após a vitória

A vitória do Bahia sobre o Nacional mexe diretamente na classificação do Grupo F da Libertadores. Com o resultado, o Tricolor soma quatro pontos em duas rodadas e assume a liderança provisória, dependendo dos outros jogos da chave. O Nacional, por outro lado, segue zerado, na lanterna, após perder também na estreia. O confronto em Montevidéu era visto como decisivo para as pretensões das duas equipes na competição.

O Bahia havia empatado em 1 a 1 com o Internacional na primeira rodada, em um jogo onde abriu o placar com Jean Lucas, mas sofreu o empate aos 38 minutos do segundo tempo. Já o Nacional vinha de uma derrota fora de casa na estreia, o que aumentava a pressão para um bom resultado no Parque Central. A goleada por 4 a 0 sobre o Cerro Largo, pelo Campeonato Uruguaio, no fim de semana, havia dado esperanças à torcida uruguaia, mas o desempenho na Libertadores voltou a decepcionar.

O próximo desafio do Bahia na competição será em casa, onde o time tentará manter o embalo diante de sua torcida. Para o Nacional, a situação se complica, e a estreia de Pablo Peirano, que prometia um time agressivo, acabou marcada por mais um revés. A fase de grupos ainda está no início, mas os rumos de baianos e uruguaios começam a se desenhar.


Minuto a minuto: os números da partida

Os números da partida refletem o equilíbrio tático entre as equipes, mas com vantagem do Bahia na eficiência. O Tricolor finalizou seis vezes, contra cinco do Nacional, e teve uma bola no gol, justamente a que decidiu o jogo. A posse de bola de 57% para os brasileiros mostra um domínio leve, enquanto os 87% de passes certos indicam boa circulação no meio-campo. O Nacional, com 77% de acerto nos passes, teve mais dificuldade na construção.

Defensivamente, o Bahia se destacou com 12 desarmes, contra apenas três do Nacional, evidenciando a solidez da marcação tricolor. Ambos os times cometeram oito faltas, mas o Bahia levou dois cartões amarelos (para Erick e Jean Lucas), enquanto os uruguaios passaram sem advertências. Os escanteios terminaram empatados, com três para cada lado, mas nenhum resultou em gol.

Abaixo, alguns dados curiosos da partida:

  • O Bahia acertou 296 passes, contra 215 do Nacional.
  • Erick Pulga foi o jogador com mais duelos vencidos (5).
  • Ronaldo fez quatro defesas, enquanto Mejía realizou três.
  • O Nacional teve apenas uma finalização no gol, contra duas do Bahia.

Esses números mostram como o Bahia foi mais efetivo, mesmo em um jogo de poucas chances claras. A vitória reforça a capacidade do time de aproveitar os momentos decisivos, algo que vinha faltando nas últimas partidas.


O que vem pela frente para Bahia e Nacional

Com a vitória, o Bahia ganha moral para os próximos compromissos. O time de Rogério Ceni volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro, onde enfrenta uma sequência de jogos importantes, mas já pode planejar o duelo em casa pela terceira rodada da Libertadores. A invencibilidade de 11 jogos é um trunfo, mas o técnico sabe que os gols sofridos nos minutos finais, como nas últimas cinco partidas antes deste jogo, ainda são um ponto a corrigir.

Para o Nacional, o cenário é de alerta. A derrota em casa na segunda rodada da Libertadores coloca o time em situação delicada no Grupo F. Pablo Peirano, em sua estreia, terá a missão de ajustar a equipe para o próximo confronto continental, além de manter o desempenho no Campeonato Uruguaio, onde a goleada recente trouxe alívio. O técnico uruguaio prometeu um time que buscasse o domínio, mas o resultado mostrou que o caminho ainda é longo.

O jogo em Montevidéu foi mais um capítulo da história do Bahia na Libertadores, que agora soma quatro pontos e lidera o grupo. Para os torcedores tricolores, a noite foi de celebração pelo golaço de Erick Pulga e pela entrega do time. Já os fãs do Nacional saíram do Parque Central com a sensação de que a equipe precisa reagir rápido para não comprometer suas chances na competição.



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