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18 Apr 2025, Fri

Incubus revisita “Morning View” em SP e tira impressão ruim do Rock in Rio 2024


“Quando é esse negócio de álbum inteiro, eu não resisto… quando você vai ouvir essas músicas?” Não: tal comentário não foi feito no meio da pista do Espaço Unimed enquanto o Incubus executava “Morning View” (2001) em sua totalidade na noite da última quinta-feira (10), mas quando a banda Dirkschneider, capitaneada por seu frontman alemão Udo Dirkschneider, apresentou “Balls to the Wall” (Accept, 1984) por inteiro em novembro último, também em São Paulo.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Desde que este escriba ouviu tal observação aparentemente simples na saída do Carioca Club, ficou óbvio que um dos baratos de resgatar um material de cabo a rabo residia em viajar no tempo e escutar com ares de: “Onde você estava e o que fazia à época que tal disco foi lançado?”. Isso afeta, para sempre, o modo como você se relaciona com a obra.

– Advertisement –

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Hora de voltar no tempo

Assim, parta para a reflexão: como era mais ou menos sua vida em 22 de outubro de 2001, quando “Morning View” foi lançado? Este repórter cursava o sexto semestre de Letras na USP; morava no Butantã com dois irmãos, mãe e pai (este já falecido); dava aulas de inglês havia cinco anos num curso de idiomas por onde permaneceu até 2013; sequer namorava a garota com quem se casaria oito anos adiante, para depois se separar…. e já era viciado em música, embora ainda sem atuar no meio.

Há, em algum canto do cérebro, a lembrança de ter sido introduzido a “Morning View” no verão de 2001 para 2002, com algum amigo levando o CD para uma viagem a Mongaguá. Ter conhecido o álbum na praia, rodeado de amigos, faz com o que o quarto trabalho em estúdio do Incubus esteja atrelado a… diversão!

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Quanto ao mundo: o ataque terrorista às Torres Gêmeas do World Trade Center completara pouco mais de um mês; o Brasil enfrentava a “crise do apagão”; a Seleção ainda era tetra; o dólar custava R$ 2,71 e, curiosamente, o primeiro modelo do iPod passaria a ser comercializado um dia após “Morning View” ser disponibilizado.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Contextos

Pode parecer estranho tocar o álbum em pleno 2025, mas há contexto. Começou em 23 de outubro de 2021, durante uma livestream comemorativa de seus vinte anos, feita onde ele havia sido gravado. Com o sucesso da turnê de duas décadas de celebração de “Make Yourself” (1999), em 2019, o plano era fazer o mesmo com seu sucessor. Entretanto, a pandemia freou. A ideia, então, passou a ser regravar o disco, mas mantendo a bateria original da live.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

À época em que “Morning View” nasceu, Brandon se recuperava de um término de relação; “Drive”, terceiro e último single de “Make Yourself” estourava nas paradas; e as novas gravações foram feitas com o grupo isolado numa casa perto da praia na árdua missão de manter os executivos da gravadora distantes para fugirem da cobrança por novos hits.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Quase um quarto de século adiante, como você se relacionava com o disco? E como ainda é para você ouvi-lo? Para quem esgotou os ingressos do Espaço Unimed, certamente significa muito. Já adiantamos que tudo rolou na ordem, da ótima faixa inaugural “Nice to Know You” ao encerramento “Aqueous Transmission”, além de clássicos que ajudam a nomear a turnê, “Performing Morning View in Its Entirety + the Hits”. E nada de banda de abertura, introduções, encerramentos ou bis: apenas uma hora e 44 minutos sem desperdícios.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Parcela significativa do público era de casais entre os trinta e muitos e quarenta e poucos, ávidos pelo resgate dos “velhos tempos” e loucos para cantar e dançar como se não precisassem trabalhar na sexta-feira. Em 2001, ao desviar do nu metal, o Incubus buscava uma nova rota e acabou seguindo por uma calcada no rock alternativo, com pitadas de hard rock capazes de abranger um largo escopo de fãs: de surfistas a metaleiros mais “cabeça aberta”, por assim dizer, a fim de curtir um som diferente. E o reflexo era: viam-se no Espaço Unimed camisetas de Iron Maiden a Beatles.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

O show

Com atraso um tanto acima da média para os padrões atuais da cidade, as luzes se apagaram às 21h17 para as entradas de Brandon Boyd (voz/guitarra), Mike Einziger (guitarra), Nicole Row (baixo), Chris Kilmore (turntables/teremim) e José Pasillas (bateria). Um mar de celulares emergiu para “Nice to Know You”.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

De imediato, destacava-se o baixo acentuado de Nicole e um visual à la Anthony Kiedis (Red Hot Chili Peppers) de Brandon. Nem aí para a semelhança, a galera cantou alto as 13 faixas do disco, com destaque à canção inaugural e “Wish You Were Here”. No mais, teve de tudo um pouco:

  • músicas com mais peso, como “Circles” e “Warning”;
  • projeção frontal de feixes coloridos de luz a partir de “Just a Phase”, deixando de contar “só” com o poderio visual dos telões, espelhados, a propósito, com um sutil eixo de simetria separando-os;
  • dedilhado inicial de “11am” que, caso fosse mais lento, soaria como “Blow Up the Outside World”, do Soundgarden;
  • “Blood on the Ground” em versão acústica de violão, baixo e voz;
  • alteração para “On the first train to São Paulo” no verso final de “Mexico”, esta também desplugada, mas contando somente com Brandon e Mike;
  • largada queimada em “Have You Ever”, pois, sem iluminação, Mike não conseguia enxergar José, que a começaria;
  • trechos de “In the Air Tonight” (Phil Collins) e “Umbrella” (Rihanna), o primeiro fechando “Are You In?” e o segundo abrindo “Under My Umbrella”;
  • e Mike tocando sitar em “Aqueous Transmission”, concluída com uma gongada de Brandon.
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Agradecendo o tempo todo e sem se dar ao luxo de contar estórias sobre suas canções, Brandon é o típico cara fofo que toda mãe desejaria ter como genro. Sua voz segue perfeita, bem como é o encaixe do quinteto: Nicole mostrou-se adaptada e foi adotada pelos fãs; a seu modo, Mike segue carismático e fez questão de deixar uma bandeira do Brasil atrás de si; José, mesmo discreto e sem exageros, oferece batidas que são a força-vital do grupo; e Chris fornece o diferencial com um pé no hip-hop que distingue a sonoridade do Incubus, também sem aparecer em demasia.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Segunda parte

Encerrada a primeira parte com a capa de “Morning View XXIII” (2024) ao fundo, o vocalista foi sucinto: “Obrigado por ouvirem esse disco e nos permitirem ser parte da experiência de vocês! Agora vamos tocar mais músicas. Estão prontos?”. Sem intervalos, as cerejas do bolo começaram a brotar com: “Anna Molly” e “The Warmth”. Única de “S.C.I.E.N.C.E.” (1997) e com um trecho de “Glory Box” (Portishead), “Vitamin” teve Brandon na percussão e a frustração de dois amigos um tanto empolgados a ponto de um deles soltar um “Agora vai!” no aguardo por “Sick Sad Little World”, de “A Crow Left of the Murder…” (2004), como feito em Curitiba duas noites antes e ignorada em São Paulo.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

E como se até aqui não tivesse sido alta o suficiente, a cantoria coletiva gradativamente aumentou de volume na trinca final formada por “Dig”, “Pardon Me” e a óbvia saideira, “Drive”, tocada pela banda toda, porém com Nicole, Brandon e Mike, ao violão, sentados à frente. Não importa o que o amanhã trouxer, os fãs estarão por lá, mesmo que pedidos pontuais por “Sick Sad Little World” ou genéricos de “One more song!” não tenham sido atendidos… Com “Every Day I Love You Less and Less”, do Kaiser Chiefs, bem baixinho na discotecagem, era hora da partida.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Presente ao show do grupo no Rock in Rio do ano passado, a impressão deste redator em 2024 foi de uma apresentação morna e que não “engatava”, ainda que seus membros, à distância, visivelmente se divertissem no palco, porém com intervalos um pouco mais longos e acima da média entre as faixas. Curiosamente, posteriormente conversando com amigos que conferiram a apresentação pela TV, a sensação foi de um set “bom”, até pela inclusão de cinco canções de “Morning View”, a saber: “Nice to Know You”, “Circles” e “Wish You Were Here”, como as três primeiras; “Are You In?”, já com o pedacinho de “In the Air Tonight”; e “Warning”.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Desta vez, em São Paulo, a conversa foi outra com um show de primeiro nível e um último adendo justamente sobre o público exclusivo do Incubus, pois sobre ele reside o maior elogio da noite: poucas vezes na vida este que vos escreve viu tanta gente educada e com noção de espaço. Para dar um exemplo apenas, nas raras vezes em que a garota ao lado esticava seu cotovelo um tantinho além da conta, um pedido de desculpas surgia de prontidão e com um sorriso no rosto. Ah, se fosse sempre assim…

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

E se você aprecia o trabalho do Incubus, de consolo até um possível retorno, fica a informação de que o disco novo, ainda sem título, vem em breve. O baterista José Pasillas adiantou tal informação em entrevista à Rolling Stone Brasil, com trecho já disponível no Instagram.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Incubus – ao vivo em São Paulo

  • Data: 10 de abril de 2025
  • Local: Espaço Unimed
  • Turnê: Performing Morning View in Its Entirety + the Hits
  • Produção: T4F

Repertório

Morning View
1. Nice to Know You
2. Circles
3. Wish You Were Here
4. Just a Phase
5. 11am
6. Blood on the Ground [acústica]
7. Mexico
8. Warning
9. Echo
10. Have You Ever
11. Are You In? [com trecho de In the Air Tonight, de Phil Collins]
12. Under My Umbrella [com trecho de Umbrella, de Rihanna]
13. Aqueous Transmission

The Hits
14. Anna Molly
15. The Warmth
16. Vitamin [com trecho de Glory Box, do Portishead]
17. Dig
18. Pardon Me
19. Drive

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

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“Quando é esse negócio de álbum inteiro, eu não resisto… quando você vai ouvir essas músicas?” Não: tal comentário não foi feito no meio da pista do Espaço Unimed enquanto o Incubus executava “Morning View” (2001) em sua totalidade na noite da última quinta-feira (10), mas quando a banda Dirkschneider, capitaneada por seu frontman alemão Udo Dirkschneider, apresentou “Balls to the Wall” (Accept, 1984) por inteiro em novembro último, também em São Paulo.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Desde que este escriba ouviu tal observação aparentemente simples na saída do Carioca Club, ficou óbvio que um dos baratos de resgatar um material de cabo a rabo residia em viajar no tempo e escutar com ares de: “Onde você estava e o que fazia à época que tal disco foi lançado?”. Isso afeta, para sempre, o modo como você se relaciona com a obra.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Hora de voltar no tempo

Assim, parta para a reflexão: como era mais ou menos sua vida em 22 de outubro de 2001, quando “Morning View” foi lançado? Este repórter cursava o sexto semestre de Letras na USP; morava no Butantã com dois irmãos, mãe e pai (este já falecido); dava aulas de inglês havia cinco anos num curso de idiomas por onde permaneceu até 2013; sequer namorava a garota com quem se casaria oito anos adiante, para depois se separar…. e já era viciado em música, embora ainda sem atuar no meio.

Há, em algum canto do cérebro, a lembrança de ter sido introduzido a “Morning View” no verão de 2001 para 2002, com algum amigo levando o CD para uma viagem a Mongaguá. Ter conhecido o álbum na praia, rodeado de amigos, faz com o que o quarto trabalho em estúdio do Incubus esteja atrelado a… diversão!

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Quanto ao mundo: o ataque terrorista às Torres Gêmeas do World Trade Center completara pouco mais de um mês; o Brasil enfrentava a “crise do apagão”; a Seleção ainda era tetra; o dólar custava R$ 2,71 e, curiosamente, o primeiro modelo do iPod passaria a ser comercializado um dia após “Morning View” ser disponibilizado.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Contextos

Pode parecer estranho tocar o álbum em pleno 2025, mas há contexto. Começou em 23 de outubro de 2021, durante uma livestream comemorativa de seus vinte anos, feita onde ele havia sido gravado. Com o sucesso da turnê de duas décadas de celebração de “Make Yourself” (1999), em 2019, o plano era fazer o mesmo com seu sucessor. Entretanto, a pandemia freou. A ideia, então, passou a ser regravar o disco, mas mantendo a bateria original da live.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

À época em que “Morning View” nasceu, Brandon se recuperava de um término de relação; “Drive”, terceiro e último single de “Make Yourself” estourava nas paradas; e as novas gravações foram feitas com o grupo isolado numa casa perto da praia na árdua missão de manter os executivos da gravadora distantes para fugirem da cobrança por novos hits.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Quase um quarto de século adiante, como você se relacionava com o disco? E como ainda é para você ouvi-lo? Para quem esgotou os ingressos do Espaço Unimed, certamente significa muito. Já adiantamos que tudo rolou na ordem, da ótima faixa inaugural “Nice to Know You” ao encerramento “Aqueous Transmission”, além de clássicos que ajudam a nomear a turnê, “Performing Morning View in Its Entirety + the Hits”. E nada de banda de abertura, introduções, encerramentos ou bis: apenas uma hora e 44 minutos sem desperdícios.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Parcela significativa do público era de casais entre os trinta e muitos e quarenta e poucos, ávidos pelo resgate dos “velhos tempos” e loucos para cantar e dançar como se não precisassem trabalhar na sexta-feira. Em 2001, ao desviar do nu metal, o Incubus buscava uma nova rota e acabou seguindo por uma calcada no rock alternativo, com pitadas de hard rock capazes de abranger um largo escopo de fãs: de surfistas a metaleiros mais “cabeça aberta”, por assim dizer, a fim de curtir um som diferente. E o reflexo era: viam-se no Espaço Unimed camisetas de Iron Maiden a Beatles.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

O show

Com atraso um tanto acima da média para os padrões atuais da cidade, as luzes se apagaram às 21h17 para as entradas de Brandon Boyd (voz/guitarra), Mike Einziger (guitarra), Nicole Row (baixo), Chris Kilmore (turntables/teremim) e José Pasillas (bateria). Um mar de celulares emergiu para “Nice to Know You”.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

De imediato, destacava-se o baixo acentuado de Nicole e um visual à la Anthony Kiedis (Red Hot Chili Peppers) de Brandon. Nem aí para a semelhança, a galera cantou alto as 13 faixas do disco, com destaque à canção inaugural e “Wish You Were Here”. No mais, teve de tudo um pouco:

  • músicas com mais peso, como “Circles” e “Warning”;
  • projeção frontal de feixes coloridos de luz a partir de “Just a Phase”, deixando de contar “só” com o poderio visual dos telões, espelhados, a propósito, com um sutil eixo de simetria separando-os;
  • dedilhado inicial de “11am” que, caso fosse mais lento, soaria como “Blow Up the Outside World”, do Soundgarden;
  • “Blood on the Ground” em versão acústica de violão, baixo e voz;
  • alteração para “On the first train to São Paulo” no verso final de “Mexico”, esta também desplugada, mas contando somente com Brandon e Mike;
  • largada queimada em “Have You Ever”, pois, sem iluminação, Mike não conseguia enxergar José, que a começaria;
  • trechos de “In the Air Tonight” (Phil Collins) e “Umbrella” (Rihanna), o primeiro fechando “Are You In?” e o segundo abrindo “Under My Umbrella”;
  • e Mike tocando sitar em “Aqueous Transmission”, concluída com uma gongada de Brandon.
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Agradecendo o tempo todo e sem se dar ao luxo de contar estórias sobre suas canções, Brandon é o típico cara fofo que toda mãe desejaria ter como genro. Sua voz segue perfeita, bem como é o encaixe do quinteto: Nicole mostrou-se adaptada e foi adotada pelos fãs; a seu modo, Mike segue carismático e fez questão de deixar uma bandeira do Brasil atrás de si; José, mesmo discreto e sem exageros, oferece batidas que são a força-vital do grupo; e Chris fornece o diferencial com um pé no hip-hop que distingue a sonoridade do Incubus, também sem aparecer em demasia.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Segunda parte

Encerrada a primeira parte com a capa de “Morning View XXIII” (2024) ao fundo, o vocalista foi sucinto: “Obrigado por ouvirem esse disco e nos permitirem ser parte da experiência de vocês! Agora vamos tocar mais músicas. Estão prontos?”. Sem intervalos, as cerejas do bolo começaram a brotar com: “Anna Molly” e “The Warmth”. Única de “S.C.I.E.N.C.E.” (1997) e com um trecho de “Glory Box” (Portishead), “Vitamin” teve Brandon na percussão e a frustração de dois amigos um tanto empolgados a ponto de um deles soltar um “Agora vai!” no aguardo por “Sick Sad Little World”, de “A Crow Left of the Murder…” (2004), como feito em Curitiba duas noites antes e ignorada em São Paulo.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

E como se até aqui não tivesse sido alta o suficiente, a cantoria coletiva gradativamente aumentou de volume na trinca final formada por “Dig”, “Pardon Me” e a óbvia saideira, “Drive”, tocada pela banda toda, porém com Nicole, Brandon e Mike, ao violão, sentados à frente. Não importa o que o amanhã trouxer, os fãs estarão por lá, mesmo que pedidos pontuais por “Sick Sad Little World” ou genéricos de “One more song!” não tenham sido atendidos… Com “Every Day I Love You Less and Less”, do Kaiser Chiefs, bem baixinho na discotecagem, era hora da partida.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Presente ao show do grupo no Rock in Rio do ano passado, a impressão deste redator em 2024 foi de uma apresentação morna e que não “engatava”, ainda que seus membros, à distância, visivelmente se divertissem no palco, porém com intervalos um pouco mais longos e acima da média entre as faixas. Curiosamente, posteriormente conversando com amigos que conferiram a apresentação pela TV, a sensação foi de um set “bom”, até pela inclusão de cinco canções de “Morning View”, a saber: “Nice to Know You”, “Circles” e “Wish You Were Here”, como as três primeiras; “Are You In?”, já com o pedacinho de “In the Air Tonight”; e “Warning”.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Desta vez, em São Paulo, a conversa foi outra com um show de primeiro nível e um último adendo justamente sobre o público exclusivo do Incubus, pois sobre ele reside o maior elogio da noite: poucas vezes na vida este que vos escreve viu tanta gente educada e com noção de espaço. Para dar um exemplo apenas, nas raras vezes em que a garota ao lado esticava seu cotovelo um tantinho além da conta, um pedido de desculpas surgia de prontidão e com um sorriso no rosto. Ah, se fosse sempre assim…

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

E se você aprecia o trabalho do Incubus, de consolo até um possível retorno, fica a informação de que o disco novo, ainda sem título, vem em breve. O baterista José Pasillas adiantou tal informação em entrevista à Rolling Stone Brasil, com trecho já disponível no Instagram.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Incubus – ao vivo em São Paulo

  • Data: 10 de abril de 2025
  • Local: Espaço Unimed
  • Turnê: Performing Morning View in Its Entirety + the Hits
  • Produção: T4F

Repertório

Morning View
1. Nice to Know You
2. Circles
3. Wish You Were Here
4. Just a Phase
5. 11am
6. Blood on the Ground [acústica]
7. Mexico
8. Warning
9. Echo
10. Have You Ever
11. Are You In? [com trecho de In the Air Tonight, de Phil Collins]
12. Under My Umbrella [com trecho de Umbrella, de Rihanna]
13. Aqueous Transmission

The Hits
14. Anna Molly
15. The Warmth
16. Vitamin [com trecho de Glory Box, do Portishead]
17. Dig
18. Pardon Me
19. Drive

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

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