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18 Apr 2025, Fri

Cássio cobra reação do Cruzeiro após 14 jogos seguidos sofrendo gols na temporada

Cassio


O Cruzeiro vive um momento delicado na temporada, e a derrota por 2 a 1 para o Mushuc Runa, do Equador, nesta quarta-feira (9), no Mineirão, acendeu ainda mais o sinal de alerta. Pela segunda rodada da Copa Sul-Americana, o time mineiro não conseguiu segurar o adversário em casa e amargou o segundo revés seguido na competição. O goleiro Cássio, um dos pilares da equipe, não escondeu a frustração com o desempenho defensivo, apontando falhas recorrentes que têm custado caro. Segundo ele, o time já sofreu gols em 14 partidas consecutivas em 2025, um número que reflete a fragilidade do sistema defensivo e preocupa para a sequência do ano.

Na saída de campo, o camisa 1 foi direto ao criticar os erros coletivos que culminaram nos gols equatorianos. Ele destacou que o primeiro tento, marcado por Orejuela aos 29 minutos do primeiro tempo, nasceu de um posicionamento equivocado, com o adversário livre na área. O segundo, anotado por Bentaberry aos 32 da etapa final, também expôs falhas de comunicação e organização. Para Cássio, a repetição desses problemas não pode continuar se o Cruzeiro quiser reverter a situação crítica na competição continental e em outros torneios que disputa.

A pressão sobre o goleiro tem sido constante, mas ele fez questão de dividir a responsabilidade. Com uma carreira consolidada e experiência em grandes clubes, Cássio afirmou estar cansado de ser o foco das críticas a cada gol sofrido. Ele pediu mais comprometimento de todo o elenco para corrigir os deslizes que têm colocado o time em desvantagem nos placares, especialmente em jogos decisivos como o desta semana.

Fragilidade defensiva exposta no Mineirão

O jogo contra o Mushuc Runa foi disputado com portões fechados no Mineirão, uma punição imposta pela Conmebol devido a incidentes em 2024. Mesmo sem o apoio da torcida, o Cruzeiro precisava da vitória para se recuperar da derrota na estreia da Sul-Americana, quando perdeu por 1 a 0 para o Unión de Santa Fé, na Argentina. No entanto, o que se viu foi mais um capítulo de dificuldades defensivas. Apesar de Gabigol ter igualado o placar aos 22 minutos do segundo tempo, a equipe não conseguiu manter a solidez e acabou cedendo a virada.

Cássio reconheceu que o ataque tem funcionado, com nomes como Gabigol, Dudu e Matheus Pereira criando oportunidades. Porém, ele enfatizou que o sucesso ofensivo não basta se a defesa não acompanhar o ritmo. Dos 17 jogos disputados na temporada até agora, o Cruzeiro só conseguiu sair de campo sem ser vazado em duas ocasiões. Essa estatística alarmante coloca o time entre os mais vulneráveis entre as equipes da Série A do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana.

A derrota em casa deixou o Cruzeiro na lanterna do Grupo E, com zero ponto após duas rodadas. Enquanto isso, o Mushuc Runa assumiu a liderança isolada com seis pontos, seguido por Palestino e Unión de Santa Fé, ambos com três. A situação torna a classificação para as oitavas de final uma missão quase impossível, exigindo uma campanha perfeita nas quatro partidas restantes da fase de grupos.

Cássio aponta o caminho para a recuperação

Diante do cenário adverso, Cássio não se limitou a críticas. O goleiro sugeriu um plano de ação para reverter o quadro: mais trabalho nos treinos, análise de vídeos e repetição de fundamentos defensivos. Ele acredita que a solução passa por identificar os erros em detalhes e corrigi-los coletivamente. Para o experiente jogador, a união do elenco será fundamental para superar os desafios que o time enfrenta não só na Sul-Americana, mas também no Brasileirão e em outras competições.

O camisa 1 também chamou a atenção para o impacto psicológico de sair atrás no placar em quase todos os jogos. Segundo ele, a necessidade de correr atrás do resultado desgasta o time física e mentalmente, comprometendo o desempenho em momentos cruciais. A falta de consistência defensiva tem sido um obstáculo que o Cruzeiro precisa superar urgentemente, especialmente em uma competição como a Sul-Americana, onde cada ponto é decisivo.

Outro ponto levantado por Cássio foi a importância de melhorar a comunicação em campo. Ele citou os gols sofridos contra o Mushuc Runa como exemplos claros de falhas que poderiam ser evitadas com melhor entrosamento entre os defensores. Para o goleiro, esses “erros infantis” não condizem com o nível de um clube como o Cruzeiro, que investiu pesado em reforços para a temporada e tem ambições elevadas.

Números preocupantes da defesa celeste

Os números reforçam as palavras de Cássio. Em 17 partidas disputadas em 2025, o Cruzeiro sofreu 26 gols, uma média de mais de 1,5 por jogo. Em contrapartida, o ataque marcou 23 vezes, mostrando que o problema não está na criação de jogadas, mas sim na proteção da meta. Cássio, apesar das críticas que recebe, já realizou 92 defesas na temporada, sendo 53 em finalizações dentro da área, números que evidenciam o volume de trabalho que o goleiro tem enfrentado.

Na Sul-Americana, a situação é ainda mais crítica. Após duas rodadas, o time mineiro soma duas derrotas, três gols sofridos e apenas um marcado. A combinação de resultados negativos e atuações defensivas frágeis coloca o Cruzeiro em uma posição delicada, dependendo de vitórias convincentes nos próximos jogos para manter viva a esperança de avançar na competição.

  • Jogos sem sofrer gols: 2 em 17 partidas
  • Gols sofridos: 26 na temporada
  • Média de gols sofridos por jogo: 1,53
  • Derrotas na Sul-Americana: 2 em 2 jogos

Pressão aumenta sobre Leonardo Jardim

A sequência de resultados ruins também coloca o técnico Leonardo Jardim sob escrutínio. Contratado para elevar o patamar do Cruzeiro em 2025, o português ainda não conseguiu dar consistência ao time. A derrota para o Mushuc Runa foi mais um golpe em um início de temporada já turbulento, marcado por eliminações no Campeonato Mineiro e tropeços no Brasileirão. Pedro Lourenço, dono da SAF do clube, já admitiu publicamente que as contratações feitas para o ano não renderam o esperado, aumentando a cobrança sobre o treinador e o elenco.

No jogo desta quarta-feira, Jardim escalou Cássio; William, Fabrício Bruno, Jonathan e Marlon; Lucas Romero, Matheus Henrique; Eduardo, Matheus Pereira, Dudu; e Gabigol. Apesar do elenco recheado de nomes conhecidos, a falta de entrosamento e os erros defensivos persistem. Substituições como Wanderson, Kaio Jorge e Rodriguinho entraram no decorrer da partida, mas não conseguiram evitar a virada equatoriana.

A torcida, mesmo ausente do estádio devido à punição, tem manifestado insatisfação nas redes sociais e nas ruas. O Mineirão, que deveria ser um trunfo para o Cruzeiro, virou palco de mais uma decepção, e o clima nos bastidores é de urgência por mudanças.

Desafios na Copa Sul-Americana

Com a derrota em casa, o Cruzeiro agora enfrenta um caminho espinhoso na Copa Sul-Americana. Restam quatro jogos na fase de grupos, e o time precisará vencer todos para ter chances reais de classificação. O próximo confronto será contra o Palestino, no dia 23 de abril, no Estádio Francisco Sánchez Rumoroso, em Coquimbo, no Chile. A partida é vista como um divisor de águas para as pretensões da equipe na competição.

O Grupo E está embolado, mas o Mushuc Runa desponta como favorito após duas vitórias consecutivas. O Cruzeiro, por outro lado, terá que superar não só os adversários, mas também suas próprias limitações defensivas. Cássio deixou claro que a situação é “bem difícil”, mas não impossível, desde que o time consiga ajustar o sistema defensivo e evitar os erros que têm sido fatais.

Além do Palestino, o Cruzeiro ainda enfrentará o Unión de Santa Fé, fora de casa, e o Mushuc Runa, novamente, no Equador. Cada jogo será uma batalha pela sobrevivência na competição, e o goleiro sabe que o sucesso dependerá de um esforço coletivo para estancar a sangria de gols sofridos.

Um time em busca de equilíbrio

O Cruzeiro entrou em 2025 com grandes expectativas após alcançar a final da Sul-Americana em 2024, quando perdeu para o Racing, da Argentina. A chegada de reforços como Gabigol, Dudu e Lautaro Díaz alimentou o sonho de conquistas, mas o desempenho defensivo tem sido o calcanhar de Aquiles da equipe. Cássio, com sua experiência de títulos no Corinthians, tenta liderar o grupo em meio à crise, mas reconhece que sozinho não pode resolver os problemas.

A fragilidade defensiva não é novidade para o torcedor celeste. Desde o início da temporada, o time tem mostrado dificuldades para manter a meta intacta, seja no Campeonato Mineiro, no Brasileirão ou na Sul-Americana. A eliminação nas semifinais do estadual para o América-MG e a derrota recente por 3 a 0 para o Internacional no Brasileirão são exemplos de como os erros defensivos têm custado caro.

Para o goleiro, o ataque tem feito sua parte, mas o equilíbrio entre os setores é essencial. Jogadores como Matheus Pereira e Gabigol têm se destacado na criação e na finalização, mas os gols sofridos anulam os esforços ofensivos. A busca por esse equilíbrio será o grande desafio de Leonardo Jardim nas próximas semanas.

Calendário decisivo pela frente

O Cruzeiro não terá tempo para lamentações. Após a derrota para o Mushuc Runa, o time volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro, onde enfrenta o São Paulo no dia 13 de abril, no Morumbi. O confronto será mais um teste para a defesa celeste, que precisará se segurar contra um adversário tradicionalmente forte em casa.

Na Sul-Americana, o calendário da fase de grupos segue assim:

  • 23 de abril: Palestino x Cruzeiro, em Coquimbo
  • Data a definir: Cruzeiro x Unión de Santa Fé, no Mineirão
  • Data a definir: Mushuc Runa x Cruzeiro, no Equador
  • Data a definir: Cruzeiro x Palestino, no Mineirão

Cada partida será crucial para as ambições do Cruzeiro, que precisa somar pontos rapidamente para sair da lanterna do grupo e sonhar com a classificação.

Erros que custam caro

Analisando os gols sofridos contra o Mushuc Runa, fica evidente o que Cássio chamou de “erros infantis”. No primeiro, Orejuela aproveitou uma falha de marcação para cabecear livre na área. No segundo, Bentaberry finalizou após um cruzamento que expôs a desorganização da zaga. Marlon, Jonathan e Fabrício Bruno, titulares na partida, não conseguiram conter os avanços equatorianos, enquanto os laterais William e Marlon também deixaram espaços.

Cássio, mesmo com defesas importantes ao longo do jogo, não pôde evitar o resultado. Ele destacou que os problemas começam na origem das jogadas, muitas vezes com passes errados ou falta de cobertura no meio-campo. Lucas Romero e Matheus Henrique, responsáveis pela proteção da defesa, também não tiveram uma noite inspirada, permitindo que o Mushuc Runa chegasse com facilidade à área.

Esses deslizes têm sido uma constante na temporada. Em jogos anteriores, como a estreia na Sul-Americana contra o Unión de Santa Fé, o Cruzeiro também sofreu com falhas individuais e coletivas, culminando em um gol nos acréscimos que selou a derrota por 1 a 0. A repetição desses cenários preocupa o elenco e a comissão técnica.

Liderança de Cássio em xeque

Com uma carreira vitoriosa, que inclui títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes pelo Corinthians, Cássio chegou ao Cruzeiro para ser uma referência dentro e fora de campo. Aos 37 anos, ele mantém o reflexo apurado e a presença de área que o tornaram um dos maiores goleiros do futebol brasileiro. No entanto, a sequência de gols sofridos tem colocado sua liderança sob pressão.

O goleiro não foge da responsabilidade, mas deixa claro que o problema é sistêmico. Suas 92 defesas na temporada mostram que ele tem sido exigido além do normal, muitas vezes salvando o time de placares ainda mais elásticos. Contra o Internacional, por exemplo, Cássio fez cinco defesas difíceis, mas não evitou a derrota por 3 a 0, evidenciando a fragilidade dos companheiros à sua frente.

A torcida reconhece o esforço do camisa 1, mas a paciência com o desempenho geral do time está se esgotando. Nas redes sociais, os torcedores cobram mudanças no esquema tático e até na escalação, apontando nomes como Fabrício Bruno e Marlon como elos fracos na defesa.

O que esperar do próximo jogo

O duelo contra o Palestino, no dia 23 de abril, será um teste de fogo para o Cruzeiro. O time chileno vem de uma vitória sobre o Unión de Santa Fé na primeira rodada e buscará aproveitar o fator casa em Coquimbo para somar mais três pontos. Para o Cruzeiro, a partida é uma oportunidade de mostrar evolução defensiva e recuperar a confiança abalada pelas últimas derrotas.

Leonardo Jardim terá cerca de duas semanas para ajustar o time, trabalhando os pontos destacados por Cássio: posicionamento, comunicação e repetição de fundamentos. A expectativa é que o treinador consiga dar mais solidez ao sistema defensivo, possivelmente promovendo mudanças na zaga ou no meio-campo para conter os ataques adversários.

O histórico do Cruzeiro na Sul-Americana mostra que o clube já teve campanhas sólidas, como em 2024, quando chegou à final. No entanto, a edição atual exige uma reação imediata para evitar uma eliminação precoce, algo que seria um duro golpe para um elenco montado com investimentos altos e pretensões de título.

Foco no coletivo

Cássio encerrou sua entrevista após o jogo com um recado claro: o Cruzeiro é um time, e a solução para os problemas defensivos passa por todos. Ele pediu mais atenção aos detalhes e reforçou que o grupo precisa assumir a responsabilidade pelos resultados. A união, segundo o goleiro, será a chave para superar a fase ruim e voltar a brigar por vitórias.

O camisa 1 também elogiou o potencial do elenco, destacando que o ataque tem qualidade para decidir jogos. Nomes como Gabigol, com passagem vitoriosa pelo Flamengo, e Dudu, ex-Palmeiras, são trunfos que o Cruzeiro pode explorar, desde que a defesa consiga dar sustentação. A combinação de talento ofensivo com uma retaguarda mais segura é o que o time busca para os próximos desafios.

A pressão por resultados cresce a cada rodada, e o Cruzeiro sabe que não há mais margem para erros. Com o apoio de Cássio e a experiência de Leonardo Jardim, o clube tenta encontrar o caminho de volta às vitórias, começando pelo confronto no Chile.



O Cruzeiro vive um momento delicado na temporada, e a derrota por 2 a 1 para o Mushuc Runa, do Equador, nesta quarta-feira (9), no Mineirão, acendeu ainda mais o sinal de alerta. Pela segunda rodada da Copa Sul-Americana, o time mineiro não conseguiu segurar o adversário em casa e amargou o segundo revés seguido na competição. O goleiro Cássio, um dos pilares da equipe, não escondeu a frustração com o desempenho defensivo, apontando falhas recorrentes que têm custado caro. Segundo ele, o time já sofreu gols em 14 partidas consecutivas em 2025, um número que reflete a fragilidade do sistema defensivo e preocupa para a sequência do ano.

Na saída de campo, o camisa 1 foi direto ao criticar os erros coletivos que culminaram nos gols equatorianos. Ele destacou que o primeiro tento, marcado por Orejuela aos 29 minutos do primeiro tempo, nasceu de um posicionamento equivocado, com o adversário livre na área. O segundo, anotado por Bentaberry aos 32 da etapa final, também expôs falhas de comunicação e organização. Para Cássio, a repetição desses problemas não pode continuar se o Cruzeiro quiser reverter a situação crítica na competição continental e em outros torneios que disputa.

A pressão sobre o goleiro tem sido constante, mas ele fez questão de dividir a responsabilidade. Com uma carreira consolidada e experiência em grandes clubes, Cássio afirmou estar cansado de ser o foco das críticas a cada gol sofrido. Ele pediu mais comprometimento de todo o elenco para corrigir os deslizes que têm colocado o time em desvantagem nos placares, especialmente em jogos decisivos como o desta semana.

Fragilidade defensiva exposta no Mineirão

O jogo contra o Mushuc Runa foi disputado com portões fechados no Mineirão, uma punição imposta pela Conmebol devido a incidentes em 2024. Mesmo sem o apoio da torcida, o Cruzeiro precisava da vitória para se recuperar da derrota na estreia da Sul-Americana, quando perdeu por 1 a 0 para o Unión de Santa Fé, na Argentina. No entanto, o que se viu foi mais um capítulo de dificuldades defensivas. Apesar de Gabigol ter igualado o placar aos 22 minutos do segundo tempo, a equipe não conseguiu manter a solidez e acabou cedendo a virada.

Cássio reconheceu que o ataque tem funcionado, com nomes como Gabigol, Dudu e Matheus Pereira criando oportunidades. Porém, ele enfatizou que o sucesso ofensivo não basta se a defesa não acompanhar o ritmo. Dos 17 jogos disputados na temporada até agora, o Cruzeiro só conseguiu sair de campo sem ser vazado em duas ocasiões. Essa estatística alarmante coloca o time entre os mais vulneráveis entre as equipes da Série A do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana.

A derrota em casa deixou o Cruzeiro na lanterna do Grupo E, com zero ponto após duas rodadas. Enquanto isso, o Mushuc Runa assumiu a liderança isolada com seis pontos, seguido por Palestino e Unión de Santa Fé, ambos com três. A situação torna a classificação para as oitavas de final uma missão quase impossível, exigindo uma campanha perfeita nas quatro partidas restantes da fase de grupos.

Cássio aponta o caminho para a recuperação

Diante do cenário adverso, Cássio não se limitou a críticas. O goleiro sugeriu um plano de ação para reverter o quadro: mais trabalho nos treinos, análise de vídeos e repetição de fundamentos defensivos. Ele acredita que a solução passa por identificar os erros em detalhes e corrigi-los coletivamente. Para o experiente jogador, a união do elenco será fundamental para superar os desafios que o time enfrenta não só na Sul-Americana, mas também no Brasileirão e em outras competições.

O camisa 1 também chamou a atenção para o impacto psicológico de sair atrás no placar em quase todos os jogos. Segundo ele, a necessidade de correr atrás do resultado desgasta o time física e mentalmente, comprometendo o desempenho em momentos cruciais. A falta de consistência defensiva tem sido um obstáculo que o Cruzeiro precisa superar urgentemente, especialmente em uma competição como a Sul-Americana, onde cada ponto é decisivo.

Outro ponto levantado por Cássio foi a importância de melhorar a comunicação em campo. Ele citou os gols sofridos contra o Mushuc Runa como exemplos claros de falhas que poderiam ser evitadas com melhor entrosamento entre os defensores. Para o goleiro, esses “erros infantis” não condizem com o nível de um clube como o Cruzeiro, que investiu pesado em reforços para a temporada e tem ambições elevadas.

Números preocupantes da defesa celeste

Os números reforçam as palavras de Cássio. Em 17 partidas disputadas em 2025, o Cruzeiro sofreu 26 gols, uma média de mais de 1,5 por jogo. Em contrapartida, o ataque marcou 23 vezes, mostrando que o problema não está na criação de jogadas, mas sim na proteção da meta. Cássio, apesar das críticas que recebe, já realizou 92 defesas na temporada, sendo 53 em finalizações dentro da área, números que evidenciam o volume de trabalho que o goleiro tem enfrentado.

Na Sul-Americana, a situação é ainda mais crítica. Após duas rodadas, o time mineiro soma duas derrotas, três gols sofridos e apenas um marcado. A combinação de resultados negativos e atuações defensivas frágeis coloca o Cruzeiro em uma posição delicada, dependendo de vitórias convincentes nos próximos jogos para manter viva a esperança de avançar na competição.

  • Jogos sem sofrer gols: 2 em 17 partidas
  • Gols sofridos: 26 na temporada
  • Média de gols sofridos por jogo: 1,53
  • Derrotas na Sul-Americana: 2 em 2 jogos

Pressão aumenta sobre Leonardo Jardim

A sequência de resultados ruins também coloca o técnico Leonardo Jardim sob escrutínio. Contratado para elevar o patamar do Cruzeiro em 2025, o português ainda não conseguiu dar consistência ao time. A derrota para o Mushuc Runa foi mais um golpe em um início de temporada já turbulento, marcado por eliminações no Campeonato Mineiro e tropeços no Brasileirão. Pedro Lourenço, dono da SAF do clube, já admitiu publicamente que as contratações feitas para o ano não renderam o esperado, aumentando a cobrança sobre o treinador e o elenco.

No jogo desta quarta-feira, Jardim escalou Cássio; William, Fabrício Bruno, Jonathan e Marlon; Lucas Romero, Matheus Henrique; Eduardo, Matheus Pereira, Dudu; e Gabigol. Apesar do elenco recheado de nomes conhecidos, a falta de entrosamento e os erros defensivos persistem. Substituições como Wanderson, Kaio Jorge e Rodriguinho entraram no decorrer da partida, mas não conseguiram evitar a virada equatoriana.

A torcida, mesmo ausente do estádio devido à punição, tem manifestado insatisfação nas redes sociais e nas ruas. O Mineirão, que deveria ser um trunfo para o Cruzeiro, virou palco de mais uma decepção, e o clima nos bastidores é de urgência por mudanças.

Desafios na Copa Sul-Americana

Com a derrota em casa, o Cruzeiro agora enfrenta um caminho espinhoso na Copa Sul-Americana. Restam quatro jogos na fase de grupos, e o time precisará vencer todos para ter chances reais de classificação. O próximo confronto será contra o Palestino, no dia 23 de abril, no Estádio Francisco Sánchez Rumoroso, em Coquimbo, no Chile. A partida é vista como um divisor de águas para as pretensões da equipe na competição.

O Grupo E está embolado, mas o Mushuc Runa desponta como favorito após duas vitórias consecutivas. O Cruzeiro, por outro lado, terá que superar não só os adversários, mas também suas próprias limitações defensivas. Cássio deixou claro que a situação é “bem difícil”, mas não impossível, desde que o time consiga ajustar o sistema defensivo e evitar os erros que têm sido fatais.

Além do Palestino, o Cruzeiro ainda enfrentará o Unión de Santa Fé, fora de casa, e o Mushuc Runa, novamente, no Equador. Cada jogo será uma batalha pela sobrevivência na competição, e o goleiro sabe que o sucesso dependerá de um esforço coletivo para estancar a sangria de gols sofridos.

Um time em busca de equilíbrio

O Cruzeiro entrou em 2025 com grandes expectativas após alcançar a final da Sul-Americana em 2024, quando perdeu para o Racing, da Argentina. A chegada de reforços como Gabigol, Dudu e Lautaro Díaz alimentou o sonho de conquistas, mas o desempenho defensivo tem sido o calcanhar de Aquiles da equipe. Cássio, com sua experiência de títulos no Corinthians, tenta liderar o grupo em meio à crise, mas reconhece que sozinho não pode resolver os problemas.

A fragilidade defensiva não é novidade para o torcedor celeste. Desde o início da temporada, o time tem mostrado dificuldades para manter a meta intacta, seja no Campeonato Mineiro, no Brasileirão ou na Sul-Americana. A eliminação nas semifinais do estadual para o América-MG e a derrota recente por 3 a 0 para o Internacional no Brasileirão são exemplos de como os erros defensivos têm custado caro.

Para o goleiro, o ataque tem feito sua parte, mas o equilíbrio entre os setores é essencial. Jogadores como Matheus Pereira e Gabigol têm se destacado na criação e na finalização, mas os gols sofridos anulam os esforços ofensivos. A busca por esse equilíbrio será o grande desafio de Leonardo Jardim nas próximas semanas.

Calendário decisivo pela frente

O Cruzeiro não terá tempo para lamentações. Após a derrota para o Mushuc Runa, o time volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro, onde enfrenta o São Paulo no dia 13 de abril, no Morumbi. O confronto será mais um teste para a defesa celeste, que precisará se segurar contra um adversário tradicionalmente forte em casa.

Na Sul-Americana, o calendário da fase de grupos segue assim:

  • 23 de abril: Palestino x Cruzeiro, em Coquimbo
  • Data a definir: Cruzeiro x Unión de Santa Fé, no Mineirão
  • Data a definir: Mushuc Runa x Cruzeiro, no Equador
  • Data a definir: Cruzeiro x Palestino, no Mineirão

Cada partida será crucial para as ambições do Cruzeiro, que precisa somar pontos rapidamente para sair da lanterna do grupo e sonhar com a classificação.

Erros que custam caro

Analisando os gols sofridos contra o Mushuc Runa, fica evidente o que Cássio chamou de “erros infantis”. No primeiro, Orejuela aproveitou uma falha de marcação para cabecear livre na área. No segundo, Bentaberry finalizou após um cruzamento que expôs a desorganização da zaga. Marlon, Jonathan e Fabrício Bruno, titulares na partida, não conseguiram conter os avanços equatorianos, enquanto os laterais William e Marlon também deixaram espaços.

Cássio, mesmo com defesas importantes ao longo do jogo, não pôde evitar o resultado. Ele destacou que os problemas começam na origem das jogadas, muitas vezes com passes errados ou falta de cobertura no meio-campo. Lucas Romero e Matheus Henrique, responsáveis pela proteção da defesa, também não tiveram uma noite inspirada, permitindo que o Mushuc Runa chegasse com facilidade à área.

Esses deslizes têm sido uma constante na temporada. Em jogos anteriores, como a estreia na Sul-Americana contra o Unión de Santa Fé, o Cruzeiro também sofreu com falhas individuais e coletivas, culminando em um gol nos acréscimos que selou a derrota por 1 a 0. A repetição desses cenários preocupa o elenco e a comissão técnica.

Liderança de Cássio em xeque

Com uma carreira vitoriosa, que inclui títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes pelo Corinthians, Cássio chegou ao Cruzeiro para ser uma referência dentro e fora de campo. Aos 37 anos, ele mantém o reflexo apurado e a presença de área que o tornaram um dos maiores goleiros do futebol brasileiro. No entanto, a sequência de gols sofridos tem colocado sua liderança sob pressão.

O goleiro não foge da responsabilidade, mas deixa claro que o problema é sistêmico. Suas 92 defesas na temporada mostram que ele tem sido exigido além do normal, muitas vezes salvando o time de placares ainda mais elásticos. Contra o Internacional, por exemplo, Cássio fez cinco defesas difíceis, mas não evitou a derrota por 3 a 0, evidenciando a fragilidade dos companheiros à sua frente.

A torcida reconhece o esforço do camisa 1, mas a paciência com o desempenho geral do time está se esgotando. Nas redes sociais, os torcedores cobram mudanças no esquema tático e até na escalação, apontando nomes como Fabrício Bruno e Marlon como elos fracos na defesa.

O que esperar do próximo jogo

O duelo contra o Palestino, no dia 23 de abril, será um teste de fogo para o Cruzeiro. O time chileno vem de uma vitória sobre o Unión de Santa Fé na primeira rodada e buscará aproveitar o fator casa em Coquimbo para somar mais três pontos. Para o Cruzeiro, a partida é uma oportunidade de mostrar evolução defensiva e recuperar a confiança abalada pelas últimas derrotas.

Leonardo Jardim terá cerca de duas semanas para ajustar o time, trabalhando os pontos destacados por Cássio: posicionamento, comunicação e repetição de fundamentos. A expectativa é que o treinador consiga dar mais solidez ao sistema defensivo, possivelmente promovendo mudanças na zaga ou no meio-campo para conter os ataques adversários.

O histórico do Cruzeiro na Sul-Americana mostra que o clube já teve campanhas sólidas, como em 2024, quando chegou à final. No entanto, a edição atual exige uma reação imediata para evitar uma eliminação precoce, algo que seria um duro golpe para um elenco montado com investimentos altos e pretensões de título.

Foco no coletivo

Cássio encerrou sua entrevista após o jogo com um recado claro: o Cruzeiro é um time, e a solução para os problemas defensivos passa por todos. Ele pediu mais atenção aos detalhes e reforçou que o grupo precisa assumir a responsabilidade pelos resultados. A união, segundo o goleiro, será a chave para superar a fase ruim e voltar a brigar por vitórias.

O camisa 1 também elogiou o potencial do elenco, destacando que o ataque tem qualidade para decidir jogos. Nomes como Gabigol, com passagem vitoriosa pelo Flamengo, e Dudu, ex-Palmeiras, são trunfos que o Cruzeiro pode explorar, desde que a defesa consiga dar sustentação. A combinação de talento ofensivo com uma retaguarda mais segura é o que o time busca para os próximos desafios.

A pressão por resultados cresce a cada rodada, e o Cruzeiro sabe que não há mais margem para erros. Com o apoio de Cássio e a experiência de Leonardo Jardim, o clube tenta encontrar o caminho de volta às vitórias, começando pelo confronto no Chile.



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