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16 Apr 2025, Wed

Barcos revela bastidores da saída do Palmeiras em 2013 e contesta Paulo Nobre sobre decisão

Hernán Barcos


Hernán Barcos, o eterno Pirata, voltou a ser destaque no futebol sul-americano. Aos 40 anos, o atacante argentino, atualmente no Alianza Lima, abriu o coração sobre um dos momentos mais marcantes de sua carreira: a saída do Palmeiras em 2013. Em entrevista recente, ele trouxe à tona detalhes da negociação que o levou ao Grêmio, rebatendo afirmações do ex-presidente alviverde Paulo Nobre. Segundo Barcos, a decisão não partiu dele, contrariando a narrativa de que teria escolhido deixar o clube. A revelação reacende memórias de uma época turbulenta para o Palmeiras, marcada por rebaixamento e reconstrução, e mostra como o jogador ainda carrega o peso daquela transferência.

O argentino chegou ao Palmeiras em 2012, vindo da LDU, onde havia brilhado com gols e títulos. Rapidamente, conquistou a torcida com sua entrega e faro de artilheiro, marcando 28 gols em 61 jogos naquela temporada. Mesmo com a conquista da Copa do Brasil, o ano foi difícil, culminando no rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro. Apesar do cenário adverso, Barcos manifestou publicamente o desejo de permanecer, destacando sua identificação com o clube e a torcida. Ele relembra que, mesmo com a possibilidade de perder espaço na seleção argentina, optou por ficar, priorizando o projeto do Palmeiras.

A oferta do Grêmio, no entanto, mudou o rumo da história. A proposta incluía uma troca de jogadores e um alívio financeiro para o Palmeiras, que enfrentava dificuldades econômicas. Barcos relata que a pressão da diretoria, liderada por Paulo Nobre, foi determinante para sua saída. O então presidente argumentou que o clube não poderia manter seu salário, herdado da gestão anterior, e que a negociação traria reforços necessários. O atacante, embora relutante, aceitou, mas com a condição de que a saída fosse comunicada como uma decisão conjunta.

Polêmica com Paulo Nobre ganha novos capítulos

A transferência de Barcos para o Grêmio, em fevereiro de 2013, envolveu a chegada de quatro jogadores ao Palmeiras: Vilson, Léo Gago, Rondinelly e Leandro, além de uma compensação financeira. Na época, a negociação foi vista como uma solução para os problemas financeiros do clube, mas também gerou críticas entre os torcedores, que lamentaram a perda de um dos principais ídolos recentes. Barcos, que havia renovado seu contrato com o Palmeiras meses antes, com salário elevado para cerca de R$ 500 mil e multa rescisória de R$ 58 milhões, era peça central no elenco.

O que mais marcou o argentino, porém, foi a forma como a história foi contada. Ele afirma que havia um acordo interno para que a saída fosse apresentada como uma decisão mútua. No entanto, ao chegar ao Grêmio, soube que Paulo Nobre havia declarado publicamente que Barcos quis deixar o Palmeiras. Essa versão, segundo o atacante, não reflete a realidade. Ele reforça que sua vontade era permanecer, mesmo com o clube na Série B, e que a pressão da diretoria foi o fator decisivo. A revelação traz um novo olhar sobre a gestão de Nobre, que assumiu o Palmeiras em um momento de crise e precisou tomar decisões difíceis.

Barcos também destaca o impacto emocional da transferência. A relação com a torcida alviverde, que o apelidou de Pirata por sua comemoração característica, era forte. Ele relembra momentos como os dois gols marcados no clássico contra o São Paulo, em um empate por 3 a 3 pelo Campeonato Paulista de 2012, como exemplos de sua entrega ao clube. A saída, portanto, deixou marcas, tanto pelo carinho que sentia quanto pela sensação de que sua história no Palmeiras foi mal compreendida.

Trajetória de Barcos após o Palmeiras

Após deixar o Palmeiras, Barcos seguiu sua carreira no Grêmio, onde também deixou sua marca. Em duas temporadas, disputou 112 jogos e marcou 45 gols, tornando-se o maior artilheiro estrangeiro da história do clube até então. Apesar de não conquistar títulos, sua passagem pelo Tricolor gaúcho foi marcada por atuações memoráveis, como os dois gols contra o Corinthians em 2014. O argentino se tornou capitão da equipe e ganhou o carinho da torcida, que adotou a comemoração de pirata, com tapa-olhos distribuídos em ações de marketing.

Em 2015, Barcos decidiu explorar novos horizontes. Sua primeira parada foi o Tianjin Teda, da China, onde atuou por uma temporada, marcando 15 gols em 29 jogos. A experiência no futebol asiático abriu portas para outros desafios. Ele passou pelo Sporting, de Portugal, mas teve poucas oportunidades, disputando apenas oito partidas. Na sequência, retornou à Argentina para defender o Vélez Sarsfield, mas a passagem foi curta e sem o mesmo brilho de outros momentos da carreira.

A trajetória de Barcos continuou com um retorno à LDU, clube onde havia brilhado antes de chegar ao Brasil. No Equador, ele recuperou o bom futebol, marcando gols importantes e reforçando sua reputação como artilheiro. Em 2018, voltou ao Brasil para jogar pelo Cruzeiro, onde conquistou a Copa do Brasil, embora com um papel menos protagonista, marcando três gols em 24 jogos. Após passagens por Atlético Nacional, da Colômbia, e pelo futebol de Bangladesh, o argentino encontrou um novo lar no Alianza Lima, onde está desde 2021.

Barcos no Alianza Lima: um ídolo aos 40 anos

No Alianza Lima, Barcos vive uma fase de protagonismo impressionante para um jogador de 40 anos. Ele é o atual artilheiro da Copa Libertadores, com quatro gols na fase preliminar, incluindo um na Bombonera contra o Boca Juniors, que garantiu a classificação do time peruano. A vitória sobre o gigante argentino, nos pênaltis, foi um dos momentos mais emocionantes da carreira do atacante, que não escondeu as lágrimas após o jogo. Sua identificação com o clube é tão forte que ele já considera o Alianza Lima como o time que mais marcou sua trajetória, ao lado de Grêmio e LDU.

O argentino também se destacou no Campeonato Peruano, onde conquistou dois títulos nacionais desde sua chegada. Em 2021, marcou 10 gols em sua primeira temporada, ajudando o clube a voltar à elite após um rebaixamento histórico. No ano seguinte, foram 18 gols em 41 jogos, consolidando sua posição como líder e referência do elenco. Em 2022, Barcos viveu um momento inusitado ao atuar como goleiro nos minutos finais de uma partida contra o Ayacucho, após a expulsão do titular, garantindo a vitória com defesas improváveis.

A longevidade de Barcos impressiona. Ele atribui sua forma física a uma rotina rigorosa de treinos e alimentação, além de uma paixão inabalável pelo futebol. Mesmo com a possibilidade de se aposentar no final de 2025, o atacante hesita em deixar os gramados. A boa fase no Alianza Lima e a emoção de marcar gols em grandes palcos, como a Libertadores, reacendem seu desejo de continuar jogando. Fora de campo, ele já planeja o futuro, com um curso de treinador concluído e uma cafeteria em Lima, que combina café peruano com produtos argentinos.

Momentos marcantes da carreira de Barcos

A trajetória de Hernán Barcos é repleta de episódios que mostram sua versatilidade e impacto no futebol. Abaixo, alguns dos principais destaques:

  • Copa do Brasil de 2012: Barcos foi peça-chave na conquista do título pelo Palmeiras, marcando quatro gols em oito jogos e liderando o time em um ano difícil.
  • Artilheiro no Grêmio: Com 45 gols, tornou-se o maior artilheiro estrangeiro do clube, com atuações decisivas no Campeonato Brasileiro e na Libertadores.
  • Gols na Bombonera: Em 2025, aos 40 anos, marcou contra o Boca Juniors, ajudando o Alianza Lima a avançar na Libertadores, um feito que ele descreve como um sonho.
  • Atuação como goleiro: Em 2022, Barcos assumiu o gol do Alianza Lima nos minutos finais de um jogo, garantindo a vitória e virando notícia no mundo todo.
  • Convocações para a Argentina: Apesar de poucas aparições, Barcos representou a seleção em 2012, um reconhecimento por seu desempenho no Palmeiras.

Passagem pelo Palmeiras em números

A temporada de Barcos no Palmeiras foi intensa e cheia de contrastes. Ele chegou ao clube em janeiro de 2012, com a missão de reforçar o ataque em um ano de expectativas altas. Apesar do rebaixamento no Brasileirão, o argentino teve números expressivos:

  • Jogos disputados: 61
  • Gols marcados: 28
  • Assistências: 7
  • Minutos em campo: Aproximadamente 5.200
  • Principais competições: Campeonato Paulista, Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão

Os números mostram o impacto de Barcos, especialmente na Copa do Brasil, onde seus gols foram decisivos para o título. No Paulista, ele também brilhou, com destaque para os dois gols no clássico contra o São Paulo. Mesmo com o rebaixamento, sua média de 0,46 gol por jogo demonstra consistência, algo raro em um time que enfrentava tantas dificuldades.

Desafios do Palmeiras em 2013

A saída de Barcos ocorreu em um momento crítico para o Palmeiras. Após o rebaixamento em 2012, o clube vivia uma crise financeira e esportiva. A gestão de Paulo Nobre, recém-empossado, tinha o desafio de reconstruir o elenco com recursos limitados. A negociação com o Grêmio foi vista como uma oportunidade de aliviar as contas e trazer novos jogadores, mas o impacto da perda de Barcos foi sentido pela torcida, que via no argentino um símbolo de esperança.

Na Série B de 2013, o Palmeiras conseguiu o acesso com sobras, liderado por nomes como Alan Kardec e Valdivia. No entanto, a ausência de um centroavante com a presença de Barcos foi notada em alguns momentos. A troca envolvendo Vilson, Léo Gago, Rondinelly e Leandro não rendeu o esperado, com poucos dos jogadores se firmando no elenco. A decisão, embora necessária financeiramente, gerou debates que ecoam até hoje, como mostram as recentes declarações de Barcos.

A relação entre o clube e o atacante, porém, nunca se rompeu completamente. Barcos mantém carinho pelo Palmeiras e pela torcida, frequentemente mencionando a importância do clube em sua carreira. Ele destaca que a visibilidade conquistada no Brasil abriu portas para outros mercados, como China e Europa, além de permitir investimentos pessoais que garantem sua estabilidade hoje.

Barcos e a seleção argentina

Outro aspecto relevante da passagem de Barcos pelo Palmeiras foi a proximidade com a seleção argentina. Em 2012, seu desempenho chamou a atenção do técnico Alejandro Sabella, resultando em convocações para amistosos e jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. Ele estreou contra o Brasil, no Superclássico das Américas, mas não conseguiu se firmar, em parte pela forte concorrência com nomes como Lionel Messi, Ángel Di María e Gonzalo Higuaín.

A possibilidade de perder espaço na seleção foi um dos argumentos usados na época da transferência para o Grêmio. Barcos revela que o treinador argentino alertou que jogar na Série B poderia prejudicar suas chances. Mesmo assim, ele inicialmente escolheu ficar, mostrando lealdade ao Palmeiras. A saída, no entanto, garantiu que ele permanecesse em um clube de primeira divisão, algo que, segundo ele, não era sua prioridade, mas acabou sendo inevitável.

Impacto de Barcos no futebol brasileiro

Além do Palmeiras, Barcos deixou sua marca em outros clubes brasileiros. No Grêmio, sua liderança e gols o transformaram em ídolo, mesmo sem títulos. Ele foi peça fundamental em campanhas sólidas no Brasileirão e na Libertadores, com destaque para a temporada de 2013, quando marcou 13 gols no campeonato nacional. Sua saída para a China, em 2015, foi motivada por uma proposta financeira irrecusável, mas ele nunca escondeu o carinho pelo clube gaúcho.

No Cruzeiro, a passagem foi mais curta, mas também vitoriosa. Barcos chegou em 2018 e participou da conquista da Copa do Brasil, marcando gols importantes nas semifinais contra o Palmeiras. Apesar de não repetir o mesmo brilho de antes, sua experiência foi valiosa para o elenco, que contava com jovens promissores. A saída, em 2019, marcou o fim de sua trajetória no Brasil, mas não no futebol sul-americano.

O impacto de Barcos vai além dos números. Sua comemoração de pirata, com a mão simulando um tapa-olho, virou símbolo em todos os clubes por onde passou. No Palmeiras, a torcida adotou o gesto com entusiasmo, criando uma conexão imediata. No Grêmio, o clube usou a imagem em campanhas de marketing, distribuindo tapa-olhos com o número 28, que ele usava. Até hoje, o apelido Pirata acompanha o argentino, reforçando sua personalidade carismática.

Longevidade e planos para o futuro

Aos 40 anos, Barcos desafia o tempo. Sua boa forma física é resultado de disciplina e dedicação, algo que ele destaca como essencial para continuar competindo em alto nível. No Alianza Lima, ele não apenas marca gols, mas também assume um papel de liderança, orientando jovens jogadores e sendo referência em momentos decisivos. A possibilidade de encerrar a carreira no final de 2025 existe, mas ele admite que a paixão pelo jogo pode prolongar sua trajetória.

Fora de campo, Barcos já pensa no próximo capítulo. Ele concluiu um curso de treinador e estuda para atuar como executivo de futebol, área que o atrai mais no momento. Sua cafeteria em Lima, aberta com a esposa, é outro projeto pessoal que reflete sua conexão com o Peru e a Argentina. O negócio combina a cultura dos dois países, oferecendo café peruano de qualidade e produtos típicos argentinos, como alfajores e medialunas.

A relação com o futebol, porém, parece longe de acabar. Barcos vive o esporte há 25 anos e não se imagina distante dos gramados. Ele considera seguir como gestor esportivo, aproveitando a experiência acumulada em diferentes países e culturas. A ideia de retornar ao Brasil, seja como treinador ou dirigente, não está descartada, mas por enquanto ele foca em aproveitar os momentos no Alianza Lima, onde é ídolo incontestável.

Cronologia da carreira de Barcos

A trajetória de Hernán Barcos é um exemplo de versatilidade e adaptação. Abaixo, uma linha do tempo com os principais momentos:

  • 2004: Estreia profissional pelo Racing, na Argentina.
  • 2007: Marca gols pelo Estrela Vermelha, da Sérvia, na Liga Europa.
  • 2011: Brilha na LDU, marcando cinco gols em um único jogo contra o Manta, pela Copa Sul-Americana.
  • 2012: Conquista a Copa do Brasil com o Palmeiras e é convocado para a seleção argentina.
  • 2013-2014: Torna-se o maior artilheiro estrangeiro do Grêmio, com 45 gols.
  • 2015: Joga pelo Tianjin Teda, na China, marcando 15 gols em 29 jogos.
  • 2018: Vence a Copa do Brasil com o Cruzeiro.
  • 2021: Assina com o Alianza Lima e ajuda o clube a voltar à elite peruana.
  • 2025: Artilheiro da Libertadores aos 40 anos, com destaque na vitória sobre o Boca Juniors.

Legado de Barcos no futebol sul-americano

A história de Barcos no futebol vai além dos clubes brasileiros. Sua passagem por equipes como LDU e Alianza Lima mostra sua capacidade de se adaptar a diferentes contextos. No Equador, ele é lembrado como um dos maiores atacantes da história da LDU, com 38 gols em 64 jogos. No Peru, sua liderança foi essencial para a recuperação do Alianza Lima, que voltou a ser competitivo após anos difíceis.

O argentino também carrega uma história de superação. Formado nas categorias de base do Racing, ele enfrentou empréstimos para clubes menores antes de se destacar no exterior. Sua passagem por Paraguai, Equador, Sérvia e China moldou um jogador versátil, capaz de atuar em diferentes sistemas táticos. Essa experiência o tornou um líder natural, respeitado por companheiros e adversários.

No Brasil, Barcos é lembrado não apenas pelos gols, mas pela entrega. Sua identificação com Palmeiras e Grêmio criou laços que resistem ao tempo. Mesmo após a polêmica saída do Palmeiras, ele mantém o respeito pela torcida, que reconhece seu esforço em um dos momentos mais difíceis do clube. No Grêmio, sua imagem como capitão e artilheiro permanece viva, especialmente entre os torcedores que acompanharam a transição para a Arena.

Curiosidades sobre o Pirata

A carreira de Barcos é cheia de histórias que vão além do campo. Abaixo, algumas curiosidades que marcaram sua trajetória:

  • Origem do apelido: O apelido Pirata surgiu no Palmeiras, inspirado em sua comemoração com a mão no olho, que ele já fazia na LDU. A torcida alviverde abraçou o gesto, criando uma identidade única.
  • Gol histórico: Em 2011, Barcos marcou cinco gols em um jogo pela LDU, algo inédito na história do clube equatoriano.
  • Multifuncional: Além de atuar como goleiro no Alianza Lima, ele já jogou como meia e até lateral em momentos de emergência.
  • Paixão por café: Sua cafeteria em Lima reflete seu amor pela culinária argentina e sua adaptação à cultura peruana.
  • Recorde no Grêmio: Até 2017, Barcos era o maior artilheiro da Arena do Grêmio, superado posteriormente por Luan.

Barcos contra o São Paulo: um duelo à parte

Na recente partida contra o São Paulo, pela Libertadores, Barcos voltou a chamar atenção. O jogo, disputado no Morumbi, colocou o argentino frente a frente com um adversário que ele conhece bem. Em sua carreira, enfrentou o Tricolor oito vezes, com apenas uma vitória, pelo Grêmio, em 2013. Seus dois gols contra o São Paulo, ambos no empate de 2012 pelo Paulista, são lembrados como um dos pontos altos de sua passagem pelo Palmeiras.

O confronto de 2025 mostrou que o Pirata ainda tem lenha para queimar. Mesmo com o Alianza Lima em uma fase irregular, Barcos foi uma ameaça constante, exigindo atenção da defesa são-paulina. Sua presença em campo, combinada com a experiência de Paolo Guerrero, outro veterano do time peruano, deu trabalho ao Tricolor, que precisou se desdobrar para segurar o empate. O jogo reforçou a relevância de Barcos, que, mesmo aos 40 anos, continua sendo decisivo em competições de alto nível.

A rivalidade com o São Paulo, aliás, sempre foi especial para Barcos. Ele recorda o clássico de 2012 como um momento de afirmação no Palmeiras, quando mostrou seu potencial em um dos maiores palcos do futebol brasileiro. A torcida alviverde, que lotou o estádio, cantou seu nome, reforçando a conexão que ele mantém com o clube até hoje.

O futuro do Pirata

Enquanto Barcos brilha no Alianza Lima, as especulações sobre seu futuro seguem. Ele já deixou claro que não pretende abandonar o futebol, mesmo que deixe de ser jogador. A possibilidade de atuar como treinador é real, mas a ideia de ser executivo de futebol ganha força. Sua experiência em diferentes mercados e a habilidade de lidar com pressão o qualificam para cargos de gestão, algo que ele já estuda com seriedade.

No Peru, Barcos é tratado como ídolo. Murais com sua imagem enfeitam o bairro de La Victoria, reduto do Alianza Lima, mostrando o impacto que ele tem na torcida. A relação com os torcedores é recíproca, e ele destaca o carinho recebido como um dos motivos para se sentir em casa. A possibilidade de encerrar a carreira no clube peruano é forte, mas ele não descarta surpresas, como um retorno ao Brasil ou à Argentina.

Por enquanto, Barcos vive o presente. Cada gol na Libertadores é celebrado como se fosse o primeiro, e sua energia em campo inspira jogadores mais jovens. A história do Pirata está longe de acabar, e sua trajetória continua a ser escrita com a mesma paixão que o levou de Bell Ville, na Argentina, aos maiores estádios da América do Sul.



Hernán Barcos, o eterno Pirata, voltou a ser destaque no futebol sul-americano. Aos 40 anos, o atacante argentino, atualmente no Alianza Lima, abriu o coração sobre um dos momentos mais marcantes de sua carreira: a saída do Palmeiras em 2013. Em entrevista recente, ele trouxe à tona detalhes da negociação que o levou ao Grêmio, rebatendo afirmações do ex-presidente alviverde Paulo Nobre. Segundo Barcos, a decisão não partiu dele, contrariando a narrativa de que teria escolhido deixar o clube. A revelação reacende memórias de uma época turbulenta para o Palmeiras, marcada por rebaixamento e reconstrução, e mostra como o jogador ainda carrega o peso daquela transferência.

O argentino chegou ao Palmeiras em 2012, vindo da LDU, onde havia brilhado com gols e títulos. Rapidamente, conquistou a torcida com sua entrega e faro de artilheiro, marcando 28 gols em 61 jogos naquela temporada. Mesmo com a conquista da Copa do Brasil, o ano foi difícil, culminando no rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro. Apesar do cenário adverso, Barcos manifestou publicamente o desejo de permanecer, destacando sua identificação com o clube e a torcida. Ele relembra que, mesmo com a possibilidade de perder espaço na seleção argentina, optou por ficar, priorizando o projeto do Palmeiras.

A oferta do Grêmio, no entanto, mudou o rumo da história. A proposta incluía uma troca de jogadores e um alívio financeiro para o Palmeiras, que enfrentava dificuldades econômicas. Barcos relata que a pressão da diretoria, liderada por Paulo Nobre, foi determinante para sua saída. O então presidente argumentou que o clube não poderia manter seu salário, herdado da gestão anterior, e que a negociação traria reforços necessários. O atacante, embora relutante, aceitou, mas com a condição de que a saída fosse comunicada como uma decisão conjunta.

Polêmica com Paulo Nobre ganha novos capítulos

A transferência de Barcos para o Grêmio, em fevereiro de 2013, envolveu a chegada de quatro jogadores ao Palmeiras: Vilson, Léo Gago, Rondinelly e Leandro, além de uma compensação financeira. Na época, a negociação foi vista como uma solução para os problemas financeiros do clube, mas também gerou críticas entre os torcedores, que lamentaram a perda de um dos principais ídolos recentes. Barcos, que havia renovado seu contrato com o Palmeiras meses antes, com salário elevado para cerca de R$ 500 mil e multa rescisória de R$ 58 milhões, era peça central no elenco.

O que mais marcou o argentino, porém, foi a forma como a história foi contada. Ele afirma que havia um acordo interno para que a saída fosse apresentada como uma decisão mútua. No entanto, ao chegar ao Grêmio, soube que Paulo Nobre havia declarado publicamente que Barcos quis deixar o Palmeiras. Essa versão, segundo o atacante, não reflete a realidade. Ele reforça que sua vontade era permanecer, mesmo com o clube na Série B, e que a pressão da diretoria foi o fator decisivo. A revelação traz um novo olhar sobre a gestão de Nobre, que assumiu o Palmeiras em um momento de crise e precisou tomar decisões difíceis.

Barcos também destaca o impacto emocional da transferência. A relação com a torcida alviverde, que o apelidou de Pirata por sua comemoração característica, era forte. Ele relembra momentos como os dois gols marcados no clássico contra o São Paulo, em um empate por 3 a 3 pelo Campeonato Paulista de 2012, como exemplos de sua entrega ao clube. A saída, portanto, deixou marcas, tanto pelo carinho que sentia quanto pela sensação de que sua história no Palmeiras foi mal compreendida.

Trajetória de Barcos após o Palmeiras

Após deixar o Palmeiras, Barcos seguiu sua carreira no Grêmio, onde também deixou sua marca. Em duas temporadas, disputou 112 jogos e marcou 45 gols, tornando-se o maior artilheiro estrangeiro da história do clube até então. Apesar de não conquistar títulos, sua passagem pelo Tricolor gaúcho foi marcada por atuações memoráveis, como os dois gols contra o Corinthians em 2014. O argentino se tornou capitão da equipe e ganhou o carinho da torcida, que adotou a comemoração de pirata, com tapa-olhos distribuídos em ações de marketing.

Em 2015, Barcos decidiu explorar novos horizontes. Sua primeira parada foi o Tianjin Teda, da China, onde atuou por uma temporada, marcando 15 gols em 29 jogos. A experiência no futebol asiático abriu portas para outros desafios. Ele passou pelo Sporting, de Portugal, mas teve poucas oportunidades, disputando apenas oito partidas. Na sequência, retornou à Argentina para defender o Vélez Sarsfield, mas a passagem foi curta e sem o mesmo brilho de outros momentos da carreira.

A trajetória de Barcos continuou com um retorno à LDU, clube onde havia brilhado antes de chegar ao Brasil. No Equador, ele recuperou o bom futebol, marcando gols importantes e reforçando sua reputação como artilheiro. Em 2018, voltou ao Brasil para jogar pelo Cruzeiro, onde conquistou a Copa do Brasil, embora com um papel menos protagonista, marcando três gols em 24 jogos. Após passagens por Atlético Nacional, da Colômbia, e pelo futebol de Bangladesh, o argentino encontrou um novo lar no Alianza Lima, onde está desde 2021.

Barcos no Alianza Lima: um ídolo aos 40 anos

No Alianza Lima, Barcos vive uma fase de protagonismo impressionante para um jogador de 40 anos. Ele é o atual artilheiro da Copa Libertadores, com quatro gols na fase preliminar, incluindo um na Bombonera contra o Boca Juniors, que garantiu a classificação do time peruano. A vitória sobre o gigante argentino, nos pênaltis, foi um dos momentos mais emocionantes da carreira do atacante, que não escondeu as lágrimas após o jogo. Sua identificação com o clube é tão forte que ele já considera o Alianza Lima como o time que mais marcou sua trajetória, ao lado de Grêmio e LDU.

O argentino também se destacou no Campeonato Peruano, onde conquistou dois títulos nacionais desde sua chegada. Em 2021, marcou 10 gols em sua primeira temporada, ajudando o clube a voltar à elite após um rebaixamento histórico. No ano seguinte, foram 18 gols em 41 jogos, consolidando sua posição como líder e referência do elenco. Em 2022, Barcos viveu um momento inusitado ao atuar como goleiro nos minutos finais de uma partida contra o Ayacucho, após a expulsão do titular, garantindo a vitória com defesas improváveis.

A longevidade de Barcos impressiona. Ele atribui sua forma física a uma rotina rigorosa de treinos e alimentação, além de uma paixão inabalável pelo futebol. Mesmo com a possibilidade de se aposentar no final de 2025, o atacante hesita em deixar os gramados. A boa fase no Alianza Lima e a emoção de marcar gols em grandes palcos, como a Libertadores, reacendem seu desejo de continuar jogando. Fora de campo, ele já planeja o futuro, com um curso de treinador concluído e uma cafeteria em Lima, que combina café peruano com produtos argentinos.

Momentos marcantes da carreira de Barcos

A trajetória de Hernán Barcos é repleta de episódios que mostram sua versatilidade e impacto no futebol. Abaixo, alguns dos principais destaques:

  • Copa do Brasil de 2012: Barcos foi peça-chave na conquista do título pelo Palmeiras, marcando quatro gols em oito jogos e liderando o time em um ano difícil.
  • Artilheiro no Grêmio: Com 45 gols, tornou-se o maior artilheiro estrangeiro do clube, com atuações decisivas no Campeonato Brasileiro e na Libertadores.
  • Gols na Bombonera: Em 2025, aos 40 anos, marcou contra o Boca Juniors, ajudando o Alianza Lima a avançar na Libertadores, um feito que ele descreve como um sonho.
  • Atuação como goleiro: Em 2022, Barcos assumiu o gol do Alianza Lima nos minutos finais de um jogo, garantindo a vitória e virando notícia no mundo todo.
  • Convocações para a Argentina: Apesar de poucas aparições, Barcos representou a seleção em 2012, um reconhecimento por seu desempenho no Palmeiras.

Passagem pelo Palmeiras em números

A temporada de Barcos no Palmeiras foi intensa e cheia de contrastes. Ele chegou ao clube em janeiro de 2012, com a missão de reforçar o ataque em um ano de expectativas altas. Apesar do rebaixamento no Brasileirão, o argentino teve números expressivos:

  • Jogos disputados: 61
  • Gols marcados: 28
  • Assistências: 7
  • Minutos em campo: Aproximadamente 5.200
  • Principais competições: Campeonato Paulista, Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão

Os números mostram o impacto de Barcos, especialmente na Copa do Brasil, onde seus gols foram decisivos para o título. No Paulista, ele também brilhou, com destaque para os dois gols no clássico contra o São Paulo. Mesmo com o rebaixamento, sua média de 0,46 gol por jogo demonstra consistência, algo raro em um time que enfrentava tantas dificuldades.

Desafios do Palmeiras em 2013

A saída de Barcos ocorreu em um momento crítico para o Palmeiras. Após o rebaixamento em 2012, o clube vivia uma crise financeira e esportiva. A gestão de Paulo Nobre, recém-empossado, tinha o desafio de reconstruir o elenco com recursos limitados. A negociação com o Grêmio foi vista como uma oportunidade de aliviar as contas e trazer novos jogadores, mas o impacto da perda de Barcos foi sentido pela torcida, que via no argentino um símbolo de esperança.

Na Série B de 2013, o Palmeiras conseguiu o acesso com sobras, liderado por nomes como Alan Kardec e Valdivia. No entanto, a ausência de um centroavante com a presença de Barcos foi notada em alguns momentos. A troca envolvendo Vilson, Léo Gago, Rondinelly e Leandro não rendeu o esperado, com poucos dos jogadores se firmando no elenco. A decisão, embora necessária financeiramente, gerou debates que ecoam até hoje, como mostram as recentes declarações de Barcos.

A relação entre o clube e o atacante, porém, nunca se rompeu completamente. Barcos mantém carinho pelo Palmeiras e pela torcida, frequentemente mencionando a importância do clube em sua carreira. Ele destaca que a visibilidade conquistada no Brasil abriu portas para outros mercados, como China e Europa, além de permitir investimentos pessoais que garantem sua estabilidade hoje.

Barcos e a seleção argentina

Outro aspecto relevante da passagem de Barcos pelo Palmeiras foi a proximidade com a seleção argentina. Em 2012, seu desempenho chamou a atenção do técnico Alejandro Sabella, resultando em convocações para amistosos e jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. Ele estreou contra o Brasil, no Superclássico das Américas, mas não conseguiu se firmar, em parte pela forte concorrência com nomes como Lionel Messi, Ángel Di María e Gonzalo Higuaín.

A possibilidade de perder espaço na seleção foi um dos argumentos usados na época da transferência para o Grêmio. Barcos revela que o treinador argentino alertou que jogar na Série B poderia prejudicar suas chances. Mesmo assim, ele inicialmente escolheu ficar, mostrando lealdade ao Palmeiras. A saída, no entanto, garantiu que ele permanecesse em um clube de primeira divisão, algo que, segundo ele, não era sua prioridade, mas acabou sendo inevitável.

Impacto de Barcos no futebol brasileiro

Além do Palmeiras, Barcos deixou sua marca em outros clubes brasileiros. No Grêmio, sua liderança e gols o transformaram em ídolo, mesmo sem títulos. Ele foi peça fundamental em campanhas sólidas no Brasileirão e na Libertadores, com destaque para a temporada de 2013, quando marcou 13 gols no campeonato nacional. Sua saída para a China, em 2015, foi motivada por uma proposta financeira irrecusável, mas ele nunca escondeu o carinho pelo clube gaúcho.

No Cruzeiro, a passagem foi mais curta, mas também vitoriosa. Barcos chegou em 2018 e participou da conquista da Copa do Brasil, marcando gols importantes nas semifinais contra o Palmeiras. Apesar de não repetir o mesmo brilho de antes, sua experiência foi valiosa para o elenco, que contava com jovens promissores. A saída, em 2019, marcou o fim de sua trajetória no Brasil, mas não no futebol sul-americano.

O impacto de Barcos vai além dos números. Sua comemoração de pirata, com a mão simulando um tapa-olho, virou símbolo em todos os clubes por onde passou. No Palmeiras, a torcida adotou o gesto com entusiasmo, criando uma conexão imediata. No Grêmio, o clube usou a imagem em campanhas de marketing, distribuindo tapa-olhos com o número 28, que ele usava. Até hoje, o apelido Pirata acompanha o argentino, reforçando sua personalidade carismática.

Longevidade e planos para o futuro

Aos 40 anos, Barcos desafia o tempo. Sua boa forma física é resultado de disciplina e dedicação, algo que ele destaca como essencial para continuar competindo em alto nível. No Alianza Lima, ele não apenas marca gols, mas também assume um papel de liderança, orientando jovens jogadores e sendo referência em momentos decisivos. A possibilidade de encerrar a carreira no final de 2025 existe, mas ele admite que a paixão pelo jogo pode prolongar sua trajetória.

Fora de campo, Barcos já pensa no próximo capítulo. Ele concluiu um curso de treinador e estuda para atuar como executivo de futebol, área que o atrai mais no momento. Sua cafeteria em Lima, aberta com a esposa, é outro projeto pessoal que reflete sua conexão com o Peru e a Argentina. O negócio combina a cultura dos dois países, oferecendo café peruano de qualidade e produtos típicos argentinos, como alfajores e medialunas.

A relação com o futebol, porém, parece longe de acabar. Barcos vive o esporte há 25 anos e não se imagina distante dos gramados. Ele considera seguir como gestor esportivo, aproveitando a experiência acumulada em diferentes países e culturas. A ideia de retornar ao Brasil, seja como treinador ou dirigente, não está descartada, mas por enquanto ele foca em aproveitar os momentos no Alianza Lima, onde é ídolo incontestável.

Cronologia da carreira de Barcos

A trajetória de Hernán Barcos é um exemplo de versatilidade e adaptação. Abaixo, uma linha do tempo com os principais momentos:

  • 2004: Estreia profissional pelo Racing, na Argentina.
  • 2007: Marca gols pelo Estrela Vermelha, da Sérvia, na Liga Europa.
  • 2011: Brilha na LDU, marcando cinco gols em um único jogo contra o Manta, pela Copa Sul-Americana.
  • 2012: Conquista a Copa do Brasil com o Palmeiras e é convocado para a seleção argentina.
  • 2013-2014: Torna-se o maior artilheiro estrangeiro do Grêmio, com 45 gols.
  • 2015: Joga pelo Tianjin Teda, na China, marcando 15 gols em 29 jogos.
  • 2018: Vence a Copa do Brasil com o Cruzeiro.
  • 2021: Assina com o Alianza Lima e ajuda o clube a voltar à elite peruana.
  • 2025: Artilheiro da Libertadores aos 40 anos, com destaque na vitória sobre o Boca Juniors.

Legado de Barcos no futebol sul-americano

A história de Barcos no futebol vai além dos clubes brasileiros. Sua passagem por equipes como LDU e Alianza Lima mostra sua capacidade de se adaptar a diferentes contextos. No Equador, ele é lembrado como um dos maiores atacantes da história da LDU, com 38 gols em 64 jogos. No Peru, sua liderança foi essencial para a recuperação do Alianza Lima, que voltou a ser competitivo após anos difíceis.

O argentino também carrega uma história de superação. Formado nas categorias de base do Racing, ele enfrentou empréstimos para clubes menores antes de se destacar no exterior. Sua passagem por Paraguai, Equador, Sérvia e China moldou um jogador versátil, capaz de atuar em diferentes sistemas táticos. Essa experiência o tornou um líder natural, respeitado por companheiros e adversários.

No Brasil, Barcos é lembrado não apenas pelos gols, mas pela entrega. Sua identificação com Palmeiras e Grêmio criou laços que resistem ao tempo. Mesmo após a polêmica saída do Palmeiras, ele mantém o respeito pela torcida, que reconhece seu esforço em um dos momentos mais difíceis do clube. No Grêmio, sua imagem como capitão e artilheiro permanece viva, especialmente entre os torcedores que acompanharam a transição para a Arena.

Curiosidades sobre o Pirata

A carreira de Barcos é cheia de histórias que vão além do campo. Abaixo, algumas curiosidades que marcaram sua trajetória:

  • Origem do apelido: O apelido Pirata surgiu no Palmeiras, inspirado em sua comemoração com a mão no olho, que ele já fazia na LDU. A torcida alviverde abraçou o gesto, criando uma identidade única.
  • Gol histórico: Em 2011, Barcos marcou cinco gols em um jogo pela LDU, algo inédito na história do clube equatoriano.
  • Multifuncional: Além de atuar como goleiro no Alianza Lima, ele já jogou como meia e até lateral em momentos de emergência.
  • Paixão por café: Sua cafeteria em Lima reflete seu amor pela culinária argentina e sua adaptação à cultura peruana.
  • Recorde no Grêmio: Até 2017, Barcos era o maior artilheiro da Arena do Grêmio, superado posteriormente por Luan.

Barcos contra o São Paulo: um duelo à parte

Na recente partida contra o São Paulo, pela Libertadores, Barcos voltou a chamar atenção. O jogo, disputado no Morumbi, colocou o argentino frente a frente com um adversário que ele conhece bem. Em sua carreira, enfrentou o Tricolor oito vezes, com apenas uma vitória, pelo Grêmio, em 2013. Seus dois gols contra o São Paulo, ambos no empate de 2012 pelo Paulista, são lembrados como um dos pontos altos de sua passagem pelo Palmeiras.

O confronto de 2025 mostrou que o Pirata ainda tem lenha para queimar. Mesmo com o Alianza Lima em uma fase irregular, Barcos foi uma ameaça constante, exigindo atenção da defesa são-paulina. Sua presença em campo, combinada com a experiência de Paolo Guerrero, outro veterano do time peruano, deu trabalho ao Tricolor, que precisou se desdobrar para segurar o empate. O jogo reforçou a relevância de Barcos, que, mesmo aos 40 anos, continua sendo decisivo em competições de alto nível.

A rivalidade com o São Paulo, aliás, sempre foi especial para Barcos. Ele recorda o clássico de 2012 como um momento de afirmação no Palmeiras, quando mostrou seu potencial em um dos maiores palcos do futebol brasileiro. A torcida alviverde, que lotou o estádio, cantou seu nome, reforçando a conexão que ele mantém com o clube até hoje.

O futuro do Pirata

Enquanto Barcos brilha no Alianza Lima, as especulações sobre seu futuro seguem. Ele já deixou claro que não pretende abandonar o futebol, mesmo que deixe de ser jogador. A possibilidade de atuar como treinador é real, mas a ideia de ser executivo de futebol ganha força. Sua experiência em diferentes mercados e a habilidade de lidar com pressão o qualificam para cargos de gestão, algo que ele já estuda com seriedade.

No Peru, Barcos é tratado como ídolo. Murais com sua imagem enfeitam o bairro de La Victoria, reduto do Alianza Lima, mostrando o impacto que ele tem na torcida. A relação com os torcedores é recíproca, e ele destaca o carinho recebido como um dos motivos para se sentir em casa. A possibilidade de encerrar a carreira no clube peruano é forte, mas ele não descarta surpresas, como um retorno ao Brasil ou à Argentina.

Por enquanto, Barcos vive o presente. Cada gol na Libertadores é celebrado como se fosse o primeiro, e sua energia em campo inspira jogadores mais jovens. A história do Pirata está longe de acabar, e sua trajetória continua a ser escrita com a mesma paixão que o levou de Bell Ville, na Argentina, aos maiores estádios da América do Sul.



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