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18 Apr 2025, Fri

Flamengo perde por 2 a 1 para o Central Córdoba e vê problemas crônicos ameaçarem temporada na Libertadores

Flamengo


O Flamengo enfrentou uma noite de pesadelo no Maracanã ao ser derrotado por 2 a 1 pelo Central Córdoba, da Argentina, nesta quarta-feira, dia 9 de abril, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. O resultado, que marcou a primeira vitória do clube argentino na história da competição, expôs fragilidades já conhecidas do time rubro-negro: falhas defensivas e uma preocupante falta de eficiência no ataque. Diante de mais de 50 mil torcedores, o técnico Filipe Luís viu sua invencibilidade de 27 jogos ruir, enquanto a pressão por ajustes aumenta em um ano que tem o Campeonato Brasileiro como prioridade, mas que agora exige atenção redobrada na competição continental. O retorno de Pedro, após sete meses afastado por lesão, trouxe esperança, mas não foi suficiente para evitar o revés.

A partida começou com o Flamengo dominante, criando chances logo nos primeiros minutos. Juninho teve duas oportunidades claras, enquanto Bruno Henrique e Arrascaeta também ameaçaram o gol adversário. No entanto, aos 24 minutos, um toque de mão de Léo Pereira na área resultou em um pênalti convertido por Leonardo Heredia, silenciando o estádio. O Central Córdoba, estreante na Libertadores, aproveitou o momento e, aos 44 minutos, ampliou com um cabeceio de José Florentín após cobrança de falta, evidenciando uma pane na defesa rubro-negra. O placar de 2 a 0 ao fim do primeiro tempo gerou vaias da torcida, reflexo da frustração com o desempenho abaixo do esperado.

No segundo tempo, Filipe Luís promoveu mudanças, trazendo Wesley, Pulgar e Gerson para o jogo, o que deu mais intensidade ao ataque. Aos 15 minutos, Nicolás De la Cruz marcou um golaço de falta, reacendendo a esperança de uma virada. Apesar da pressão, que incluiu uma bola na trave de Bruno Henrique nos acréscimos, o Flamengo não conseguiu empatar. O Central Córdoba, bem postado defensivamente, resistiu e garantiu a vitória histórica, assumindo a liderança do Grupo C com 4 pontos, enquanto o Flamengo estacionou nos 3 pontos conquistados na estreia contra o Deportivo Táchira.

Primeira surpresa no Maracanã

A derrota para o Central Córdoba não estava nos planos de ninguém. O Flamengo entrou em campo como favorito absoluto, enfrentando um adversário que, até então, havia apenas empatado sem gols com a LDU na estreia da Libertadores. Com um elenco avaliado em cerca de 219 milhões de euros, contra os modestos 16 milhões do time argentino, o rubro-negro tinha tudo para dominar. No entanto, o que se viu foi um time desorganizado na defesa e incapaz de transformar sua superioridade em gols.

O primeiro gol do Central Córdoba surgiu em um lance que exemplifica os problemas defensivos do Flamengo em 2025. Léo Pereira, ao tentar cortar um cruzamento, tocou a bola com a mão dentro da área, dando ao árbitro Cristian Garay, com auxílio do VAR, a chance de marcar o pênalti. Leonardo Heredia, principal nome do time argentino na temporada com cinco gols, não desperdiçou e abriu o placar. A torcida, que preparou um mosaico com a frase “Pelo tetra” antes do jogo, começou a demonstrar impaciência.

Antes do intervalo, a situação piorou. Uma cobrança de falta de Braian Cufré encontrou José Florentín livre na área, que subiu mais alto que a defesa flamenguista para cabecear e fazer 2 a 0. A falha coletiva no posicionamento defensivo foi evidente, e o Maracanã, que costuma ser um caldeirão a favor do Flamengo, terminou o primeiro tempo em silêncio, exceto pelas vaias que ecoaram nas arquibancadas.

Um roteiro que se repete

O desempenho do Flamengo contra o Central Córdoba não é um caso isolado. Ao longo de 2025, o time tem mostrado um padrão preocupante: cria muitas chances, mas não as converte em gols. Nos últimos dois jogos antes dessa derrota – uma vitória por 1 a 0 sobre o Deportivo Táchira e outra por 2 a 1 contra o Vitória pelo Brasileirão –, o rubro-negro já havia sofrido para transformar domínio em resultados confortáveis.

Na partida desta quarta-feira, foram pelo menos sete oportunidades claras no primeiro tempo, incluindo finalizações de Juninho, Arrascaeta e Plata, todas desperdiçadas. A posse de bola chegou a 79% na etapa inicial, mas a falta de pontaria manteve o jogo em aberto. Quando a defesa falhou, o preço foi alto. Esse problema crônico, aliado às falhas defensivas, coloca em xeque a consistência da equipe em um ano de expectativas altas.

Filipe Luís, que assumiu o comando do time com uma sequência impressionante de 27 jogos sem derrota, agora enfrenta o desafio de corrigir esses erros rapidamente. A derrota para o Central Córdoba lembrou a eliminação para o Peñarol em 2024, quando o Flamengo também perdeu em casa na Libertadores, pondo fim a uma invencibilidade de cinco anos como mandante na competição.

Reação tardia e o retorno de Pedro

Determinado a mudar o cenário, Filipe Luís voltou para o segundo tempo com alterações significativas. Wesley substituiu Varela, Pulgar entrou no lugar de Evertton Araújo, e Gerson ocupou a vaga de Juninho. As mudanças trouxeram mais dinâmica ao ataque, com Plata finalizando duas vezes e Wesley acertando o travessão em uma cabeçada. Mesmo assim, o Central Córdoba se manteve sólido, apostando em contra-ataques que quase resultaram em um terceiro gol.

Aos 15 minutos, a esperança renasceu. Nicolás De la Cruz cobrou uma falta com perfeição, mandando a bola no ângulo após tocar o travessão, reduzindo o placar para 2 a 1. O gol animou a torcida, mas o ímpeto inicial foi se dissipando. O cansaço físico começou a pesar, e o Flamengo perdeu intensidade na busca pelo empate.

Um dos momentos mais aguardados da noite foi a entrada de Pedro, aos 28 minutos do segundo tempo. Após sete meses afastado por uma grave lesão no joelho, o artilheiro voltou ao Maracanã sob aplausos, mas não teve nenhuma chance clara para marcar. A expectativa era que ele pudesse ser a solução para a falta de eficiência ofensiva, mas o tempo em campo foi insuficiente para mudar o destino da partida.

Pressão aumenta em todas as frentes

A derrota em casa para um adversário considerado mais fraco traz consequências imediatas para o Flamengo. No Grupo C da Libertadores, o Central Córdoba agora lidera com 4 pontos, enquanto o rubro-negro permanece com 3, empatado com o Deportivo Táchira, que ainda joga na rodada. A LDU, com 1 ponto, completa a chave. Perder pontos em casa na fase de grupos pode complicar a busca pela liderança, essencial para evitar confrontos mais duros nas oitavas de final.

Embora o Campeonato Brasileiro seja a prioridade declarada para 2025, a Libertadores é uma obsessão para a torcida e um objetivo claro do clube, que já levantou o troféu três vezes. As vaias ao fim do jogo mostram que os torcedores exigem mais empenho em todas as competições. O resultado desta quarta-feira obriga Filipe Luís a repensar sua estratégia de rodar o elenco, algo que vinha funcionando até então, mas que agora é questionado.

O técnico justificou suas escolhas na escalação inicial, que incluiu Rossi, Varela, Léo Ortiz, Léo Pereira, Alex Sandro, Evertton Araújo, De la Cruz, Arrascaeta, Plata, Bruno Henrique e Juninho. Ele assumiu a responsabilidade pelo desempenho ruim, mas destacou que o time criou chances suficientes para vencer. A realidade, porém, é que os erros defensivos e a ineficiência ofensiva pesaram mais que o volume de jogo.

Números que preocupam

Os números da partida contra o Central Córdoba reforçam a necessidade de ajustes. O Flamengo finalizou 18 vezes, mas apenas 5 chutes foram no alvo. O Central Córdoba, por outro lado, teve 8 finalizações, com 4 no gol, mostrando uma eficiência muito maior. A posse de bola rubro-negra foi de 71% ao fim do jogo, mas isso não se traduziu em domínio real do placar.

Outro dado alarmante é o desempenho defensivo. Antes dessa partida, o Flamengo não havia sofrido dois gols em nenhum jogo sob o comando de Filipe Luís em 2025. A quebra dessa marca expõe uma fragilidade que não aparecia com frequência, mas que agora acende o alerta para os próximos desafios.

  • Finalizações do Flamengo: 18 (5 no gol)
  • Finalizações do Central Córdoba: 8 (4 no gol)
  • Posse de bola: 71% (Flamengo) x 29% (Central Córdoba)
  • Chances claras perdidas: 7 (Flamengo) x 1 (Central Córdoba)

Esses números mostram que o problema não está na criação, mas na conclusão e na solidez defensiva, dois pilares que precisam ser corrigidos urgentemente.

Impacto no elenco e na torcida

A volta de Pedro era um dos pontos altos esperados para a partida, mas o atacante pouco pôde fazer em seus minutos em campo. Sua recuperação total é vista como essencial para resolver o problema ofensivo, já que ele foi o artilheiro do time em temporadas anteriores. No entanto, a falta de ritmo de jogo ainda é um obstáculo natural após tanto tempo afastado.

Para a torcida, o revés em casa foi um golpe duro. O Maracanã, que não via uma derrota do Flamengo na Libertadores desde 2024, voltou a ser palco de frustração. A expectativa pelo tetracampeonato continental, simbolizada no mosaico exibido antes do jogo, agora vem acompanhada de cobranças por resultados imediatos.

Bruno Henrique, um dos líderes do elenco, quase empatou aos 51 minutos do segundo tempo, mas viu sua cabeçada acertar a trave. O lance resume a noite do Flamengo: esforço, chances criadas, mas nada de gols. A torcida, que lotou o estádio com mais de 50 mil presentes, saiu decepcionada e com a sensação de que a temporada pode estar em risco se os ajustes não vierem logo.

Lições de uma derrota histórica

Perder para o Central Córdoba não estava nos planos do Flamengo, mas o resultado serve como um alerta. O time argentino, dirigido por Omar De Felippe, fez história ao se tornar o primeiro clube do país a derrotar o Flamengo no Maracanã pela Libertadores. A façanha ganha ainda mais peso quando se considera a diferença de investimento entre os elencos: o rubro-negro tem um plantel quase 14 vezes mais valioso que o adversário.

O jogo expôs que favoritismo e números não garantem vitórias. O Central Córdoba soube explorar as falhas do Flamengo, marcando seus dois primeiros gols na história da competição em uma única noite. Para o rubro-negro, fica a lição de que a eficiência no ataque e a solidez na defesa são fundamentais para competir em alto nível.

A pressão agora recai sobre Filipe Luís e seus jogadores. Com um elenco estrelado, que inclui nomes como Gerson, Arrascaeta e De la Cruz, o Flamengo tem condições de se recuperar. Mas o tempo para ajustes é curto, e a cobrança por resultados só aumenta.

Ajustes necessários para o futuro

Corrigir os problemas crônicos do Flamengo não será tarefa fácil. A falta de gols, mesmo com tantas chances criadas, exige um trabalho específico no ataque. Pedro, agora de volta, pode ser a peça que falta, mas sua adaptação ao ritmo de jogo levará tempo. Enquanto isso, jogadores como Bruno Henrique e Arrascaeta precisam assumir a responsabilidade de finalizar com mais precisão.

Na defesa, as falhas individuais e coletivas precisam ser eliminadas. Léo Pereira, que cometeu o pênalti, e a linha defensiva como um todo mostraram vulnerabilidade em momentos cruciais. Filipe Luís, conhecido por sua leitura tática como jogador, agora tem o desafio de ajustar o sistema defensivo como treinador.

O equilíbrio entre as competições também será essencial. Com o Brasileirão como prioridade, o Flamengo vinha usando um time misto em alguns jogos, mas a derrota para o Central Córdoba pode forçar o uso de força máxima na Libertadores. A estratégia de rodar o elenco, que funcionou até aqui, agora é posta à prova.

Próximos passos na competição

O Grupo C da Libertadores está embolado após duas rodadas. O Central Córdoba lidera com 4 pontos, seguido por Flamengo e Deportivo Táchira, ambos com 3, e a LDU com 1. A próxima rodada será decisiva para definir as pretensões de cada equipe na chave.

Para o Flamengo, vencer a LDU fora de casa será fundamental para recuperar a confiança e os pontos perdidos no Maracanã. O jogo em Quito, com a dificuldade da altitude, testará a capacidade de reação do time. Enquanto isso, o Central Córdoba terá a chance de consolidar sua campanha surpreendente diante do Deportivo Táchira.

A fase de grupos ainda está no início, mas o Flamengo já sabe que não pode mais vacilar em casa. Cada ponto perdido pode custar caro na busca pela classificação e pela liderança do grupo, que garante vantagens no mata-mata.

  • Pontuação atual do Grupo C:
  • Central Córdoba: 4 pontos
  • Flamengo: 3 pontos
  • Deportivo Táchira: 3 pontos
  • LDU: 1 ponto

O caminho segue aberto, mas o alerta está ligado no Maracanã.



O Flamengo enfrentou uma noite de pesadelo no Maracanã ao ser derrotado por 2 a 1 pelo Central Córdoba, da Argentina, nesta quarta-feira, dia 9 de abril, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. O resultado, que marcou a primeira vitória do clube argentino na história da competição, expôs fragilidades já conhecidas do time rubro-negro: falhas defensivas e uma preocupante falta de eficiência no ataque. Diante de mais de 50 mil torcedores, o técnico Filipe Luís viu sua invencibilidade de 27 jogos ruir, enquanto a pressão por ajustes aumenta em um ano que tem o Campeonato Brasileiro como prioridade, mas que agora exige atenção redobrada na competição continental. O retorno de Pedro, após sete meses afastado por lesão, trouxe esperança, mas não foi suficiente para evitar o revés.

A partida começou com o Flamengo dominante, criando chances logo nos primeiros minutos. Juninho teve duas oportunidades claras, enquanto Bruno Henrique e Arrascaeta também ameaçaram o gol adversário. No entanto, aos 24 minutos, um toque de mão de Léo Pereira na área resultou em um pênalti convertido por Leonardo Heredia, silenciando o estádio. O Central Córdoba, estreante na Libertadores, aproveitou o momento e, aos 44 minutos, ampliou com um cabeceio de José Florentín após cobrança de falta, evidenciando uma pane na defesa rubro-negra. O placar de 2 a 0 ao fim do primeiro tempo gerou vaias da torcida, reflexo da frustração com o desempenho abaixo do esperado.

No segundo tempo, Filipe Luís promoveu mudanças, trazendo Wesley, Pulgar e Gerson para o jogo, o que deu mais intensidade ao ataque. Aos 15 minutos, Nicolás De la Cruz marcou um golaço de falta, reacendendo a esperança de uma virada. Apesar da pressão, que incluiu uma bola na trave de Bruno Henrique nos acréscimos, o Flamengo não conseguiu empatar. O Central Córdoba, bem postado defensivamente, resistiu e garantiu a vitória histórica, assumindo a liderança do Grupo C com 4 pontos, enquanto o Flamengo estacionou nos 3 pontos conquistados na estreia contra o Deportivo Táchira.

Primeira surpresa no Maracanã

A derrota para o Central Córdoba não estava nos planos de ninguém. O Flamengo entrou em campo como favorito absoluto, enfrentando um adversário que, até então, havia apenas empatado sem gols com a LDU na estreia da Libertadores. Com um elenco avaliado em cerca de 219 milhões de euros, contra os modestos 16 milhões do time argentino, o rubro-negro tinha tudo para dominar. No entanto, o que se viu foi um time desorganizado na defesa e incapaz de transformar sua superioridade em gols.

O primeiro gol do Central Córdoba surgiu em um lance que exemplifica os problemas defensivos do Flamengo em 2025. Léo Pereira, ao tentar cortar um cruzamento, tocou a bola com a mão dentro da área, dando ao árbitro Cristian Garay, com auxílio do VAR, a chance de marcar o pênalti. Leonardo Heredia, principal nome do time argentino na temporada com cinco gols, não desperdiçou e abriu o placar. A torcida, que preparou um mosaico com a frase “Pelo tetra” antes do jogo, começou a demonstrar impaciência.

Antes do intervalo, a situação piorou. Uma cobrança de falta de Braian Cufré encontrou José Florentín livre na área, que subiu mais alto que a defesa flamenguista para cabecear e fazer 2 a 0. A falha coletiva no posicionamento defensivo foi evidente, e o Maracanã, que costuma ser um caldeirão a favor do Flamengo, terminou o primeiro tempo em silêncio, exceto pelas vaias que ecoaram nas arquibancadas.

Um roteiro que se repete

O desempenho do Flamengo contra o Central Córdoba não é um caso isolado. Ao longo de 2025, o time tem mostrado um padrão preocupante: cria muitas chances, mas não as converte em gols. Nos últimos dois jogos antes dessa derrota – uma vitória por 1 a 0 sobre o Deportivo Táchira e outra por 2 a 1 contra o Vitória pelo Brasileirão –, o rubro-negro já havia sofrido para transformar domínio em resultados confortáveis.

Na partida desta quarta-feira, foram pelo menos sete oportunidades claras no primeiro tempo, incluindo finalizações de Juninho, Arrascaeta e Plata, todas desperdiçadas. A posse de bola chegou a 79% na etapa inicial, mas a falta de pontaria manteve o jogo em aberto. Quando a defesa falhou, o preço foi alto. Esse problema crônico, aliado às falhas defensivas, coloca em xeque a consistência da equipe em um ano de expectativas altas.

Filipe Luís, que assumiu o comando do time com uma sequência impressionante de 27 jogos sem derrota, agora enfrenta o desafio de corrigir esses erros rapidamente. A derrota para o Central Córdoba lembrou a eliminação para o Peñarol em 2024, quando o Flamengo também perdeu em casa na Libertadores, pondo fim a uma invencibilidade de cinco anos como mandante na competição.

Reação tardia e o retorno de Pedro

Determinado a mudar o cenário, Filipe Luís voltou para o segundo tempo com alterações significativas. Wesley substituiu Varela, Pulgar entrou no lugar de Evertton Araújo, e Gerson ocupou a vaga de Juninho. As mudanças trouxeram mais dinâmica ao ataque, com Plata finalizando duas vezes e Wesley acertando o travessão em uma cabeçada. Mesmo assim, o Central Córdoba se manteve sólido, apostando em contra-ataques que quase resultaram em um terceiro gol.

Aos 15 minutos, a esperança renasceu. Nicolás De la Cruz cobrou uma falta com perfeição, mandando a bola no ângulo após tocar o travessão, reduzindo o placar para 2 a 1. O gol animou a torcida, mas o ímpeto inicial foi se dissipando. O cansaço físico começou a pesar, e o Flamengo perdeu intensidade na busca pelo empate.

Um dos momentos mais aguardados da noite foi a entrada de Pedro, aos 28 minutos do segundo tempo. Após sete meses afastado por uma grave lesão no joelho, o artilheiro voltou ao Maracanã sob aplausos, mas não teve nenhuma chance clara para marcar. A expectativa era que ele pudesse ser a solução para a falta de eficiência ofensiva, mas o tempo em campo foi insuficiente para mudar o destino da partida.

Pressão aumenta em todas as frentes

A derrota em casa para um adversário considerado mais fraco traz consequências imediatas para o Flamengo. No Grupo C da Libertadores, o Central Córdoba agora lidera com 4 pontos, enquanto o rubro-negro permanece com 3, empatado com o Deportivo Táchira, que ainda joga na rodada. A LDU, com 1 ponto, completa a chave. Perder pontos em casa na fase de grupos pode complicar a busca pela liderança, essencial para evitar confrontos mais duros nas oitavas de final.

Embora o Campeonato Brasileiro seja a prioridade declarada para 2025, a Libertadores é uma obsessão para a torcida e um objetivo claro do clube, que já levantou o troféu três vezes. As vaias ao fim do jogo mostram que os torcedores exigem mais empenho em todas as competições. O resultado desta quarta-feira obriga Filipe Luís a repensar sua estratégia de rodar o elenco, algo que vinha funcionando até então, mas que agora é questionado.

O técnico justificou suas escolhas na escalação inicial, que incluiu Rossi, Varela, Léo Ortiz, Léo Pereira, Alex Sandro, Evertton Araújo, De la Cruz, Arrascaeta, Plata, Bruno Henrique e Juninho. Ele assumiu a responsabilidade pelo desempenho ruim, mas destacou que o time criou chances suficientes para vencer. A realidade, porém, é que os erros defensivos e a ineficiência ofensiva pesaram mais que o volume de jogo.

Números que preocupam

Os números da partida contra o Central Córdoba reforçam a necessidade de ajustes. O Flamengo finalizou 18 vezes, mas apenas 5 chutes foram no alvo. O Central Córdoba, por outro lado, teve 8 finalizações, com 4 no gol, mostrando uma eficiência muito maior. A posse de bola rubro-negra foi de 71% ao fim do jogo, mas isso não se traduziu em domínio real do placar.

Outro dado alarmante é o desempenho defensivo. Antes dessa partida, o Flamengo não havia sofrido dois gols em nenhum jogo sob o comando de Filipe Luís em 2025. A quebra dessa marca expõe uma fragilidade que não aparecia com frequência, mas que agora acende o alerta para os próximos desafios.

  • Finalizações do Flamengo: 18 (5 no gol)
  • Finalizações do Central Córdoba: 8 (4 no gol)
  • Posse de bola: 71% (Flamengo) x 29% (Central Córdoba)
  • Chances claras perdidas: 7 (Flamengo) x 1 (Central Córdoba)

Esses números mostram que o problema não está na criação, mas na conclusão e na solidez defensiva, dois pilares que precisam ser corrigidos urgentemente.

Impacto no elenco e na torcida

A volta de Pedro era um dos pontos altos esperados para a partida, mas o atacante pouco pôde fazer em seus minutos em campo. Sua recuperação total é vista como essencial para resolver o problema ofensivo, já que ele foi o artilheiro do time em temporadas anteriores. No entanto, a falta de ritmo de jogo ainda é um obstáculo natural após tanto tempo afastado.

Para a torcida, o revés em casa foi um golpe duro. O Maracanã, que não via uma derrota do Flamengo na Libertadores desde 2024, voltou a ser palco de frustração. A expectativa pelo tetracampeonato continental, simbolizada no mosaico exibido antes do jogo, agora vem acompanhada de cobranças por resultados imediatos.

Bruno Henrique, um dos líderes do elenco, quase empatou aos 51 minutos do segundo tempo, mas viu sua cabeçada acertar a trave. O lance resume a noite do Flamengo: esforço, chances criadas, mas nada de gols. A torcida, que lotou o estádio com mais de 50 mil presentes, saiu decepcionada e com a sensação de que a temporada pode estar em risco se os ajustes não vierem logo.

Lições de uma derrota histórica

Perder para o Central Córdoba não estava nos planos do Flamengo, mas o resultado serve como um alerta. O time argentino, dirigido por Omar De Felippe, fez história ao se tornar o primeiro clube do país a derrotar o Flamengo no Maracanã pela Libertadores. A façanha ganha ainda mais peso quando se considera a diferença de investimento entre os elencos: o rubro-negro tem um plantel quase 14 vezes mais valioso que o adversário.

O jogo expôs que favoritismo e números não garantem vitórias. O Central Córdoba soube explorar as falhas do Flamengo, marcando seus dois primeiros gols na história da competição em uma única noite. Para o rubro-negro, fica a lição de que a eficiência no ataque e a solidez na defesa são fundamentais para competir em alto nível.

A pressão agora recai sobre Filipe Luís e seus jogadores. Com um elenco estrelado, que inclui nomes como Gerson, Arrascaeta e De la Cruz, o Flamengo tem condições de se recuperar. Mas o tempo para ajustes é curto, e a cobrança por resultados só aumenta.

Ajustes necessários para o futuro

Corrigir os problemas crônicos do Flamengo não será tarefa fácil. A falta de gols, mesmo com tantas chances criadas, exige um trabalho específico no ataque. Pedro, agora de volta, pode ser a peça que falta, mas sua adaptação ao ritmo de jogo levará tempo. Enquanto isso, jogadores como Bruno Henrique e Arrascaeta precisam assumir a responsabilidade de finalizar com mais precisão.

Na defesa, as falhas individuais e coletivas precisam ser eliminadas. Léo Pereira, que cometeu o pênalti, e a linha defensiva como um todo mostraram vulnerabilidade em momentos cruciais. Filipe Luís, conhecido por sua leitura tática como jogador, agora tem o desafio de ajustar o sistema defensivo como treinador.

O equilíbrio entre as competições também será essencial. Com o Brasileirão como prioridade, o Flamengo vinha usando um time misto em alguns jogos, mas a derrota para o Central Córdoba pode forçar o uso de força máxima na Libertadores. A estratégia de rodar o elenco, que funcionou até aqui, agora é posta à prova.

Próximos passos na competição

O Grupo C da Libertadores está embolado após duas rodadas. O Central Córdoba lidera com 4 pontos, seguido por Flamengo e Deportivo Táchira, ambos com 3, e a LDU com 1. A próxima rodada será decisiva para definir as pretensões de cada equipe na chave.

Para o Flamengo, vencer a LDU fora de casa será fundamental para recuperar a confiança e os pontos perdidos no Maracanã. O jogo em Quito, com a dificuldade da altitude, testará a capacidade de reação do time. Enquanto isso, o Central Córdoba terá a chance de consolidar sua campanha surpreendente diante do Deportivo Táchira.

A fase de grupos ainda está no início, mas o Flamengo já sabe que não pode mais vacilar em casa. Cada ponto perdido pode custar caro na busca pela classificação e pela liderança do grupo, que garante vantagens no mata-mata.

  • Pontuação atual do Grupo C:
  • Central Córdoba: 4 pontos
  • Flamengo: 3 pontos
  • Deportivo Táchira: 3 pontos
  • LDU: 1 ponto

O caminho segue aberto, mas o alerta está ligado no Maracanã.



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