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18 Apr 2025, Fri

Bruno Lage processa John Textor por R$ 46 milhões em disputa contratual envolvendo Botafogo, Crystal Palace e Lyon

John Textor cumprimenta Bruno Lage


Bruno Lage, treinador português que comandou o Botafogo em 2023, abriu um processo judicial contra John Textor, proprietário da SAF do clube carioca e acionista de equipes como Crystal Palace e Lyon. A ação, movida na Suprema Corte da Inglaterra, reivindica 6 milhões de libras, equivalente a cerca de R$ 46 milhões na cotação atual, por uma suposta quebra de contrato. Lage alega que Textor descumpriu um acordo que garantiria sua nomeação como técnico de um dos clubes da rede Eagle Football, grupo que administra os times do empresário americano. A disputa ganhou destaque no noticiário internacional, reacendendo debates sobre compromissos contratuais no futebol e as complexas relações em redes multiclubes.

O caso remonta ao período em que Lage aceitou treinar o Botafogo, em julho de 2023. Na ocasião, ele assinou um contrato de curto prazo com o clube, mas, segundo a ação judicial, também firmou um acordo paralelo com Textor. Esse documento, válido entre 1º de janeiro e 15 de abril de 2024, estipulava que o treinador português seria indicado para comandar o Crystal Palace, da Premier League, ou o Lyon, da Ligue 1. A promessa, no entanto, não se concretizou, levando Lage a buscar reparação financeira. A escolha de Oliver Glasner para o Crystal Palace e de Pierre Sage para o Lyon, em 2024, é apontada como o pivô da quebra contratual.

A passagem de Lage pelo Botafogo foi marcada por altos e baixos. Contratado com a expectativa de liderar o clube na reta final do Campeonato Brasileiro, ele enfrentou dificuldades para manter a consistência. Em três meses, acumulou resultados irregulares, o que culminou em sua saída em outubro de 2023. Naquele ano, o Botafogo, que liderava o Brasileirão, acabou perdendo o título para o Palmeiras, um desfecho que intensificou as críticas à gestão do elenco e à escolha de treinadores.

Detalhes do contrato em disputa

O acordo entre Lage e Textor, conforme descrito nos documentos judiciais, continha cláusulas específicas. Uma delas garantia ao treinador um contrato de dois anos em um dos clubes da Eagle Football, com salário anual de US$ 3,6 milhões, cerca de R$ 21 milhões, livre de impostos, para ele e sua comissão técnica. Caso a nomeação não ocorresse até 29 de abril de 2024, Textor deveria pagar o valor estipulado como compensação. Lage argumenta que o empresário não honrou o compromisso, justificando a cobrança de R$ 46 milhões, que inclui juros e outras reparações.

Outro ponto do contrato chama atenção. Havia uma cláusula que obrigava Lage a pagar US$ 3,6 milhões a Textor caso ele aceitasse treinar outro clube durante o período de restrição, entre janeiro e abril de 2024. O português, no entanto, permaneceu sem emprego até setembro daquele ano, quando assumiu o Benfica, seu clube atual. Esse detalhe reforça a alegação de que ele cumpriu sua parte no acordo, enquanto Textor teria falhado em garantir a oportunidade prometida.

A disputa também lança luz sobre a rede multiclubes de Textor. A Eagle Football, que controla Botafogo, Lyon, Crystal Palace e o belga RWD Molenbeek, opera com um modelo que permite sinergia entre os clubes, como transferências de jogadores e compartilhamento de recursos. No entanto, o caso de Lage sugere que promessas contratuais podem gerar conflitos quando não cumpridas, especialmente em um sistema que envolve múltiplas jurisdições e interesses.

  • Valor da ação: R$ 46 milhões, equivalente a 6 milhões de libras.
  • Período do contrato: 1º de janeiro a 15 de abril de 2024.
  • Clubes envolvidos: Crystal Palace e Lyon.
  • Cláusula de restrição: Lage deveria pagar US$ 3,6 milhões se treinasse outro clube no período.

Contexto da passagem pelo Botafogo

A chegada de Bruno Lage ao Botafogo, em julho de 2023, foi cercada de expectativas. O treinador, que já havia comandado o Wolverhampton na Premier League, era visto como um nome capaz de trazer organização tática e experiência internacional ao clube carioca. Naquele momento, o Botafogo liderava o Campeonato Brasileiro e vivia um período de otimismo sob a gestão de Textor, que investia pesado na reformulação do elenco.

No entanto, os resultados não corresponderam às projeções. Lage comandou o time em 17 partidas, com 7 vitórias, 4 empates e 6 derrotas, um aproveitamento de 49%. A campanha irregular, marcada por tropeços em jogos-chave, desgastou a relação com a torcida e a diretoria. Em outubro, após uma derrota por 2 a 1 para o Cuiabá, ele foi demitido, encerrando uma passagem de apenas 90 dias.

A saída de Lage coincidiu com um momento delicado para o Botafogo. O clube, que parecia destinado ao título nacional, entrou em declínio na reta final do campeonato. A perda da liderança para o Palmeiras, somada às críticas à gestão de Textor, criou um ambiente de instabilidade. Apesar disso, o Botafogo se reergueu em 2024, conquistando o Brasileirão e a Libertadores, sob o comando de Artur Jorge, o que reforçou a confiança na visão de longo prazo da SAF.

Impactos no modelo multiclubes

A rede Eagle Football, criada por Textor, é um dos exemplos mais ambiciosos do modelo multiclubes no futebol mundial. Além do Botafogo, que se consolidou como potência no Brasil, o grupo inclui o Lyon, tradicional clube francês, o Crystal Palace, com presença estável na Premier League, e o RWD Molenbeek, que disputa a segunda divisão belga. A ideia é integrar operações, compartilhar talentos e maximizar receitas, mas o caso de Lage expõe desafios na gestão de compromissos contratuais.

Textor, conhecido por sua abordagem ousada, já enfrentou outros momentos de tensão. No Lyon, torcedores protestaram contra sua administração devido a problemas financeiros, com o clube registrando um déficit de 116,9 milhões de euros entre julho e dezembro de 2024. No Crystal Palace, a possível venda de sua participação acionária, avaliada em 45%, também gerou especulações sobre sua estratégia de longo prazo.

A disputa com Lage pode ter implicações além do financeiro. O caso levanta questões sobre a transparência e a confiabilidade de acordos em redes multiclubes, especialmente quando envolvem promessas de cargos em diferentes países. Para o Botafogo, que vive um momento de glória com títulos recentes, a ação judicial é um lembrete de que decisões do passado ainda podem reverberar.

  • Botafogo: Campeão do Brasileirão e da Libertadores em 2024.
  • Lyon: Déficit de 116,9 milhões de euros em 2024.
  • Crystal Palace: Textor detém 45% das ações, com rumores de venda.
  • RWD Molenbeek: Clube da segunda divisão belga, usado para captação de talentos.

Trajetória de Bruno Lage

Bruno Lage construiu uma carreira sólida antes de chegar ao Botafogo. Nascido em Setúbal, Portugal, em 1976, ele ganhou destaque ao comandar o Benfica entre 2018 e 2020, conquistando o Campeonato Português em 2019. Sua passagem pelo Wolverhampton, entre 2021 e 2022, também foi marcada por momentos positivos, com o time alcançando a 10ª posição na Premier League.

Após deixar o Botafogo, Lage permaneceu sem clube até setembro de 2024, quando retornou ao Benfica. Sob seu comando, o clube português vive uma fase de recuperação, com atuações consistentes na Liga Portuguesa e na Liga dos Campeões. A decisão de processar Textor mostra sua determinação em buscar reparação pelo que considera uma quebra de confiança.

O treinador, conhecido por sua abordagem tática disciplinada, nunca foi publicamente ligado ao Crystal Palace durante o período do suposto acordo. No Lyon, porém, seu nome chegou a ser ventilado antes da demissão de Laurent Blanc, em setembro de 2023. A escolha de Pierre Sage, inicialmente interino e depois efetivado, frustrou as expectativas de Lage, que agora busca compensação na justiça.

Repercussão no futebol internacional

A ação de Lage contra Textor não passou despercebida. O caso foi amplamente noticiado na Europa, com destaque para a complexidade do modelo multiclubes. No Brasil, a torcida do Botafogo acompanha o desdobramento com curiosidade, mas sem grandes impactos no dia a dia do clube, que vive um momento de estabilidade sob nova gestão técnica.

No Reino Unido, a imprensa esportiva destacou o ineditismo da disputa. A Premier League, palco do Crystal Palace, é conhecida por sua rigidez em questões contratuais, e o processo pode estabelecer precedentes para casos semelhantes. Na França, onde o Lyon luta para recuperar sua hegemonia, a notícia reforça as críticas à administração de Textor, que já enfrenta pressão de torcedores e investidores.

A disputa também reflete o crescente poder das redes multiclubes no futebol. Grupos como o City Football Group, dono do Manchester City, e o Red Bull, que controla Leipzig e Salzburg, já enfrentaram questionamentos sobre transferências e gestões compartilhadas. O caso de Lage sugere que, além de jogadores, treinadores também podem ser impactados por promessas não cumpridas nesse modelo.

  • Premier League: Crystal Palace terminou a temporada 2023/24 em 10º lugar.
  • Ligue 1: Lyon ficou em 6º em 2023/24, mas enfrenta dificuldades em 2024/25.
  • Benfica: Lage assumiu em 2024 e lidera a Liga Portuguesa em 2025.

Cronologia dos eventos

O caso entre Lage e Textor envolve uma sequência de acontecimentos que ajudam a entender a disputa. Abaixo, os principais marcos:

  • Julho de 2023: Bruno Lage é anunciado como treinador do Botafogo.
  • Outubro de 2023: Lage é demitido após três meses, com 49% de aproveitamento.
  • Janeiro de 2024: Início do período do suposto acordo com Textor.
  • Fevereiro de 2024: Crystal Palace contrata Oliver Glasner.
  • Julho de 2024: Lyon efetiva Pierre Sage como treinador.
  • Setembro de 2024: Lage assume o Benfica.
  • Abril de 2025: Processo é aberto na Suprema Corte da Inglaterra.

Perspectivas para o Botafogo

O Botafogo, epicentro inicial da relação entre Lage e Textor, segue em alta. Após as conquistas de 2024, o clube se prepara para o Mundial de Clubes de 2025, onde enfrentará equipes como PSG e Atlético de Madrid. A gestão de Textor, apesar das críticas pontuais, é vista como bem-sucedida, com investimentos em infraestrutura e contratações de peso.

A disputa judicial, no entanto, pode trazer reflexos indiretos. Embora o foco do processo seja a relação entre Lage e Textor, o Botafogo é mencionado como o ponto de partida do acordo. Isso pode gerar debates sobre como a SAF lida com compromissos contratuais, especialmente em um momento em que o clube busca consolidar sua imagem global.

No campo, o Botafogo enfrenta o Bragantino pela segunda rodada do Brasileirão 2025. Após uma vitória na estreia, o time busca manter o embalo para repetir o sucesso recente. A torcida, por sua vez, mantém o otimismo, confiante de que o episódio judicial não afetará o desempenho em campo.

O futuro da Eagle Football

A Eagle Football enfrenta um momento de transição. Além da disputa com Lage, Textor lida com desafios financeiros no Lyon e negociações para vender sua participação no Crystal Palace. No Botafogo, os resultados positivos contrastam com a pressão por maior estabilidade em outros clubes da rede.

O modelo multiclubes, embora promissor, exige equilíbrio entre ambição e responsabilidade. A ação de Lage é um exemplo de como promessas não cumpridas podem gerar custos elevados, tanto financeiros quanto de reputação. Para Textor, que já foi alvo de críticas por declarações polêmicas, como provocações ao PSG, o caso é mais um teste à sua capacidade de gerir um império esportivo.

No cenário internacional, o futebol multiclubes continua a crescer. Casos como o de Lage podem servir de alerta para outros grupos, destacando a importância de clareza em acordos e gestões compartilhadas. Enquanto isso, o Botafogo segue como vitrine do sucesso de Textor, mas também como lembrete de que decisões passadas podem ter consequências duradouras.

  • Investimentos no Botafogo: Mais de R$ 350 milhões em 2024.
  • Mundial de Clubes: Botafogo enfrenta PSG em 19 de junho de 2025.
  • Lyon: Busca vaga na Liga dos Campeões em 2025/26.



Bruno Lage, treinador português que comandou o Botafogo em 2023, abriu um processo judicial contra John Textor, proprietário da SAF do clube carioca e acionista de equipes como Crystal Palace e Lyon. A ação, movida na Suprema Corte da Inglaterra, reivindica 6 milhões de libras, equivalente a cerca de R$ 46 milhões na cotação atual, por uma suposta quebra de contrato. Lage alega que Textor descumpriu um acordo que garantiria sua nomeação como técnico de um dos clubes da rede Eagle Football, grupo que administra os times do empresário americano. A disputa ganhou destaque no noticiário internacional, reacendendo debates sobre compromissos contratuais no futebol e as complexas relações em redes multiclubes.

O caso remonta ao período em que Lage aceitou treinar o Botafogo, em julho de 2023. Na ocasião, ele assinou um contrato de curto prazo com o clube, mas, segundo a ação judicial, também firmou um acordo paralelo com Textor. Esse documento, válido entre 1º de janeiro e 15 de abril de 2024, estipulava que o treinador português seria indicado para comandar o Crystal Palace, da Premier League, ou o Lyon, da Ligue 1. A promessa, no entanto, não se concretizou, levando Lage a buscar reparação financeira. A escolha de Oliver Glasner para o Crystal Palace e de Pierre Sage para o Lyon, em 2024, é apontada como o pivô da quebra contratual.

A passagem de Lage pelo Botafogo foi marcada por altos e baixos. Contratado com a expectativa de liderar o clube na reta final do Campeonato Brasileiro, ele enfrentou dificuldades para manter a consistência. Em três meses, acumulou resultados irregulares, o que culminou em sua saída em outubro de 2023. Naquele ano, o Botafogo, que liderava o Brasileirão, acabou perdendo o título para o Palmeiras, um desfecho que intensificou as críticas à gestão do elenco e à escolha de treinadores.

Detalhes do contrato em disputa

O acordo entre Lage e Textor, conforme descrito nos documentos judiciais, continha cláusulas específicas. Uma delas garantia ao treinador um contrato de dois anos em um dos clubes da Eagle Football, com salário anual de US$ 3,6 milhões, cerca de R$ 21 milhões, livre de impostos, para ele e sua comissão técnica. Caso a nomeação não ocorresse até 29 de abril de 2024, Textor deveria pagar o valor estipulado como compensação. Lage argumenta que o empresário não honrou o compromisso, justificando a cobrança de R$ 46 milhões, que inclui juros e outras reparações.

Outro ponto do contrato chama atenção. Havia uma cláusula que obrigava Lage a pagar US$ 3,6 milhões a Textor caso ele aceitasse treinar outro clube durante o período de restrição, entre janeiro e abril de 2024. O português, no entanto, permaneceu sem emprego até setembro daquele ano, quando assumiu o Benfica, seu clube atual. Esse detalhe reforça a alegação de que ele cumpriu sua parte no acordo, enquanto Textor teria falhado em garantir a oportunidade prometida.

A disputa também lança luz sobre a rede multiclubes de Textor. A Eagle Football, que controla Botafogo, Lyon, Crystal Palace e o belga RWD Molenbeek, opera com um modelo que permite sinergia entre os clubes, como transferências de jogadores e compartilhamento de recursos. No entanto, o caso de Lage sugere que promessas contratuais podem gerar conflitos quando não cumpridas, especialmente em um sistema que envolve múltiplas jurisdições e interesses.

  • Valor da ação: R$ 46 milhões, equivalente a 6 milhões de libras.
  • Período do contrato: 1º de janeiro a 15 de abril de 2024.
  • Clubes envolvidos: Crystal Palace e Lyon.
  • Cláusula de restrição: Lage deveria pagar US$ 3,6 milhões se treinasse outro clube no período.

Contexto da passagem pelo Botafogo

A chegada de Bruno Lage ao Botafogo, em julho de 2023, foi cercada de expectativas. O treinador, que já havia comandado o Wolverhampton na Premier League, era visto como um nome capaz de trazer organização tática e experiência internacional ao clube carioca. Naquele momento, o Botafogo liderava o Campeonato Brasileiro e vivia um período de otimismo sob a gestão de Textor, que investia pesado na reformulação do elenco.

No entanto, os resultados não corresponderam às projeções. Lage comandou o time em 17 partidas, com 7 vitórias, 4 empates e 6 derrotas, um aproveitamento de 49%. A campanha irregular, marcada por tropeços em jogos-chave, desgastou a relação com a torcida e a diretoria. Em outubro, após uma derrota por 2 a 1 para o Cuiabá, ele foi demitido, encerrando uma passagem de apenas 90 dias.

A saída de Lage coincidiu com um momento delicado para o Botafogo. O clube, que parecia destinado ao título nacional, entrou em declínio na reta final do campeonato. A perda da liderança para o Palmeiras, somada às críticas à gestão de Textor, criou um ambiente de instabilidade. Apesar disso, o Botafogo se reergueu em 2024, conquistando o Brasileirão e a Libertadores, sob o comando de Artur Jorge, o que reforçou a confiança na visão de longo prazo da SAF.

Impactos no modelo multiclubes

A rede Eagle Football, criada por Textor, é um dos exemplos mais ambiciosos do modelo multiclubes no futebol mundial. Além do Botafogo, que se consolidou como potência no Brasil, o grupo inclui o Lyon, tradicional clube francês, o Crystal Palace, com presença estável na Premier League, e o RWD Molenbeek, que disputa a segunda divisão belga. A ideia é integrar operações, compartilhar talentos e maximizar receitas, mas o caso de Lage expõe desafios na gestão de compromissos contratuais.

Textor, conhecido por sua abordagem ousada, já enfrentou outros momentos de tensão. No Lyon, torcedores protestaram contra sua administração devido a problemas financeiros, com o clube registrando um déficit de 116,9 milhões de euros entre julho e dezembro de 2024. No Crystal Palace, a possível venda de sua participação acionária, avaliada em 45%, também gerou especulações sobre sua estratégia de longo prazo.

A disputa com Lage pode ter implicações além do financeiro. O caso levanta questões sobre a transparência e a confiabilidade de acordos em redes multiclubes, especialmente quando envolvem promessas de cargos em diferentes países. Para o Botafogo, que vive um momento de glória com títulos recentes, a ação judicial é um lembrete de que decisões do passado ainda podem reverberar.

  • Botafogo: Campeão do Brasileirão e da Libertadores em 2024.
  • Lyon: Déficit de 116,9 milhões de euros em 2024.
  • Crystal Palace: Textor detém 45% das ações, com rumores de venda.
  • RWD Molenbeek: Clube da segunda divisão belga, usado para captação de talentos.

Trajetória de Bruno Lage

Bruno Lage construiu uma carreira sólida antes de chegar ao Botafogo. Nascido em Setúbal, Portugal, em 1976, ele ganhou destaque ao comandar o Benfica entre 2018 e 2020, conquistando o Campeonato Português em 2019. Sua passagem pelo Wolverhampton, entre 2021 e 2022, também foi marcada por momentos positivos, com o time alcançando a 10ª posição na Premier League.

Após deixar o Botafogo, Lage permaneceu sem clube até setembro de 2024, quando retornou ao Benfica. Sob seu comando, o clube português vive uma fase de recuperação, com atuações consistentes na Liga Portuguesa e na Liga dos Campeões. A decisão de processar Textor mostra sua determinação em buscar reparação pelo que considera uma quebra de confiança.

O treinador, conhecido por sua abordagem tática disciplinada, nunca foi publicamente ligado ao Crystal Palace durante o período do suposto acordo. No Lyon, porém, seu nome chegou a ser ventilado antes da demissão de Laurent Blanc, em setembro de 2023. A escolha de Pierre Sage, inicialmente interino e depois efetivado, frustrou as expectativas de Lage, que agora busca compensação na justiça.

Repercussão no futebol internacional

A ação de Lage contra Textor não passou despercebida. O caso foi amplamente noticiado na Europa, com destaque para a complexidade do modelo multiclubes. No Brasil, a torcida do Botafogo acompanha o desdobramento com curiosidade, mas sem grandes impactos no dia a dia do clube, que vive um momento de estabilidade sob nova gestão técnica.

No Reino Unido, a imprensa esportiva destacou o ineditismo da disputa. A Premier League, palco do Crystal Palace, é conhecida por sua rigidez em questões contratuais, e o processo pode estabelecer precedentes para casos semelhantes. Na França, onde o Lyon luta para recuperar sua hegemonia, a notícia reforça as críticas à administração de Textor, que já enfrenta pressão de torcedores e investidores.

A disputa também reflete o crescente poder das redes multiclubes no futebol. Grupos como o City Football Group, dono do Manchester City, e o Red Bull, que controla Leipzig e Salzburg, já enfrentaram questionamentos sobre transferências e gestões compartilhadas. O caso de Lage sugere que, além de jogadores, treinadores também podem ser impactados por promessas não cumpridas nesse modelo.

  • Premier League: Crystal Palace terminou a temporada 2023/24 em 10º lugar.
  • Ligue 1: Lyon ficou em 6º em 2023/24, mas enfrenta dificuldades em 2024/25.
  • Benfica: Lage assumiu em 2024 e lidera a Liga Portuguesa em 2025.

Cronologia dos eventos

O caso entre Lage e Textor envolve uma sequência de acontecimentos que ajudam a entender a disputa. Abaixo, os principais marcos:

  • Julho de 2023: Bruno Lage é anunciado como treinador do Botafogo.
  • Outubro de 2023: Lage é demitido após três meses, com 49% de aproveitamento.
  • Janeiro de 2024: Início do período do suposto acordo com Textor.
  • Fevereiro de 2024: Crystal Palace contrata Oliver Glasner.
  • Julho de 2024: Lyon efetiva Pierre Sage como treinador.
  • Setembro de 2024: Lage assume o Benfica.
  • Abril de 2025: Processo é aberto na Suprema Corte da Inglaterra.

Perspectivas para o Botafogo

O Botafogo, epicentro inicial da relação entre Lage e Textor, segue em alta. Após as conquistas de 2024, o clube se prepara para o Mundial de Clubes de 2025, onde enfrentará equipes como PSG e Atlético de Madrid. A gestão de Textor, apesar das críticas pontuais, é vista como bem-sucedida, com investimentos em infraestrutura e contratações de peso.

A disputa judicial, no entanto, pode trazer reflexos indiretos. Embora o foco do processo seja a relação entre Lage e Textor, o Botafogo é mencionado como o ponto de partida do acordo. Isso pode gerar debates sobre como a SAF lida com compromissos contratuais, especialmente em um momento em que o clube busca consolidar sua imagem global.

No campo, o Botafogo enfrenta o Bragantino pela segunda rodada do Brasileirão 2025. Após uma vitória na estreia, o time busca manter o embalo para repetir o sucesso recente. A torcida, por sua vez, mantém o otimismo, confiante de que o episódio judicial não afetará o desempenho em campo.

O futuro da Eagle Football

A Eagle Football enfrenta um momento de transição. Além da disputa com Lage, Textor lida com desafios financeiros no Lyon e negociações para vender sua participação no Crystal Palace. No Botafogo, os resultados positivos contrastam com a pressão por maior estabilidade em outros clubes da rede.

O modelo multiclubes, embora promissor, exige equilíbrio entre ambição e responsabilidade. A ação de Lage é um exemplo de como promessas não cumpridas podem gerar custos elevados, tanto financeiros quanto de reputação. Para Textor, que já foi alvo de críticas por declarações polêmicas, como provocações ao PSG, o caso é mais um teste à sua capacidade de gerir um império esportivo.

No cenário internacional, o futebol multiclubes continua a crescer. Casos como o de Lage podem servir de alerta para outros grupos, destacando a importância de clareza em acordos e gestões compartilhadas. Enquanto isso, o Botafogo segue como vitrine do sucesso de Textor, mas também como lembrete de que decisões passadas podem ter consequências duradouras.

  • Investimentos no Botafogo: Mais de R$ 350 milhões em 2024.
  • Mundial de Clubes: Botafogo enfrenta PSG em 19 de junho de 2025.
  • Lyon: Busca vaga na Liga dos Campeões em 2025/26.



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