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12 Apr 2025, Sat

Oscar anuncia categoria inédita para diretores de dublês em 2027 com foco em ação

Oscar


A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas surpreendeu o mundo do cinema ao anunciar, em 10 de abril de 2025, a criação de uma categoria inédita no Oscar: “Melhor Direção de Dublês”. A novidade, que entra em vigor a partir da edição de 2027, marca um reconhecimento histórico aos profissionais que planejam e coreografam cenas de ação, fundamentais para o sucesso de blockbusters e filmes de aventura. A decisão responde a uma demanda antiga de diretores, dublês e fãs do gênero, que há décadas reivindicavam maior visibilidade para esses artistas técnicos. Com mais de 100 membros no Ramo de Produção e Tecnologia da Academia, a categoria promete destacar o trabalho criativo e estratégico por trás das sequências mais eletrizantes do cinema. A iniciativa também coincide com o centenário do Oscar, reforçando seu compromisso em evoluir e abraçar todos os aspectos da produção cinematográfica.

A nova categoria foca nos diretores de dublês, responsáveis por planejar e supervisionar acrobacias, diferentemente dos dublês que executam as cenas. Esses profissionais, muitas vezes pouco reconhecidos, definem coreografias complexas, garantem a segurança das equipes e criam sequências que cativam o público. A Academia destacou a importância histórica desses artistas, presentes desde os primórdios do cinema mudo, quando pioneiros como Buster Keaton arriscavam a vida em cenas sem efeitos digitais.

O anúncio gerou entusiasmo imediato entre profissionais da indústria. Nomes como Chad Stahelski, diretor da franquia “John Wick”, e Ryan Gosling, que recentemente estrelou “O Dublê”, celebraram a decisão, destacando o impacto dos diretores de dublês na narrativa cinematográfica. A categoria de 2027 promete trazer um novo olhar sobre filmes de ação, valorizando o trabalho por trás de cenas memoráveis em sagas como “Missão: Impossível” e “Mad Max”.

Primeiros passos de uma revolução no Oscar

A criação da categoria “Melhor Direção de Dublês” representa um marco para o cinema. Desde os anos 1920, quando o cinema mudo dependia de acrobacias reais para contar histórias, os dublês e seus diretores desempenham um papel essencial. Filmes como “O Circo”, de Charlie Chaplin, e “O Ladrão de Bagdá” já exibiam sequências ousadas, planejadas por equipes que arriscavam tudo sem a tecnologia atual. Com o avanço dos efeitos visuais, o trabalho dos diretores de dublês ganhou ainda mais complexidade, combinando coreografias físicas com CGI para criar cenas realistas. Hoje, franquias como “Velozes e Furiosos” e “007” devem seu sucesso às equipes que transformam ideias em ação.

A Academia planeja divulgar as diretrizes de elegibilidade em 2026, mas já se sabe que a categoria avaliará critérios como criatividade, segurança e impacto narrativo das sequências. A inclusão reflete uma tendência de valorizar áreas técnicas, como ocorreu com a categoria de “Melhor Animação” em 2002. Profissionais experientes, como Zoe Bell, que trabalhou em “Kill Bill”, e Andy Armstrong, de “Thor”, são exemplos de diretores que podem ser contemplados.

O impacto da decisão vai além do Oscar. Festivais como o Taurus World Stunt Awards, que desde 2001 premia dublês, ganham validação com a nova categoria, que eleva o status da profissão no circuito mainstream. A expectativa é que o prêmio inspire jovens cineastas a explorar o gênero de ação com mais ousadia.

O que faz um diretor de dublês

Os diretores de dublês são os maestros das cenas de ação. Diferentemente dos dublês, que executam saltos, lutas ou quedas, esses profissionais planejam cada detalhe, desde a coreografia até a logística de segurança. Em um filme como “Missão: Impossível – Acerto de Contas”, por exemplo, o diretor de dublês coordena equipes de dezenas de pessoas, incluindo engenheiros e especialistas em efeitos práticos, para garantir que uma perseguição de carros pareça autêntica. Eles também trabalham em estreita colaboração com diretores e atores, adaptando sequências para atender à visão artística sem comprometer a segurança.

  • Planejamento: Desenvolvem storyboards detalhados para mapear cada movimento.
  • Coreografia: Criam sequências que combinam estética e narrativa, como lutas ou explosões.
  • Segurança: Supervisionam protocolos para proteger atores e dublês durante as filmagens.
  • Liderança: Gerenciam equipes que podem incluir até 50 profissionais em grandes produções.

Esse trabalho exige um equilíbrio entre criatividade e precisão técnica. Um erro pode custar milhões ou, pior, colocar vidas em risco. Por isso, diretores como Greg Powell, que trabalhou em “Harry Potter”, são tão valorizados na indústria.

Uma demanda antiga ganha vida

A luta pelo reconhecimento dos dublês no Oscar começou há décadas. Nos anos 1980, profissionais como Hal Needham, lendário diretor de dublês de “Smokey and the Bandit”, lideraram campanhas para criar uma categoria específica. Apesar do apoio de astros como Burt Reynolds, a Academia resistiu, argumentando que o trabalho dos dublês já era contemplado em categorias técnicas. A pressão continuou com o avanço do cinema de ação, especialmente após o sucesso de filmes como “Matrix” e “O Resgate do Soldado Ryan”, que elevaram o padrão das acrobacias.

Nos últimos anos, a campanha ganhou força com o apoio de figuras como Keanu Reeves e Charlize Theron, que destacaram a importância dos diretores de dublês em suas carreiras. A criação do Ramo de Produção e Tecnologia na Academia, em 2023, abriu caminho para a inclusão, reunindo mais de 100 profissionais da área. A decisão de 2025 é vista como uma vitória coletiva, que honra gerações de artistas que arriscaram a vida pelo cinema.

A nova categoria também responde a críticas sobre a falta de diversidade nas premiações. Embora o Oscar tenha evoluído, incluindo categorias como “Melhor Filme Internacional”, a ausência de um prêmio para dublês era uma lacuna notável. Agora, diretores de dublês de diferentes origens terão a chance de brilhar no maior palco do cinema.

Impacto no cinema de ação

O cinema de ação vive um momento de transformação, e a nova categoria do Oscar reflete isso. Nos últimos 20 anos, filmes como “Mad Max: Estrada da Fúria” e “John Wick” redefiniram o gênero, com sequências que misturam acrobacias reais e efeitos digitais. Diretores de dublês como JJ Perry, que trabalhou em “Django Livre”, são peça-chave nesse processo, trazendo inovação e realismo às cenas. A premiação promete destacar esse talento, incentivando estúdios a investir em produções mais ousadas.

A influência vai além dos blockbusters. Filmes independentes, como “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, também dependem de diretores de dublês para criar sequências memoráveis com orçamentos limitados. A categoria pode inspirar uma nova geração de cineastas a explorar o potencial narrativo da ação, elevando o gênero a um patamar mais artístico.

A expectativa para 2027 é alta. Projetos como “Missão: Impossível 8” e a sequência de “Top Gun: Maverick” já são cotados como fortes concorrentes, graças às suas cenas de ação inovadoras. A nova categoria também deve atrair atenção para filmes menores, que muitas vezes passam despercebidos nas premiações tradicionais.

Nomes que marcaram a história

A história dos diretores de dublês é repleta de figuras lendárias. Desde os anos 1920, profissionais como Yakima Canutt, que coreografou a icônica perseguição de carruagem em “Ben-Hur” (1925), estabeleceram o padrão para o gênero. Nos anos 1970, Hal Needham revolucionou o cinema com acrobacias em “Smokey and the Bandit” e “Hooper”, enquanto Vic Armstrong se destacou em “Indiana Jones” e “007 – O Espião que Me Amava”.

Mais recentemente, diretores como Chad Stahelski transformaram o gênero com a franquia “John Wick”, que combina lutas coreografadas com narrativas envolventes. Zoe Bell, uma das poucas mulheres no topo da profissão, ganhou destaque em “Era Uma Vez em Hollywood”, enquanto Sam Hargrave impressionou com as sequências de “Resgate”. Esses nomes representam a evolução de uma arte que agora ganha seu devido reconhecimento.

  • Yakima Canutt: Pioneiro do cinema mudo, conhecido por “Stagecoach” (1939).
  • Hal Needham: Inovou com acrobacias automotivas nos anos 1970.
  • Vic Armstrong: Trabalhou em mais de 200 filmes, incluindo “Star Wars”.
  • Chad Stahelski: Redefiniu o cinema de ação moderno com “John Wick”.
  • Zoe Bell: Quebrou barreiras de gênero em Hollywood.

Esses profissionais pavimentaram o caminho para a categoria de 2027, que promete celebrar tanto veteranos quanto novos talentos.

Segurança e inovação no set

A direção de dublês não se resume a criar cenas impressionantes. A segurança é uma prioridade absoluta, especialmente após acidentes trágicos, como o que deixou um dublê paraplégico durante as filmagens de “Harry Potter” em 2009. Diretores como David Leitch, de “Deadpool 2”, investem em tecnologias como cabos digitais e simulações 3D para minimizar riscos. Mesmo assim, o trabalho exige treinamento rigoroso, com dublês passando meses em academias para dominar técnicas de luta e queda.

A inovação também é essencial. Em “Mad Max: Estrada da Fúria”, o diretor de dublês Guy Norris usou veículos reais para criar perseguições caóticas, enquanto em “Tenet”, Hoyte Van Hoytema combinou acrobacias com manipulação temporal. Essas abordagens mostram como a direção de dublês evoluiu, integrando tecnologia sem perder a essência física do gênero.

A nova categoria deve destacar esses avanços, premiando diretores que equilibram ousadia e responsabilidade. Filmes que priorizam a segurança, como “No Time to Die”, podem servir de modelo para o futuro da profissão.

O centenário do Oscar em 2027

A introdução da categoria ocorre em um momento simbólico: o Oscar completará 100 anos em 2027. Desde sua primeira edição, em 1929, a premiação evoluiu, adicionando categorias como “Melhor Efeitos Visuais” e “Melhor Som”. A inclusão dos diretores de dublês reforça o compromisso da Academia em reconhecer todas as facetas do cinema, especialmente em um gênero que atrai bilhões de dólares em bilheteria.

A edição de 2027 também marcará o ápice de mudanças recentes, como a maior diversidade entre os membros da Academia e a inclusão de filmes de streaming. A nova categoria chega como parte dessa renovação, atendendo a um público que valoriza a ação tanto quanto o drama ou a comédia. Projetos como “Avatar 3” e “Mufasa: O Rei Leão” já são aguardados para a disputa, com diretores de dublês prontos para brilhar.

A celebração do centenário deve incluir tributos aos pioneiros dos dublês, com mostras de filmes clássicos e painéis com profissionais da área. A iniciativa promete fortalecer a conexão entre a Academia e os fãs de cinema de ação, que há anos pedem esse reconhecimento.

Atores e dublês: uma parceria essencial

A relação entre atores e diretores de dublês é outro aspecto que ganha destaque com a nova categoria. Estrelas como Tom Cruise, que dispensa dublês em “Missão: Impossível”, dependem de diretores como Wade Eastwood para planejar cenas seguras e impactantes. Outros, como Chris Hemsworth em “Thor”, trabalham com dublês fixos, como Bobby Holland Hanton, criando laços de confiança que duram anos.

Atrizes como Scarlett Johansson e Margot Robbie também se beneficiam dessa colaboração. Em “Viúva Negra”, Johansson treinou com a dublê Heidi Moneymaker, enquanto Robbie trabalhou com Jess Hargrave em “Aves de Rapina”. Essas parcerias mostram como os diretores de dublês ajudam atores a alcançar performances autênticas, mesmo em cenas de alto risco.

A nova categoria pode inspirar mais atores a valorizar esses profissionais, destacando o trabalho nos bastidores. Filmes que combinam atuação e ação, como “O Dublê”, de Ryan Gosling, já mostram o potencial dessa sinergia para criar histórias memoráveis.

O futuro da ação no cinema

A criação da categoria “Melhor Direção de Dublês” abre portas para o futuro do cinema de ação. Com a tecnologia avançando, diretores como Sam Hargrave exploram ferramentas como drones e câmeras 360º para criar sequências imersivas. Ao mesmo tempo, a volta de acrobacias reais, vistas em “Top Gun: Maverick”, prova que o público ainda valoriza o realismo.

A premiação também pode incentivar mais diversidade na profissão. Mulheres como Zoe Bell e dublês de minorias étnicas, como Lateef Crowder em “Pantera Negra”, começam a ganhar espaço em uma área historicamente dominada por homens brancos. A categoria de 2027 tem o potencial de acelerar essa mudança, trazendo novas vozes para o centro do palco.

Projetos futuros, como a sequência de “Duna” e “John Wick 5”, já geram expectativa ursos para a nova categoria, com diretores de dublês prontos para impressionar. A expectativa é que o Oscar de 2027 celebre não apenas o passado, mas o futuro de uma arte que continua a evoluir.

Momentos icônicos de dublês no cinema

A história do cinema está repleta de sequências de ação que marcaram gerações. Algumas delas, planejadas por diretores de dublês, definiram o gênero e inspiraram a nova categoria:

  • Ben-Hur (1925): A perseguição de carruagem, coreografada por Yakima Canutt, estabeleceu o padrão para épicos.
  • Bullitt (1968): A perseguição de carros em São Francisco tornou-se referência para o gênero.
  • Mad Max: Estrada da Fúria (2015): Guy Norris criou um caos controlado com acrobacias reais.
  • John Wick (2014): Chad Stahelski elevou as lutas coreografadas a um novo patamar.
  • Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (2011): A escalada no Burj Khalifa, planejada por Wade Eastwood, chocou o público.

Essas cenas mostram o poder da direção de dublês em criar momentos que ficam na memória, e a nova categoria promete celebrar esse legado.



A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas surpreendeu o mundo do cinema ao anunciar, em 10 de abril de 2025, a criação de uma categoria inédita no Oscar: “Melhor Direção de Dublês”. A novidade, que entra em vigor a partir da edição de 2027, marca um reconhecimento histórico aos profissionais que planejam e coreografam cenas de ação, fundamentais para o sucesso de blockbusters e filmes de aventura. A decisão responde a uma demanda antiga de diretores, dublês e fãs do gênero, que há décadas reivindicavam maior visibilidade para esses artistas técnicos. Com mais de 100 membros no Ramo de Produção e Tecnologia da Academia, a categoria promete destacar o trabalho criativo e estratégico por trás das sequências mais eletrizantes do cinema. A iniciativa também coincide com o centenário do Oscar, reforçando seu compromisso em evoluir e abraçar todos os aspectos da produção cinematográfica.

A nova categoria foca nos diretores de dublês, responsáveis por planejar e supervisionar acrobacias, diferentemente dos dublês que executam as cenas. Esses profissionais, muitas vezes pouco reconhecidos, definem coreografias complexas, garantem a segurança das equipes e criam sequências que cativam o público. A Academia destacou a importância histórica desses artistas, presentes desde os primórdios do cinema mudo, quando pioneiros como Buster Keaton arriscavam a vida em cenas sem efeitos digitais.

O anúncio gerou entusiasmo imediato entre profissionais da indústria. Nomes como Chad Stahelski, diretor da franquia “John Wick”, e Ryan Gosling, que recentemente estrelou “O Dublê”, celebraram a decisão, destacando o impacto dos diretores de dublês na narrativa cinematográfica. A categoria de 2027 promete trazer um novo olhar sobre filmes de ação, valorizando o trabalho por trás de cenas memoráveis em sagas como “Missão: Impossível” e “Mad Max”.

Primeiros passos de uma revolução no Oscar

A criação da categoria “Melhor Direção de Dublês” representa um marco para o cinema. Desde os anos 1920, quando o cinema mudo dependia de acrobacias reais para contar histórias, os dublês e seus diretores desempenham um papel essencial. Filmes como “O Circo”, de Charlie Chaplin, e “O Ladrão de Bagdá” já exibiam sequências ousadas, planejadas por equipes que arriscavam tudo sem a tecnologia atual. Com o avanço dos efeitos visuais, o trabalho dos diretores de dublês ganhou ainda mais complexidade, combinando coreografias físicas com CGI para criar cenas realistas. Hoje, franquias como “Velozes e Furiosos” e “007” devem seu sucesso às equipes que transformam ideias em ação.

A Academia planeja divulgar as diretrizes de elegibilidade em 2026, mas já se sabe que a categoria avaliará critérios como criatividade, segurança e impacto narrativo das sequências. A inclusão reflete uma tendência de valorizar áreas técnicas, como ocorreu com a categoria de “Melhor Animação” em 2002. Profissionais experientes, como Zoe Bell, que trabalhou em “Kill Bill”, e Andy Armstrong, de “Thor”, são exemplos de diretores que podem ser contemplados.

O impacto da decisão vai além do Oscar. Festivais como o Taurus World Stunt Awards, que desde 2001 premia dublês, ganham validação com a nova categoria, que eleva o status da profissão no circuito mainstream. A expectativa é que o prêmio inspire jovens cineastas a explorar o gênero de ação com mais ousadia.

O que faz um diretor de dublês

Os diretores de dublês são os maestros das cenas de ação. Diferentemente dos dublês, que executam saltos, lutas ou quedas, esses profissionais planejam cada detalhe, desde a coreografia até a logística de segurança. Em um filme como “Missão: Impossível – Acerto de Contas”, por exemplo, o diretor de dublês coordena equipes de dezenas de pessoas, incluindo engenheiros e especialistas em efeitos práticos, para garantir que uma perseguição de carros pareça autêntica. Eles também trabalham em estreita colaboração com diretores e atores, adaptando sequências para atender à visão artística sem comprometer a segurança.

  • Planejamento: Desenvolvem storyboards detalhados para mapear cada movimento.
  • Coreografia: Criam sequências que combinam estética e narrativa, como lutas ou explosões.
  • Segurança: Supervisionam protocolos para proteger atores e dublês durante as filmagens.
  • Liderança: Gerenciam equipes que podem incluir até 50 profissionais em grandes produções.

Esse trabalho exige um equilíbrio entre criatividade e precisão técnica. Um erro pode custar milhões ou, pior, colocar vidas em risco. Por isso, diretores como Greg Powell, que trabalhou em “Harry Potter”, são tão valorizados na indústria.

Uma demanda antiga ganha vida

A luta pelo reconhecimento dos dublês no Oscar começou há décadas. Nos anos 1980, profissionais como Hal Needham, lendário diretor de dublês de “Smokey and the Bandit”, lideraram campanhas para criar uma categoria específica. Apesar do apoio de astros como Burt Reynolds, a Academia resistiu, argumentando que o trabalho dos dublês já era contemplado em categorias técnicas. A pressão continuou com o avanço do cinema de ação, especialmente após o sucesso de filmes como “Matrix” e “O Resgate do Soldado Ryan”, que elevaram o padrão das acrobacias.

Nos últimos anos, a campanha ganhou força com o apoio de figuras como Keanu Reeves e Charlize Theron, que destacaram a importância dos diretores de dublês em suas carreiras. A criação do Ramo de Produção e Tecnologia na Academia, em 2023, abriu caminho para a inclusão, reunindo mais de 100 profissionais da área. A decisão de 2025 é vista como uma vitória coletiva, que honra gerações de artistas que arriscaram a vida pelo cinema.

A nova categoria também responde a críticas sobre a falta de diversidade nas premiações. Embora o Oscar tenha evoluído, incluindo categorias como “Melhor Filme Internacional”, a ausência de um prêmio para dublês era uma lacuna notável. Agora, diretores de dublês de diferentes origens terão a chance de brilhar no maior palco do cinema.

Impacto no cinema de ação

O cinema de ação vive um momento de transformação, e a nova categoria do Oscar reflete isso. Nos últimos 20 anos, filmes como “Mad Max: Estrada da Fúria” e “John Wick” redefiniram o gênero, com sequências que misturam acrobacias reais e efeitos digitais. Diretores de dublês como JJ Perry, que trabalhou em “Django Livre”, são peça-chave nesse processo, trazendo inovação e realismo às cenas. A premiação promete destacar esse talento, incentivando estúdios a investir em produções mais ousadas.

A influência vai além dos blockbusters. Filmes independentes, como “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, também dependem de diretores de dublês para criar sequências memoráveis com orçamentos limitados. A categoria pode inspirar uma nova geração de cineastas a explorar o potencial narrativo da ação, elevando o gênero a um patamar mais artístico.

A expectativa para 2027 é alta. Projetos como “Missão: Impossível 8” e a sequência de “Top Gun: Maverick” já são cotados como fortes concorrentes, graças às suas cenas de ação inovadoras. A nova categoria também deve atrair atenção para filmes menores, que muitas vezes passam despercebidos nas premiações tradicionais.

Nomes que marcaram a história

A história dos diretores de dublês é repleta de figuras lendárias. Desde os anos 1920, profissionais como Yakima Canutt, que coreografou a icônica perseguição de carruagem em “Ben-Hur” (1925), estabeleceram o padrão para o gênero. Nos anos 1970, Hal Needham revolucionou o cinema com acrobacias em “Smokey and the Bandit” e “Hooper”, enquanto Vic Armstrong se destacou em “Indiana Jones” e “007 – O Espião que Me Amava”.

Mais recentemente, diretores como Chad Stahelski transformaram o gênero com a franquia “John Wick”, que combina lutas coreografadas com narrativas envolventes. Zoe Bell, uma das poucas mulheres no topo da profissão, ganhou destaque em “Era Uma Vez em Hollywood”, enquanto Sam Hargrave impressionou com as sequências de “Resgate”. Esses nomes representam a evolução de uma arte que agora ganha seu devido reconhecimento.

  • Yakima Canutt: Pioneiro do cinema mudo, conhecido por “Stagecoach” (1939).
  • Hal Needham: Inovou com acrobacias automotivas nos anos 1970.
  • Vic Armstrong: Trabalhou em mais de 200 filmes, incluindo “Star Wars”.
  • Chad Stahelski: Redefiniu o cinema de ação moderno com “John Wick”.
  • Zoe Bell: Quebrou barreiras de gênero em Hollywood.

Esses profissionais pavimentaram o caminho para a categoria de 2027, que promete celebrar tanto veteranos quanto novos talentos.

Segurança e inovação no set

A direção de dublês não se resume a criar cenas impressionantes. A segurança é uma prioridade absoluta, especialmente após acidentes trágicos, como o que deixou um dublê paraplégico durante as filmagens de “Harry Potter” em 2009. Diretores como David Leitch, de “Deadpool 2”, investem em tecnologias como cabos digitais e simulações 3D para minimizar riscos. Mesmo assim, o trabalho exige treinamento rigoroso, com dublês passando meses em academias para dominar técnicas de luta e queda.

A inovação também é essencial. Em “Mad Max: Estrada da Fúria”, o diretor de dublês Guy Norris usou veículos reais para criar perseguições caóticas, enquanto em “Tenet”, Hoyte Van Hoytema combinou acrobacias com manipulação temporal. Essas abordagens mostram como a direção de dublês evoluiu, integrando tecnologia sem perder a essência física do gênero.

A nova categoria deve destacar esses avanços, premiando diretores que equilibram ousadia e responsabilidade. Filmes que priorizam a segurança, como “No Time to Die”, podem servir de modelo para o futuro da profissão.

O centenário do Oscar em 2027

A introdução da categoria ocorre em um momento simbólico: o Oscar completará 100 anos em 2027. Desde sua primeira edição, em 1929, a premiação evoluiu, adicionando categorias como “Melhor Efeitos Visuais” e “Melhor Som”. A inclusão dos diretores de dublês reforça o compromisso da Academia em reconhecer todas as facetas do cinema, especialmente em um gênero que atrai bilhões de dólares em bilheteria.

A edição de 2027 também marcará o ápice de mudanças recentes, como a maior diversidade entre os membros da Academia e a inclusão de filmes de streaming. A nova categoria chega como parte dessa renovação, atendendo a um público que valoriza a ação tanto quanto o drama ou a comédia. Projetos como “Avatar 3” e “Mufasa: O Rei Leão” já são aguardados para a disputa, com diretores de dublês prontos para brilhar.

A celebração do centenário deve incluir tributos aos pioneiros dos dublês, com mostras de filmes clássicos e painéis com profissionais da área. A iniciativa promete fortalecer a conexão entre a Academia e os fãs de cinema de ação, que há anos pedem esse reconhecimento.

Atores e dublês: uma parceria essencial

A relação entre atores e diretores de dublês é outro aspecto que ganha destaque com a nova categoria. Estrelas como Tom Cruise, que dispensa dublês em “Missão: Impossível”, dependem de diretores como Wade Eastwood para planejar cenas seguras e impactantes. Outros, como Chris Hemsworth em “Thor”, trabalham com dublês fixos, como Bobby Holland Hanton, criando laços de confiança que duram anos.

Atrizes como Scarlett Johansson e Margot Robbie também se beneficiam dessa colaboração. Em “Viúva Negra”, Johansson treinou com a dublê Heidi Moneymaker, enquanto Robbie trabalhou com Jess Hargrave em “Aves de Rapina”. Essas parcerias mostram como os diretores de dublês ajudam atores a alcançar performances autênticas, mesmo em cenas de alto risco.

A nova categoria pode inspirar mais atores a valorizar esses profissionais, destacando o trabalho nos bastidores. Filmes que combinam atuação e ação, como “O Dublê”, de Ryan Gosling, já mostram o potencial dessa sinergia para criar histórias memoráveis.

O futuro da ação no cinema

A criação da categoria “Melhor Direção de Dublês” abre portas para o futuro do cinema de ação. Com a tecnologia avançando, diretores como Sam Hargrave exploram ferramentas como drones e câmeras 360º para criar sequências imersivas. Ao mesmo tempo, a volta de acrobacias reais, vistas em “Top Gun: Maverick”, prova que o público ainda valoriza o realismo.

A premiação também pode incentivar mais diversidade na profissão. Mulheres como Zoe Bell e dublês de minorias étnicas, como Lateef Crowder em “Pantera Negra”, começam a ganhar espaço em uma área historicamente dominada por homens brancos. A categoria de 2027 tem o potencial de acelerar essa mudança, trazendo novas vozes para o centro do palco.

Projetos futuros, como a sequência de “Duna” e “John Wick 5”, já geram expectativa ursos para a nova categoria, com diretores de dublês prontos para impressionar. A expectativa é que o Oscar de 2027 celebre não apenas o passado, mas o futuro de uma arte que continua a evoluir.

Momentos icônicos de dublês no cinema

A história do cinema está repleta de sequências de ação que marcaram gerações. Algumas delas, planejadas por diretores de dublês, definiram o gênero e inspiraram a nova categoria:

  • Ben-Hur (1925): A perseguição de carruagem, coreografada por Yakima Canutt, estabeleceu o padrão para épicos.
  • Bullitt (1968): A perseguição de carros em São Francisco tornou-se referência para o gênero.
  • Mad Max: Estrada da Fúria (2015): Guy Norris criou um caos controlado com acrobacias reais.
  • John Wick (2014): Chad Stahelski elevou as lutas coreografadas a um novo patamar.
  • Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (2011): A escalada no Burj Khalifa, planejada por Wade Eastwood, chocou o público.

Essas cenas mostram o poder da direção de dublês em criar momentos que ficam na memória, e a nova categoria promete celebrar esse legado.



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