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13 Apr 2025, Sun

Como Tom Holland sacrificou a saúde com 500 calorias e 16 km diários para filme “Cherry

tom holland


Tom Holland, conhecido mundialmente por interpretar o Homem-Aranha, enfrentou um dos maiores desafios de sua carreira ao se preparar para o filme Cherry – Inocência Perdida, lançado em 2021. O ator britânico, atualmente com 28 anos e noivo da também atriz Zendaya, adotou medidas extremas para dar vida a um personagem complexo: um ex-soldado americano que, após voltar da guerra no Iraque, mergulha no vício em drogas e no crime. Para refletir a deterioração física e mental do protagonista, Holland perdeu 12 quilos em poucas semanas, seguindo uma dieta restrita a apenas 500 calorias diárias e correndo 16 quilômetros por dia. O processo, no entanto, deixou marcas profundas em sua saúde, como ele próprio admitiu ao revelar que ficou doente durante as gravações.

O esforço físico e mental para o papel não foi apenas uma transformação estética. Holland precisou se adaptar a uma rotina que incluía treinos intensos e privação alimentar severa, algo que ele descreveu como “horrível” em entrevistas. A preparação exigiu que ele corresse diariamente usando sacos de lixo para aumentar a perda de peso, uma técnica controversa que acelera a desidratação e o gasto calórico. Esse método, combinado com a ingestão mínima de calorias, levou seu corpo ao limite, evidenciando os riscos de regimes tão drásticos, mesmo sob supervisão profissional.

Além do impacto físico, o papel em Cherry demandou uma entrega emocional significativa. Dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo, conhecidos por Vingadores: Ultimato, o filme explora temas pesados como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), dependência química e decadência pessoal. Holland, que já havia mostrado versatilidade em blockbusters, buscou com esse projeto provar sua capacidade em papéis dramáticos, mas o custo foi alto. Ele revelou que o processo o deixou tão debilitado que chegou a questionar se repetiria algo semelhante no futuro.

Preparação extrema para um papel desafiador

A transformação de Tom Holland para Cherry começou meses antes das filmagens. O ator, que geralmente mantém um físico atlético para encarnar o Homem-Aranha, teve que abandonar a musculatura definida e adotar uma aparência magra e fragilizada. A dieta de 500 calorias por dia, equivalente a cerca de um quarto das necessidades calóricas diárias de um homem adulto ativo, foi complementada por exercícios cardiovasculares intensos. Os 16 quilômetros diários de corrida, muitas vezes realizados em condições extenuantes, foram fundamentais para atingir o objetivo de perder 12 quilos rapidamente.

Esse tipo de regime alimentar é considerado perigoso por especialistas em nutrição. Uma ingestão tão baixa de calorias pode levar à perda de massa muscular, desequilíbrios hormonais e até mesmo problemas cardíacos. No caso de Holland, a combinação com o esforço físico extremo ampliou os riscos. Ele chegou a relatar episódios de exaustão e mal-estar durante o processo, o que levanta debates sobre os limites éticos da preparação de atores para papéis cinematográficos.

O impacto não foi apenas corporal. Interpretar um personagem que passa de um jovem promissor a um viciado em opioides exigiu que Holland mergulhasse em uma pesquisa profunda sobre dependência química e traumas de guerra. Ele visitou veteranos e participou de conversas com pessoas em recuperação para entender melhor os efeitos psicológicos retratados no filme. Essa imersão, embora tenha enriquecido sua atuação, contribuiu para o desgaste geral que ele enfrentou durante a produção.

  • Principais mudanças na rotina de Tom Holland para Cherry:
    • Redução drástica para 500 calorias diárias.
    • Corridas de 16 km por dia com sacos de lixo para acelerar a perda de peso.
    • Treinos focados em emagrecimento, sem ganho muscular.
    • Pesquisa intensa sobre TEPT e vício em opioides.

Impactos na saúde e lições aprendidas

Perder 12 quilos em um curto período trouxe consequências inevitáveis para Tom Holland. Durante as gravações de Cherry, ele admitiu que “ficou doente” em vários momentos, enfrentando fraqueza física e mental. O ator, que já havia passado por transformações para outros papéis, como o aumento de massa muscular para o Homem-Aranha, destacou que esse foi o processo mais difícil de sua carreira. A dieta extrema e os treinos intensos comprometeram sua imunidade, deixando-o vulnerável a infecções e outros problemas de saúde.

O uso de sacos de lixo durante as corridas, uma prática comum entre atletas que precisam perder peso rapidamente, como lutadores de MMA, também gerou preocupação. Esse método provoca suor excessivo, o que pode levar à desidratação severa e à perda de eletrólitos essenciais. Para Holland, que não tinha experiência prévia com esse tipo de técnica, o impacto foi ainda mais significativo. Ele relatou sentir-se constantemente exausto, com dificuldade para manter o ritmo das filmagens.

Apesar dos desafios, o ator conseguiu completar o projeto, que estreou em fevereiro de 2021 no Apple TV+. A crítica elogiou sua entrega, destacando a autenticidade que ele trouxe ao papel. No entanto, o próprio Holland reconheceu que o preço pago foi alto demais. Em uma entrevista à revista GQ, ele afirmou que “nunca mais” pretende repetir um processo tão extremo, sugerindo que aprendeu a importância de equilibrar dedicação artística com bem-estar físico.

Um mergulho no universo de Cherry

O filme Cherry – Inocência Perdida é baseado no romance homônimo de Nico Walker, um ex-soldado que virou escritor. A trama acompanha a jornada de um jovem de classe média alta que, após se alistar no Exército dos Estados Unidos, é enviado ao Iraque. Lá, ele testemunha horrores que o levam a desenvolver TEPT. Ao retornar, incapaz de lidar com os traumas, ele se torna dependente de opioides e começa a assaltar bancos para sustentar o vício. Holland foi escalado para o papel principal por sua capacidade de transmitir vulnerabilidade e intensidade, qualidades que os diretores Russo enxergaram nele após trabalharem juntos nos filmes da Marvel.

A produção do longa foi marcada por um tom realista. As filmagens ocorreram em locações que retratavam tanto os subúrbios americanos quanto cenários de guerra, exigindo que o elenco se adaptasse a condições difíceis. Para Holland, o desafio foi duplo: além de emagrecer, ele precisou dominar sotaques e trejeitos típicos de um americano do interior, algo que demandou aulas de dicção e longas horas de ensaio.

A escolha de Holland para o papel não foi unânime entre os fãs do livro. Alguns questionaram se o ator, conhecido por personagens heroicos, conseguiria dar vida a um anti-herói tão complexo. No entanto, sua performance acabou surpreendendo, com destaque para cenas em que ele aparece visivelmente debilitado, refletindo o estado do personagem após anos de abuso de drogas.

Riscos de dietas extremas no cinema

A experiência de Tom Holland em Cherry reacendeu discussões sobre os sacrifícios que atores fazem por seus papéis. Não é a primeira vez que transformações radicais chamam a atenção em Hollywood. Christian Bale, por exemplo, perdeu mais de 27 quilos para O Operário (2004), enquanto Matthew McConaughey emagreceu cerca de 21 quilos para Clube de Compras Dallas (2013). Esses casos, embora premiados, também trouxeram relatos de problemas de saúde semelhantes aos enfrentados por Holland.

Especialistas alertam que dietas com calorias tão reduzidas, como as 500 consumidas por Holland, podem causar danos de longo prazo. A perda rápida de peso, especialmente quando associada a exercícios intensos, afeta o metabolismo e pode levar à fadiga crônica. No caso de atores, que muitas vezes trabalham sob cronogramas apertados, o risco é ainda maior, já que não há tempo suficiente para uma recuperação adequada.

A indústria cinematográfica tem enfrentado críticas por glorificar essas transformações. Enquanto o público e os críticos muitas vezes aplaudem a “dedicação” dos artistas, há um movimento crescente pedindo mais responsabilidade dos estúdios. Métodos como o uso de efeitos visuais ou maquiagem têm sido sugeridos como alternativas para evitar que os atores coloquem suas vidas em risco.

  • Efeitos colaterais comuns de dietas extremas:
    • Perda de massa muscular e óssea.
    • Desidratação e desequilíbrio eletrolítico.
    • Queda na imunidade e maior risco de doenças.
    • Alterações de humor e fadiga mental.

Cronologia da transformação de Tom Holland

A preparação de Tom Holland para Cherry seguiu um calendário rigoroso, alinhado ao início das filmagens em 2019. Veja os principais momentos do processo:

  • Junho de 2019: Holland inicia a dieta de 500 calorias e os treinos diários de 16 km.
  • Julho de 2019: Primeiros sinais de exaustão aparecem, mas ele mantém o ritmo para atingir o peso desejado.
  • Outubro de 2019: Filmagens começam, com o ator já visivelmente mais magro.
  • Fevereiro de 2021: Cherry estreia no Apple TV+, mostrando o resultado da transformação.
  • Março de 2021: Holland reflete publicamente sobre os impactos negativos na saúde.

O preço da arte em Hollywood

A dedicação de Tom Holland a Cherry é um exemplo extremo de como os atores se entregam aos seus papéis, muitas vezes ignorando os sinais do próprio corpo. O filme, embora não tenha alcançado o mesmo sucesso de bilheteria dos projetos do Homem-Aranha, consolidou a reputação de Holland como um artista versátil. Sua parceria com os irmãos Russo, que já o dirigiram em quatro filmes da Marvel, foi um fator decisivo para que ele aceitasse o desafio, mesmo sabendo dos riscos envolvidos.

O relacionamento de Holland com Zendaya, que começou a ganhar destaque na mesma época, também esteve sob os holofotes durante a produção. Enquanto ele enfrentava a dieta e os treinos, a atriz estava envolvida em outros projetos, como a série Euphoria. Apesar da agenda intensa de ambos, o casal manteve a discrição, com rumores de noivado circulando até hoje.

A rotina exaustiva deixou marcas que Holland levou tempo para superar. Após as filmagens, ele precisou de meses para recuperar o peso e a energia, voltando gradualmente aos treinos para o próximo filme do Homem-Aranha. O processo de ganho de massa muscular foi mais lento, já que seu metabolismo havia sido afetado pela restrição calórica prolongada.

Um alerta para a indústria

Casos como o de Tom Holland levantam questões sobre até que ponto a busca por autenticidade no cinema justifica o sacrifício da saúde. Nos últimos anos, atores como Joaquin Phoenix, que perdeu 23 quilos para Coringa (2019), e Natalie Portman, que emagreceu para Cisne Negro (2010), também relataram experiências difíceis. Essas histórias mostram que, embora as transformações possam render prêmios e reconhecimento, elas frequentemente vêm acompanhadas de um custo pessoal elevado.

Organizações de saúde têm pressionado por diretrizes mais rígidas em Hollywood. A presença de nutricionistas e médicos durante as produções já é comum, mas nem sempre suficiente para evitar excessos. No caso de Holland, ele contou com uma equipe de profissionais, mas ainda assim sofreu consequências negativas, o que sugere que o problema vai além da supervisão e está ligado às expectativas da indústria.

A popularidade de Holland, amplificada por seu papel como Homem-Aranha, fez com que sua experiência em Cherry ganhasse ainda mais visibilidade. Fãs e críticos acompanham de perto sua carreira, e o episódio serviu como um alerta para jovens atores que consideram métodos radicais para se destacar. Hoje, Holland segue em projetos menos exigentes fisicamente, mas sua história em Cherry permanece como um marco de sua determinação – e dos limites que ele testou.



Tom Holland, conhecido mundialmente por interpretar o Homem-Aranha, enfrentou um dos maiores desafios de sua carreira ao se preparar para o filme Cherry – Inocência Perdida, lançado em 2021. O ator britânico, atualmente com 28 anos e noivo da também atriz Zendaya, adotou medidas extremas para dar vida a um personagem complexo: um ex-soldado americano que, após voltar da guerra no Iraque, mergulha no vício em drogas e no crime. Para refletir a deterioração física e mental do protagonista, Holland perdeu 12 quilos em poucas semanas, seguindo uma dieta restrita a apenas 500 calorias diárias e correndo 16 quilômetros por dia. O processo, no entanto, deixou marcas profundas em sua saúde, como ele próprio admitiu ao revelar que ficou doente durante as gravações.

O esforço físico e mental para o papel não foi apenas uma transformação estética. Holland precisou se adaptar a uma rotina que incluía treinos intensos e privação alimentar severa, algo que ele descreveu como “horrível” em entrevistas. A preparação exigiu que ele corresse diariamente usando sacos de lixo para aumentar a perda de peso, uma técnica controversa que acelera a desidratação e o gasto calórico. Esse método, combinado com a ingestão mínima de calorias, levou seu corpo ao limite, evidenciando os riscos de regimes tão drásticos, mesmo sob supervisão profissional.

Além do impacto físico, o papel em Cherry demandou uma entrega emocional significativa. Dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo, conhecidos por Vingadores: Ultimato, o filme explora temas pesados como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), dependência química e decadência pessoal. Holland, que já havia mostrado versatilidade em blockbusters, buscou com esse projeto provar sua capacidade em papéis dramáticos, mas o custo foi alto. Ele revelou que o processo o deixou tão debilitado que chegou a questionar se repetiria algo semelhante no futuro.

Preparação extrema para um papel desafiador

A transformação de Tom Holland para Cherry começou meses antes das filmagens. O ator, que geralmente mantém um físico atlético para encarnar o Homem-Aranha, teve que abandonar a musculatura definida e adotar uma aparência magra e fragilizada. A dieta de 500 calorias por dia, equivalente a cerca de um quarto das necessidades calóricas diárias de um homem adulto ativo, foi complementada por exercícios cardiovasculares intensos. Os 16 quilômetros diários de corrida, muitas vezes realizados em condições extenuantes, foram fundamentais para atingir o objetivo de perder 12 quilos rapidamente.

Esse tipo de regime alimentar é considerado perigoso por especialistas em nutrição. Uma ingestão tão baixa de calorias pode levar à perda de massa muscular, desequilíbrios hormonais e até mesmo problemas cardíacos. No caso de Holland, a combinação com o esforço físico extremo ampliou os riscos. Ele chegou a relatar episódios de exaustão e mal-estar durante o processo, o que levanta debates sobre os limites éticos da preparação de atores para papéis cinematográficos.

O impacto não foi apenas corporal. Interpretar um personagem que passa de um jovem promissor a um viciado em opioides exigiu que Holland mergulhasse em uma pesquisa profunda sobre dependência química e traumas de guerra. Ele visitou veteranos e participou de conversas com pessoas em recuperação para entender melhor os efeitos psicológicos retratados no filme. Essa imersão, embora tenha enriquecido sua atuação, contribuiu para o desgaste geral que ele enfrentou durante a produção.

  • Principais mudanças na rotina de Tom Holland para Cherry:
    • Redução drástica para 500 calorias diárias.
    • Corridas de 16 km por dia com sacos de lixo para acelerar a perda de peso.
    • Treinos focados em emagrecimento, sem ganho muscular.
    • Pesquisa intensa sobre TEPT e vício em opioides.

Impactos na saúde e lições aprendidas

Perder 12 quilos em um curto período trouxe consequências inevitáveis para Tom Holland. Durante as gravações de Cherry, ele admitiu que “ficou doente” em vários momentos, enfrentando fraqueza física e mental. O ator, que já havia passado por transformações para outros papéis, como o aumento de massa muscular para o Homem-Aranha, destacou que esse foi o processo mais difícil de sua carreira. A dieta extrema e os treinos intensos comprometeram sua imunidade, deixando-o vulnerável a infecções e outros problemas de saúde.

O uso de sacos de lixo durante as corridas, uma prática comum entre atletas que precisam perder peso rapidamente, como lutadores de MMA, também gerou preocupação. Esse método provoca suor excessivo, o que pode levar à desidratação severa e à perda de eletrólitos essenciais. Para Holland, que não tinha experiência prévia com esse tipo de técnica, o impacto foi ainda mais significativo. Ele relatou sentir-se constantemente exausto, com dificuldade para manter o ritmo das filmagens.

Apesar dos desafios, o ator conseguiu completar o projeto, que estreou em fevereiro de 2021 no Apple TV+. A crítica elogiou sua entrega, destacando a autenticidade que ele trouxe ao papel. No entanto, o próprio Holland reconheceu que o preço pago foi alto demais. Em uma entrevista à revista GQ, ele afirmou que “nunca mais” pretende repetir um processo tão extremo, sugerindo que aprendeu a importância de equilibrar dedicação artística com bem-estar físico.

Um mergulho no universo de Cherry

O filme Cherry – Inocência Perdida é baseado no romance homônimo de Nico Walker, um ex-soldado que virou escritor. A trama acompanha a jornada de um jovem de classe média alta que, após se alistar no Exército dos Estados Unidos, é enviado ao Iraque. Lá, ele testemunha horrores que o levam a desenvolver TEPT. Ao retornar, incapaz de lidar com os traumas, ele se torna dependente de opioides e começa a assaltar bancos para sustentar o vício. Holland foi escalado para o papel principal por sua capacidade de transmitir vulnerabilidade e intensidade, qualidades que os diretores Russo enxergaram nele após trabalharem juntos nos filmes da Marvel.

A produção do longa foi marcada por um tom realista. As filmagens ocorreram em locações que retratavam tanto os subúrbios americanos quanto cenários de guerra, exigindo que o elenco se adaptasse a condições difíceis. Para Holland, o desafio foi duplo: além de emagrecer, ele precisou dominar sotaques e trejeitos típicos de um americano do interior, algo que demandou aulas de dicção e longas horas de ensaio.

A escolha de Holland para o papel não foi unânime entre os fãs do livro. Alguns questionaram se o ator, conhecido por personagens heroicos, conseguiria dar vida a um anti-herói tão complexo. No entanto, sua performance acabou surpreendendo, com destaque para cenas em que ele aparece visivelmente debilitado, refletindo o estado do personagem após anos de abuso de drogas.

Riscos de dietas extremas no cinema

A experiência de Tom Holland em Cherry reacendeu discussões sobre os sacrifícios que atores fazem por seus papéis. Não é a primeira vez que transformações radicais chamam a atenção em Hollywood. Christian Bale, por exemplo, perdeu mais de 27 quilos para O Operário (2004), enquanto Matthew McConaughey emagreceu cerca de 21 quilos para Clube de Compras Dallas (2013). Esses casos, embora premiados, também trouxeram relatos de problemas de saúde semelhantes aos enfrentados por Holland.

Especialistas alertam que dietas com calorias tão reduzidas, como as 500 consumidas por Holland, podem causar danos de longo prazo. A perda rápida de peso, especialmente quando associada a exercícios intensos, afeta o metabolismo e pode levar à fadiga crônica. No caso de atores, que muitas vezes trabalham sob cronogramas apertados, o risco é ainda maior, já que não há tempo suficiente para uma recuperação adequada.

A indústria cinematográfica tem enfrentado críticas por glorificar essas transformações. Enquanto o público e os críticos muitas vezes aplaudem a “dedicação” dos artistas, há um movimento crescente pedindo mais responsabilidade dos estúdios. Métodos como o uso de efeitos visuais ou maquiagem têm sido sugeridos como alternativas para evitar que os atores coloquem suas vidas em risco.

  • Efeitos colaterais comuns de dietas extremas:
    • Perda de massa muscular e óssea.
    • Desidratação e desequilíbrio eletrolítico.
    • Queda na imunidade e maior risco de doenças.
    • Alterações de humor e fadiga mental.

Cronologia da transformação de Tom Holland

A preparação de Tom Holland para Cherry seguiu um calendário rigoroso, alinhado ao início das filmagens em 2019. Veja os principais momentos do processo:

  • Junho de 2019: Holland inicia a dieta de 500 calorias e os treinos diários de 16 km.
  • Julho de 2019: Primeiros sinais de exaustão aparecem, mas ele mantém o ritmo para atingir o peso desejado.
  • Outubro de 2019: Filmagens começam, com o ator já visivelmente mais magro.
  • Fevereiro de 2021: Cherry estreia no Apple TV+, mostrando o resultado da transformação.
  • Março de 2021: Holland reflete publicamente sobre os impactos negativos na saúde.

O preço da arte em Hollywood

A dedicação de Tom Holland a Cherry é um exemplo extremo de como os atores se entregam aos seus papéis, muitas vezes ignorando os sinais do próprio corpo. O filme, embora não tenha alcançado o mesmo sucesso de bilheteria dos projetos do Homem-Aranha, consolidou a reputação de Holland como um artista versátil. Sua parceria com os irmãos Russo, que já o dirigiram em quatro filmes da Marvel, foi um fator decisivo para que ele aceitasse o desafio, mesmo sabendo dos riscos envolvidos.

O relacionamento de Holland com Zendaya, que começou a ganhar destaque na mesma época, também esteve sob os holofotes durante a produção. Enquanto ele enfrentava a dieta e os treinos, a atriz estava envolvida em outros projetos, como a série Euphoria. Apesar da agenda intensa de ambos, o casal manteve a discrição, com rumores de noivado circulando até hoje.

A rotina exaustiva deixou marcas que Holland levou tempo para superar. Após as filmagens, ele precisou de meses para recuperar o peso e a energia, voltando gradualmente aos treinos para o próximo filme do Homem-Aranha. O processo de ganho de massa muscular foi mais lento, já que seu metabolismo havia sido afetado pela restrição calórica prolongada.

Um alerta para a indústria

Casos como o de Tom Holland levantam questões sobre até que ponto a busca por autenticidade no cinema justifica o sacrifício da saúde. Nos últimos anos, atores como Joaquin Phoenix, que perdeu 23 quilos para Coringa (2019), e Natalie Portman, que emagreceu para Cisne Negro (2010), também relataram experiências difíceis. Essas histórias mostram que, embora as transformações possam render prêmios e reconhecimento, elas frequentemente vêm acompanhadas de um custo pessoal elevado.

Organizações de saúde têm pressionado por diretrizes mais rígidas em Hollywood. A presença de nutricionistas e médicos durante as produções já é comum, mas nem sempre suficiente para evitar excessos. No caso de Holland, ele contou com uma equipe de profissionais, mas ainda assim sofreu consequências negativas, o que sugere que o problema vai além da supervisão e está ligado às expectativas da indústria.

A popularidade de Holland, amplificada por seu papel como Homem-Aranha, fez com que sua experiência em Cherry ganhasse ainda mais visibilidade. Fãs e críticos acompanham de perto sua carreira, e o episódio serviu como um alerta para jovens atores que consideram métodos radicais para se destacar. Hoje, Holland segue em projetos menos exigentes fisicamente, mas sua história em Cherry permanece como um marco de sua determinação – e dos limites que ele testou.



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