Clássico Paulista agita terceira rodada em Barueri

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— SE Palmeiras (@Palmeiras) April 12, 2025

Contexto do clássico no Brasileirão

O Campeonato Brasileiro de 2025 começou com intensidade, e Palmeiras e Corinthians chegam à terceira rodada com objetivos claros. O Verdão, que venceu o Sport por 2 a 1 na segunda rodada, busca manter a consistência após um início sólido na competição. Já o Corinthians, que derrotou o Vasco por 3 a 0, quer aproveitar o embalo do título paulista para somar pontos fora de casa. O clássico, portanto, ganha contornos de teste para ambas as equipes, que precisam equilibrar a rivalidade com a necessidade de resultados na tabela.

A rivalidade histórica adiciona camadas ao confronto. Palmeiras e Corinthians já se enfrentaram 383 vezes até o momento, com 133 vitórias do Verdão, 130 do Timão e 120 empates, segundo dados históricos. No Brasileirão, o equilíbrio também é notável: em 67 jogos, o Palmeiras venceu 25, o Corinthians 23, e houve 19 empates. Esses números reforçam a imprevisibilidade do duelo, que costuma ser decidido por detalhes, seja uma bola parada, uma falha defensiva ou uma jogada individual.

No atual contexto, o Corinthians chega com moral elevada após o título estadual, mas o Palmeiras tem a vantagem de jogar em um estádio que, mesmo não sendo o Allianz Parque, é familiar. A ausência de Veiga é um desafio, mas o retorno de Paulinho pode trazer frescor ao ataque alviverde. Do lado corintiano, nomes como Memphis Depay e Yuri Alberto são ameaças constantes, exigindo atenção redobrada da defesa palmeirense, liderada por Gustavo Gómez.

• Fatores que podem decidir o clássico:
• Desempenho de Felipe Anderson na criação de jogadas sem Veiga.
• Capacidade do Palmeiras de neutralizar as transições rápidas do Corinthians.
• Impacto de Paulinho, caso entre no segundo tempo.
• Solidez defensiva de ambos os times, que sofreram poucos gols no Brasileirão até agora.

Histórico recente e rivalidade aquecida

Os embates no Campeonato Paulista deixaram marcas em ambos os lados. O empate na primeira fase, com gols de Flaco López pelo Palmeiras e Memphis Depay pelo Corinthians, mostrou equilíbrio. Na final, o Corinthians foi cirúrgico na ida, vencendo por 1 a 0 com gol de Yuri Alberto, e heroico na volta, segurando o empate sem gols mesmo com um jogador a menos após a expulsão de Félix Torres. Hugo Souza, goleiro corintiano, foi decisivo ao defender um pênalti de Raphael Veiga, consolidando-se como peça fundamental do elenco alvinegro.

Esses jogos intensificaram a rivalidade, que já vinha aquecida desde 2020, quando o Palmeiras interrompeu a sequência de três títulos paulistas do Corinthians. Agora, o Verdão busca dar o troco no Brasileirão, enquanto o Timão tenta manter a supremacia recente nos clássicos. A troca de estádio, motivada por um show de Gilberto Gil no Allianz Parque, também gerou debates entre torcedores, mas o foco das equipes está no campo, onde cada lance pode reacender antigas discussões.

O Palmeiras, tricampeão brasileiro em 2016, 2018 e 2022, tem um elenco robusto, mas enfrenta a pressão de superar a perda do Paulista e manter o ritmo na competição nacional. Abel Ferreira, que já conquistou sete títulos pelo clube, sabe da importância de vencer clássicos para ganhar confiança e apoio da torcida. Do outro lado, Ramón Díaz, técnico do Corinthians, aposta na mescla de experiência e juventude para surpreender fora de casa, repetindo a fórmula que deu certo no estadual.

Desafios táticos e estratégias

Enfrentar o Corinthians exige do Palmeiras uma abordagem equilibrada. O Timão, sob o comando de Díaz, adota um estilo de jogo que combina marcação agressiva com saídas rápidas, explorando a qualidade de jogadores como Depay e André Carrillo. A defesa alviverde, liderada por Gómez e Murilo, terá o desafio de conter essas investidas, enquanto Piquerez e o lateral direito (Fuchs ou Rocha) precisarão apoiar sem descuidar da retaguarda.

No meio-campo, Emiliano Martínez e Richard Ríos serão fundamentais para controlar o ritmo do jogo. Martínez, com sua capacidade de recuperação de bola, pode neutralizar as investidas de José Martínez, volante corintiano que organiza o jogo do Timão. Já Ríos, mais dinâmico, terá liberdade para avançar e apoiar Felipe Anderson, que assume o papel de maestro na ausência de Veiga. A disputa no meio promete ser intensa, com ambos os times buscando impor seu estilo.

No ataque, Estêvão e Facundo Torres são as apostas para desequilibrar. O jovem Estêvão, de apenas 18 anos, já mostrou talento em jogos grandes, enquanto Torres, reforço recente, traz experiência internacional. Vitor Roque, por sua vez, enfrenta a pressão de se firmar como referência ofensiva, especialmente após atuações irregulares no início da temporada. Do lado corintiano, Yuri Alberto e Depay formam uma dupla perigosa, capaz de explorar qualquer espaço deixado pela defesa adversária.

• Pontos de atenção para o Palmeiras:
• Manter a compactação defensiva contra as transições do Corinthians.
• Explorar as laterais com Piquerez e Estêvão.
• Aproveitar bolas paradas, onde Gómez é uma arma.
• Gerenciar a pressão da torcida adversária na Arena Barueri.

Impacto do clássico na temporada

O resultado do clássico terá reflexos diretos na confiança de ambas as equipes. Para o Palmeiras, uma vitória significa consolidar o bom início no Brasileirão e recuperar o moral após a derrota na final do Paulista. O Corinthians, por sua vez, quer manter o momento positivo e mostrar que pode competir de igual para igual fora de casa, mesmo contra um adversário tradicionalmente forte. Além disso, o jogo serve como termômetro para as próximas rodadas, que incluem desafios como a Libertadores e a Copa do Brasil.

A Arena Barueri, com capacidade para cerca de 31 mil torcedores, deve receber um público expressivo, com predominância alviverde, mas também com a presença da torcida corintiana, conhecida por apoiar em qualquer estádio. A rivalidade, que transcende o campo, também mobiliza as redes sociais, onde os torcedores já trocam provocações desde o anúncio da mudança de estádio. A expectativa é de um jogo disputado, com chances claras para os dois lados, mas também com a possibilidade de momentos de tensão, como ocorreu na final do Paulista, que teve confusões e expulsões.

O Brasileirão, em sua terceira rodada, ainda está em fase inicial, mas clássicos como esse podem definir o tom das próximas semanas. O Palmeiras, que terminou 2024 na quarta posição com 61 pontos, quer brigar pelo título, enquanto o Corinthians, nono com 54 pontos no último ano, busca surpreender e voltar ao topo. A preparação meticulosa de Abel Ferreira e a confiança do elenco corintiano prometem um duelo que ficará na memória dos torcedores.

Números e curiosidades do confronto

A história do clássico é repleta de momentos marcantes. Desde o primeiro jogo oficial, em 1917, Palmeiras e Corinthians protagonizam uma das maiores rivalidades do esporte mundial. No Brasileirão, o equilíbrio é ainda mais evidente, com jogos que frequentemente terminam em placares apertados. Nos últimos cinco confrontos pelo campeonato, houve duas vitórias do Palmeiras, uma do Corinthians e dois empates, mostrando como o resultado é difícil de prever.

Outro aspecto relevante é o desempenho dos técnicos. Abel Ferreira tem 18 clássicos contra o Corinthians, com sete vitórias, cinco empates e seis derrotas. Já Ramón Díaz, que assumiu o Timão em 2024, enfrentou o Palmeiras três vezes em 2025, com uma vitória e dois empates, mantendo-se invicto contra o rival. Esses números adicionam uma camada extra de expectativa, já que ambos os treinadores são conhecidos por suas estratégias ousadas em jogos decisivos.

• Curiosidades sobre o clássico:
• O maior placar da história do confronto foi 8 a 0 para o Palmeiras, em 1933.
• O Corinthians não vence o Palmeiras na Arena Barueri desde 2010.
• Weverton, goleiro do Palmeiras, tem o recorde de defesas em um clássico: 12, em 2021.
• O jogo com maior público foi em 1994, com 52 mil torcedores no Morumbi.

Expectativas da torcida e ambiente do jogo

A atmosfera em Barueri promete ser eletrizante. A torcida do Palmeiras, que esgotou os ingressos disponíveis para o setor alviverde, prepara mosaicos e cânticos para apoiar o time. O Corinthians, com uma cota menor de entradas, também terá sua fiel torcida presente, conhecida por transformar qualquer estádio em uma extensão da Neo Química Arena. A segurança foi reforçada, com policiamento ampliado para evitar conflitos, especialmente após os episódios de tensão na final do Paulista.

Os torcedores, nas redes sociais, já projetam o jogo como um divisor de águas. Do lado palmeirense, há confiança no elenco e na experiência de Abel Ferreira, mas também preocupação com a ausência de Veiga. Entre os corintianos, o otimismo vem do momento do time e da liderança de jogadores como Depay, que caiu nas graças da torcida. A rivalidade, que atravessa gerações, ganha mais um capítulo, e cada torcedor espera que seu time saia com a vitória para ostentar a supremacia até o próximo encontro.

A mudança para Barueri, embora prática, trouxe críticas de parte da torcida alviverde, que prefere o Allianz Parque. Ainda assim, o Palmeiras tem bom retrospecto no estádio, com 15 vitórias em 22 jogos desde 2010. O Corinthians, por outro lado, venceu apenas três vezes no mesmo período, o que dá ao Verdão uma ligeira vantagem estatística. No entanto, em clássicos, números muitas vezes ficam em segundo plano, e a paixão dita o ritmo do jogo.

Jogadores em destaque no clássico

Alguns nomes são cotados para brilhar no sábado. Pelo Palmeiras, Gustavo Gómez é a referência defensiva, com sua liderança e precisão nos desarmes. Felipe Anderson, assumindo a criação, terá a chance de mostrar por que é uma das contratações mais celebradas do ano. Estêvão, com sua ousadia, pode ser o diferencial em um jogo truncado. No Corinthians, Memphis Depay, autor de gols decisivos no Paulista, é a grande esperança ofensiva, ao lado de Yuri Alberto, que vive boa fase. Hugo Souza, no gol, também pode ser protagonista, como foi na final estadual.

A juventude de Estêvão contrasta com a experiência de Depay, criando um duelo interessante de gerações. Enquanto o palmeirense aposta na velocidade e no drible, o corintiano usa o posicionamento e a finalização para desequilibrar. No meio, a batalha entre Richard Ríos e José Martínez será outro ponto alto, com os dois volantes buscando impor ritmo e neutralizar o adversário. Esses confrontos individuais podem definir o rumo do clássico, especialmente em momentos de pressão.

O jogo também marca a possível estreia de Paulinho pelo Palmeiras, um reforço aguardado desde o início do ano. Sua entrada, mesmo que no segundo tempo, pode mudar a dinâmica ofensiva, trazendo mais presença na área. Do lado corintiano, André Carrillo, com sua versatilidade, é uma arma que Díaz pode usar para surpreender, seja na armação ou nas laterais. A qualidade técnica de ambos os elencos garante um espetáculo à altura da rivalidade.

Importância do resultado na tabela

Com apenas duas rodadas disputadas, o Brasileirão ainda está em fase de definição, mas uma vitória no clássico pode impulsionar o vencedor na tabela. O Palmeiras, com quatro pontos, está no grupo dos líderes, enquanto o Corinthians, com seis, busca se consolidar na ponta. Um triunfo fora de casa seria um feito para o Timão, enquanto o Verdão quer usar o mando para somar três pontos e encostar nos primeiros colocados.

Os números mostram a importância de começar bem. Nos últimos cinco anos, o campeão brasileiro teve, em média, 5,2 pontos nas três primeiras rodadas. Palmeiras e Corinthians sabem que tropeços agora podem custar caro, especialmente em um campeonato tão equilibrado. Além disso, o clássico serve como vitrine para os jogadores, que buscam espaço em suas equipes e até na seleção brasileira, com Tite de olho em nomes como Estêvão e Depay.

O duelo também terá transmissão ao vivo pela Globo, Record e CazéTV, ampliando o alcance para milhões de torcedores. A expectativa é que a audiência supere os 6 milhões de espectadores, como ocorreu na final do Paulista, reforçando a força do clássico no cenário nacional. A Arena Barueri, mesmo longe do Allianz, será o palco de mais um capítulo dessa rivalidade centenária, que nunca deixa de surpreender.