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18 Apr 2025, Fri

Racha com Honda Civic deixa duas amigas mortas a 50 metros de faixa em Santo Antônio

Duas mulheres morrem atropeladas na faixa de pedestres em Santo André — Foto Reprodução TV Globo


Na noite de 9 de abril de 2025, duas jovens de 18 anos, Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, perderam a vida em um trágico acidente na Avenida Goiás, no bairro Santo Antônio, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Elas foram atropeladas por um Honda Civic enquanto atravessavam a faixa de pedestres, sendo arremessadas a mais de 50 metros devido à força do impacto. Uma testemunha relatou que o motorista, identificado como Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, parecia disputar um racha com outro veículo, um Onix branco, momentos antes da colisão. O acidente, ocorrido por volta das 23h, chocou a região e levantou debates sobre segurança no trânsito e a imprudência de corridas ilegais em vias urbanas. As vítimas, amigas inseparáveis que comemoravam o início de um novo emprego, tiveram seus corpos encontrados na pista, enquanto o carro ficou com a frente destruída. Brendo, estudante de direito, foi detido e aguarda audiência de custódia.

Isabela e Isabelli voltavam de uma adega onde celebraram uma conquista pessoal: uma delas começaria um emprego novo na semana seguinte. As duas atravessaram a avenida mesmo com o sinal vermelho para pedestres, conforme captado por câmeras de monitoramento. O motorista, que acabava de sair da faculdade na mesma região, alega que o semáforo estava verde para os carros e que não viu as jovens. Ele estima que dirigia entre 60 km/h e 70 km/h, velocidade próxima ou ligeiramente acima do limite de 60 km/h da via. Imagens analisadas pela polícia, no entanto, indicam que o Honda Civic estava em alta velocidade, corroborando o depoimento da testemunha sobre a suposta disputa de racha.

A tragédia abalou familiares e moradores locais. A mãe de Isabelli, Claudilene Helena de Lima, descreveu as jovens como amigas inseparáveis, que estudaram juntas no ensino médio e, infelizmente, morreram juntas. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de São Caetano, e as autoridades seguem investigando para determinar as circunstâncias exatas do acidente. O teste do bafômetro aplicado em Brendo mostrou que ele não estava alcoolizado, mas uma contraprova no Instituto Médico Legal ainda está pendente. A violência do impacto e a possibilidade de um racha transformaram o ocorrido em um alerta sobre os perigos da imprudência nas ruas.

Testemunha relata disputa em alta velocidade

Uma testemunha que seguia em outro veículo foi peça-chave no relato do acidente. Ela informou que o Honda Civic a ultrapassou em altíssima velocidade antes de parar ao seu lado em um semáforo próximo a um mercado. Quando o sinal abriu, o carro arrancou com força, fazendo os pneus cantarem, e emparelhou com um Onix branco. Segundo a testemunha, os dois veículos passaram a correr lado a lado, sugerindo uma disputa informal de velocidade. Minutos depois, ao passar pelo local do acidente, ela viu as vítimas caídas e o Honda Civic estacionado nas proximidades, com a frente visivelmente danificada.

O depoimento reforça a suspeita de que o motorista estava envolvido em um racha, prática ilegal que consiste em corridas improvisadas em vias públicas. Essas disputas, muitas vezes motivadas por apostas ou pura adrenalina, têm sido responsáveis por acidentes graves em diversas cidades brasileiras. No caso de São Caetano, a combinação de alta velocidade e a travessia das jovens em momento inoportuno resultou em uma tragédia que poderia ter sido evitada. A testemunha não identificou o condutor do Onix, que aparentemente seguiu caminho após o impacto.

A Avenida Goiás, uma das principais vias de São Caetano do Sul, é conhecida por seu tráfego intenso e por ser um ponto de conexão na região metropolitana. Apesar do limite de 60 km/h, relatos de moradores indicam que motoristas frequentemente excedem a velocidade permitida, especialmente à noite. O acidente reacendeu discussões sobre a necessidade de maior fiscalização e medidas preventivas, como radares ou barreiras, para coibir comportamentos de risco.

  • Momentos relatados pela testemunha:
    • Honda Civic ultrapassa em alta velocidade antes do semáforo.
    • Carro arranca com barulho de pneus ao lado de um Onix branco.
    • Disputa de racha termina com colisão e corpos a 50 metros da faixa.
Duas mulheres morrem atropeladas na faixa de pedestres em Santo André — Foto Reprodução TV Globo
Duas mulheres morrem atropeladas na faixa de pedestres em Santo André — Foto Reprodução TV Globo

Vítimas eram amigas desde o ensino médio

Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa compartilhavam uma amizade profunda, construída ao longo dos anos no ensino médio. Isabela cursava técnico em enfermagem, enquanto Isabelli estava prestes a iniciar um novo emprego, motivo da comemoração naquela noite. As duas decidiram ir a uma adega próxima para brindar a novidade, um momento de alegria que terminou em tragédia. Claudilene, mãe de Isabelli, destacou a ligação especial entre elas, dizendo que as jovens eram como irmãs, sempre juntas em todos os momentos importantes da vida.

O impacto do acidente foi devastador para as famílias. As jovens foram arremessadas a mais de 50 metros, o que indica a força da colisão e a velocidade do veículo. Isabela sonhava com uma carreira na área da saúde, enquanto Isabelli estava animada com a perspectiva de independência financeira. A notícia da morte das duas chocou colegas e professores, que lembram delas como estudantes dedicadas e cheias de planos. A comunidade local também se mobilizou, deixando flores no local do acidente como homenagem.

A perda das amigas inseparáveis reflete um drama recorrente em acidentes de trânsito no Brasil. Dados recentes apontam que cerca de 30 mil pessoas morrem anualmente em colisões no país, muitas delas pedestres atingidos por veículos em alta velocidade. O caso de Isabela e Isabelli reforça a urgência de campanhas educativas e punições mais rigorosas para quem coloca vidas em risco nas ruas.

Motorista detido após acidente fatal

Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, é estudante de direito e estava a caminho de casa após sair da faculdade quando o acidente aconteceu. Ele dirigia o Honda Civic que atingiu as jovens na faixa de pedestres da Avenida Goiás. Após o impacto, o veículo ficou com a frente destruída, evidenciando a violência da colisão. Brendo foi levado à delegacia, onde prestou depoimento, e permanece detido aguardando uma audiência de custódia marcada para 10 de abril.

A defesa do motorista argumenta que o semáforo estava verde para os carros e que ele não viu as jovens atravessando. Segundo o advogado Francisco Ferreira, Brendo estima que sua velocidade estava entre 60 km/h e 70 km/h, mas não consegue precisar o valor exato. Ele nega qualquer envolvimento em racha e diz que o acidente foi uma fatalidade. O teste do bafômetro confirmou que ele não havia consumido álcool, mas imagens de câmeras de monitoramento analisadas pela polícia mostram o carro em alta velocidade, contradizendo parcialmente sua versão.

A polícia segue investigando o caso com base nas imagens e no depoimento da testemunha. O resultado da contraprova do IML, que pode confirmar ou descartar a presença de outras substâncias no organismo de Brendo, ainda não foi divulgado. A detenção do motorista reacende o debate sobre a responsabilidade de condutores em acidentes com pedestres, especialmente em situações que sugerem imprudência ou desrespeito às leis de trânsito.

Racha: um perigo crescente nas cidades

Disputas de racha são um problema persistente em áreas urbanas brasileiras, muitas vezes envolvendo jovens em busca de emoção ou apostas. Essas corridas ilegais ocorrem em vias públicas sem qualquer controle, colocando em risco motoristas, pedestres e moradores. No caso de São Caetano, a testemunha descreveu o Honda Civic e o Onix branco acelerando lado a lado após o semáforo, um comportamento típico de racha que terminou em tragédia com a morte de Isabela e Isabelli.

Estatísticas mostram que os acidentes causados por alta velocidade estão entre as principais causas de morte no trânsito no Brasil. Em 2023, mais de 5 mil pedestres perderam a vida em colisões, muitos em faixas destinadas à sua proteção. A Avenida Goiás, por ser uma via larga e de fácil acesso, já registrou outros incidentes semelhantes, embora nenhum com a gravidade deste. Autoridades locais enfrentam o desafio de coibir essas práticas, que muitas vezes escapam da fiscalização por sua natureza espontânea.

A combinação de racha com a travessia das jovens em um momento de sinal vermelho para pedestres criou o cenário perfeito para o desastre. Especialistas apontam que a falta de consciência sobre os riscos e a sensação de impunidade alimentam esse tipo de comportamento. Medidas como câmeras de velocidade e blitze noturnas têm sido adotadas em algumas cidades, mas os resultados ainda são insuficientes para deter a onda de acidentes.

Impacto do acidente na comunidade local

A morte de Isabela e Isabelli deixou São Caetano do Sul em luto. Moradores da região se reuniram no local do acidente na manhã de 10 de abril para prestar homenagens, deixando flores e mensagens de apoio às famílias. A Avenida Goiás, normalmente movimentada, ganhou um tom de silêncio e reflexão enquanto a notícia se espalhava. Amigos das vítimas usaram as redes sociais para expressar tristeza e pedir justiça, destacando a perda de duas jovens com futuro promissor.

O acidente também gerou indignação entre os habitantes do bairro Santo Antônio. Muitos criticaram a falta de segurança na via, apontando que a sinalização poderia ser mais clara e que a fiscalização noturna é insuficiente. A prefeitura de São Caetano ainda não anunciou medidas específicas em resposta ao ocorrido, mas a pressão popular por mudanças no trânsito local deve aumentar nos próximos dias. A tragédia expôs a fragilidade de pedestres em áreas urbanas e a necessidade de ações concretas.

Escolas e colegas das jovens organizaram vigílias em memória de Isabela e Isabelli. O curso técnico de enfermagem frequentado por Isabela planeja uma homenagem especial, enquanto o novo emprego de Isabelli, que ela nunca chegou a começar, tornou-se um símbolo do futuro interrompido. A comoção reflete o impacto de perdas evitáveis em uma comunidade unida.

Investigação em andamento busca esclarecimentos

A Polícia Civil de São Caetano do Sul trabalha para esclarecer os detalhes do acidente. As imagens das câmeras de monitoramento são a principal evidência, mostrando o Honda Civic em alta velocidade e as jovens atravessando a faixa. O depoimento da testemunha sobre o racha com o Onix branco é outro ponto central da investigação, embora o segundo veículo ainda não tenha sido identificado ou localizado pelas autoridades.

Brendo dos Santos Sampaio foi ouvido na delegacia e permanece sob custódia. A audiência de custódia, marcada para 10 de abril, decidirá se ele continuará detido ou responderá em liberdade enquanto o caso é apurado. O resultado da contraprova do IML pode trazer novos elementos, especialmente se houver indícios de substâncias que afetem a capacidade de dirigir. A polícia também analisa o histórico do motorista para verificar se ele já esteve envolvido em infrações anteriores.

A investigação enfrenta o desafio de determinar a responsabilidade exata no acidente. Embora as jovens tenham atravessado com o sinal vermelho para pedestres, a alta velocidade do veículo e a suspeita de racha podem agravar a situação de Brendo. O caso está registrado como homicídio culposo no trânsito, mas a comprovação de uma disputa ilegal pode levar a acusações mais graves.

Cronologia dos eventos na Avenida Goiás

Os acontecimentos da noite de 9 de abril seguem uma sequência que culminou na tragédia. Isabela e Isabelli saíram da adega por volta das 22h30, após comemorarem a nova conquista de uma delas. Caminharam até a Avenida Goiás, uma via movimentada mesmo à noite, e decidiram atravessar a faixa de pedestres às 23h. Nesse momento, o Honda Civic, conduzido por Brendo, se aproximava em alta velocidade, possivelmente disputando um racha com o Onix branco.

O impacto foi brutal, arremessando as jovens a mais de 50 metros. A testemunha, que vinha logo atrás, parou ao ver os corpos na pista e o carro danificado. Policiais e equipes de resgate chegaram rapidamente, mas as vítimas não resistiram aos ferimentos. Brendo permaneceu no local e foi levado à delegacia, onde o caso começou a ser registrado ainda na madrugada.

  • Linha do tempo do acidente:
    • 22h30: Isabela e Isabelli saem da adega após comemoração.
    • 23h: Colisão ocorre na faixa de pedestres da Avenida Goiás.
    • 23h15: Equipes de emergência chegam e constatam as mortes.
    • Madrugada de 10 de abril: Brendo é detido e presta depoimento.

Debate sobre segurança nas faixas de pedestres

A morte das duas jovens reacende a discussão sobre a segurança de pedestres em vias urbanas. Faixas de pedestres, teoricamente áreas de proteção, tornam-se armadilhas quando motoristas desrespeitam limites de velocidade ou sinais. Em São Caetano, a Avenida Goiás tem sinalização visível, mas a travessia das vítimas com o sinal vermelho levanta questões sobre a responsabilidade compartilhada entre pedestres e condutores.

Especialistas apontam que a combinação de imprudência e infraestrutura insuficiente é fatal. No Brasil, cerca de 20% dos acidentes de trânsito com vítimas envolvem pedestres, muitos em faixas mal iluminadas ou sem fiscalização. Medidas como lombadas eletrônicas, iluminação reforçada e campanhas educativas são sugeridas para reduzir esses números. Em São Caetano, a prefeitura pode enfrentar cobranças por soluções após o acidente.

A suspeita de racha adiciona uma camada extra de gravidade. Essas disputas, comuns em vias largas como a Avenida Goiás, exigem ações específicas, como patrulhamento noturno e punições severas. A tragédia de Isabela e Isabelli serve como alerta para a necessidade de proteger quem caminha pelas cidades, especialmente em horários de menor movimento.

Perdas irreparáveis para as famílias

Para as famílias de Isabela e Isabelli, a dor é imensurável. Claudilene Helena de Lima, mãe de Isabelli, lamentou a perda da filha e da amiga, que considerava como uma segunda filha. As jovens tinham sonhos claros: Isabela queria salvar vidas como enfermeira, enquanto Isabelli planejava construir uma carreira com o novo emprego. A celebração que antecedeu o acidente tornou o desfecho ainda mais cruel.

Amigos e parentes lembram das duas como alegres e determinadas. Fotos das homenagens na Avenida Goiás mostram a extensão do impacto que elas tinham na comunidade. A mãe de Isabela, ainda em choque, não conseguiu se pronunciar publicamente, mas recebeu apoio de vizinhos e colegas da filha. A tragédia uniu São Caetano em solidariedade, mas também em um clamor por mudanças que evitem novas perdas.

A história das amigas inseparáveis agora é parte de um esforço maior para conscientizar sobre os perigos do trânsito. Seus nomes permanecem vivos nas memórias de quem as conheceu e nas discussões sobre como tornar as ruas mais seguras para todos.



Na noite de 9 de abril de 2025, duas jovens de 18 anos, Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, perderam a vida em um trágico acidente na Avenida Goiás, no bairro Santo Antônio, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Elas foram atropeladas por um Honda Civic enquanto atravessavam a faixa de pedestres, sendo arremessadas a mais de 50 metros devido à força do impacto. Uma testemunha relatou que o motorista, identificado como Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, parecia disputar um racha com outro veículo, um Onix branco, momentos antes da colisão. O acidente, ocorrido por volta das 23h, chocou a região e levantou debates sobre segurança no trânsito e a imprudência de corridas ilegais em vias urbanas. As vítimas, amigas inseparáveis que comemoravam o início de um novo emprego, tiveram seus corpos encontrados na pista, enquanto o carro ficou com a frente destruída. Brendo, estudante de direito, foi detido e aguarda audiência de custódia.

Isabela e Isabelli voltavam de uma adega onde celebraram uma conquista pessoal: uma delas começaria um emprego novo na semana seguinte. As duas atravessaram a avenida mesmo com o sinal vermelho para pedestres, conforme captado por câmeras de monitoramento. O motorista, que acabava de sair da faculdade na mesma região, alega que o semáforo estava verde para os carros e que não viu as jovens. Ele estima que dirigia entre 60 km/h e 70 km/h, velocidade próxima ou ligeiramente acima do limite de 60 km/h da via. Imagens analisadas pela polícia, no entanto, indicam que o Honda Civic estava em alta velocidade, corroborando o depoimento da testemunha sobre a suposta disputa de racha.

A tragédia abalou familiares e moradores locais. A mãe de Isabelli, Claudilene Helena de Lima, descreveu as jovens como amigas inseparáveis, que estudaram juntas no ensino médio e, infelizmente, morreram juntas. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de São Caetano, e as autoridades seguem investigando para determinar as circunstâncias exatas do acidente. O teste do bafômetro aplicado em Brendo mostrou que ele não estava alcoolizado, mas uma contraprova no Instituto Médico Legal ainda está pendente. A violência do impacto e a possibilidade de um racha transformaram o ocorrido em um alerta sobre os perigos da imprudência nas ruas.

Testemunha relata disputa em alta velocidade

Uma testemunha que seguia em outro veículo foi peça-chave no relato do acidente. Ela informou que o Honda Civic a ultrapassou em altíssima velocidade antes de parar ao seu lado em um semáforo próximo a um mercado. Quando o sinal abriu, o carro arrancou com força, fazendo os pneus cantarem, e emparelhou com um Onix branco. Segundo a testemunha, os dois veículos passaram a correr lado a lado, sugerindo uma disputa informal de velocidade. Minutos depois, ao passar pelo local do acidente, ela viu as vítimas caídas e o Honda Civic estacionado nas proximidades, com a frente visivelmente danificada.

O depoimento reforça a suspeita de que o motorista estava envolvido em um racha, prática ilegal que consiste em corridas improvisadas em vias públicas. Essas disputas, muitas vezes motivadas por apostas ou pura adrenalina, têm sido responsáveis por acidentes graves em diversas cidades brasileiras. No caso de São Caetano, a combinação de alta velocidade e a travessia das jovens em momento inoportuno resultou em uma tragédia que poderia ter sido evitada. A testemunha não identificou o condutor do Onix, que aparentemente seguiu caminho após o impacto.

A Avenida Goiás, uma das principais vias de São Caetano do Sul, é conhecida por seu tráfego intenso e por ser um ponto de conexão na região metropolitana. Apesar do limite de 60 km/h, relatos de moradores indicam que motoristas frequentemente excedem a velocidade permitida, especialmente à noite. O acidente reacendeu discussões sobre a necessidade de maior fiscalização e medidas preventivas, como radares ou barreiras, para coibir comportamentos de risco.

  • Momentos relatados pela testemunha:
    • Honda Civic ultrapassa em alta velocidade antes do semáforo.
    • Carro arranca com barulho de pneus ao lado de um Onix branco.
    • Disputa de racha termina com colisão e corpos a 50 metros da faixa.
Duas mulheres morrem atropeladas na faixa de pedestres em Santo André — Foto Reprodução TV Globo
Duas mulheres morrem atropeladas na faixa de pedestres em Santo André — Foto Reprodução TV Globo

Vítimas eram amigas desde o ensino médio

Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa compartilhavam uma amizade profunda, construída ao longo dos anos no ensino médio. Isabela cursava técnico em enfermagem, enquanto Isabelli estava prestes a iniciar um novo emprego, motivo da comemoração naquela noite. As duas decidiram ir a uma adega próxima para brindar a novidade, um momento de alegria que terminou em tragédia. Claudilene, mãe de Isabelli, destacou a ligação especial entre elas, dizendo que as jovens eram como irmãs, sempre juntas em todos os momentos importantes da vida.

O impacto do acidente foi devastador para as famílias. As jovens foram arremessadas a mais de 50 metros, o que indica a força da colisão e a velocidade do veículo. Isabela sonhava com uma carreira na área da saúde, enquanto Isabelli estava animada com a perspectiva de independência financeira. A notícia da morte das duas chocou colegas e professores, que lembram delas como estudantes dedicadas e cheias de planos. A comunidade local também se mobilizou, deixando flores no local do acidente como homenagem.

A perda das amigas inseparáveis reflete um drama recorrente em acidentes de trânsito no Brasil. Dados recentes apontam que cerca de 30 mil pessoas morrem anualmente em colisões no país, muitas delas pedestres atingidos por veículos em alta velocidade. O caso de Isabela e Isabelli reforça a urgência de campanhas educativas e punições mais rigorosas para quem coloca vidas em risco nas ruas.

Motorista detido após acidente fatal

Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, é estudante de direito e estava a caminho de casa após sair da faculdade quando o acidente aconteceu. Ele dirigia o Honda Civic que atingiu as jovens na faixa de pedestres da Avenida Goiás. Após o impacto, o veículo ficou com a frente destruída, evidenciando a violência da colisão. Brendo foi levado à delegacia, onde prestou depoimento, e permanece detido aguardando uma audiência de custódia marcada para 10 de abril.

A defesa do motorista argumenta que o semáforo estava verde para os carros e que ele não viu as jovens atravessando. Segundo o advogado Francisco Ferreira, Brendo estima que sua velocidade estava entre 60 km/h e 70 km/h, mas não consegue precisar o valor exato. Ele nega qualquer envolvimento em racha e diz que o acidente foi uma fatalidade. O teste do bafômetro confirmou que ele não havia consumido álcool, mas imagens de câmeras de monitoramento analisadas pela polícia mostram o carro em alta velocidade, contradizendo parcialmente sua versão.

A polícia segue investigando o caso com base nas imagens e no depoimento da testemunha. O resultado da contraprova do IML, que pode confirmar ou descartar a presença de outras substâncias no organismo de Brendo, ainda não foi divulgado. A detenção do motorista reacende o debate sobre a responsabilidade de condutores em acidentes com pedestres, especialmente em situações que sugerem imprudência ou desrespeito às leis de trânsito.

Racha: um perigo crescente nas cidades

Disputas de racha são um problema persistente em áreas urbanas brasileiras, muitas vezes envolvendo jovens em busca de emoção ou apostas. Essas corridas ilegais ocorrem em vias públicas sem qualquer controle, colocando em risco motoristas, pedestres e moradores. No caso de São Caetano, a testemunha descreveu o Honda Civic e o Onix branco acelerando lado a lado após o semáforo, um comportamento típico de racha que terminou em tragédia com a morte de Isabela e Isabelli.

Estatísticas mostram que os acidentes causados por alta velocidade estão entre as principais causas de morte no trânsito no Brasil. Em 2023, mais de 5 mil pedestres perderam a vida em colisões, muitos em faixas destinadas à sua proteção. A Avenida Goiás, por ser uma via larga e de fácil acesso, já registrou outros incidentes semelhantes, embora nenhum com a gravidade deste. Autoridades locais enfrentam o desafio de coibir essas práticas, que muitas vezes escapam da fiscalização por sua natureza espontânea.

A combinação de racha com a travessia das jovens em um momento de sinal vermelho para pedestres criou o cenário perfeito para o desastre. Especialistas apontam que a falta de consciência sobre os riscos e a sensação de impunidade alimentam esse tipo de comportamento. Medidas como câmeras de velocidade e blitze noturnas têm sido adotadas em algumas cidades, mas os resultados ainda são insuficientes para deter a onda de acidentes.

Impacto do acidente na comunidade local

A morte de Isabela e Isabelli deixou São Caetano do Sul em luto. Moradores da região se reuniram no local do acidente na manhã de 10 de abril para prestar homenagens, deixando flores e mensagens de apoio às famílias. A Avenida Goiás, normalmente movimentada, ganhou um tom de silêncio e reflexão enquanto a notícia se espalhava. Amigos das vítimas usaram as redes sociais para expressar tristeza e pedir justiça, destacando a perda de duas jovens com futuro promissor.

O acidente também gerou indignação entre os habitantes do bairro Santo Antônio. Muitos criticaram a falta de segurança na via, apontando que a sinalização poderia ser mais clara e que a fiscalização noturna é insuficiente. A prefeitura de São Caetano ainda não anunciou medidas específicas em resposta ao ocorrido, mas a pressão popular por mudanças no trânsito local deve aumentar nos próximos dias. A tragédia expôs a fragilidade de pedestres em áreas urbanas e a necessidade de ações concretas.

Escolas e colegas das jovens organizaram vigílias em memória de Isabela e Isabelli. O curso técnico de enfermagem frequentado por Isabela planeja uma homenagem especial, enquanto o novo emprego de Isabelli, que ela nunca chegou a começar, tornou-se um símbolo do futuro interrompido. A comoção reflete o impacto de perdas evitáveis em uma comunidade unida.

Investigação em andamento busca esclarecimentos

A Polícia Civil de São Caetano do Sul trabalha para esclarecer os detalhes do acidente. As imagens das câmeras de monitoramento são a principal evidência, mostrando o Honda Civic em alta velocidade e as jovens atravessando a faixa. O depoimento da testemunha sobre o racha com o Onix branco é outro ponto central da investigação, embora o segundo veículo ainda não tenha sido identificado ou localizado pelas autoridades.

Brendo dos Santos Sampaio foi ouvido na delegacia e permanece sob custódia. A audiência de custódia, marcada para 10 de abril, decidirá se ele continuará detido ou responderá em liberdade enquanto o caso é apurado. O resultado da contraprova do IML pode trazer novos elementos, especialmente se houver indícios de substâncias que afetem a capacidade de dirigir. A polícia também analisa o histórico do motorista para verificar se ele já esteve envolvido em infrações anteriores.

A investigação enfrenta o desafio de determinar a responsabilidade exata no acidente. Embora as jovens tenham atravessado com o sinal vermelho para pedestres, a alta velocidade do veículo e a suspeita de racha podem agravar a situação de Brendo. O caso está registrado como homicídio culposo no trânsito, mas a comprovação de uma disputa ilegal pode levar a acusações mais graves.

Cronologia dos eventos na Avenida Goiás

Os acontecimentos da noite de 9 de abril seguem uma sequência que culminou na tragédia. Isabela e Isabelli saíram da adega por volta das 22h30, após comemorarem a nova conquista de uma delas. Caminharam até a Avenida Goiás, uma via movimentada mesmo à noite, e decidiram atravessar a faixa de pedestres às 23h. Nesse momento, o Honda Civic, conduzido por Brendo, se aproximava em alta velocidade, possivelmente disputando um racha com o Onix branco.

O impacto foi brutal, arremessando as jovens a mais de 50 metros. A testemunha, que vinha logo atrás, parou ao ver os corpos na pista e o carro danificado. Policiais e equipes de resgate chegaram rapidamente, mas as vítimas não resistiram aos ferimentos. Brendo permaneceu no local e foi levado à delegacia, onde o caso começou a ser registrado ainda na madrugada.

  • Linha do tempo do acidente:
    • 22h30: Isabela e Isabelli saem da adega após comemoração.
    • 23h: Colisão ocorre na faixa de pedestres da Avenida Goiás.
    • 23h15: Equipes de emergência chegam e constatam as mortes.
    • Madrugada de 10 de abril: Brendo é detido e presta depoimento.

Debate sobre segurança nas faixas de pedestres

A morte das duas jovens reacende a discussão sobre a segurança de pedestres em vias urbanas. Faixas de pedestres, teoricamente áreas de proteção, tornam-se armadilhas quando motoristas desrespeitam limites de velocidade ou sinais. Em São Caetano, a Avenida Goiás tem sinalização visível, mas a travessia das vítimas com o sinal vermelho levanta questões sobre a responsabilidade compartilhada entre pedestres e condutores.

Especialistas apontam que a combinação de imprudência e infraestrutura insuficiente é fatal. No Brasil, cerca de 20% dos acidentes de trânsito com vítimas envolvem pedestres, muitos em faixas mal iluminadas ou sem fiscalização. Medidas como lombadas eletrônicas, iluminação reforçada e campanhas educativas são sugeridas para reduzir esses números. Em São Caetano, a prefeitura pode enfrentar cobranças por soluções após o acidente.

A suspeita de racha adiciona uma camada extra de gravidade. Essas disputas, comuns em vias largas como a Avenida Goiás, exigem ações específicas, como patrulhamento noturno e punições severas. A tragédia de Isabela e Isabelli serve como alerta para a necessidade de proteger quem caminha pelas cidades, especialmente em horários de menor movimento.

Perdas irreparáveis para as famílias

Para as famílias de Isabela e Isabelli, a dor é imensurável. Claudilene Helena de Lima, mãe de Isabelli, lamentou a perda da filha e da amiga, que considerava como uma segunda filha. As jovens tinham sonhos claros: Isabela queria salvar vidas como enfermeira, enquanto Isabelli planejava construir uma carreira com o novo emprego. A celebração que antecedeu o acidente tornou o desfecho ainda mais cruel.

Amigos e parentes lembram das duas como alegres e determinadas. Fotos das homenagens na Avenida Goiás mostram a extensão do impacto que elas tinham na comunidade. A mãe de Isabela, ainda em choque, não conseguiu se pronunciar publicamente, mas recebeu apoio de vizinhos e colegas da filha. A tragédia uniu São Caetano em solidariedade, mas também em um clamor por mudanças que evitem novas perdas.

A história das amigas inseparáveis agora é parte de um esforço maior para conscientizar sobre os perigos do trânsito. Seus nomes permanecem vivos nas memórias de quem as conheceu e nas discussões sobre como tornar as ruas mais seguras para todos.



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