Jovens de todo o país celebram o início de mais uma rodada de pagamentos do programa Pé-de-Meia, iniciativa do Ministério da Educação que transforma a realidade de estudantes de baixa renda no ensino médio. Com depósitos que começaram em março, o programa oferece suporte financeiro para garantir que esses alunos permaneçam nas salas de aula, driblando dificuldades econômicas que muitas vezes os levam a abandonar os estudos. O incentivo inicial, de R$ 200, é apenas o começo de uma série de benefícios que podem alcançar até R$ 9.200 ao longo dos três anos do ensino médio, dependendo do desempenho e da frequência escolar.
A evasão escolar, um desafio histórico no Brasil, encontra no Pé-de-Meia uma resposta direta. Dados apontam que cerca de 400 mil jovens entre 6 e 14 anos estavam fora da escola em 2023, número que reflete a pressão financeira sobre famílias vulneráveis. O programa, lançado em 2024, já alcançou milhões de estudantes, reduzindo em 15% as taxas de abandono no ensino médio. A iniciativa combina pagamentos regulares com depósitos em poupança, incentivando não apenas a presença, mas também a conclusão dos estudos e a participação em avaliações nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A administração dos recursos, feita pela Caixa Econômica Federal, facilita o acesso dos alunos ao dinheiro por meio de contas digitais. Estudantes menores de 18 anos precisam de autorização dos responsáveis para movimentar os valores, enquanto os maiores de idade têm autonomia imediata. O sistema automatizado de inclusão, baseado no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), elimina a necessidade de inscrição manual, garantindo que os benefícios cheguem rapidamente aos elegíveis.

Como funciona o incentivo financeiro
O Pé-de-Meia estrutura seus pagamentos em quatro categorias, cada uma voltada para um aspecto da trajetória escolar. Esses repasses são condicionados a critérios claros, como matrícula, frequência e aprovação, assegurando que os recursos sejam usados para estimular o comprometimento dos alunos. Abaixo, os principais benefícios oferecidos:
- Incentivo matrícula: R$ 200 pagos uma vez por ano, ao confirmar a matrícula no ensino médio público.
- Incentivo frequência: Até R$ 1.800 anuais, divididos em nove parcelas de R$ 200, para alunos com pelo menos 80% de presença nas aulas. Para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), o valor é de R$ 900, em quatro parcelas de R$ 225 por semestre.
- Incentivo conclusão: R$ 1.000 depositados ao final de cada ano letivo, para estudantes aprovados e que participaram de avaliações educacionais. O saque só é liberado após a formatura.
- Incentivo Enem: R$ 200 em parcela única, para alunos do 3º ano que comparecem aos dois dias do Enem.
Impacto nas escolas públicas
A realidade nas escolas públicas brasileiras começa a mudar com a implementação do Pé-de-Meia. Diretores de unidades em regiões vulneráveis relatam maior engajamento dos alunos, que veem nos pagamentos uma oportunidade de aliviar despesas básicas, como transporte e alimentação. Em Araguari, Minas Gerais, por exemplo, estudantes comemoram a chegada dos primeiros depósitos de 2025, destacando como o dinheiro ajuda a custear materiais escolares e passagens de ônibus. O programa também beneficia alunos da EJA, modalidade que atende jovens e adultos em busca de retomar os estudos, oferecendo a eles uma estrutura de incentivos adaptada.
Além de reduzir a evasão, o Pé-de-Meia fortalece a autoestima dos beneficiários. Muitos jovens, antes divididos entre estudar e trabalhar para ajudar a família, agora conseguem focar nas aulas. Um estudante de 17 anos, de Brasília, contou que o incentivo financeiro mudou sua rotina, permitindo que se dedicasse integralmente aos estudos sem a pressão de buscar um emprego. A iniciativa alcança cerca de 4 milhões de alunos, número que reflete o compromisso do governo em ampliar o acesso à educação e combater desigualdades sociais.
A logística por trás do programa também impressiona. As redes de ensino estaduais, municipais e federais enviam dados de matrícula e frequência ao Ministério da Educação, que cruza as informações com o CadÚnico para definir os beneficiários. O aplicativo Jornada do Estudante, atualizado regularmente, permite que os alunos acompanhem os pagamentos e verifiquem sua elegibilidade, trazendo transparência ao processo.
Quem pode participar do programa
O Pé-de-Meia é voltado para um público específico, com critérios rigorosos que garantem o foco em jovens de baixa renda. Para ser elegível, o estudante precisa estar matriculado no ensino médio público, seja no formato regular ou na EJA, e pertencer a uma família inscrita no CadÚnico, com renda per capita de até meio salário mínimo. A idade varia conforme a modalidade: de 14 a 24 anos para o ensino regular e de 19 a 24 anos para a EJA. Além disso, é necessário ter um Cadastro de Pessoa Física (CPF) regularizado.
O programa não exige inscrição ativa, o que facilita o acesso. Assim que os dados do aluno são confirmados pelas redes de ensino, a inclusão é automática. Essa abordagem reduz barreiras burocráticas e agiliza a entrega dos benefícios, especialmente para famílias que enfrentam dificuldades em acessar serviços públicos. O impacto econômico do Pé-de-Meia vai além do aluno, beneficiando indiretamente suas comunidades ao injetar recursos em áreas de maior vulnerabilidade.
Pé-de-Meia Licenciaturas amplia o alcance
Outra vertente do programa, o Pé-de-Meia Licenciaturas, foi lançado para incentivar a formação de professores, área crítica no Brasil devido à escassez de docentes qualificados. Estudantes de cursos de licenciatura com nota igual ou superior a 650 pontos no Enem recebem R$ 1.050 mensais, sendo R$ 700 pagos diretamente e R$ 350 depositados em uma poupança acessível após o início da carreira na rede pública. A iniciativa, parte do programa Mais Professores para o Brasil, já beneficia milhares de futuros educadores, reforçando o compromisso com a qualidade da educação básica.
Os interessados em participar do Pé-de-Meia Licenciaturas precisam se inscrever em plataformas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni) ou o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Após a aprovação, devem manifestar interesse pela bolsa na plataforma Freire. O programa prevê atender 2,3 milhões de docentes, com impacto potencial em 47,3 milhões de estudantes da rede pública. Essa expansão demonstra a visão de longo prazo do governo em fortalecer não apenas o ensino médio, mas toda a cadeia educacional.
Pagamentos organizados por nascimento
O calendário de pagamentos do Pé-de-Meia é estruturado para garantir eficiência e planejamento. Em 2025, os depósitos do Incentivo Matrícula começaram em 31 de março e seguiram até 7 de abril, conforme o mês de nascimento dos alunos:
- 31 de março: nascidos em janeiro e fevereiro.
- 1º de abril: nascidos em março e abril.
- 2 de abril: nascidos em maio e junho.
- 3 de abril: nascidos em julho e agosto.
- 4 de abril: nascidos em setembro e outubro.
- 7 de abril: nascidos em novembro e dezembro.
Essa organização permite que os beneficiários saibam exatamente quando receberão os valores, facilitando a gestão financeira das famílias. Para os alunos da EJA, os pagamentos seguem um cronograma adaptado, com depósitos a partir de janeiro para o primeiro semestre e setembro para o segundo. O sistema escalonado reduz sobrecargas no atendimento bancário e garante que os recursos cheguem sem atrasos.
Transformação na vida dos jovens
A história de Aline, uma estudante de 17 anos do Distrito Federal, ilustra o impacto do Pé-de-Meia. Aprovada no segundo ano do ensino médio em 2024, ela recebeu R$ 1.000 em fevereiro de 2025 e usou o dinheiro para custear despesas com transporte e material escolar. Enquanto cursa o terceiro ano, Aline também trabalha como estagiária, equilibrando estudos e emprego com o apoio financeiro do programa. Casos como o dela se multiplicam pelo país, mostrando como o incentivo ajuda jovens a sonharem com um futuro melhor.
Escolas também sentem a diferença. No Centro de Ensino Médio Setor Oeste, em Brasília, a diretora Edna Torres observa maior assiduidade dos alunos desde que o programa foi implementado. Segundo ela, os recursos complementam gastos essenciais, como passagens de ônibus interestaduais para estudantes de áreas rurais. A redução de 15% na evasão escolar, registrada desde 2024, comprova o sucesso da iniciativa em manter os jovens engajados.
O Pé-de-Meia não apenas entrega dinheiro, mas cria perspectivas. Para muitos alunos, o programa representa a chance de planejar o futuro, seja ingressando na universidade ou entrando no mercado de trabalho com uma formação completa. A poupança acumulada ao longo dos três anos, que pode chegar a R$ 3.000 pelo Incentivo Conclusão, é um diferencial, oferecendo segurança financeira após a formatura.
Benefícios para a comunidade
O impacto do Pé-de-Meia vai além das salas de aula. Ao injetar recursos em famílias de baixa renda, o programa estimula a economia local, especialmente em cidades menores. Pequenos comércios, como papelarias e lanchonetes próximas às escolas, sentem o aumento na circulação de dinheiro. Em 2024, mais de 3,9 milhões de estudantes receberam os benefícios, movimentando bilhões de reais em comunidades vulneráveis.
A iniciativa também dialoga com outros programas sociais, como o Bolsa Família, sem interferir nos cálculos de renda familiar. Isso significa que uma família pode receber ambos os benefícios, maximizando o suporte financeiro. A integração com o CadÚnico facilita a identificação de quem realmente precisa, garantindo que os recursos cheguem aos mais necessitados.
Para os alunos da EJA, o Pé-de-Meia é uma oportunidade de retomar a educação em um momento crucial da vida. Muitos abandonaram os estudos na juventude por necessidade de trabalhar, e agora, com o incentivo financeiro, conseguem conciliar aulas noturnas com outras responsabilidades. O pagamento de R$ 900 anuais para esses estudantes reforça a inclusão educacional em um público muitas vezes esquecido.
Desafios e avanços na implementação
Apesar do sucesso, o programa enfrentou obstáculos iniciais. Em 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu temporariamente os pagamentos, exigindo que os recursos fossem incluídos no Orçamento da União. A questão foi resolvida rapidamente, e os depósitos foram liberados, beneficiando milhões de alunos. A experiência serviu para aprimorar a gestão financeira do Pé-de-Meia, que hoje opera com maior transparência e eficiência.
A adesão das redes de ensino também foi um desafio. Estados e municípios precisaram ajustar seus sistemas para enviar dados precisos ao Ministério da Educação, garantindo que nenhum estudante elegível ficasse de fora. Hoje, a colaboração entre as esferas federal, estadual e municipal é um dos pilares do programa, com mais de 90% das redes públicas integradas ao sistema.
A tecnologia desempenha um papel central. O aplicativo Jornada do Estudante, além de informar sobre pagamentos, oferece um histórico escolar completo, desde o ensino fundamental até a pós-graduação. Essa ferramenta empodera os alunos, permitindo que monitorem sua trajetória educacional e planejem os próximos passos com mais clareza.
Futuro do programa
A continuidade do Pé-de-Meia é uma prioridade para o governo. Com um orçamento robusto, estimado em R$ 20 bilhões, a iniciativa planeja alcançar ainda mais estudantes nos próximos anos. A meta é reduzir a evasão escolar a níveis históricos, garantindo que o ensino médio seja uma etapa acessível a todos os jovens brasileiros, independentemente de sua condição econômica.
A expansão para as licenciaturas é um passo estratégico. Ao investir na formação de professores, o programa cria um ciclo virtuoso: mais docentes qualificados significam melhores aulas, o que eleva a qualidade do ensino médio e beneficia gerações futuras. O impacto potencial em 47,3 milhões de estudantes reforça a importância de iniciativas como essa para o desenvolvimento do país.
Os relatos de transformação não param de chegar. Em Samambaia, no Distrito Federal, uma aluna de 16 anos usou o Incentivo Matrícula para comprar um celular novo, essencial para acompanhar aulas online e acessar o aplicativo Jornada do Estudante. Histórias como essa mostram que o Pé-de-Meia não é apenas um programa financeiro, mas uma ferramenta de inclusão e esperança.
O que esperar dos próximos pagamentos
Os próximos meses trarão novas rodadas de depósitos, com o Incentivo Frequência sendo pago regularmente aos alunos que mantiverem 80% de presença. O cronograma prevê:
- Maio a dezembro: Nove parcelas de R$ 200 para o ensino regular, totalizando R$ 1.800 por ano.
- Janeiro e setembro (EJA): Quatro parcelas de R$ 225 por semestre, somando R$ 900 anuais.
- Fevereiro de 2026: Pagamento do Incentivo Conclusão (R$ 1.000) para quem for aprovado em 2025.
- Março de 2026: Incentivo Enem (R$ 200) para concluintes que participarem do exame.
Esses valores, aliados à poupança acumulada, representam um suporte significativo para os jovens, especialmente em tempos de incertezas econômicas. O programa segue como uma das políticas públicas mais bem-sucedidas na área da educação, com resultados concretos e um alcance que transforma vidas.

Jovens de todo o país celebram o início de mais uma rodada de pagamentos do programa Pé-de-Meia, iniciativa do Ministério da Educação que transforma a realidade de estudantes de baixa renda no ensino médio. Com depósitos que começaram em março, o programa oferece suporte financeiro para garantir que esses alunos permaneçam nas salas de aula, driblando dificuldades econômicas que muitas vezes os levam a abandonar os estudos. O incentivo inicial, de R$ 200, é apenas o começo de uma série de benefícios que podem alcançar até R$ 9.200 ao longo dos três anos do ensino médio, dependendo do desempenho e da frequência escolar.
A evasão escolar, um desafio histórico no Brasil, encontra no Pé-de-Meia uma resposta direta. Dados apontam que cerca de 400 mil jovens entre 6 e 14 anos estavam fora da escola em 2023, número que reflete a pressão financeira sobre famílias vulneráveis. O programa, lançado em 2024, já alcançou milhões de estudantes, reduzindo em 15% as taxas de abandono no ensino médio. A iniciativa combina pagamentos regulares com depósitos em poupança, incentivando não apenas a presença, mas também a conclusão dos estudos e a participação em avaliações nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A administração dos recursos, feita pela Caixa Econômica Federal, facilita o acesso dos alunos ao dinheiro por meio de contas digitais. Estudantes menores de 18 anos precisam de autorização dos responsáveis para movimentar os valores, enquanto os maiores de idade têm autonomia imediata. O sistema automatizado de inclusão, baseado no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), elimina a necessidade de inscrição manual, garantindo que os benefícios cheguem rapidamente aos elegíveis.

Como funciona o incentivo financeiro
O Pé-de-Meia estrutura seus pagamentos em quatro categorias, cada uma voltada para um aspecto da trajetória escolar. Esses repasses são condicionados a critérios claros, como matrícula, frequência e aprovação, assegurando que os recursos sejam usados para estimular o comprometimento dos alunos. Abaixo, os principais benefícios oferecidos:
- Incentivo matrícula: R$ 200 pagos uma vez por ano, ao confirmar a matrícula no ensino médio público.
- Incentivo frequência: Até R$ 1.800 anuais, divididos em nove parcelas de R$ 200, para alunos com pelo menos 80% de presença nas aulas. Para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), o valor é de R$ 900, em quatro parcelas de R$ 225 por semestre.
- Incentivo conclusão: R$ 1.000 depositados ao final de cada ano letivo, para estudantes aprovados e que participaram de avaliações educacionais. O saque só é liberado após a formatura.
- Incentivo Enem: R$ 200 em parcela única, para alunos do 3º ano que comparecem aos dois dias do Enem.
Impacto nas escolas públicas
A realidade nas escolas públicas brasileiras começa a mudar com a implementação do Pé-de-Meia. Diretores de unidades em regiões vulneráveis relatam maior engajamento dos alunos, que veem nos pagamentos uma oportunidade de aliviar despesas básicas, como transporte e alimentação. Em Araguari, Minas Gerais, por exemplo, estudantes comemoram a chegada dos primeiros depósitos de 2025, destacando como o dinheiro ajuda a custear materiais escolares e passagens de ônibus. O programa também beneficia alunos da EJA, modalidade que atende jovens e adultos em busca de retomar os estudos, oferecendo a eles uma estrutura de incentivos adaptada.
Além de reduzir a evasão, o Pé-de-Meia fortalece a autoestima dos beneficiários. Muitos jovens, antes divididos entre estudar e trabalhar para ajudar a família, agora conseguem focar nas aulas. Um estudante de 17 anos, de Brasília, contou que o incentivo financeiro mudou sua rotina, permitindo que se dedicasse integralmente aos estudos sem a pressão de buscar um emprego. A iniciativa alcança cerca de 4 milhões de alunos, número que reflete o compromisso do governo em ampliar o acesso à educação e combater desigualdades sociais.
A logística por trás do programa também impressiona. As redes de ensino estaduais, municipais e federais enviam dados de matrícula e frequência ao Ministério da Educação, que cruza as informações com o CadÚnico para definir os beneficiários. O aplicativo Jornada do Estudante, atualizado regularmente, permite que os alunos acompanhem os pagamentos e verifiquem sua elegibilidade, trazendo transparência ao processo.
Quem pode participar do programa
O Pé-de-Meia é voltado para um público específico, com critérios rigorosos que garantem o foco em jovens de baixa renda. Para ser elegível, o estudante precisa estar matriculado no ensino médio público, seja no formato regular ou na EJA, e pertencer a uma família inscrita no CadÚnico, com renda per capita de até meio salário mínimo. A idade varia conforme a modalidade: de 14 a 24 anos para o ensino regular e de 19 a 24 anos para a EJA. Além disso, é necessário ter um Cadastro de Pessoa Física (CPF) regularizado.
O programa não exige inscrição ativa, o que facilita o acesso. Assim que os dados do aluno são confirmados pelas redes de ensino, a inclusão é automática. Essa abordagem reduz barreiras burocráticas e agiliza a entrega dos benefícios, especialmente para famílias que enfrentam dificuldades em acessar serviços públicos. O impacto econômico do Pé-de-Meia vai além do aluno, beneficiando indiretamente suas comunidades ao injetar recursos em áreas de maior vulnerabilidade.
Pé-de-Meia Licenciaturas amplia o alcance
Outra vertente do programa, o Pé-de-Meia Licenciaturas, foi lançado para incentivar a formação de professores, área crítica no Brasil devido à escassez de docentes qualificados. Estudantes de cursos de licenciatura com nota igual ou superior a 650 pontos no Enem recebem R$ 1.050 mensais, sendo R$ 700 pagos diretamente e R$ 350 depositados em uma poupança acessível após o início da carreira na rede pública. A iniciativa, parte do programa Mais Professores para o Brasil, já beneficia milhares de futuros educadores, reforçando o compromisso com a qualidade da educação básica.
Os interessados em participar do Pé-de-Meia Licenciaturas precisam se inscrever em plataformas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni) ou o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Após a aprovação, devem manifestar interesse pela bolsa na plataforma Freire. O programa prevê atender 2,3 milhões de docentes, com impacto potencial em 47,3 milhões de estudantes da rede pública. Essa expansão demonstra a visão de longo prazo do governo em fortalecer não apenas o ensino médio, mas toda a cadeia educacional.
Pagamentos organizados por nascimento
O calendário de pagamentos do Pé-de-Meia é estruturado para garantir eficiência e planejamento. Em 2025, os depósitos do Incentivo Matrícula começaram em 31 de março e seguiram até 7 de abril, conforme o mês de nascimento dos alunos:
- 31 de março: nascidos em janeiro e fevereiro.
- 1º de abril: nascidos em março e abril.
- 2 de abril: nascidos em maio e junho.
- 3 de abril: nascidos em julho e agosto.
- 4 de abril: nascidos em setembro e outubro.
- 7 de abril: nascidos em novembro e dezembro.
Essa organização permite que os beneficiários saibam exatamente quando receberão os valores, facilitando a gestão financeira das famílias. Para os alunos da EJA, os pagamentos seguem um cronograma adaptado, com depósitos a partir de janeiro para o primeiro semestre e setembro para o segundo. O sistema escalonado reduz sobrecargas no atendimento bancário e garante que os recursos cheguem sem atrasos.
Transformação na vida dos jovens
A história de Aline, uma estudante de 17 anos do Distrito Federal, ilustra o impacto do Pé-de-Meia. Aprovada no segundo ano do ensino médio em 2024, ela recebeu R$ 1.000 em fevereiro de 2025 e usou o dinheiro para custear despesas com transporte e material escolar. Enquanto cursa o terceiro ano, Aline também trabalha como estagiária, equilibrando estudos e emprego com o apoio financeiro do programa. Casos como o dela se multiplicam pelo país, mostrando como o incentivo ajuda jovens a sonharem com um futuro melhor.
Escolas também sentem a diferença. No Centro de Ensino Médio Setor Oeste, em Brasília, a diretora Edna Torres observa maior assiduidade dos alunos desde que o programa foi implementado. Segundo ela, os recursos complementam gastos essenciais, como passagens de ônibus interestaduais para estudantes de áreas rurais. A redução de 15% na evasão escolar, registrada desde 2024, comprova o sucesso da iniciativa em manter os jovens engajados.
O Pé-de-Meia não apenas entrega dinheiro, mas cria perspectivas. Para muitos alunos, o programa representa a chance de planejar o futuro, seja ingressando na universidade ou entrando no mercado de trabalho com uma formação completa. A poupança acumulada ao longo dos três anos, que pode chegar a R$ 3.000 pelo Incentivo Conclusão, é um diferencial, oferecendo segurança financeira após a formatura.
Benefícios para a comunidade
O impacto do Pé-de-Meia vai além das salas de aula. Ao injetar recursos em famílias de baixa renda, o programa estimula a economia local, especialmente em cidades menores. Pequenos comércios, como papelarias e lanchonetes próximas às escolas, sentem o aumento na circulação de dinheiro. Em 2024, mais de 3,9 milhões de estudantes receberam os benefícios, movimentando bilhões de reais em comunidades vulneráveis.
A iniciativa também dialoga com outros programas sociais, como o Bolsa Família, sem interferir nos cálculos de renda familiar. Isso significa que uma família pode receber ambos os benefícios, maximizando o suporte financeiro. A integração com o CadÚnico facilita a identificação de quem realmente precisa, garantindo que os recursos cheguem aos mais necessitados.
Para os alunos da EJA, o Pé-de-Meia é uma oportunidade de retomar a educação em um momento crucial da vida. Muitos abandonaram os estudos na juventude por necessidade de trabalhar, e agora, com o incentivo financeiro, conseguem conciliar aulas noturnas com outras responsabilidades. O pagamento de R$ 900 anuais para esses estudantes reforça a inclusão educacional em um público muitas vezes esquecido.
Desafios e avanços na implementação
Apesar do sucesso, o programa enfrentou obstáculos iniciais. Em 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu temporariamente os pagamentos, exigindo que os recursos fossem incluídos no Orçamento da União. A questão foi resolvida rapidamente, e os depósitos foram liberados, beneficiando milhões de alunos. A experiência serviu para aprimorar a gestão financeira do Pé-de-Meia, que hoje opera com maior transparência e eficiência.
A adesão das redes de ensino também foi um desafio. Estados e municípios precisaram ajustar seus sistemas para enviar dados precisos ao Ministério da Educação, garantindo que nenhum estudante elegível ficasse de fora. Hoje, a colaboração entre as esferas federal, estadual e municipal é um dos pilares do programa, com mais de 90% das redes públicas integradas ao sistema.
A tecnologia desempenha um papel central. O aplicativo Jornada do Estudante, além de informar sobre pagamentos, oferece um histórico escolar completo, desde o ensino fundamental até a pós-graduação. Essa ferramenta empodera os alunos, permitindo que monitorem sua trajetória educacional e planejem os próximos passos com mais clareza.
Futuro do programa
A continuidade do Pé-de-Meia é uma prioridade para o governo. Com um orçamento robusto, estimado em R$ 20 bilhões, a iniciativa planeja alcançar ainda mais estudantes nos próximos anos. A meta é reduzir a evasão escolar a níveis históricos, garantindo que o ensino médio seja uma etapa acessível a todos os jovens brasileiros, independentemente de sua condição econômica.
A expansão para as licenciaturas é um passo estratégico. Ao investir na formação de professores, o programa cria um ciclo virtuoso: mais docentes qualificados significam melhores aulas, o que eleva a qualidade do ensino médio e beneficia gerações futuras. O impacto potencial em 47,3 milhões de estudantes reforça a importância de iniciativas como essa para o desenvolvimento do país.
Os relatos de transformação não param de chegar. Em Samambaia, no Distrito Federal, uma aluna de 16 anos usou o Incentivo Matrícula para comprar um celular novo, essencial para acompanhar aulas online e acessar o aplicativo Jornada do Estudante. Histórias como essa mostram que o Pé-de-Meia não é apenas um programa financeiro, mas uma ferramenta de inclusão e esperança.
O que esperar dos próximos pagamentos
Os próximos meses trarão novas rodadas de depósitos, com o Incentivo Frequência sendo pago regularmente aos alunos que mantiverem 80% de presença. O cronograma prevê:
- Maio a dezembro: Nove parcelas de R$ 200 para o ensino regular, totalizando R$ 1.800 por ano.
- Janeiro e setembro (EJA): Quatro parcelas de R$ 225 por semestre, somando R$ 900 anuais.
- Fevereiro de 2026: Pagamento do Incentivo Conclusão (R$ 1.000) para quem for aprovado em 2025.
- Março de 2026: Incentivo Enem (R$ 200) para concluintes que participarem do exame.
Esses valores, aliados à poupança acumulada, representam um suporte significativo para os jovens, especialmente em tempos de incertezas econômicas. O programa segue como uma das políticas públicas mais bem-sucedidas na área da educação, com resultados concretos e um alcance que transforma vidas.
