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18 Apr 2025, Fri

Golpe da taxa de R$ 69,99 mira saque do Fundo PIS/Pasep com R$ 2,8 mil disponíveis

Saque Pis-Pasep


Milhões de trabalhadores brasileiros que atuaram formalmente entre 1971 e 1988 têm direito a resgatar valores do antigo Fundo PIS/Pasep, com um saldo médio estimado em R$ 2,8 mil por pessoa. A liberação desses recursos, no entanto, tem sido alvo de golpistas que tentam enganar cidadãos com a falsa promessa de facilitar o saque mediante o pagamento de uma taxa de R$ 69,99. A prática fraudulenta já vitimou diversos trabalhadores, que, ao tentarem acessar o dinheiro, acabaram fornecendo dados pessoais e financeiros a criminosos. A situação exige atenção redobrada, especialmente porque o processo de solicitação do saque é gratuito e deve ser realizado exclusivamente por canais oficiais.

O Fundo PIS/Pasep foi criado para complementar a renda de trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos durante o período mencionado. Extinto em 2020, seus recursos foram transferidos para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas muitos brasileiros ainda não resgataram suas cotas. A falta de informação sobre o direito ao saque e a complexidade do processo em anos anteriores contribuíram para que cerca de R$ 26 bilhões permanecessem esquecidos, aguardando resgate por mais de 10 milhões de pessoas.

A nova plataforma Repis Cidadão, lançada pelo Ministério da Fazenda, simplificou o acesso a esses valores, permitindo consultas e solicitações de saque de forma digital. Apesar disso, criminosos têm se aproveitado da popularidade do programa para aplicar golpes, enviando mensagens, e-mails e criando sites falsos que imitam portais oficiais. O alerta é claro: nenhum pagamento é necessário para liberar os valores, e qualquer cobrança deve ser vista com desconfiança.

O que é o Fundo PIS/Pasep e quem tem direito

Funcionando entre 1971 e 1988, o Fundo PIS/Pasep foi desenhado para acumular contribuições feitas por empregadores em nome de seus funcionários, sejam da iniciativa privada (PIS) ou do setor público (Pasep). Diferentemente do abono salarial pago anualmente, esse fundo destinava-se a formar uma poupança individual, com saques permitidos em situações específicas, como aposentadoria, casamento ou doença grave. Após a extinção do fundo, os saldos remanescentes passaram a ser geridos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil, até serem incorporados ao FGTS.

Trabalhadores que tiveram vínculo formal no período citado podem consultar se possuem valores a receber. A estimativa é que mais de 10,5 milhões de pessoas ainda não tenham resgatado suas cotas, com valores que variam conforme o tempo de trabalho e o salário recebido na época. Para herdeiros, o acesso também é garantido, desde que apresentados documentos que comprovem a relação com o titular falecido, como certidão de óbito e declaração de dependentes.

saque do pis pasep fgts caixa
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O processo de saque ganhou agilidade com a criação do Repis Cidadão, que unifica informações e orienta os beneficiários sobre os passos necessários. A plataforma exige login com conta Gov.br nos níveis prata ou ouro, garantindo segurança e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados. Além disso, o aplicativo FGTS continua sendo uma alternativa prática para verificar saldos e solicitar resgates.

  • Quem pode sacar: Trabalhadores com carteira assinada ou servidores públicos entre 1971 e 1988.
  • Valores disponíveis: Média de R$ 2,8 mil por pessoa, corrigidos pela inflação.
  • Prazo para resgate: Até setembro de 2028, sob risco de incorporação ao Tesouro Nacional.
  • Canais oficiais: Site Repis Cidadão e aplicativo FGTS, sem custos.

Como funciona o golpe da taxa de R$ 69,99

Golpistas têm explorado o interesse pelo saque do PIS/Pasep com estratégias cada vez mais sofisticadas. Mensagens enviadas por WhatsApp, e-mails ou SMS prometem agilizar o recebimento dos valores mediante o pagamento de uma suposta taxa de R$ 69,99, muitas vezes chamada de “indenização governamental” ou “liberação de saldo”. Essas comunicações frequentemente direcionam as vítimas a sites falsos, que imitam a aparência de portais oficiais, como o Gov.br, para roubar dados pessoais e bancários.

Ao acessar essas páginas fraudulentas, o usuário é induzido a informar CPF, nome completo, dados da conta bancária e até senhas. Em alguns casos, os criminosos solicitam o pagamento via Pix, alegando que a transação é necessária para concluir o processo. Após o pagamento, a vítima não recebe o valor prometido e ainda corre o risco de ter suas informações usadas em outras fraudes, como abertura de contas falsas ou empréstimos indevidos.

A tática dos golpistas explora a ansiedade de trabalhadores que aguardam o saque e a falta de familiaridade com os canais oficiais. Muitos brasileiros, especialmente idosos, acabam confiando nessas mensagens por desconhecerem os procedimentos corretos. A recomendação é ignorar qualquer solicitação de pagamento e verificar informações apenas em fontes confiáveis.

Passos para consultar e sacar com segurança

A consulta ao saldo do PIS/Pasep é simples e não exige intermediários. O primeiro passo é acessar o site oficial do Repis Cidadão ou o aplicativo FGTS. No site, o usuário deve fazer login com sua conta Gov.br, informando CPF e senha. Após a autenticação, o sistema exibe se há valores disponíveis e orienta sobre o processo de solicitação. No aplicativo FGTS, a opção “Ressarcimento PIS/Pasep” permite verificar o extrato e protocolar o pedido diretamente.

Para quem prefere atendimento presencial, agências da Caixa Econômica Federal oferecem suporte, mas é necessário apresentar documento de identificação com foto. Herdeiros devem incluir certidão de óbito e documentos que comprovem o direito ao saque, como certidão PIS/Pasep/FGTS emitida pela Previdência Social ou autorização judicial. O pagamento é feito exclusivamente por crédito em conta bancária, seja em conta existente na Caixa ou em poupança social digital aberta automaticamente.

O calendário de pagamentos segue a data de solicitação. Pedidos registrados até 28 de fevereiro de 2025, por exemplo, foram pagos em 28 de março. Quem protocolar até 31 de março receberá em 25 de abril, enquanto solicitações até 30 de abril terão depósito em 26 de maio. A agilidade no pedido garante o recebimento antecipado, mas não há necessidade de pressa que comprometa a segurança.

Por que o fundo ainda tem bilhões esquecidos

Apesar das campanhas de divulgação, muitos trabalhadores desconhecem o direito ao saque do PIS/Pasep. Durante os anos de funcionamento do fundo, os depósitos eram feitos automaticamente pelos empregadores, mas os saques dependiam de condições específicas. Com o passar das décadas, parte dos beneficiários mudou de endereço, perdeu documentos ou simplesmente não foi informada sobre os valores acumulados.

A transferência dos recursos para o FGTS em 2020 e, posteriormente, para o Tesouro Nacional em 2023, dificultou ainda mais o acesso. Antes da criação do Repis Cidadão, o processo exigia consultas presenciais ou navegação em sistemas pouco intuitivos, o que desanimava muitos interessados. A nova plataforma resolveu parte dessas barreiras, mas a desconfiança em relação a fraudes e a complexidade para herdeiros ainda limitam a adesão.

Estima-se que cerca de 25 mil pedidos tenham sido registrados desde setembro de 2023, um número pequeno frente aos 10,5 milhões de elegíveis. Caso os valores não sejam resgatados até setembro de 2028, serão incorporados definitivamente ao Tesouro Nacional, sem possibilidade de recuperação. A situação reforça a importância de consultar o saldo o quanto antes.

  • Motivos do esquecimento: Falta de informação, mudança de endereço e condições restritivas de saque.
  • Impacto para herdeiros: Documentação complexa desestimula pedidos.
  • Solução digital: Repis Cidadão facilita consulta e reduz burocracia.
  • Risco de perda: Valores não sacados até 2028 vão para o Tesouro.

Dicas para evitar cair em golpes

Proteger-se contra fraudes exige atenção a detalhes que podem passar despercebidos. Criminosos frequentemente usam linguagem persuasiva, como promessas de saque imediato ou alertas sobre prazos fictícios, para pressionar as vítimas. Sites falsos podem ter URLs semelhantes aos oficiais, mas com erros sutis, como letras trocadas ou domínios diferentes de “.gov.br”. Verificar a autenticidade do canal é o primeiro passo para garantir a segurança.

Mensagens recebidas por WhatsApp ou e-mail devem ser ignoradas, especialmente se contiverem links ou solicitarem dados pessoais. O uso de antivírus atualizado também ajuda a proteger dispositivos contra malwares que podem roubar informações. Em caso de dúvida, o contato direto com a Caixa Econômica Federal, por meio de canais oficiais, é a melhor opção para esclarecimentos.

  • Desconfie de taxas: Nenhum saque do PIS/Pasep exige pagamento.
  • Verifique URLs: Apenas acesse sites com domínio “.gov.br”.
  • Ignore mensagens: Não clique em links recebidos por WhatsApp ou e-mail.
  • Use antivírus: Mantenha o software atualizado para proteção extra.
  • Consulte a Caixa: Ligue para 4004-0104 (capitais) ou 0800-104-0104 (outras regiões).

Calendário de pagamentos do PIS/Pasep

A liberação dos valores segue um cronograma definido pela Caixa Econômica Federal, com base na data de solicitação do saque. O sistema foi organizado para atender milhões de pedidos de forma escalonada, evitando sobrecarga nos canais digitais e presenciais. Trabalhadores que agirem rapidamente podem receber o depósito em poucos meses, enquanto quem deixar para depois enfrentará prazos mais longos.

  • Até 28 de fevereiro: Pagamento em 28 de março de 2025.
  • Até 31 de março: Pagamento em 25 de abril de 2025.
  • Até 30 de abril: Pagamento em 26 de maio de 2025.
  • Após 30 de abril: Novas datas serão divulgadas pela Caixa.

Impacto econômico dos saques

A liberação de R$ 26 bilhões do PIS/Pasep tem potencial para movimentar a economia, especialmente em um momento de recuperação pós-crise. Para trabalhadores e herdeiros, o valor médio de R$ 2,8 mil pode representar um alívio financeiro, usado para quitar dívidas, investir em educação ou consumir bens e serviços. Pequenos negócios, como comércio e prestadores de serviços, tendem a se beneficiar do aumento na circulação de dinheiro.

No entanto, o impacto macroeconômico depende de quantos beneficiários efetivamente resgatarem os valores. Até o momento, a adesão tem sido tímida, com apenas uma fração dos 10,5 milhões de elegíveis protocolando pedidos. O governo mantém esforços para ampliar a divulgação, mas a desconfiança gerada por golpes e a falta de acesso à internet em algumas regiões ainda são desafios.

A longo prazo, os recursos não sacados até 2028 serão revertidos para o Tesouro Nacional, podendo ser usados em políticas públicas ou para equilibrar as contas do governo. A decisão de resgatar ou não cabe aos trabalhadores, mas o prazo final se aproxima, reforçando a urgência de agir com segurança.

Documentação necessária para herdeiros

Quando o titular do fundo falece, os herdeiros têm direito ao saque, mas o processo exige cuidados adicionais. A apresentação de documentos corretos é essencial para evitar atrasos ou indeferimentos. A Previdência Social desempenha um papel importante ao emitir certidões que confirmam a relação de dependência, mas outras alternativas, como autorizações judiciais, também são aceitas.

A lista de documentos varia conforme o caso, mas a certidão de óbito é obrigatória em todos os cenários. Herdeiros que não possuem relação formal de dependência, como sucessores legais, precisam de escritura pública assinada por todos os envolvidos. A organização prévia da documentação agiliza o pedido e garante que o valor chegue às mãos certas.

  • Certidão de óbito: Comprova o falecimento do titular.
  • Certidão PIS/Pasep/FGTS: Emitida pela Previdência Social, lista dependentes.
  • Autorização judicial: Necessária em casos de disputa ou ausência de certidão.
  • Escritura pública: Assinada por todos os herdeiros, se aplicável.

O papel da tecnologia na liberação dos valores

A criação do Repis Cidadão marcou um avanço significativo na modernização do acesso aos recursos do PIS/Pasep. Antes da plataforma, os trabalhadores enfrentavam longas filas em agências e sistemas digitais pouco integrados. A unificação das informações em um único portal, com interface amigável, reduziu a burocracia e trouxe mais transparência ao processo.

O uso da conta Gov.br como porta de entrada garante que apenas pessoas autorizadas acessem os dados, protegendo contra fraudes. A integração com o aplicativo FGTS também ampliou o alcance, permitindo que brasileiros em áreas remotas consultem seus saldos sem depender de atendimento presencial. Apesar dos avanços, a exclusão digital ainda é um obstáculo para parte da população.

Investimentos em tecnologia continuarão sendo cruciais para alcançar os 10,5 milhões de beneficiários. Campanhas educativas, aliadas a parcerias com governos locais, podem ajudar a levar informação a quem mais precisa, garantindo que o dinheiro chegue aos donos de direito.

Milhões de trabalhadores brasileiros que atuaram formalmente entre 1971 e 1988 têm direito a resgatar valores do antigo Fundo PIS/Pasep, com um saldo médio estimado em R$ 2,8 mil por pessoa. A liberação desses recursos, no entanto, tem sido alvo de golpistas que tentam enganar cidadãos com a falsa promessa de facilitar o saque mediante o pagamento de uma taxa de R$ 69,99. A prática fraudulenta já vitimou diversos trabalhadores, que, ao tentarem acessar o dinheiro, acabaram fornecendo dados pessoais e financeiros a criminosos. A situação exige atenção redobrada, especialmente porque o processo de solicitação do saque é gratuito e deve ser realizado exclusivamente por canais oficiais.

O Fundo PIS/Pasep foi criado para complementar a renda de trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos durante o período mencionado. Extinto em 2020, seus recursos foram transferidos para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas muitos brasileiros ainda não resgataram suas cotas. A falta de informação sobre o direito ao saque e a complexidade do processo em anos anteriores contribuíram para que cerca de R$ 26 bilhões permanecessem esquecidos, aguardando resgate por mais de 10 milhões de pessoas.

A nova plataforma Repis Cidadão, lançada pelo Ministério da Fazenda, simplificou o acesso a esses valores, permitindo consultas e solicitações de saque de forma digital. Apesar disso, criminosos têm se aproveitado da popularidade do programa para aplicar golpes, enviando mensagens, e-mails e criando sites falsos que imitam portais oficiais. O alerta é claro: nenhum pagamento é necessário para liberar os valores, e qualquer cobrança deve ser vista com desconfiança.

O que é o Fundo PIS/Pasep e quem tem direito

Funcionando entre 1971 e 1988, o Fundo PIS/Pasep foi desenhado para acumular contribuições feitas por empregadores em nome de seus funcionários, sejam da iniciativa privada (PIS) ou do setor público (Pasep). Diferentemente do abono salarial pago anualmente, esse fundo destinava-se a formar uma poupança individual, com saques permitidos em situações específicas, como aposentadoria, casamento ou doença grave. Após a extinção do fundo, os saldos remanescentes passaram a ser geridos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil, até serem incorporados ao FGTS.

Trabalhadores que tiveram vínculo formal no período citado podem consultar se possuem valores a receber. A estimativa é que mais de 10,5 milhões de pessoas ainda não tenham resgatado suas cotas, com valores que variam conforme o tempo de trabalho e o salário recebido na época. Para herdeiros, o acesso também é garantido, desde que apresentados documentos que comprovem a relação com o titular falecido, como certidão de óbito e declaração de dependentes.

saque do pis pasep fgts caixa
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O processo de saque ganhou agilidade com a criação do Repis Cidadão, que unifica informações e orienta os beneficiários sobre os passos necessários. A plataforma exige login com conta Gov.br nos níveis prata ou ouro, garantindo segurança e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados. Além disso, o aplicativo FGTS continua sendo uma alternativa prática para verificar saldos e solicitar resgates.

  • Quem pode sacar: Trabalhadores com carteira assinada ou servidores públicos entre 1971 e 1988.
  • Valores disponíveis: Média de R$ 2,8 mil por pessoa, corrigidos pela inflação.
  • Prazo para resgate: Até setembro de 2028, sob risco de incorporação ao Tesouro Nacional.
  • Canais oficiais: Site Repis Cidadão e aplicativo FGTS, sem custos.

Como funciona o golpe da taxa de R$ 69,99

Golpistas têm explorado o interesse pelo saque do PIS/Pasep com estratégias cada vez mais sofisticadas. Mensagens enviadas por WhatsApp, e-mails ou SMS prometem agilizar o recebimento dos valores mediante o pagamento de uma suposta taxa de R$ 69,99, muitas vezes chamada de “indenização governamental” ou “liberação de saldo”. Essas comunicações frequentemente direcionam as vítimas a sites falsos, que imitam a aparência de portais oficiais, como o Gov.br, para roubar dados pessoais e bancários.

Ao acessar essas páginas fraudulentas, o usuário é induzido a informar CPF, nome completo, dados da conta bancária e até senhas. Em alguns casos, os criminosos solicitam o pagamento via Pix, alegando que a transação é necessária para concluir o processo. Após o pagamento, a vítima não recebe o valor prometido e ainda corre o risco de ter suas informações usadas em outras fraudes, como abertura de contas falsas ou empréstimos indevidos.

A tática dos golpistas explora a ansiedade de trabalhadores que aguardam o saque e a falta de familiaridade com os canais oficiais. Muitos brasileiros, especialmente idosos, acabam confiando nessas mensagens por desconhecerem os procedimentos corretos. A recomendação é ignorar qualquer solicitação de pagamento e verificar informações apenas em fontes confiáveis.

Passos para consultar e sacar com segurança

A consulta ao saldo do PIS/Pasep é simples e não exige intermediários. O primeiro passo é acessar o site oficial do Repis Cidadão ou o aplicativo FGTS. No site, o usuário deve fazer login com sua conta Gov.br, informando CPF e senha. Após a autenticação, o sistema exibe se há valores disponíveis e orienta sobre o processo de solicitação. No aplicativo FGTS, a opção “Ressarcimento PIS/Pasep” permite verificar o extrato e protocolar o pedido diretamente.

Para quem prefere atendimento presencial, agências da Caixa Econômica Federal oferecem suporte, mas é necessário apresentar documento de identificação com foto. Herdeiros devem incluir certidão de óbito e documentos que comprovem o direito ao saque, como certidão PIS/Pasep/FGTS emitida pela Previdência Social ou autorização judicial. O pagamento é feito exclusivamente por crédito em conta bancária, seja em conta existente na Caixa ou em poupança social digital aberta automaticamente.

O calendário de pagamentos segue a data de solicitação. Pedidos registrados até 28 de fevereiro de 2025, por exemplo, foram pagos em 28 de março. Quem protocolar até 31 de março receberá em 25 de abril, enquanto solicitações até 30 de abril terão depósito em 26 de maio. A agilidade no pedido garante o recebimento antecipado, mas não há necessidade de pressa que comprometa a segurança.

Por que o fundo ainda tem bilhões esquecidos

Apesar das campanhas de divulgação, muitos trabalhadores desconhecem o direito ao saque do PIS/Pasep. Durante os anos de funcionamento do fundo, os depósitos eram feitos automaticamente pelos empregadores, mas os saques dependiam de condições específicas. Com o passar das décadas, parte dos beneficiários mudou de endereço, perdeu documentos ou simplesmente não foi informada sobre os valores acumulados.

A transferência dos recursos para o FGTS em 2020 e, posteriormente, para o Tesouro Nacional em 2023, dificultou ainda mais o acesso. Antes da criação do Repis Cidadão, o processo exigia consultas presenciais ou navegação em sistemas pouco intuitivos, o que desanimava muitos interessados. A nova plataforma resolveu parte dessas barreiras, mas a desconfiança em relação a fraudes e a complexidade para herdeiros ainda limitam a adesão.

Estima-se que cerca de 25 mil pedidos tenham sido registrados desde setembro de 2023, um número pequeno frente aos 10,5 milhões de elegíveis. Caso os valores não sejam resgatados até setembro de 2028, serão incorporados definitivamente ao Tesouro Nacional, sem possibilidade de recuperação. A situação reforça a importância de consultar o saldo o quanto antes.

  • Motivos do esquecimento: Falta de informação, mudança de endereço e condições restritivas de saque.
  • Impacto para herdeiros: Documentação complexa desestimula pedidos.
  • Solução digital: Repis Cidadão facilita consulta e reduz burocracia.
  • Risco de perda: Valores não sacados até 2028 vão para o Tesouro.

Dicas para evitar cair em golpes

Proteger-se contra fraudes exige atenção a detalhes que podem passar despercebidos. Criminosos frequentemente usam linguagem persuasiva, como promessas de saque imediato ou alertas sobre prazos fictícios, para pressionar as vítimas. Sites falsos podem ter URLs semelhantes aos oficiais, mas com erros sutis, como letras trocadas ou domínios diferentes de “.gov.br”. Verificar a autenticidade do canal é o primeiro passo para garantir a segurança.

Mensagens recebidas por WhatsApp ou e-mail devem ser ignoradas, especialmente se contiverem links ou solicitarem dados pessoais. O uso de antivírus atualizado também ajuda a proteger dispositivos contra malwares que podem roubar informações. Em caso de dúvida, o contato direto com a Caixa Econômica Federal, por meio de canais oficiais, é a melhor opção para esclarecimentos.

  • Desconfie de taxas: Nenhum saque do PIS/Pasep exige pagamento.
  • Verifique URLs: Apenas acesse sites com domínio “.gov.br”.
  • Ignore mensagens: Não clique em links recebidos por WhatsApp ou e-mail.
  • Use antivírus: Mantenha o software atualizado para proteção extra.
  • Consulte a Caixa: Ligue para 4004-0104 (capitais) ou 0800-104-0104 (outras regiões).

Calendário de pagamentos do PIS/Pasep

A liberação dos valores segue um cronograma definido pela Caixa Econômica Federal, com base na data de solicitação do saque. O sistema foi organizado para atender milhões de pedidos de forma escalonada, evitando sobrecarga nos canais digitais e presenciais. Trabalhadores que agirem rapidamente podem receber o depósito em poucos meses, enquanto quem deixar para depois enfrentará prazos mais longos.

  • Até 28 de fevereiro: Pagamento em 28 de março de 2025.
  • Até 31 de março: Pagamento em 25 de abril de 2025.
  • Até 30 de abril: Pagamento em 26 de maio de 2025.
  • Após 30 de abril: Novas datas serão divulgadas pela Caixa.

Impacto econômico dos saques

A liberação de R$ 26 bilhões do PIS/Pasep tem potencial para movimentar a economia, especialmente em um momento de recuperação pós-crise. Para trabalhadores e herdeiros, o valor médio de R$ 2,8 mil pode representar um alívio financeiro, usado para quitar dívidas, investir em educação ou consumir bens e serviços. Pequenos negócios, como comércio e prestadores de serviços, tendem a se beneficiar do aumento na circulação de dinheiro.

No entanto, o impacto macroeconômico depende de quantos beneficiários efetivamente resgatarem os valores. Até o momento, a adesão tem sido tímida, com apenas uma fração dos 10,5 milhões de elegíveis protocolando pedidos. O governo mantém esforços para ampliar a divulgação, mas a desconfiança gerada por golpes e a falta de acesso à internet em algumas regiões ainda são desafios.

A longo prazo, os recursos não sacados até 2028 serão revertidos para o Tesouro Nacional, podendo ser usados em políticas públicas ou para equilibrar as contas do governo. A decisão de resgatar ou não cabe aos trabalhadores, mas o prazo final se aproxima, reforçando a urgência de agir com segurança.

Documentação necessária para herdeiros

Quando o titular do fundo falece, os herdeiros têm direito ao saque, mas o processo exige cuidados adicionais. A apresentação de documentos corretos é essencial para evitar atrasos ou indeferimentos. A Previdência Social desempenha um papel importante ao emitir certidões que confirmam a relação de dependência, mas outras alternativas, como autorizações judiciais, também são aceitas.

A lista de documentos varia conforme o caso, mas a certidão de óbito é obrigatória em todos os cenários. Herdeiros que não possuem relação formal de dependência, como sucessores legais, precisam de escritura pública assinada por todos os envolvidos. A organização prévia da documentação agiliza o pedido e garante que o valor chegue às mãos certas.

  • Certidão de óbito: Comprova o falecimento do titular.
  • Certidão PIS/Pasep/FGTS: Emitida pela Previdência Social, lista dependentes.
  • Autorização judicial: Necessária em casos de disputa ou ausência de certidão.
  • Escritura pública: Assinada por todos os herdeiros, se aplicável.

O papel da tecnologia na liberação dos valores

A criação do Repis Cidadão marcou um avanço significativo na modernização do acesso aos recursos do PIS/Pasep. Antes da plataforma, os trabalhadores enfrentavam longas filas em agências e sistemas digitais pouco integrados. A unificação das informações em um único portal, com interface amigável, reduziu a burocracia e trouxe mais transparência ao processo.

O uso da conta Gov.br como porta de entrada garante que apenas pessoas autorizadas acessem os dados, protegendo contra fraudes. A integração com o aplicativo FGTS também ampliou o alcance, permitindo que brasileiros em áreas remotas consultem seus saldos sem depender de atendimento presencial. Apesar dos avanços, a exclusão digital ainda é um obstáculo para parte da população.

Investimentos em tecnologia continuarão sendo cruciais para alcançar os 10,5 milhões de beneficiários. Campanhas educativas, aliadas a parcerias com governos locais, podem ajudar a levar informação a quem mais precisa, garantindo que o dinheiro chegue aos donos de direito.

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