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18 Apr 2025, Fri

Fernando Alonso encara susto com volante solto em treino do GP do Bahrein

Samantha Schmütz


Fernando Alonso, bicampeão mundial de Fórmula 1, enfrentou um momento de tensão durante o segundo treino livre do Grande Prêmio do Bahrein, em Sakhir, na tarde desta sexta-feira, 11 de abril de 2025. Enquanto se preparava para completar uma volta no circuito, o piloto da Aston Martin viu seu volante se soltar do eixo ao abordar a última curva, um incidente raro que o deixou momentaneamente sem controle do carro. O espanhol, que já vinha em baixa velocidade após relatar problemas intermitentes no equipamento, conseguiu evitar danos ao veículo, mas perdeu metade da sessão enquanto a equipe trabalhava para solucionar o defeito. O caso, capturado pelas câmeras onboard, gerou surpresa entre os fãs e levantou questões sobre a preparação da Aston Martin para a temporada de 2025, que já vinha sendo marcada por dificuldades para o veterano de 43 anos.

O treino, parte da quarta etapa do campeonato, começou com Alonso ausente da primeira sessão (FP1), cedendo seu lugar ao piloto reserva Felipe Drugovich, como parte das exigências da FIA para dar oportunidades a novatos. Ao assumir o cockpit no FP2, o espanhol enfrentou logo de cara problemas técnicos. Antes do incidente, ele já havia comunicado à equipe que o volante apresentava falhas, como desligamentos repentinos do painel e dificuldades nas trocas de marcha, o que o obrigou a reduzir a velocidade na reta principal. Quando o volante finalmente se desprendeu, Alonso conseguiu recolocá-lo no lugar e retornar aos boxes, mas o imprevisto comprometeu seu desempenho, resultando na 15ª posição na folha de tempos, 1,3 segundos atrás do líder Oscar Piastri, da McLaren.

A Aston Martin reagiu rapidamente, identificando um problema no sistema de direção. Após investigações na garagem, a equipe trocou componentes da coluna de direção, permitindo que Alonso voltasse à pista para completar 19 voltas, contra as 29 do australiano Piastri. Apesar do esforço, o desempenho da equipe permaneceu aquém do esperado, com Lance Stroll, companheiro de Alonso, terminando em 19º. O incidente expôs fragilidades no carro AMR25, que já havia sido apontado pelo próprio Alonso como pouco competitivo em pistas como a de Sakhir, onde a equipe realizou testes de pré-temporada em fevereiro. Com a visita da FIA aos boxes para apurar o ocorrido, o episódio adiciona mais um capítulo desafiador à temporada da Aston Martin, que ocupa a sétima posição no Mundial de Construtores.

Problemas técnicos marcam início em Sakhir

O treino livre 2 do GP do Bahrein foi palco de um momento que poderia ter consequências mais graves para Fernando Alonso. O espanhol, conhecido por sua habilidade em extrair o máximo de carros menos competitivos, já vinha alertando a equipe sobre falhas no volante antes do incidente. Durante a reta principal, ele reportou que o painel apagava intermitentemente, comprometendo a comunicação com os engenheiros e o funcionamento das trocas de marcha. A baixa velocidade na qual transitava, cerca de 80 km/h, evitou um desfecho pior quando o volante se soltou na entrada da última curva, permitindo que o carro apenas saísse reto sem colidir com as barreiras.

A equipe da Aston Martin agiu com rapidez para conter o problema. Após Alonso retornar aos boxes com o volante recolocado, os mecânicos iniciaram uma investigação detalhada. A troca de partes do sistema de direção foi necessária para garantir a segurança do piloto, que só voltou à pista na segunda metade da sessão. O ajuste, embora eficaz para completar o treino, não mascarou as dificuldades da equipe em encontrar ritmo em Sakhir, um circuito que Alonso já havia previsto como desafiador para o AMR25 antes mesmo do fim de semana começar.

A visita da FIA ao pit lane da Aston Martin após o incidente reforça a gravidade da situação. O delegado técnico Jo Bauer esteve na garagem para entender o que causou a falha, que, segundo análises iniciais, pode estar ligada a um problema na coluna de direção, e não apenas no encaixe do volante. A intervenção da entidade reguladora destaca a necessidade de soluções rápidas para evitar que o defeito se repita na classificação ou na corrida de domingo, marcada para as 16h no horário do Reino Unido.

  • Falha inicial: Painel apagava antes do volante se soltar.
  • Ação da equipe: Troca de componentes na coluna de direção.
  • Posição final: Alonso em 15º, Stroll em 19º na FP2.

Aston Martin sob pressão em 2025

O incidente com o volante de Fernando Alonso não é um evento isolado na temporada da Aston Martin em 2025. Após um início de ano complicado, com o espanhol terminando sua primeira corrida apenas no GP do Japão, em 11º lugar, a equipe enfrenta dificuldades para se manter entre as ponteiras do grid. Alonso, que soma zero pontos até agora, foi superado pelo companheiro Lance Stroll, que já acumula 10 pontos, incluindo um sexto lugar na Austrália. A sétima posição no Mundial de Construtores reflete o desempenho irregular do AMR25, um carro que o próprio Alonso classificou como um dos menos competitivos em pistas como a de Sakhir.

Antes do fim de semana em Bahrein, o espanhol já havia expressado preocupação com o desempenho do carro no circuito, onde a equipe realizou três dias de testes em fevereiro. As características da pista, com longas retas e curvas de baixa velocidade, não favorecem o pacote aerodinâmico da Aston Martin, algo confirmado pelos tempos modestos na FP2. A falha no volante, embora resolvida no treino, adiciona uma camada de incerteza à preparação para a corrida, especialmente em um campeonato onde a confiabilidade mecânica é tão crucial quanto a velocidade pura.

A pressão sobre a equipe aumenta com a proximidade de 2026, quando a parceria com a Honda para motores começará. Koji Watanabe, presidente da Honda Racing, já indicou que a fabricante japonesa terá influência na escolha dos pilotos, o que coloca os contratos de Alonso e Stroll, ambos válidos até o fim de 2026, sob escrutínio. O incidente em Sakhir, aliado ao desempenho abaixo do esperado, pode alimentar debates sobre o futuro da dupla e da equipe no grid.

Histórico de desafios técnicos

Problemas mecânicos não são novidade na Fórmula 1, mas o caso do volante solto de Alonso chama atenção pela raridade e pelo risco potencial. Em 2018, Kevin Magnussen enfrentou uma falha semelhante na Haas, quando o volante se soltou durante um teste em Barcelona, mas conseguiu retornar aos boxes sem maiores incidentes. Para Alonso, o susto em Sakhir soma-se a uma lista de contratempos em 2025, como abandonos nas primeiras corridas e dificuldades de adaptação ao carro atual.

A troca do sistema de direção durante o FP2 foi uma medida emergencial, mas expôs vulnerabilidades na preparação da Aston Martin. O treino livre 1, com Felipe Drugovich no lugar de Alonso, já havia limitado o tempo de pista do espanhol, que só teve a sessão vespertina para ajustar o carro. A falha mecânica, portanto, não apenas reduziu sua participação, mas também comprometeu a coleta de dados essenciais para a estratégia de corrida, em um fim de semana onde cada volta conta para entender o desempenho em condições reais.

O desempenho da equipe em Sakhir contrasta com o domínio da McLaren, que liderou o FP2 com Oscar Piastri e Lando Norris nas duas primeiras posições. A diferença de 1,3 segundos entre Piastri e Alonso evidencia o abismo técnico que a Aston Martin precisa superar para voltar a brigar por pontos consistentes, algo que Alonso já cobrou publicamente após o GP do Japão.

Repercussão entre fãs e especialistas

O incidente com o volante gerou reações imediatas entre os fãs da Fórmula 1. Nas redes sociais, muitos expressaram surpresa e preocupação, enquanto outros criticaram a Aston Martin por uma falha considerada “amadora” em um esporte de alta precisão. A habilidade de Alonso em recolocar o volante e retornar aos boxes foi elogiada, mas o episódio reforçou a percepção de que a equipe está longe de oferecer um carro competitivo ao espanhol, que já venceu o campeonato em 2005 e 2006 com a Renault.

Especialistas apontaram que o problema pode ter origem em um encaixe mal ajustado ou em uma falha na coluna de direção, algo que a visita da FIA buscou esclarecer. A rapidez da equipe em substituir os componentes foi vista como um ponto positivo, mas a repetição de problemas técnicos em 2025 levanta dúvidas sobre a confiabilidade do AMR25. Para Alonso, que depende de sua experiência para compensar as limitações do carro, cada contratempo é um obstáculo a mais em uma temporada já desafiadora.

A cobertura do incidente destacou a resiliência do piloto, que, mesmo com o susto, manteve a calma para evitar um acidente. A transmissão ao vivo mostrou o volante piscando antes de se soltar, um sinal claro das falhas elétricas relatadas por Alonso, o que intensificou as discussões sobre a preparação técnica da Aston Martin para o restante do fim de semana.

  • Reação dos fãs: Surpresa e críticas à Aston Martin nas redes.
  • Elogio ao piloto: Alonso recolocou o volante com habilidade.
  • Questões técnicas: Falha pode estar na coluna de direção.

Preparação comprometida para o GP

O treino livre 2 foi crucial para as equipes ajustarem seus carros às condições do circuito de Sakhir, que combina retas longas com setores técnicos de média e baixa velocidade. Para a Aston Martin, a perda de tempo de Alonso no início da sessão limitou a coleta de dados sobre o comportamento do AMR25, especialmente em uma pista onde o espanhol já esperava dificuldades. A 15ª posição no fim do treino, contra o 19º lugar de Stroll, reflete o desafio da equipe em encontrar um acerto competitivo.

A sessão começou com Alonso cedendo o carro a Drugovich no FP1, uma obrigação da FIA que dobrou de duas para quatro sessões em 2025, dando mais chances a pilotos novatos. Embora isso tenha permitido à equipe cumprir uma das exigências anuais, reduziu o tempo de pista do espanhol, que só teve o FP2 para se adaptar às condições do fim de semana. O incidente com o volante agravou essa situação, deixando a Aston Martin com menos informações para a classificação, marcada para sábado, e a corrida de domingo.

Oscar Piastri, da McLaren, liderou o FP2 com 1min30s505, seguido de perto por Lando Norris, a apenas 0,154 segundos. A diferença de mais de um segundo para Alonso mostra o domínio da McLaren em Sakhir, enquanto a Aston Martin luta para se aproximar do pelotão da frente. Com a previsão de um fim de semana difícil, como antecipado pelo próprio Alonso, a equipe agora corre contra o tempo para corrigir os problemas e melhorar o desempenho.

Contexto da temporada de Alonso

A temporada de 2025 tem sido um teste de paciência para Fernando Alonso. Após três corridas sem completar uma volta final, o espanhol só conseguiu terminar o GP do Japão, em 11º lugar, fora da zona de pontos. Stroll, por outro lado, já soma 10 pontos, com destaque para o sexto lugar em Melbourne, onde as condições de chuva favoreceram sua pilotagem. A diferença entre os companheiros de equipe reflete não apenas o talento de Alonso em lidar com adversidades, mas também as limitações do AMR25 em circuitos variados.

A falha no volante em Sakhir é mais um capítulo de uma campanha marcada por contratempos. Alonso, que renovou com a Aston Martin até 2026, já cobrou melhorias no desempenho do carro, especialmente após o Japão, onde terminou a apenas três pontos da zona de pontuação. A parceria com a Honda, que começará a fornecer motores em 2026, é uma esperança de dias melhores, mas, por enquanto, o espanhol depende de sua experiência para extrair o máximo de um equipamento que não acompanha os líderes.

O incidente também reacende debates sobre o futuro de Alonso na equipe. Com 43 anos e um contrato até 2026, ele terá a chance de avaliar o desempenho da Aston Martin com os novos motores Honda. No entanto, episódios como o de Sakhir podem pesar em suas decisões, especialmente se a equipe não conseguir dar um salto competitivo nas próximas temporadas.

Lições do passado e desafios futuros

Incidentes com volantes soltos, embora raros, já ocorreram na Fórmula 1. Em 2018, Kevin Magnussen enfrentou um problema semelhante em um teste da Haas, mas sem consequências graves. Para Alonso, o susto em Sakhir não resultou em danos ao carro ou ao piloto, mas expôs uma falha que poderia ter sido mais perigosa em alta velocidade. A rápida resposta da Aston Martin evitou um desfecho pior, mas o episódio reforça a necessidade de revisões rigorosas nos sistemas críticos do AMR25.

Olhando para o futuro, a Aston Martin precisa usar o GP do Bahrein como uma oportunidade de aprendizado. A pista de Sakhir, com seus 5,4 quilômetros e 15 curvas, é um teste exigente para a aerodinâmica e a confiabilidade do carro. Resolver os problemas identificados no FP2 será essencial para evitar surpresas na classificação e na corrida, onde a consistência pode ser a diferença entre um resultado mediano e um abandono.

A temporada de 2025 ainda está em seus estágios iniciais, mas a pressão sobre a Aston Martin cresce a cada corrida. Para Alonso, que já provou sua capacidade de superar adversidades, o incidente com o volante é apenas mais um obstáculo em um ano que exige paciência e adaptação. Com a McLaren dominando o ritmo em Sakhir, a equipe britânica tem um longo caminho a percorrer para alcançar os líderes.

Cronograma do fim de semana em Sakhir

O GP do Bahrein segue um calendário intenso, com eventos que definem o desempenho das equipes:

  • Sexta-feira, 11 de abril: FP1 com Drugovich e FP2 com o incidente de Alonso.
  • Sábado, 12 de abril: Treino livre 3 e classificação para definir o grid.
  • Domingo, 13 de abril: Corrida às 16h (horário do Reino Unido).



Fernando Alonso, bicampeão mundial de Fórmula 1, enfrentou um momento de tensão durante o segundo treino livre do Grande Prêmio do Bahrein, em Sakhir, na tarde desta sexta-feira, 11 de abril de 2025. Enquanto se preparava para completar uma volta no circuito, o piloto da Aston Martin viu seu volante se soltar do eixo ao abordar a última curva, um incidente raro que o deixou momentaneamente sem controle do carro. O espanhol, que já vinha em baixa velocidade após relatar problemas intermitentes no equipamento, conseguiu evitar danos ao veículo, mas perdeu metade da sessão enquanto a equipe trabalhava para solucionar o defeito. O caso, capturado pelas câmeras onboard, gerou surpresa entre os fãs e levantou questões sobre a preparação da Aston Martin para a temporada de 2025, que já vinha sendo marcada por dificuldades para o veterano de 43 anos.

O treino, parte da quarta etapa do campeonato, começou com Alonso ausente da primeira sessão (FP1), cedendo seu lugar ao piloto reserva Felipe Drugovich, como parte das exigências da FIA para dar oportunidades a novatos. Ao assumir o cockpit no FP2, o espanhol enfrentou logo de cara problemas técnicos. Antes do incidente, ele já havia comunicado à equipe que o volante apresentava falhas, como desligamentos repentinos do painel e dificuldades nas trocas de marcha, o que o obrigou a reduzir a velocidade na reta principal. Quando o volante finalmente se desprendeu, Alonso conseguiu recolocá-lo no lugar e retornar aos boxes, mas o imprevisto comprometeu seu desempenho, resultando na 15ª posição na folha de tempos, 1,3 segundos atrás do líder Oscar Piastri, da McLaren.

A Aston Martin reagiu rapidamente, identificando um problema no sistema de direção. Após investigações na garagem, a equipe trocou componentes da coluna de direção, permitindo que Alonso voltasse à pista para completar 19 voltas, contra as 29 do australiano Piastri. Apesar do esforço, o desempenho da equipe permaneceu aquém do esperado, com Lance Stroll, companheiro de Alonso, terminando em 19º. O incidente expôs fragilidades no carro AMR25, que já havia sido apontado pelo próprio Alonso como pouco competitivo em pistas como a de Sakhir, onde a equipe realizou testes de pré-temporada em fevereiro. Com a visita da FIA aos boxes para apurar o ocorrido, o episódio adiciona mais um capítulo desafiador à temporada da Aston Martin, que ocupa a sétima posição no Mundial de Construtores.

Problemas técnicos marcam início em Sakhir

O treino livre 2 do GP do Bahrein foi palco de um momento que poderia ter consequências mais graves para Fernando Alonso. O espanhol, conhecido por sua habilidade em extrair o máximo de carros menos competitivos, já vinha alertando a equipe sobre falhas no volante antes do incidente. Durante a reta principal, ele reportou que o painel apagava intermitentemente, comprometendo a comunicação com os engenheiros e o funcionamento das trocas de marcha. A baixa velocidade na qual transitava, cerca de 80 km/h, evitou um desfecho pior quando o volante se soltou na entrada da última curva, permitindo que o carro apenas saísse reto sem colidir com as barreiras.

A equipe da Aston Martin agiu com rapidez para conter o problema. Após Alonso retornar aos boxes com o volante recolocado, os mecânicos iniciaram uma investigação detalhada. A troca de partes do sistema de direção foi necessária para garantir a segurança do piloto, que só voltou à pista na segunda metade da sessão. O ajuste, embora eficaz para completar o treino, não mascarou as dificuldades da equipe em encontrar ritmo em Sakhir, um circuito que Alonso já havia previsto como desafiador para o AMR25 antes mesmo do fim de semana começar.

A visita da FIA ao pit lane da Aston Martin após o incidente reforça a gravidade da situação. O delegado técnico Jo Bauer esteve na garagem para entender o que causou a falha, que, segundo análises iniciais, pode estar ligada a um problema na coluna de direção, e não apenas no encaixe do volante. A intervenção da entidade reguladora destaca a necessidade de soluções rápidas para evitar que o defeito se repita na classificação ou na corrida de domingo, marcada para as 16h no horário do Reino Unido.

  • Falha inicial: Painel apagava antes do volante se soltar.
  • Ação da equipe: Troca de componentes na coluna de direção.
  • Posição final: Alonso em 15º, Stroll em 19º na FP2.

Aston Martin sob pressão em 2025

O incidente com o volante de Fernando Alonso não é um evento isolado na temporada da Aston Martin em 2025. Após um início de ano complicado, com o espanhol terminando sua primeira corrida apenas no GP do Japão, em 11º lugar, a equipe enfrenta dificuldades para se manter entre as ponteiras do grid. Alonso, que soma zero pontos até agora, foi superado pelo companheiro Lance Stroll, que já acumula 10 pontos, incluindo um sexto lugar na Austrália. A sétima posição no Mundial de Construtores reflete o desempenho irregular do AMR25, um carro que o próprio Alonso classificou como um dos menos competitivos em pistas como a de Sakhir.

Antes do fim de semana em Bahrein, o espanhol já havia expressado preocupação com o desempenho do carro no circuito, onde a equipe realizou três dias de testes em fevereiro. As características da pista, com longas retas e curvas de baixa velocidade, não favorecem o pacote aerodinâmico da Aston Martin, algo confirmado pelos tempos modestos na FP2. A falha no volante, embora resolvida no treino, adiciona uma camada de incerteza à preparação para a corrida, especialmente em um campeonato onde a confiabilidade mecânica é tão crucial quanto a velocidade pura.

A pressão sobre a equipe aumenta com a proximidade de 2026, quando a parceria com a Honda para motores começará. Koji Watanabe, presidente da Honda Racing, já indicou que a fabricante japonesa terá influência na escolha dos pilotos, o que coloca os contratos de Alonso e Stroll, ambos válidos até o fim de 2026, sob escrutínio. O incidente em Sakhir, aliado ao desempenho abaixo do esperado, pode alimentar debates sobre o futuro da dupla e da equipe no grid.

Histórico de desafios técnicos

Problemas mecânicos não são novidade na Fórmula 1, mas o caso do volante solto de Alonso chama atenção pela raridade e pelo risco potencial. Em 2018, Kevin Magnussen enfrentou uma falha semelhante na Haas, quando o volante se soltou durante um teste em Barcelona, mas conseguiu retornar aos boxes sem maiores incidentes. Para Alonso, o susto em Sakhir soma-se a uma lista de contratempos em 2025, como abandonos nas primeiras corridas e dificuldades de adaptação ao carro atual.

A troca do sistema de direção durante o FP2 foi uma medida emergencial, mas expôs vulnerabilidades na preparação da Aston Martin. O treino livre 1, com Felipe Drugovich no lugar de Alonso, já havia limitado o tempo de pista do espanhol, que só teve a sessão vespertina para ajustar o carro. A falha mecânica, portanto, não apenas reduziu sua participação, mas também comprometeu a coleta de dados essenciais para a estratégia de corrida, em um fim de semana onde cada volta conta para entender o desempenho em condições reais.

O desempenho da equipe em Sakhir contrasta com o domínio da McLaren, que liderou o FP2 com Oscar Piastri e Lando Norris nas duas primeiras posições. A diferença de 1,3 segundos entre Piastri e Alonso evidencia o abismo técnico que a Aston Martin precisa superar para voltar a brigar por pontos consistentes, algo que Alonso já cobrou publicamente após o GP do Japão.

Repercussão entre fãs e especialistas

O incidente com o volante gerou reações imediatas entre os fãs da Fórmula 1. Nas redes sociais, muitos expressaram surpresa e preocupação, enquanto outros criticaram a Aston Martin por uma falha considerada “amadora” em um esporte de alta precisão. A habilidade de Alonso em recolocar o volante e retornar aos boxes foi elogiada, mas o episódio reforçou a percepção de que a equipe está longe de oferecer um carro competitivo ao espanhol, que já venceu o campeonato em 2005 e 2006 com a Renault.

Especialistas apontaram que o problema pode ter origem em um encaixe mal ajustado ou em uma falha na coluna de direção, algo que a visita da FIA buscou esclarecer. A rapidez da equipe em substituir os componentes foi vista como um ponto positivo, mas a repetição de problemas técnicos em 2025 levanta dúvidas sobre a confiabilidade do AMR25. Para Alonso, que depende de sua experiência para compensar as limitações do carro, cada contratempo é um obstáculo a mais em uma temporada já desafiadora.

A cobertura do incidente destacou a resiliência do piloto, que, mesmo com o susto, manteve a calma para evitar um acidente. A transmissão ao vivo mostrou o volante piscando antes de se soltar, um sinal claro das falhas elétricas relatadas por Alonso, o que intensificou as discussões sobre a preparação técnica da Aston Martin para o restante do fim de semana.

  • Reação dos fãs: Surpresa e críticas à Aston Martin nas redes.
  • Elogio ao piloto: Alonso recolocou o volante com habilidade.
  • Questões técnicas: Falha pode estar na coluna de direção.

Preparação comprometida para o GP

O treino livre 2 foi crucial para as equipes ajustarem seus carros às condições do circuito de Sakhir, que combina retas longas com setores técnicos de média e baixa velocidade. Para a Aston Martin, a perda de tempo de Alonso no início da sessão limitou a coleta de dados sobre o comportamento do AMR25, especialmente em uma pista onde o espanhol já esperava dificuldades. A 15ª posição no fim do treino, contra o 19º lugar de Stroll, reflete o desafio da equipe em encontrar um acerto competitivo.

A sessão começou com Alonso cedendo o carro a Drugovich no FP1, uma obrigação da FIA que dobrou de duas para quatro sessões em 2025, dando mais chances a pilotos novatos. Embora isso tenha permitido à equipe cumprir uma das exigências anuais, reduziu o tempo de pista do espanhol, que só teve o FP2 para se adaptar às condições do fim de semana. O incidente com o volante agravou essa situação, deixando a Aston Martin com menos informações para a classificação, marcada para sábado, e a corrida de domingo.

Oscar Piastri, da McLaren, liderou o FP2 com 1min30s505, seguido de perto por Lando Norris, a apenas 0,154 segundos. A diferença de mais de um segundo para Alonso mostra o domínio da McLaren em Sakhir, enquanto a Aston Martin luta para se aproximar do pelotão da frente. Com a previsão de um fim de semana difícil, como antecipado pelo próprio Alonso, a equipe agora corre contra o tempo para corrigir os problemas e melhorar o desempenho.

Contexto da temporada de Alonso

A temporada de 2025 tem sido um teste de paciência para Fernando Alonso. Após três corridas sem completar uma volta final, o espanhol só conseguiu terminar o GP do Japão, em 11º lugar, fora da zona de pontos. Stroll, por outro lado, já soma 10 pontos, com destaque para o sexto lugar em Melbourne, onde as condições de chuva favoreceram sua pilotagem. A diferença entre os companheiros de equipe reflete não apenas o talento de Alonso em lidar com adversidades, mas também as limitações do AMR25 em circuitos variados.

A falha no volante em Sakhir é mais um capítulo de uma campanha marcada por contratempos. Alonso, que renovou com a Aston Martin até 2026, já cobrou melhorias no desempenho do carro, especialmente após o Japão, onde terminou a apenas três pontos da zona de pontuação. A parceria com a Honda, que começará a fornecer motores em 2026, é uma esperança de dias melhores, mas, por enquanto, o espanhol depende de sua experiência para extrair o máximo de um equipamento que não acompanha os líderes.

O incidente também reacende debates sobre o futuro de Alonso na equipe. Com 43 anos e um contrato até 2026, ele terá a chance de avaliar o desempenho da Aston Martin com os novos motores Honda. No entanto, episódios como o de Sakhir podem pesar em suas decisões, especialmente se a equipe não conseguir dar um salto competitivo nas próximas temporadas.

Lições do passado e desafios futuros

Incidentes com volantes soltos, embora raros, já ocorreram na Fórmula 1. Em 2018, Kevin Magnussen enfrentou um problema semelhante em um teste da Haas, mas sem consequências graves. Para Alonso, o susto em Sakhir não resultou em danos ao carro ou ao piloto, mas expôs uma falha que poderia ter sido mais perigosa em alta velocidade. A rápida resposta da Aston Martin evitou um desfecho pior, mas o episódio reforça a necessidade de revisões rigorosas nos sistemas críticos do AMR25.

Olhando para o futuro, a Aston Martin precisa usar o GP do Bahrein como uma oportunidade de aprendizado. A pista de Sakhir, com seus 5,4 quilômetros e 15 curvas, é um teste exigente para a aerodinâmica e a confiabilidade do carro. Resolver os problemas identificados no FP2 será essencial para evitar surpresas na classificação e na corrida, onde a consistência pode ser a diferença entre um resultado mediano e um abandono.

A temporada de 2025 ainda está em seus estágios iniciais, mas a pressão sobre a Aston Martin cresce a cada corrida. Para Alonso, que já provou sua capacidade de superar adversidades, o incidente com o volante é apenas mais um obstáculo em um ano que exige paciência e adaptação. Com a McLaren dominando o ritmo em Sakhir, a equipe britânica tem um longo caminho a percorrer para alcançar os líderes.

Cronograma do fim de semana em Sakhir

O GP do Bahrein segue um calendário intenso, com eventos que definem o desempenho das equipes:

  • Sexta-feira, 11 de abril: FP1 com Drugovich e FP2 com o incidente de Alonso.
  • Sábado, 12 de abril: Treino livre 3 e classificação para definir o grid.
  • Domingo, 13 de abril: Corrida às 16h (horário do Reino Unido).



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