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18 Apr 2025, Fri

Jorge Jesus negocia futuro com Seleção Brasileira enquanto comanda Al-Hilal na Champions Asiática

Jorge Jesus


A busca por um novo técnico para a Seleção Brasileira ganhou destaque após a saída de Dorival Júnior, e Jorge Jesus, atual comandante do Al-Hilal, aparece como principal candidato. O português, conhecido por sua passagem vitoriosa pelo Flamengo, enfrenta um momento decisivo tanto em sua carreira quanto no clube saudita. Com contrato até junho de 2025, ele precisa equilibrar as ambições do Al-Hilal, que disputa a Champions League Asiática e o Campeonato Saudita, com as especulações sobre seu futuro. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem pressa para definir o substituto, visando os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, mas o treinador mantém cautela em suas declarações. Após o empate por 1 a 1 contra o Al-Ettifaq, ele afirmou que só comenta fatos concretos, evitando alimentar rumores.

O interesse da CBF em Jorge Jesus não é novidade. Desde sua saída do Flamengo, em 2020, o técnico é constantemente associado ao comando da Seleção Brasileira. Sua experiência internacional, com passagens por clubes como Benfica, Sporting e Fenerbahçe, além do sucesso no futebol brasileiro, o coloca como um nome de peso. No Al-Hilal, ele conquistou a Saudi Pro League na temporada passada e alcançou marcas impressionantes, como 34 vitórias consecutivas em jogos oficiais. Apesar disso, a temporada atual apresenta desafios, com a equipe na vice-liderança do campeonato nacional, sete pontos atrás do Al-Ittihad, e sob pressão para avançar na competição continental.

A situação contratual de Jorge Jesus com o Al-Hilal também pesa nas negociações. O clube saudita, que investiu pesado em contratações como Neymar, Renan Lodi e Malcom, espera que o treinador lidere o projeto até o fim, incluindo a participação no Mundial de Clubes, previsto para junho de 2025. A competição, que contará com gigantes como Real Madrid e Juventus, é um dos maiores objetivos da temporada para o Al-Hilal. Enquanto isso, a Seleção Brasileira tem compromissos marcados para o início de junho, contra Equador e Paraguai, o que exige uma definição rápida por parte da CBF.

  • Principais desafios de Jorge Jesus no Al-Hilal:
  • Manter o foco na Champions League Asiática, com jogo decisivo contra o Gwangju no dia 25 de abril.
  • Reduzir a diferença de pontos no Campeonato Saudita, onde o Al-Ittihad lidera com 64 pontos.
  • Lidar com a pressão interna no clube após eliminações precoces, como na Copa do Rei Saudita.
  • Gerenciar especulações sobre a Seleção Brasileira sem comprometer o desempenho da equipe.

Trajetória de Jorge Jesus no Al-Hilal

Jorge Jesus assumiu o Al-Hilal pela segunda vez em julho de 2023, após uma passagem pelo Fenerbahçe. Desde então, consolidou um estilo de jogo ofensivo e disciplinado, que rendeu resultados expressivos. Na temporada 2023/2024, a equipe dominou o Campeonato Saudita, terminando invicta em várias rodadas e conquistando o título com antecedência. O treinador também liderou o time a uma campanha histórica na Champions League Asiática, alcançando as semifinais e quebrando recordes de invencibilidade. Sua capacidade de extrair o melhor de jogadores como Malcom, que marcou o gol no empate contra o Al-Ettifaq, e Mitrovic, artilheiro da equipe, é um dos pilares de seu sucesso.

No entanto, a temporada atual trouxe obstáculos inesperados. A eliminação nas quartas de final da Copa do Rei Saudita para o Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo, aumentou a pressão sobre o treinador. O clássico contra o Al-Nassr, disputado no início de abril, terminou em derrota por 3 a 1, com dois gols do astro português, o que complicou ainda mais a perseguição ao líder Al-Ittihad. Apesar disso, o Al-Hilal segue como um dos favoritos na competição continental, onde enfrenta o Gwangju, da Coreia do Sul, em busca de uma vaga nas semifinais. O desempenho nesses jogos pode definir não apenas o futuro do clube, mas também as decisões de Jorge Jesus em relação à Seleção Brasileira.

A relação com os jogadores brasileiros do elenco, como Renan Lodi e Malcom, tem sido um ponto forte do trabalho de Jorge Jesus. A dupla, que se destacou no empate contra o Al-Ettifaq, demonstra a influência do treinador na adaptação de atletas estrangeiros ao futebol saudita. Renan Lodi, ex-Athletico Paranaense, tem sido titular absoluto na lateral esquerda, enquanto Malcom, formado no Corinthians, é peça-chave no ataque. Essa conexão com o futebol brasileiro reforça a preferência da CBF pelo português, que já demonstrou conhecer profundamente o estilo de jogo dos atletas do país.

Pressão no Campeonato Saudita

O Al-Hilal entrou na 27ª rodada do Campeonato Saudita com 57 pontos, cinco atrás do líder Al-Ittihad. A esperança de alcançar o bicampeonato nacional depende de uma combinação de vitórias e tropeços do adversário. O empate contra o Al-Ettifaq, embora tenha mostrado resiliência com o gol de Malcom, não foi o resultado esperado para encurtar a distância na tabela. Jorge Jesus, em sua coletiva pós-jogo, destacou a importância de manter a concentração, mesmo com as especulações sobre seu futuro. A equipe agora se prepara para enfrentar o Al-Shabab, em um confronto que pode ser decisivo para suas ambições no torneio.

A campanha do Al-Hilal na temporada 2024/2025 reflete um equilíbrio entre momentos de brilhantismo e dificuldades pontuais. Com 18 vitórias, três empates e cinco derrotas em 26 rodadas, o time mantém uma defesa sólida, liderada por Kalidou Koulibaly, e um ataque eficiente, com Aleksandar Mitrovic marcando regularmente. No entanto, a distância para o líder e a pressão por resultados imediatos têm gerado críticas internas. A diretoria do clube, que investiu milhões em reforços, espera que Jorge Jesus recupere o desempenho avassalador da temporada anterior, quando o time terminou com 96 pontos e apenas uma derrota.

A rivalidade com o Al-Nassr, intensificada pela presença de Cristiano Ronaldo, adiciona ainda mais peso aos jogos do Al-Hilal. O clássico de abril foi um exemplo da dificuldade enfrentada pela equipe, que não conseguiu conter o ímpeto do adversário. Ronaldo, com 931 gols na carreira, segue como uma ameaça constante, e o confronto direto mostrou o quanto o Al-Hilal precisa ajustar sua estratégia para superar adversários de alto nível. Essa experiência pode ser valiosa para Jorge Jesus, caso ele assuma a Seleção Brasileira, onde enfrentará desafios semelhantes contra seleções como Argentina e Uruguai.

  • Números do Al-Hilal na temporada 2024/2025:
  • 57 pontos em 27 rodadas no Campeonato Saudita.
  • 18 vitórias, três empates e cinco derrotas.
  • 52 gols marcados e 24 sofridos na liga nacional.
  • Quartas de final da Champions League Asiática contra o Gwangju.

Interesse da Seleção Brasileira

A demissão de Dorival Júnior, após a goleada por 4 a 1 sofrida contra a Argentina nas Eliminatórias, abriu espaço para uma reformulação na Seleção Brasileira. A CBF, liderada por Ednaldo Rodrigues, busca um treinador com experiência e carisma para conduzir o time à Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. Jorge Jesus, com seu histórico de títulos e conhecimento do futebol brasileiro, é visto como o nome ideal para assumir o cargo. A entidade já iniciou conversas com o estafe do treinador, mas esbarra na questão contratual com o Al-Hilal.

O calendário da Seleção Brasileira adiciona urgência à decisão. Os jogos contra Equador, no dia 5 de junho, e Paraguai, no dia 9, são cruciais para melhorar a posição do Brasil nas Eliminatórias, onde a equipe ocupa atualmente a quinta colocação. A convocação para essas partidas está marcada para 20 de maio, o que exige que o novo técnico esteja definido com antecedência. Jorge Jesus, ciente da importância desses compromissos, sinalizou que só tomará uma decisão após o término da Champions League Asiática, previsto para 3 de maio.

A passagem de Jorge Jesus pelo Flamengo, entre 2019 e 2020, é um dos principais argumentos a seu favor. No clube carioca, ele conquistou a Copa Libertadores, o Campeonato Brasileiro, a Recopa Sul-Americana, a Supercopa do Brasil e o Campeonato Carioca, com um aproveitamento de 75,4% em 57 jogos. A torcida brasileira, que guarda boas lembranças de seu trabalho, apoia amplamente sua possível chegada à Seleção. No entanto, a CBF também considera outros nomes, como Abel Ferreira, do Palmeiras, caso as negociações com o português não avancem.

Champions League Asiática em foco

O confronto contra o Gwangju, marcado para 25 de abril, é o próximo grande teste para o Al-Hilal na Champions League Asiática. A competição, que garante vaga no Mundial de Clubes, é uma prioridade para o clube saudita, que busca seu quinto título continental. Jorge Jesus, que já levou o Al-Hilal às semifinais na temporada passada, sabe que um bom desempenho pode fortalecer sua posição tanto no clube quanto nas negociações com a CBF. O jogo único, disputado em Riad, dá vantagem ao time da casa, que conta com o apoio maciço da torcida.

A campanha do Al-Hilal na Champions League Asiática tem sido marcada por atuações consistentes. Na fase de grupos, a equipe terminou invicta, com cinco vitórias e um empate, marcando 16 gols e sofrendo apenas três. Jogadores como Salem Al-Dawsari, capitão da seleção saudita, e Sergej Milinkovic-Savic, ex-Lazio, têm sido fundamentais no meio-campo, criando oportunidades para o ataque. A solidez defensiva, com Bono como goleiro titular, também é um diferencial, especialmente em jogos eliminatórios.

A possibilidade de enfrentar adversários como Al-Ahli, da Arábia Saudita, ou Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, nas fases seguintes, aumenta a complexidade do desafio. Jorge Jesus, que já venceu a Liga dos Campeões da UEFA com o Benfica, tem experiência em competições de alto nível e sabe da importância de manter o elenco focado. Uma eliminação precoce, no entanto, poderia acelerar sua saída do Al-Hilal, abrindo caminho para um acordo com a Seleção Brasileira antes do previsto.

Mundial de Clubes no horizonte

O Mundial de Clubes, que começa em 14 de junho, é um dos maiores atrativos para Jorge Jesus permanecer no Al-Hilal até o fim de seu contrato. A competição, reformulada pela FIFA, contará com 32 equipes, incluindo gigantes como Real Madrid, Juventus, Manchester City e Bayern de Munique. O Al-Hilal, classificado como campeão asiático, está no grupo C, ao lado de Juventus e Al-Ahly, do Egito. Um eventual confronto com o Real Madrid, atual campeão da UEFA Champions League, seria um marco na carreira do treinador.

A preparação para o Mundial exige um planejamento detalhado, e o Al-Hilal já começou a ajustar seu elenco para a competição. A contratação de jogadores como João Cancelo, emprestado pelo Manchester City, reforça a ambição do clube em fazer história. Jorge Jesus, que nunca disputou o Mundial de Clubes como técnico, vê a oportunidade como uma chance de consolidar seu legado no futebol asiático. No entanto, a proximidade com os jogos da Seleção Brasileira cria um dilema, já que a CBF não pretende esperar até julho para oficializar o novo treinador.

A torcida do Al-Hilal, uma das mais apaixonadas da Arábia Saudita, espera que Jorge Jesus lidere o time no Mundial, mas também reconhece seu desejo de treinar uma seleção de ponta. Em entrevistas recentes, o treinador destacou sua gratidão ao clube, mas não descartou novas oportunidades. A decisão, que deve ser tomada nas próximas semanas, terá impacto não apenas no Al-Hilal, mas também no futuro do futebol brasileiro.

  • Calendário do Al-Hilal até o Mundial de Clubes:
  • 25 de abril: Quartas de final da Champions League Asiática contra o Gwangju.
  • 3 de maio: Possível semifinal da Champions League Asiática.
  • 25 de maio: Última rodada do Campeonato Saudita.
  • 14 de junho: Início do Mundial de Clubes.

Negociações com a CBF

As conversas entre a CBF e o estafe de Jorge Jesus avançaram nos últimos dias, mas ainda não há um acordo formal. O presidente Ednaldo Rodrigues deixou claro que a prioridade é contratar um treinador antes da convocação de maio, para garantir uma transição tranquila. A multa rescisória de Jorge Jesus com o Al-Hilal, estimada em 18 milhões de reais a partir de maio, é um obstáculo, mas a CBF está disposta a negociar para viabilizar a contratação. O salário do treinador, que recebe cerca de 6 milhões de reais por mês na Arábia Saudita, também será um ponto central nas discussões.

A experiência de Jorge Jesus em competições internacionais é um diferencial na visão da CBF. Além dos títulos com o Flamengo, ele conquistou três Campeonatos Portugueses com o Benfica, uma Taça da Liga com o Sporting e a Saudi Pro League com o Al-Hilal. Sua capacidade de gerenciar elencos recheados de estrelas, como fez com Neymar e Mitrovic, é vista como essencial para liderar a Seleção Brasileira, que conta com nomes como Vinicius Jr., Rodrygo e Gabriel Jesus. A CBF também valoriza sua popularidade entre os torcedores, que enxergam nele um técnico capaz de resgatar o brilho da equipe.

A concorrência por Jorge Jesus não se limita à Seleção Brasileira. Clubes europeus, como o Porto, já demonstraram interesse no treinador para a próxima temporada. No entanto, o desejo de comandar uma seleção pela primeira vez na carreira pesa a favor do Brasil. Em entrevistas passadas, o português admitiu que treinar a Seleção Brasileira é uma ambição pessoal, o que aumenta as chances de um acerto. A decisão, no entanto, depende de um alinhamento entre as partes, especialmente em relação ao calendário de compromissos.

Impacto no futebol brasileiro

A possível chegada de Jorge Jesus à Seleção Brasileira seria um marco para o futebol nacional. Desde a conquista da Copa do Mundo de 2002, o Brasil busca um treinador capaz de unir talento individual e disciplina tática, algo que o português demonstrou em sua passagem pelo Flamengo. Sua filosofia de jogo, baseada na posse de bola e na pressão alta, poderia revitalizar a equipe, que sofreu com atuações irregulares nas últimas Eliminatórias. A goleada para a Argentina, em março, expôs fragilidades que a CBF espera corrigir com um novo comando.

O apoio da torcida brasileira a Jorge Jesus é evidente nas redes sociais, onde seu nome é frequentemente associado a momentos gloriosos do Flamengo. A conquista da Libertadores de 2019, com a virada histórica sobre o River Plate, permanece viva na memória dos fãs. Esse carisma, aliado à sua experiência, dá ao treinador uma vantagem em relação a outros candidatos, como Abel Ferreira e Fernando Diniz, que também já foram cogitados pela CBF. A escolha, no entanto, exige cuidado, já que a pressão por resultados será imediata.

A relação de Jorge Jesus com jogadores brasileiros, tanto no Flamengo quanto no Al-Hilal, é outro ponto a seu favor. Ele trabalhou com nomes como Gabriel Barbosa, Bruno Henrique e Everton Ribeiro, extraindo o melhor de cada um. No Al-Hilal, sua parceria com Malcom e Renan Lodi mostra que ele continua adaptado ao estilo dos atletas do país. Essa familiaridade pode facilitar a integração com o elenco da Seleção, que inclui jovens promissores e veteranos experientes.

Desafios futuros

Assumir a Seleção Brasileira em 2025 representaria o maior desafio da carreira de Jorge Jesus. A Copa do Mundo de 2026, com um formato ampliado de 48 equipes, será uma oportunidade única para o Brasil reconquistar o título que não vem desde 2002. A competição exigirá um planejamento detalhado, especialmente nas Eliminatórias, onde o Brasil enfrenta adversários tradicionais como Argentina, Uruguai e Colômbia. A capacidade de Jorge Jesus de lidar com a pressão e montar um time competitivo será testada desde o primeiro dia.

No Al-Hilal, o treinador ainda tem metas a cumprir. A Champions League Asiática é a chance de deixar um legado ainda maior no clube, que sonha com o título continental desde 2021. O confronto contra o Gwangju, embora favorável, exige atenção, já que o futebol sul-coreano tem se mostrado competitivo nos últimos anos. Uma vitória consolidaria a posição de Jorge Jesus como um dos maiores técnicos da história do Al-Hilal, mas também poderia marcar sua despedida do clube.

A torcida saudita, que lota o estádio King Fahd em todos os jogos, espera que Jorge Jesus permaneça até o Mundial de Clubes. A competição, que será disputada nos Estados Unidos, é vista como uma vitrine global para o futebol asiático. O Al-Hilal, com seu elenco estelar, tem condições de surpreender adversários europeus, mas precisa de um treinador focado para alcançar esse objetivo. A decisão de Jorge Jesus, portanto, terá consequências tanto para o clube quanto para a Seleção Brasileira.

Expectativas para junho

Os próximos meses serão decisivos para o futuro de Jorge Jesus. A CBF planeja anunciar o novo técnico antes do dia 20 de maio, quando será feita a convocação para os jogos de junho. A pressa da entidade reflete a importância de iniciar o trabalho com antecedência, especialmente em um ano sem competições oficiais como a Copa América. Os confrontos contra Equador e Paraguai, embora não sejam os mais difíceis das Eliminatórias, servirão como teste para o novo treinador, que precisará mostrar resultados imediatos.

No Al-Hilal, a reta final do Campeonato Saudita promete emoção. Com apenas sete rodadas restantes, o time precisa de uma sequência de vitórias para pressionar o Al-Ittihad. Jogos contra Al-Shabab, Al-Ahli e Al-Taawoun serão cruciais para manter viva a esperança do título. Jorge Jesus, que já venceu o torneio em 2024, sabe que um tropeço pode custar caro, tanto em termos de tabela quanto de confiança da diretoria.

A torcida brasileira, por sua vez, acompanha de perto cada notícia sobre o treinador. A possibilidade de ver Jorge Jesus no comando da Seleção reacende a esperança de dias melhores, após anos de frustrações em Copas do Mundo. O português, com sua mistura de rigor tático e paixão pelo jogo, tem o perfil para liderar essa mudança, mas o caminho até lá está cheio de obstáculos.



A busca por um novo técnico para a Seleção Brasileira ganhou destaque após a saída de Dorival Júnior, e Jorge Jesus, atual comandante do Al-Hilal, aparece como principal candidato. O português, conhecido por sua passagem vitoriosa pelo Flamengo, enfrenta um momento decisivo tanto em sua carreira quanto no clube saudita. Com contrato até junho de 2025, ele precisa equilibrar as ambições do Al-Hilal, que disputa a Champions League Asiática e o Campeonato Saudita, com as especulações sobre seu futuro. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem pressa para definir o substituto, visando os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, mas o treinador mantém cautela em suas declarações. Após o empate por 1 a 1 contra o Al-Ettifaq, ele afirmou que só comenta fatos concretos, evitando alimentar rumores.

O interesse da CBF em Jorge Jesus não é novidade. Desde sua saída do Flamengo, em 2020, o técnico é constantemente associado ao comando da Seleção Brasileira. Sua experiência internacional, com passagens por clubes como Benfica, Sporting e Fenerbahçe, além do sucesso no futebol brasileiro, o coloca como um nome de peso. No Al-Hilal, ele conquistou a Saudi Pro League na temporada passada e alcançou marcas impressionantes, como 34 vitórias consecutivas em jogos oficiais. Apesar disso, a temporada atual apresenta desafios, com a equipe na vice-liderança do campeonato nacional, sete pontos atrás do Al-Ittihad, e sob pressão para avançar na competição continental.

A situação contratual de Jorge Jesus com o Al-Hilal também pesa nas negociações. O clube saudita, que investiu pesado em contratações como Neymar, Renan Lodi e Malcom, espera que o treinador lidere o projeto até o fim, incluindo a participação no Mundial de Clubes, previsto para junho de 2025. A competição, que contará com gigantes como Real Madrid e Juventus, é um dos maiores objetivos da temporada para o Al-Hilal. Enquanto isso, a Seleção Brasileira tem compromissos marcados para o início de junho, contra Equador e Paraguai, o que exige uma definição rápida por parte da CBF.

  • Principais desafios de Jorge Jesus no Al-Hilal:
  • Manter o foco na Champions League Asiática, com jogo decisivo contra o Gwangju no dia 25 de abril.
  • Reduzir a diferença de pontos no Campeonato Saudita, onde o Al-Ittihad lidera com 64 pontos.
  • Lidar com a pressão interna no clube após eliminações precoces, como na Copa do Rei Saudita.
  • Gerenciar especulações sobre a Seleção Brasileira sem comprometer o desempenho da equipe.

Trajetória de Jorge Jesus no Al-Hilal

Jorge Jesus assumiu o Al-Hilal pela segunda vez em julho de 2023, após uma passagem pelo Fenerbahçe. Desde então, consolidou um estilo de jogo ofensivo e disciplinado, que rendeu resultados expressivos. Na temporada 2023/2024, a equipe dominou o Campeonato Saudita, terminando invicta em várias rodadas e conquistando o título com antecedência. O treinador também liderou o time a uma campanha histórica na Champions League Asiática, alcançando as semifinais e quebrando recordes de invencibilidade. Sua capacidade de extrair o melhor de jogadores como Malcom, que marcou o gol no empate contra o Al-Ettifaq, e Mitrovic, artilheiro da equipe, é um dos pilares de seu sucesso.

No entanto, a temporada atual trouxe obstáculos inesperados. A eliminação nas quartas de final da Copa do Rei Saudita para o Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo, aumentou a pressão sobre o treinador. O clássico contra o Al-Nassr, disputado no início de abril, terminou em derrota por 3 a 1, com dois gols do astro português, o que complicou ainda mais a perseguição ao líder Al-Ittihad. Apesar disso, o Al-Hilal segue como um dos favoritos na competição continental, onde enfrenta o Gwangju, da Coreia do Sul, em busca de uma vaga nas semifinais. O desempenho nesses jogos pode definir não apenas o futuro do clube, mas também as decisões de Jorge Jesus em relação à Seleção Brasileira.

A relação com os jogadores brasileiros do elenco, como Renan Lodi e Malcom, tem sido um ponto forte do trabalho de Jorge Jesus. A dupla, que se destacou no empate contra o Al-Ettifaq, demonstra a influência do treinador na adaptação de atletas estrangeiros ao futebol saudita. Renan Lodi, ex-Athletico Paranaense, tem sido titular absoluto na lateral esquerda, enquanto Malcom, formado no Corinthians, é peça-chave no ataque. Essa conexão com o futebol brasileiro reforça a preferência da CBF pelo português, que já demonstrou conhecer profundamente o estilo de jogo dos atletas do país.

Pressão no Campeonato Saudita

O Al-Hilal entrou na 27ª rodada do Campeonato Saudita com 57 pontos, cinco atrás do líder Al-Ittihad. A esperança de alcançar o bicampeonato nacional depende de uma combinação de vitórias e tropeços do adversário. O empate contra o Al-Ettifaq, embora tenha mostrado resiliência com o gol de Malcom, não foi o resultado esperado para encurtar a distância na tabela. Jorge Jesus, em sua coletiva pós-jogo, destacou a importância de manter a concentração, mesmo com as especulações sobre seu futuro. A equipe agora se prepara para enfrentar o Al-Shabab, em um confronto que pode ser decisivo para suas ambições no torneio.

A campanha do Al-Hilal na temporada 2024/2025 reflete um equilíbrio entre momentos de brilhantismo e dificuldades pontuais. Com 18 vitórias, três empates e cinco derrotas em 26 rodadas, o time mantém uma defesa sólida, liderada por Kalidou Koulibaly, e um ataque eficiente, com Aleksandar Mitrovic marcando regularmente. No entanto, a distância para o líder e a pressão por resultados imediatos têm gerado críticas internas. A diretoria do clube, que investiu milhões em reforços, espera que Jorge Jesus recupere o desempenho avassalador da temporada anterior, quando o time terminou com 96 pontos e apenas uma derrota.

A rivalidade com o Al-Nassr, intensificada pela presença de Cristiano Ronaldo, adiciona ainda mais peso aos jogos do Al-Hilal. O clássico de abril foi um exemplo da dificuldade enfrentada pela equipe, que não conseguiu conter o ímpeto do adversário. Ronaldo, com 931 gols na carreira, segue como uma ameaça constante, e o confronto direto mostrou o quanto o Al-Hilal precisa ajustar sua estratégia para superar adversários de alto nível. Essa experiência pode ser valiosa para Jorge Jesus, caso ele assuma a Seleção Brasileira, onde enfrentará desafios semelhantes contra seleções como Argentina e Uruguai.

  • Números do Al-Hilal na temporada 2024/2025:
  • 57 pontos em 27 rodadas no Campeonato Saudita.
  • 18 vitórias, três empates e cinco derrotas.
  • 52 gols marcados e 24 sofridos na liga nacional.
  • Quartas de final da Champions League Asiática contra o Gwangju.

Interesse da Seleção Brasileira

A demissão de Dorival Júnior, após a goleada por 4 a 1 sofrida contra a Argentina nas Eliminatórias, abriu espaço para uma reformulação na Seleção Brasileira. A CBF, liderada por Ednaldo Rodrigues, busca um treinador com experiência e carisma para conduzir o time à Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. Jorge Jesus, com seu histórico de títulos e conhecimento do futebol brasileiro, é visto como o nome ideal para assumir o cargo. A entidade já iniciou conversas com o estafe do treinador, mas esbarra na questão contratual com o Al-Hilal.

O calendário da Seleção Brasileira adiciona urgência à decisão. Os jogos contra Equador, no dia 5 de junho, e Paraguai, no dia 9, são cruciais para melhorar a posição do Brasil nas Eliminatórias, onde a equipe ocupa atualmente a quinta colocação. A convocação para essas partidas está marcada para 20 de maio, o que exige que o novo técnico esteja definido com antecedência. Jorge Jesus, ciente da importância desses compromissos, sinalizou que só tomará uma decisão após o término da Champions League Asiática, previsto para 3 de maio.

A passagem de Jorge Jesus pelo Flamengo, entre 2019 e 2020, é um dos principais argumentos a seu favor. No clube carioca, ele conquistou a Copa Libertadores, o Campeonato Brasileiro, a Recopa Sul-Americana, a Supercopa do Brasil e o Campeonato Carioca, com um aproveitamento de 75,4% em 57 jogos. A torcida brasileira, que guarda boas lembranças de seu trabalho, apoia amplamente sua possível chegada à Seleção. No entanto, a CBF também considera outros nomes, como Abel Ferreira, do Palmeiras, caso as negociações com o português não avancem.

Champions League Asiática em foco

O confronto contra o Gwangju, marcado para 25 de abril, é o próximo grande teste para o Al-Hilal na Champions League Asiática. A competição, que garante vaga no Mundial de Clubes, é uma prioridade para o clube saudita, que busca seu quinto título continental. Jorge Jesus, que já levou o Al-Hilal às semifinais na temporada passada, sabe que um bom desempenho pode fortalecer sua posição tanto no clube quanto nas negociações com a CBF. O jogo único, disputado em Riad, dá vantagem ao time da casa, que conta com o apoio maciço da torcida.

A campanha do Al-Hilal na Champions League Asiática tem sido marcada por atuações consistentes. Na fase de grupos, a equipe terminou invicta, com cinco vitórias e um empate, marcando 16 gols e sofrendo apenas três. Jogadores como Salem Al-Dawsari, capitão da seleção saudita, e Sergej Milinkovic-Savic, ex-Lazio, têm sido fundamentais no meio-campo, criando oportunidades para o ataque. A solidez defensiva, com Bono como goleiro titular, também é um diferencial, especialmente em jogos eliminatórios.

A possibilidade de enfrentar adversários como Al-Ahli, da Arábia Saudita, ou Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, nas fases seguintes, aumenta a complexidade do desafio. Jorge Jesus, que já venceu a Liga dos Campeões da UEFA com o Benfica, tem experiência em competições de alto nível e sabe da importância de manter o elenco focado. Uma eliminação precoce, no entanto, poderia acelerar sua saída do Al-Hilal, abrindo caminho para um acordo com a Seleção Brasileira antes do previsto.

Mundial de Clubes no horizonte

O Mundial de Clubes, que começa em 14 de junho, é um dos maiores atrativos para Jorge Jesus permanecer no Al-Hilal até o fim de seu contrato. A competição, reformulada pela FIFA, contará com 32 equipes, incluindo gigantes como Real Madrid, Juventus, Manchester City e Bayern de Munique. O Al-Hilal, classificado como campeão asiático, está no grupo C, ao lado de Juventus e Al-Ahly, do Egito. Um eventual confronto com o Real Madrid, atual campeão da UEFA Champions League, seria um marco na carreira do treinador.

A preparação para o Mundial exige um planejamento detalhado, e o Al-Hilal já começou a ajustar seu elenco para a competição. A contratação de jogadores como João Cancelo, emprestado pelo Manchester City, reforça a ambição do clube em fazer história. Jorge Jesus, que nunca disputou o Mundial de Clubes como técnico, vê a oportunidade como uma chance de consolidar seu legado no futebol asiático. No entanto, a proximidade com os jogos da Seleção Brasileira cria um dilema, já que a CBF não pretende esperar até julho para oficializar o novo treinador.

A torcida do Al-Hilal, uma das mais apaixonadas da Arábia Saudita, espera que Jorge Jesus lidere o time no Mundial, mas também reconhece seu desejo de treinar uma seleção de ponta. Em entrevistas recentes, o treinador destacou sua gratidão ao clube, mas não descartou novas oportunidades. A decisão, que deve ser tomada nas próximas semanas, terá impacto não apenas no Al-Hilal, mas também no futuro do futebol brasileiro.

  • Calendário do Al-Hilal até o Mundial de Clubes:
  • 25 de abril: Quartas de final da Champions League Asiática contra o Gwangju.
  • 3 de maio: Possível semifinal da Champions League Asiática.
  • 25 de maio: Última rodada do Campeonato Saudita.
  • 14 de junho: Início do Mundial de Clubes.

Negociações com a CBF

As conversas entre a CBF e o estafe de Jorge Jesus avançaram nos últimos dias, mas ainda não há um acordo formal. O presidente Ednaldo Rodrigues deixou claro que a prioridade é contratar um treinador antes da convocação de maio, para garantir uma transição tranquila. A multa rescisória de Jorge Jesus com o Al-Hilal, estimada em 18 milhões de reais a partir de maio, é um obstáculo, mas a CBF está disposta a negociar para viabilizar a contratação. O salário do treinador, que recebe cerca de 6 milhões de reais por mês na Arábia Saudita, também será um ponto central nas discussões.

A experiência de Jorge Jesus em competições internacionais é um diferencial na visão da CBF. Além dos títulos com o Flamengo, ele conquistou três Campeonatos Portugueses com o Benfica, uma Taça da Liga com o Sporting e a Saudi Pro League com o Al-Hilal. Sua capacidade de gerenciar elencos recheados de estrelas, como fez com Neymar e Mitrovic, é vista como essencial para liderar a Seleção Brasileira, que conta com nomes como Vinicius Jr., Rodrygo e Gabriel Jesus. A CBF também valoriza sua popularidade entre os torcedores, que enxergam nele um técnico capaz de resgatar o brilho da equipe.

A concorrência por Jorge Jesus não se limita à Seleção Brasileira. Clubes europeus, como o Porto, já demonstraram interesse no treinador para a próxima temporada. No entanto, o desejo de comandar uma seleção pela primeira vez na carreira pesa a favor do Brasil. Em entrevistas passadas, o português admitiu que treinar a Seleção Brasileira é uma ambição pessoal, o que aumenta as chances de um acerto. A decisão, no entanto, depende de um alinhamento entre as partes, especialmente em relação ao calendário de compromissos.

Impacto no futebol brasileiro

A possível chegada de Jorge Jesus à Seleção Brasileira seria um marco para o futebol nacional. Desde a conquista da Copa do Mundo de 2002, o Brasil busca um treinador capaz de unir talento individual e disciplina tática, algo que o português demonstrou em sua passagem pelo Flamengo. Sua filosofia de jogo, baseada na posse de bola e na pressão alta, poderia revitalizar a equipe, que sofreu com atuações irregulares nas últimas Eliminatórias. A goleada para a Argentina, em março, expôs fragilidades que a CBF espera corrigir com um novo comando.

O apoio da torcida brasileira a Jorge Jesus é evidente nas redes sociais, onde seu nome é frequentemente associado a momentos gloriosos do Flamengo. A conquista da Libertadores de 2019, com a virada histórica sobre o River Plate, permanece viva na memória dos fãs. Esse carisma, aliado à sua experiência, dá ao treinador uma vantagem em relação a outros candidatos, como Abel Ferreira e Fernando Diniz, que também já foram cogitados pela CBF. A escolha, no entanto, exige cuidado, já que a pressão por resultados será imediata.

A relação de Jorge Jesus com jogadores brasileiros, tanto no Flamengo quanto no Al-Hilal, é outro ponto a seu favor. Ele trabalhou com nomes como Gabriel Barbosa, Bruno Henrique e Everton Ribeiro, extraindo o melhor de cada um. No Al-Hilal, sua parceria com Malcom e Renan Lodi mostra que ele continua adaptado ao estilo dos atletas do país. Essa familiaridade pode facilitar a integração com o elenco da Seleção, que inclui jovens promissores e veteranos experientes.

Desafios futuros

Assumir a Seleção Brasileira em 2025 representaria o maior desafio da carreira de Jorge Jesus. A Copa do Mundo de 2026, com um formato ampliado de 48 equipes, será uma oportunidade única para o Brasil reconquistar o título que não vem desde 2002. A competição exigirá um planejamento detalhado, especialmente nas Eliminatórias, onde o Brasil enfrenta adversários tradicionais como Argentina, Uruguai e Colômbia. A capacidade de Jorge Jesus de lidar com a pressão e montar um time competitivo será testada desde o primeiro dia.

No Al-Hilal, o treinador ainda tem metas a cumprir. A Champions League Asiática é a chance de deixar um legado ainda maior no clube, que sonha com o título continental desde 2021. O confronto contra o Gwangju, embora favorável, exige atenção, já que o futebol sul-coreano tem se mostrado competitivo nos últimos anos. Uma vitória consolidaria a posição de Jorge Jesus como um dos maiores técnicos da história do Al-Hilal, mas também poderia marcar sua despedida do clube.

A torcida saudita, que lota o estádio King Fahd em todos os jogos, espera que Jorge Jesus permaneça até o Mundial de Clubes. A competição, que será disputada nos Estados Unidos, é vista como uma vitrine global para o futebol asiático. O Al-Hilal, com seu elenco estelar, tem condições de surpreender adversários europeus, mas precisa de um treinador focado para alcançar esse objetivo. A decisão de Jorge Jesus, portanto, terá consequências tanto para o clube quanto para a Seleção Brasileira.

Expectativas para junho

Os próximos meses serão decisivos para o futuro de Jorge Jesus. A CBF planeja anunciar o novo técnico antes do dia 20 de maio, quando será feita a convocação para os jogos de junho. A pressa da entidade reflete a importância de iniciar o trabalho com antecedência, especialmente em um ano sem competições oficiais como a Copa América. Os confrontos contra Equador e Paraguai, embora não sejam os mais difíceis das Eliminatórias, servirão como teste para o novo treinador, que precisará mostrar resultados imediatos.

No Al-Hilal, a reta final do Campeonato Saudita promete emoção. Com apenas sete rodadas restantes, o time precisa de uma sequência de vitórias para pressionar o Al-Ittihad. Jogos contra Al-Shabab, Al-Ahli e Al-Taawoun serão cruciais para manter viva a esperança do título. Jorge Jesus, que já venceu o torneio em 2024, sabe que um tropeço pode custar caro, tanto em termos de tabela quanto de confiança da diretoria.

A torcida brasileira, por sua vez, acompanha de perto cada notícia sobre o treinador. A possibilidade de ver Jorge Jesus no comando da Seleção reacende a esperança de dias melhores, após anos de frustrações em Copas do Mundo. O português, com sua mistura de rigor tático e paixão pelo jogo, tem o perfil para liderar essa mudança, mas o caminho até lá está cheio de obstáculos.



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