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18 Apr 2025, Fri

Torcedores reprovam Gerson após derrota do Flamengo por 2 a 1 para o Central Córdoba na Libertadores

Gerson Instagram


A noite de quarta-feira no Maracanã trouxe uma surpresa indigesta para os torcedores do Flamengo. Em partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, o Rubro-Negro foi derrotado por 2 a 1 pelo Central Córdoba, da Argentina, em um jogo que expôs fragilidades da equipe carioca e gerou reações intensas entre os fãs. O resultado marcou a primeira derrota do time na competição continental neste ano e reacendeu debates sobre o desempenho de alguns jogadores, com destaque para o meia Gerson, cuja atitude após o jogo virou alvo de críticas nas redes sociais. O confronto, que teve gols de Leonardo Heredia e José Florentín para os argentinos e um tento de De La Cruz para os brasileiros, também colocou em xeque a invencibilidade de 16 jogos que o Flamengo ostentava antes do duelo.

Antes mesmo do apito inicial, o clima era de confiança entre os torcedores. O Flamengo vinha de uma vitória fora de casa contra o Deportivo Táchira, por 1 a 0, na estreia da Libertadores, e de um triunfo no Brasileirão sobre o Vitória, por 2 a 1, no fim de semana anterior. No entanto, o que se viu em campo foi um time que, apesar de criar chances no início, não conseguiu converter oportunidades em gols e acabou punido pela eficiência do adversário. O Central Córdoba, em sua primeira participação na história da competição, mostrou organização defensiva e aproveitou os erros do Rubro-Negro para construir a vitória, que foi celebrada como um marco para o clube argentino.

A derrota em casa, diante de mais de 60 mil torcedores, não foi o único motivo de frustração. Após o jogo, uma entrevista de Gerson à beira do campo, concedida ao repórter Marcelo Courrege, da TV Globo, inflamou ainda mais os ânimos. Questionado sobre seu desempenho após entrar no segundo tempo, o meia respondeu com ironia, devolvendo a pergunta ao jornalista. A atitude, somada à atuação abaixo do esperado, gerou uma onda de críticas nas redes sociais, onde torcedores acusaram o jogador de falta de humildade e desrespeito em um momento delicado para o time.

Jogo começa com pressão, mas Flamengo tropeça

O Flamengo entrou em campo com a missão de manter os 100% de aproveitamento na Libertadores e consolidar a liderança do Grupo C. Logo no primeiro minuto, Juninho teve duas oportunidades claras de abrir o placar, mas parou na defesa do Central Córdoba. A torcida, empolgada, acreditava que o gol era questão de tempo. Contudo, a falta de precisão nas finalizações começou a desenhar um cenário preocupante para o Rubro-Negro, que dominava a posse de bola, mas não conseguia furar o bloqueio argentino.

Aos 24 minutos, o jogo mudou de rumo. Léo Pereira cometeu um erro ao tocar a bola com a mão dentro da área, e o árbitro Cristian Garay marcou pênalti. Leonardo Heredia, com calma, deslocou o goleiro Rossi e colocou o Central Córdoba em vantagem. O gol abalou o Flamengo, que passou a se lançar ao ataque de forma desordenada. Apesar da pressão, a equipe de Filipe Luís não conseguiu igualar o placar antes do intervalo e ainda viu o adversário ampliar aos 43 minutos, com uma cabeçada certeira de José Florentín após cobrança de falta de Braian Cufré.

No intervalo, as vaias ecoaram pelo Maracanã, refletindo a insatisfação da torcida com o desempenho do time. O Central Córdoba, com uma postura sólida e aproveitando os contra-ataques, mostrava que não estava no Rio de Janeiro apenas para se defender. A vitória parcial dos argentinos já era um feito histórico, sendo a primeira vez que o clube enfrentava um adversário brasileiro na competição continental.

Segundo tempo traz esperança e frustração

Buscando reverter o placar, Filipe Luís mexeu no time no início do segundo tempo. Wesley, Erick Pulgar e Gerson entraram em campo, trazendo uma nova dinâmica ao Flamengo. A mudança surtiu efeito, e aos 15 minutos De La Cruz cobrou uma falta com perfeição, diminuindo a diferença para 2 a 1. O gol reacendeu a esperança da torcida, que passou a empurrar o time em busca do empate.

A pressão do Flamengo aumentou, mas a criatividade não acompanhou o ímpeto. Pedro, que voltou de uma lesão de sete meses no joelho e entrou no decorrer da partida, teve poucas chances de finalizar. Nos minutos finais, Bruno Henrique quase igualou o marcador ao cabecear uma bola que explodiu na trave, mas o placar permaneceu intacto. O Central Córdoba, com uma defesa bem postada, segurou o resultado e saiu do Maracanã com três pontos valiosos, assumindo a liderança do grupo com quatro pontos.

O apito final foi recebido com mais vaias e gritos de protesto. Para muitos torcedores, a derrota representou não apenas a perda de uma invencibilidade, mas também a exposição de falhas táticas e individuais que precisam ser corrigidas. O desempenho de Gerson, que não conseguiu mudar o panorama do jogo após entrar, virou um dos focos das críticas.

Reação de Gerson na entrevista gera polêmica

Após o jogo, a entrevista de Gerson à TV Globo virou o centro das atenções. Marcelo Courrege perguntou ao meia se o fato de ter entrado no segundo tempo, em uma rotação de jogo após começar no banco por controle de carga, havia atrapalhado seu desempenho. A resposta veio em tom irônico: “Atrapalhou meu desempenho? Quando a gente não ganha, vem sempre perguntas como assim, né? Na sua opinião, você acha que eu fui tão mal assim?”. O jogador, visivelmente incomodado, encerrou a interação de forma ríspida, o que não passou despercebido pelos torcedores.

Nas redes sociais, a declaração repercutiu imediatamente. Muitos fãs do Flamengo interpretaram a atitude como arrogância e falta de autocrítica em um momento em que o time precisava de união. Comentários como “Gerson precisa descer do salto” e “Falta humildade pra reconhecer o erro” inundaram as plataformas digitais. Outros, porém, defenderam o meia, argumentando que a pressão sobre os jogadores após uma derrota é injusta e que a responsabilidade deveria ser dividida com todo o elenco.

A polêmica ganhou ainda mais força pelo contexto da partida. Gerson, que renovou seu contrato com o Flamengo até 2030 no início do ano, é visto como peça fundamental no esquema de Filipe Luís. Sua entrada no segundo tempo era esperada como uma solução para o meio-campo, mas o jogador não conseguiu impor seu ritmo habitual, o que aumentou a frustração da torcida.

Central Córdoba faz história no Maracanã

Enquanto o Flamengo lidava com a decepção, o Central Córdoba celebrava um feito histórico. O clube argentino, oriundo de Santiago del Estero, uma cidade de cerca de 250 mil habitantes, disputava apenas sua segunda partida na Libertadores. Após empatar sem gols com a LDU na estreia, a vitória sobre o Flamengo marcou o primeiro triunfo da equipe na competição e a colocou como líder isolada do Grupo C.

A conquista no Maracanã também entrou para os registros do futebol argentino. O Central Córdoba tornou-se o quinto clube do país a vencer no estádio carioca e o terceiro a fazê-lo pela Libertadores, seguindo os passos de Independiente, em 1964, e Argentinos Juniors, em 1985. Além disso, foi a primeira vez que um time argentino derrotou o Flamengo em casa na história do torneio continental.

O técnico Omar De Felippe, responsável por montar a estratégia que neutralizou o ataque rubro-negro, destacou a organização da equipe. O Central Córdoba chegou ao Rio de Janeiro após uma derrota por 1 a 0 para o Unión Santa Fe no Campeonato Argentino, onde ocupa a sexta posição do Grupo A com 18 pontos em 12 jogos. A vitória na Libertadores reforça a campanha sólida do clube na temporada e eleva sua moral para os próximos desafios.

Desempenho do Flamengo levanta questionamentos

A derrota para o Central Córdoba expôs fragilidades que o Flamengo vinha mascarando com sua sequência invicta. Antes do jogo, o time acumulava 13 vitórias e três empates em 16 partidas na temporada, com conquistas como o Campeonato Carioca e a Supercopa do Brasil. No entanto, o tropeço em casa trouxe à tona problemas como a falta de efetividade no ataque e a dificuldade em lidar com adversários que adotam uma postura defensiva.

Juninho, que perdeu chances claras no início do jogo, simbolizou a ineficiência ofensiva do Flamengo. A equipe teve 62% de posse de bola e finalizou 12 vezes, mas apenas quatro chutes foram na direção do gol. Do outro lado, o Central Córdoba foi mais objetivo, aproveitando suas poucas oportunidades para garantir a vitória. A comparação com a estreia contra o Deportivo Táchira, quando o Flamengo também dominou mas venceu por apenas 1 a 0, reforça a necessidade de ajustes no setor ofensivo.

No sistema defensivo, o erro de Léo Pereira no pênalti e a falha de marcação no gol de Florentín indicaram desatenção em momentos cruciais. Rossi, não conseguiu evitar os gols, e a zaga, que havia sofrido apenas dois gols em sete jogos com o time titular no Maracanã em 2025, foi vazada duas vezes em uma única partida.

Impacto no grupo e próximos desafios

Com a derrota, o Flamengo caiu para a segunda posição do Grupo C, com três pontos, enquanto o Central Córdoba assumiu a liderança com quatro. LDU e Deportivo Táchira, que se enfrentam ainda nesta rodada, têm um e zero pontos, respectivamente. O resultado aumenta a pressão sobre o Rubro-Negro, que agora precisará buscar pontos fora de casa para garantir a classificação às oitavas de final.

Os próximos compromissos do Flamengo na Libertadores incluem um duelo contra a LDU, em Quito, no dia 24 de abril, e um confronto com o Deportivo Táchira, no Maracanã, em maio. Antes disso, o time volta suas atenções para o Brasileirão, onde enfrentará o Internacional no fim de semana. A sequência de jogos será um teste para a capacidade de recuperação da equipe de Filipe Luís, que ainda não havia perdido em casa na temporada até o embate com o Central Córdoba.

Para o Central Córdoba, a vitória é um impulso significativo. O clube argentino receberá o Deportivo Táchira no dia 24 de abril, em Santiago del Estero, com a chance de consolidar sua posição na liderança do grupo. A campanha na Libertadores, somada ao desempenho no Campeonato Argentino, coloca o time em evidência no cenário sul-americano.

Números e destaques da partida

A partida entre Flamengo e Central Córdoba trouxe dados que ajudam a entender o desfecho do confronto. O Flamengo dominou a posse de bola, com 62%, contra 38% do adversário, e trocou 487 passes, quase o dobro dos 249 do Central Córdoba. No entanto, a eficiência nas finalizações fez a diferença: os argentinos acertaram quatro dos seis chutes ao gol, enquanto os cariocas converteram apenas um de seus 12 arremates.

  • Leonardo Heredia abriu o placar aos 24 minutos, cobrando pênalti com precisão.
  • José Florentín ampliou aos 43 minutos, aproveitando falha na marcação em uma bola aérea.
  • De La Cruz marcou o único gol do Flamengo, aos 15 minutos do segundo tempo, em cobrança de falta.
  • Bruno Henrique, nos acréscimos, acertou a trave em uma das últimas chances do jogo.

Os números refletem um Flamengo que controlou o jogo, mas pecou na hora de transformar volume em resultado. O Central Córdoba, por sua vez, mostrou pragmatismo e aproveitou os erros do adversário para construir sua vitória histórica.

Torcida cobra mudanças e ajustes

A derrota para o Central Córdoba deixou a torcida do Flamengo em alerta. Nas arquibancadas e nas redes sociais, os rubro-negros cobraram uma resposta imediata da equipe. A volta de Pedro, que entrou no segundo tempo após sete meses afastado por lesão, foi um ponto positivo, mas o atacante ainda precisa de ritmo para voltar ao seu melhor nível. A expectativa é que o camisa 9, artilheiro do time em temporadas passadas, seja uma solução para os problemas ofensivos.

Filipe Luís, em sua primeira temporada como técnico, também foi alvo de questionamentos. A opção por deixar Gerson no banco no início do jogo, parte de um controle de carga física, dividiu opiniões. Alguns torcedores elogiaram a cautela em uma temporada longa, enquanto outros criticaram a falta de um titular absoluto no meio-campo em um jogo tão importante. A pressão sobre o jovem treinador, que assumiu o cargo com a missão de manter o Flamengo competitivo, tende a aumentar nos próximos dias.

A torcida também pediu mais atitude dos jogadores em campo. A postura apática no primeiro tempo e a dificuldade em reverter o placar no segundo contrastaram com a garra mostrada em jogos anteriores, como a vitória sobre o Vitória no Brasileirão. Para os fãs, o Flamengo precisa recuperar a intensidade que marcou sua campanha invicta até aqui.

Histórico de confrontos no Maracanã

O resultado contra o Central Córdoba adicionou um capítulo inesperado ao histórico do Flamengo em casa na Libertadores. Nos últimos anos, o Maracanã tem sido um palco de grandes conquistas para o Rubro-Negro, como a final de 2019, quando o time venceu o River Plate por 2 a 1 e conquistou o título continental. No entanto, a derrota para o clube argentino mostrou que o estádio não é mais uma garantia de invencibilidade.

Antes do jogo, o Flamengo não perdia no Maracanã em 2025 com o time titular, acumulando cinco vitórias e dois empates em sete partidas. Os dois gols sofridos contra o Central Córdoba igualaram o total de tentos cedidos nesses sete jogos anteriores, evidenciando uma noite atípica para a defesa rubro-negra. O resultado também quebrou uma sequência de nove jogos sem perder como mandante na Libertadores, desde a derrota para o Olimpia, em 2023.

Para o Central Córdoba, a vitória reforça sua entrada no cenário internacional. O clube, que conquistou a Copa da Argentina em 2024 para garantir vaga na Libertadores, agora tem um triunfo memorável para contar em sua história. A façanha no Maracanã ecoa como um aviso de que o time argentino pode surpreender na competição.

Pressão aumenta sobre Gerson e elenco

Gerson, que chegou ao Flamengo em 2019 e retornou em 2023 após passagem pelo Olympique de Marseille, sempre foi um jogador de personalidade forte. Seu papel como capitão e líder técnico do meio-campo o coloca sob os holofotes em momentos de vitória e derrota. Após o jogo contra o Central Córdoba, o meia enfrentou uma enxurrada de críticas que vão além de sua atuação em campo.

A torcida reconhece o talento do jogador, mas cobra mais consistência e postura em situações adversas. Em 11 jogos na temporada, Gerson marcou dois gols e deu três assistências, números que mostram sua importância, mas que não foram suficientes para evitar a derrota no Maracanã. A ironia na entrevista pós-jogo foi vista como um sinal de desconexão com a realidade do time, que precisava de autocrítica após o revés.

Outros jogadores também não escaparam das críticas. Léo Pereira, responsável pelo pênalti, e Juninho, que desperdiçou chances no ataque, foram apontados como símbolos das falhas individuais que custaram caro. O elenco, repleto de nomes como De La Cruz, Arrascaeta e Bruno Henrique, tem qualidade para reagir, mas precisará mostrar isso em campo nos próximos jogos.

Curiosidades sobre o duelo

O confronto entre Flamengo e Central Córdoba trouxe alguns fatos interessantes que marcaram a noite no Maracanã:

  • Foi a primeira vez que o Flamengo enfrentou o Central Córdoba em competições oficiais.
  • O Central Córdoba é o 24º clube argentino a disputar a fase de grupos da Libertadores.
  • José Florentín, autor do segundo gol, marcou seu primeiro tento na competição continental.
  • O Flamengo não perdia um jogo em casa na Libertadores desde agosto de 2023.
  • A vitória argentina foi a primeira de um estreante contra o Flamengo no Maracanã na história do torneio.

Esses detalhes destacam a relevância histórica do resultado e o impacto que ele pode ter na trajetória das duas equipes na competição.

Caminho pela frente exige foco

Com a derrota, o Flamengo agora precisa recalcular sua rota na Libertadores. O Grupo C, que parecia tranquilo após a vitória na estreia, tornou-se mais competitivo com a ascensão do Central Córdoba. O próximo jogo, contra a LDU em Quito, será um teste de fogo em um estádio conhecido pela altitude e pela força do adversário equatoriano. Uma vitória fora de casa pode devolver a confiança ao time e à torcida.

No Brasileirão, o Flamengo segue na liderança com quatro pontos em duas rodadas, mas a sequência de jogos exige um elenco bem preparado fisicamente e mentalmente. A volta de Pedro, mesmo que gradual, é uma boa notícia para o ataque, que precisará ser mais eficiente nas próximas partidas. A experiência de jogadores como Arrascaeta e Bruno Henrique será fundamental para liderar o grupo em um momento de turbulência.

O Central Córdoba, por sua vez, volta à Argentina com a moral elevada. O clube, que tem como meta avançar às oitavas de final em sua estreia na Libertadores, agora enfrenta o desafio de manter o ritmo contra adversários mais tradicionais. O jogo contra o Deportivo Táchira, em casa, é uma oportunidade de somar mais três pontos e consolidar a campanha surpreendente.

A noite de 9 de abril no Maracanã ficará marcada como um alerta para o Flamengo e uma celebração para o Central Córdoba. Para os cariocas, o tropeço é um lembrete de que a Libertadores não perdoa deslizes, enquanto para os argentinos é a prova de que até os gigantes podem ser superados. O que resta é esperar os próximos capítulos dessa história que ainda está longe de terminar.



A noite de quarta-feira no Maracanã trouxe uma surpresa indigesta para os torcedores do Flamengo. Em partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, o Rubro-Negro foi derrotado por 2 a 1 pelo Central Córdoba, da Argentina, em um jogo que expôs fragilidades da equipe carioca e gerou reações intensas entre os fãs. O resultado marcou a primeira derrota do time na competição continental neste ano e reacendeu debates sobre o desempenho de alguns jogadores, com destaque para o meia Gerson, cuja atitude após o jogo virou alvo de críticas nas redes sociais. O confronto, que teve gols de Leonardo Heredia e José Florentín para os argentinos e um tento de De La Cruz para os brasileiros, também colocou em xeque a invencibilidade de 16 jogos que o Flamengo ostentava antes do duelo.

Antes mesmo do apito inicial, o clima era de confiança entre os torcedores. O Flamengo vinha de uma vitória fora de casa contra o Deportivo Táchira, por 1 a 0, na estreia da Libertadores, e de um triunfo no Brasileirão sobre o Vitória, por 2 a 1, no fim de semana anterior. No entanto, o que se viu em campo foi um time que, apesar de criar chances no início, não conseguiu converter oportunidades em gols e acabou punido pela eficiência do adversário. O Central Córdoba, em sua primeira participação na história da competição, mostrou organização defensiva e aproveitou os erros do Rubro-Negro para construir a vitória, que foi celebrada como um marco para o clube argentino.

A derrota em casa, diante de mais de 60 mil torcedores, não foi o único motivo de frustração. Após o jogo, uma entrevista de Gerson à beira do campo, concedida ao repórter Marcelo Courrege, da TV Globo, inflamou ainda mais os ânimos. Questionado sobre seu desempenho após entrar no segundo tempo, o meia respondeu com ironia, devolvendo a pergunta ao jornalista. A atitude, somada à atuação abaixo do esperado, gerou uma onda de críticas nas redes sociais, onde torcedores acusaram o jogador de falta de humildade e desrespeito em um momento delicado para o time.

Jogo começa com pressão, mas Flamengo tropeça

O Flamengo entrou em campo com a missão de manter os 100% de aproveitamento na Libertadores e consolidar a liderança do Grupo C. Logo no primeiro minuto, Juninho teve duas oportunidades claras de abrir o placar, mas parou na defesa do Central Córdoba. A torcida, empolgada, acreditava que o gol era questão de tempo. Contudo, a falta de precisão nas finalizações começou a desenhar um cenário preocupante para o Rubro-Negro, que dominava a posse de bola, mas não conseguia furar o bloqueio argentino.

Aos 24 minutos, o jogo mudou de rumo. Léo Pereira cometeu um erro ao tocar a bola com a mão dentro da área, e o árbitro Cristian Garay marcou pênalti. Leonardo Heredia, com calma, deslocou o goleiro Rossi e colocou o Central Córdoba em vantagem. O gol abalou o Flamengo, que passou a se lançar ao ataque de forma desordenada. Apesar da pressão, a equipe de Filipe Luís não conseguiu igualar o placar antes do intervalo e ainda viu o adversário ampliar aos 43 minutos, com uma cabeçada certeira de José Florentín após cobrança de falta de Braian Cufré.

No intervalo, as vaias ecoaram pelo Maracanã, refletindo a insatisfação da torcida com o desempenho do time. O Central Córdoba, com uma postura sólida e aproveitando os contra-ataques, mostrava que não estava no Rio de Janeiro apenas para se defender. A vitória parcial dos argentinos já era um feito histórico, sendo a primeira vez que o clube enfrentava um adversário brasileiro na competição continental.

Segundo tempo traz esperança e frustração

Buscando reverter o placar, Filipe Luís mexeu no time no início do segundo tempo. Wesley, Erick Pulgar e Gerson entraram em campo, trazendo uma nova dinâmica ao Flamengo. A mudança surtiu efeito, e aos 15 minutos De La Cruz cobrou uma falta com perfeição, diminuindo a diferença para 2 a 1. O gol reacendeu a esperança da torcida, que passou a empurrar o time em busca do empate.

A pressão do Flamengo aumentou, mas a criatividade não acompanhou o ímpeto. Pedro, que voltou de uma lesão de sete meses no joelho e entrou no decorrer da partida, teve poucas chances de finalizar. Nos minutos finais, Bruno Henrique quase igualou o marcador ao cabecear uma bola que explodiu na trave, mas o placar permaneceu intacto. O Central Córdoba, com uma defesa bem postada, segurou o resultado e saiu do Maracanã com três pontos valiosos, assumindo a liderança do grupo com quatro pontos.

O apito final foi recebido com mais vaias e gritos de protesto. Para muitos torcedores, a derrota representou não apenas a perda de uma invencibilidade, mas também a exposição de falhas táticas e individuais que precisam ser corrigidas. O desempenho de Gerson, que não conseguiu mudar o panorama do jogo após entrar, virou um dos focos das críticas.

Reação de Gerson na entrevista gera polêmica

Após o jogo, a entrevista de Gerson à TV Globo virou o centro das atenções. Marcelo Courrege perguntou ao meia se o fato de ter entrado no segundo tempo, em uma rotação de jogo após começar no banco por controle de carga, havia atrapalhado seu desempenho. A resposta veio em tom irônico: “Atrapalhou meu desempenho? Quando a gente não ganha, vem sempre perguntas como assim, né? Na sua opinião, você acha que eu fui tão mal assim?”. O jogador, visivelmente incomodado, encerrou a interação de forma ríspida, o que não passou despercebido pelos torcedores.

Nas redes sociais, a declaração repercutiu imediatamente. Muitos fãs do Flamengo interpretaram a atitude como arrogância e falta de autocrítica em um momento em que o time precisava de união. Comentários como “Gerson precisa descer do salto” e “Falta humildade pra reconhecer o erro” inundaram as plataformas digitais. Outros, porém, defenderam o meia, argumentando que a pressão sobre os jogadores após uma derrota é injusta e que a responsabilidade deveria ser dividida com todo o elenco.

A polêmica ganhou ainda mais força pelo contexto da partida. Gerson, que renovou seu contrato com o Flamengo até 2030 no início do ano, é visto como peça fundamental no esquema de Filipe Luís. Sua entrada no segundo tempo era esperada como uma solução para o meio-campo, mas o jogador não conseguiu impor seu ritmo habitual, o que aumentou a frustração da torcida.

Central Córdoba faz história no Maracanã

Enquanto o Flamengo lidava com a decepção, o Central Córdoba celebrava um feito histórico. O clube argentino, oriundo de Santiago del Estero, uma cidade de cerca de 250 mil habitantes, disputava apenas sua segunda partida na Libertadores. Após empatar sem gols com a LDU na estreia, a vitória sobre o Flamengo marcou o primeiro triunfo da equipe na competição e a colocou como líder isolada do Grupo C.

A conquista no Maracanã também entrou para os registros do futebol argentino. O Central Córdoba tornou-se o quinto clube do país a vencer no estádio carioca e o terceiro a fazê-lo pela Libertadores, seguindo os passos de Independiente, em 1964, e Argentinos Juniors, em 1985. Além disso, foi a primeira vez que um time argentino derrotou o Flamengo em casa na história do torneio continental.

O técnico Omar De Felippe, responsável por montar a estratégia que neutralizou o ataque rubro-negro, destacou a organização da equipe. O Central Córdoba chegou ao Rio de Janeiro após uma derrota por 1 a 0 para o Unión Santa Fe no Campeonato Argentino, onde ocupa a sexta posição do Grupo A com 18 pontos em 12 jogos. A vitória na Libertadores reforça a campanha sólida do clube na temporada e eleva sua moral para os próximos desafios.

Desempenho do Flamengo levanta questionamentos

A derrota para o Central Córdoba expôs fragilidades que o Flamengo vinha mascarando com sua sequência invicta. Antes do jogo, o time acumulava 13 vitórias e três empates em 16 partidas na temporada, com conquistas como o Campeonato Carioca e a Supercopa do Brasil. No entanto, o tropeço em casa trouxe à tona problemas como a falta de efetividade no ataque e a dificuldade em lidar com adversários que adotam uma postura defensiva.

Juninho, que perdeu chances claras no início do jogo, simbolizou a ineficiência ofensiva do Flamengo. A equipe teve 62% de posse de bola e finalizou 12 vezes, mas apenas quatro chutes foram na direção do gol. Do outro lado, o Central Córdoba foi mais objetivo, aproveitando suas poucas oportunidades para garantir a vitória. A comparação com a estreia contra o Deportivo Táchira, quando o Flamengo também dominou mas venceu por apenas 1 a 0, reforça a necessidade de ajustes no setor ofensivo.

No sistema defensivo, o erro de Léo Pereira no pênalti e a falha de marcação no gol de Florentín indicaram desatenção em momentos cruciais. Rossi, não conseguiu evitar os gols, e a zaga, que havia sofrido apenas dois gols em sete jogos com o time titular no Maracanã em 2025, foi vazada duas vezes em uma única partida.

Impacto no grupo e próximos desafios

Com a derrota, o Flamengo caiu para a segunda posição do Grupo C, com três pontos, enquanto o Central Córdoba assumiu a liderança com quatro. LDU e Deportivo Táchira, que se enfrentam ainda nesta rodada, têm um e zero pontos, respectivamente. O resultado aumenta a pressão sobre o Rubro-Negro, que agora precisará buscar pontos fora de casa para garantir a classificação às oitavas de final.

Os próximos compromissos do Flamengo na Libertadores incluem um duelo contra a LDU, em Quito, no dia 24 de abril, e um confronto com o Deportivo Táchira, no Maracanã, em maio. Antes disso, o time volta suas atenções para o Brasileirão, onde enfrentará o Internacional no fim de semana. A sequência de jogos será um teste para a capacidade de recuperação da equipe de Filipe Luís, que ainda não havia perdido em casa na temporada até o embate com o Central Córdoba.

Para o Central Córdoba, a vitória é um impulso significativo. O clube argentino receberá o Deportivo Táchira no dia 24 de abril, em Santiago del Estero, com a chance de consolidar sua posição na liderança do grupo. A campanha na Libertadores, somada ao desempenho no Campeonato Argentino, coloca o time em evidência no cenário sul-americano.

Números e destaques da partida

A partida entre Flamengo e Central Córdoba trouxe dados que ajudam a entender o desfecho do confronto. O Flamengo dominou a posse de bola, com 62%, contra 38% do adversário, e trocou 487 passes, quase o dobro dos 249 do Central Córdoba. No entanto, a eficiência nas finalizações fez a diferença: os argentinos acertaram quatro dos seis chutes ao gol, enquanto os cariocas converteram apenas um de seus 12 arremates.

  • Leonardo Heredia abriu o placar aos 24 minutos, cobrando pênalti com precisão.
  • José Florentín ampliou aos 43 minutos, aproveitando falha na marcação em uma bola aérea.
  • De La Cruz marcou o único gol do Flamengo, aos 15 minutos do segundo tempo, em cobrança de falta.
  • Bruno Henrique, nos acréscimos, acertou a trave em uma das últimas chances do jogo.

Os números refletem um Flamengo que controlou o jogo, mas pecou na hora de transformar volume em resultado. O Central Córdoba, por sua vez, mostrou pragmatismo e aproveitou os erros do adversário para construir sua vitória histórica.

Torcida cobra mudanças e ajustes

A derrota para o Central Córdoba deixou a torcida do Flamengo em alerta. Nas arquibancadas e nas redes sociais, os rubro-negros cobraram uma resposta imediata da equipe. A volta de Pedro, que entrou no segundo tempo após sete meses afastado por lesão, foi um ponto positivo, mas o atacante ainda precisa de ritmo para voltar ao seu melhor nível. A expectativa é que o camisa 9, artilheiro do time em temporadas passadas, seja uma solução para os problemas ofensivos.

Filipe Luís, em sua primeira temporada como técnico, também foi alvo de questionamentos. A opção por deixar Gerson no banco no início do jogo, parte de um controle de carga física, dividiu opiniões. Alguns torcedores elogiaram a cautela em uma temporada longa, enquanto outros criticaram a falta de um titular absoluto no meio-campo em um jogo tão importante. A pressão sobre o jovem treinador, que assumiu o cargo com a missão de manter o Flamengo competitivo, tende a aumentar nos próximos dias.

A torcida também pediu mais atitude dos jogadores em campo. A postura apática no primeiro tempo e a dificuldade em reverter o placar no segundo contrastaram com a garra mostrada em jogos anteriores, como a vitória sobre o Vitória no Brasileirão. Para os fãs, o Flamengo precisa recuperar a intensidade que marcou sua campanha invicta até aqui.

Histórico de confrontos no Maracanã

O resultado contra o Central Córdoba adicionou um capítulo inesperado ao histórico do Flamengo em casa na Libertadores. Nos últimos anos, o Maracanã tem sido um palco de grandes conquistas para o Rubro-Negro, como a final de 2019, quando o time venceu o River Plate por 2 a 1 e conquistou o título continental. No entanto, a derrota para o clube argentino mostrou que o estádio não é mais uma garantia de invencibilidade.

Antes do jogo, o Flamengo não perdia no Maracanã em 2025 com o time titular, acumulando cinco vitórias e dois empates em sete partidas. Os dois gols sofridos contra o Central Córdoba igualaram o total de tentos cedidos nesses sete jogos anteriores, evidenciando uma noite atípica para a defesa rubro-negra. O resultado também quebrou uma sequência de nove jogos sem perder como mandante na Libertadores, desde a derrota para o Olimpia, em 2023.

Para o Central Córdoba, a vitória reforça sua entrada no cenário internacional. O clube, que conquistou a Copa da Argentina em 2024 para garantir vaga na Libertadores, agora tem um triunfo memorável para contar em sua história. A façanha no Maracanã ecoa como um aviso de que o time argentino pode surpreender na competição.

Pressão aumenta sobre Gerson e elenco

Gerson, que chegou ao Flamengo em 2019 e retornou em 2023 após passagem pelo Olympique de Marseille, sempre foi um jogador de personalidade forte. Seu papel como capitão e líder técnico do meio-campo o coloca sob os holofotes em momentos de vitória e derrota. Após o jogo contra o Central Córdoba, o meia enfrentou uma enxurrada de críticas que vão além de sua atuação em campo.

A torcida reconhece o talento do jogador, mas cobra mais consistência e postura em situações adversas. Em 11 jogos na temporada, Gerson marcou dois gols e deu três assistências, números que mostram sua importância, mas que não foram suficientes para evitar a derrota no Maracanã. A ironia na entrevista pós-jogo foi vista como um sinal de desconexão com a realidade do time, que precisava de autocrítica após o revés.

Outros jogadores também não escaparam das críticas. Léo Pereira, responsável pelo pênalti, e Juninho, que desperdiçou chances no ataque, foram apontados como símbolos das falhas individuais que custaram caro. O elenco, repleto de nomes como De La Cruz, Arrascaeta e Bruno Henrique, tem qualidade para reagir, mas precisará mostrar isso em campo nos próximos jogos.

Curiosidades sobre o duelo

O confronto entre Flamengo e Central Córdoba trouxe alguns fatos interessantes que marcaram a noite no Maracanã:

  • Foi a primeira vez que o Flamengo enfrentou o Central Córdoba em competições oficiais.
  • O Central Córdoba é o 24º clube argentino a disputar a fase de grupos da Libertadores.
  • José Florentín, autor do segundo gol, marcou seu primeiro tento na competição continental.
  • O Flamengo não perdia um jogo em casa na Libertadores desde agosto de 2023.
  • A vitória argentina foi a primeira de um estreante contra o Flamengo no Maracanã na história do torneio.

Esses detalhes destacam a relevância histórica do resultado e o impacto que ele pode ter na trajetória das duas equipes na competição.

Caminho pela frente exige foco

Com a derrota, o Flamengo agora precisa recalcular sua rota na Libertadores. O Grupo C, que parecia tranquilo após a vitória na estreia, tornou-se mais competitivo com a ascensão do Central Córdoba. O próximo jogo, contra a LDU em Quito, será um teste de fogo em um estádio conhecido pela altitude e pela força do adversário equatoriano. Uma vitória fora de casa pode devolver a confiança ao time e à torcida.

No Brasileirão, o Flamengo segue na liderança com quatro pontos em duas rodadas, mas a sequência de jogos exige um elenco bem preparado fisicamente e mentalmente. A volta de Pedro, mesmo que gradual, é uma boa notícia para o ataque, que precisará ser mais eficiente nas próximas partidas. A experiência de jogadores como Arrascaeta e Bruno Henrique será fundamental para liderar o grupo em um momento de turbulência.

O Central Córdoba, por sua vez, volta à Argentina com a moral elevada. O clube, que tem como meta avançar às oitavas de final em sua estreia na Libertadores, agora enfrenta o desafio de manter o ritmo contra adversários mais tradicionais. O jogo contra o Deportivo Táchira, em casa, é uma oportunidade de somar mais três pontos e consolidar a campanha surpreendente.

A noite de 9 de abril no Maracanã ficará marcada como um alerta para o Flamengo e uma celebração para o Central Córdoba. Para os cariocas, o tropeço é um lembrete de que a Libertadores não perdoa deslizes, enquanto para os argentinos é a prova de que até os gigantes podem ser superados. O que resta é esperar os próximos capítulos dessa história que ainda está longe de terminar.



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