A novela Vale Tudo, em seu remake exibido pela Globo, trouxe de volta um dos personagens mais marcantes da teledramaturgia brasileira: Marco Aurélio, agora interpretado por Alexandre Nero. Originalmente vivido por Reginaldo Faria em 1988, o executivo corrupto e carismático ganhou nova vida na trama que estreou em 31 de março, celebrando os 60 anos da emissora. Conhecido pela cena icônica em que foge do Brasil fazendo um gesto provocador, Marco Aurélio é peça central de conflitos que envolvem poder, traição e relações familiares. Nero, com sua atuação intensa, já conquista o público, misturando vilania com momentos de humor ao lado de personagens como Freitas, seu assistente. A trama, adaptada por Manuela Dias, mantém a essência do original, mas atualiza dilemas para o Brasil de hoje, com Marco Aurélio no centro das intrigas.
Na pele de um diretor da TCA, empresa de aviação do grupo Almeida Roitman, Marco Aurélio impõe autoridade e medo. Sua postura agressiva no trabalho contrasta com o charme que usa para manipular situações e pessoas. Ex-marido de Heleninha Roitman e pai de Tiago, ele vive tensões familiares, especialmente com o filho, com quem tem desentendimentos marcantes. A relação com a namorada, Claudia, também promete reviravoltas, enquanto suas ações no ambiente corporativo, como roubar ideias de subordinados, reforçam sua falta de ética.
A escolha de Nero para o papel foi celebrada por fãs e críticos. Aos 55 anos, o ator traz a experiência de papéis memoráveis em novelas como Império e A Favorita, dando profundidade a um personagem que é ao mesmo tempo odiado e fascinante. A novela, que vai ao ar às 21h20, já registra crescimento de audiência, com média de 23,1 pontos em São Paulo na semana de 9 de abril, segundo dados do mercado.
Primeiros passos do remake
O remake de Vale Tudo chegou às telas com a missão de honrar um clássico. Escrita originalmente por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, a novela de 1988 abordava corrupção e ambição em um Brasil marcado por desigualdades. A nova versão, sob a direção de Paulo Silvestrini, mantém o núcleo central, mas adapta cenários e conflitos. Marco Aurélio, por exemplo, continua sendo o executivo sem escrúpulos, mas agora enfrenta dilemas contemporâneos, como a pressão das redes sociais e a vigilância digital.
Alexandre Nero mergulhou no papel com dedicação. Em entrevistas, ele destacou o desafio de reinterpretar um personagem tão icônico, sem imitar a atuação de Reginaldo Faria. Sua versão de Marco Aurélio é mais sarcástica, com tiradas que aliviam a tensão da trama. A interação com Freitas, interpretado por Luis Lobianco, é um dos pontos altos, trazendo humor em meio às negociatas do vilão.
- Estreia impactante: A novela começou em 31 de março, com 24,3 pontos de audiência.
- Elenco estelar: Além de Nero, Taís Araújo e Bella Campos brilham como Raquel e Maria de Fátima.
- Cenário atualizado: Parte da trama se passa em Vila Isabel, no Rio, equivalente ao Catete de 1988.
O legado de Marco Aurélio
Na versão original, Marco Aurélio era vivido por Reginaldo Faria, então com 51 anos. O ator, que já tinha no currículo novelas como Dancin’ Days e Água Viva, entregou uma atuação que marcou época. Sua fuga no último capítulo, com o gesto debochado, tornou-se símbolo da impunidade que a novela criticava. Hoje, aos 87 anos, Faria é lembrado como referência para o papel, e Nero reconhece a responsabilidade de sucedê-lo.
A trama de 1988 foi um fenômeno, com média de 60 pontos de audiência em seus melhores momentos. A história de Marco Aurélio, um piloto que virou executivo e se envolveu em esquemas ilícitos, refletia o Brasil da redemocratização. Ele manipulava colegas, traía a confiança da família e desafiava a moral, sempre com um sorriso cínico. O remake mantém essa essência, mas dá ao personagem nuances que dialogam com o público atual.
Nero, conhecido por papéis complexos, encontrou em Marco Aurélio um terreno fértil. Ele descreve o executivo como alguém que “pensa como muitos brasileiros”, com atitudes machistas e autoritárias que ainda persistem. A relação com o filho Tiago, interpretado por Pedro Waddington, é um dos fios condutores da trama, trazendo à tona conflitos geracionais e preconceitos.
Intrigas no mundo corporativo
Marco Aurélio comanda a TCA com mão de ferro. Sua ascensão, de piloto a diretor, é marcada por estratégias agressivas e pouca ética. Um exemplo recente na trama foi quando ele roubou uma ideia de Ivan, personagem de Renato Góes, apresentando-a como sua para a poderosa Odete Roitman, vivida por Debora Bloch. O episódio gerou revolta em Ivan, que promete confrontar o vilão nos próximos capítulos.
No ambiente de trabalho, Marco Aurélio mantém subordinados como Freitas em constante tensão. O assistente, apesar da submissão, tenta sobreviver às ordens do chefe com pequenas doses de ironia. A dinâmica entre os dois é um alívio cômico, mas também revela o jogo de poder que define o personagem. Secretárias como Aldeíde e Consuelo também sofrem com suas exigências, reforçando o perfil autoritário do executivo.
Fora da empresa, Marco Aurélio enfrenta desafios pessoais. Sua namorada, Claudia, começa a questionar suas atitudes, especialmente após flagrá-lo em situações comprometedoras com Maria de Fátima, interpretada por Bella Campos. A jovem, movida por ambição, tenta seduzi-lo, mas acaba envolvida em uma cena de ciúmes que promete mexer com a trama.
Conflitos familiares intensos
A relação de Marco Aurélio com o filho Tiago é um dos pontos mais delicados da novela. O jovem, sensível e avesso às ambições do pai, desperta desconfianças em Marco, que questiona sua sexualidade em uma discussão tensa. A cena, exibida recentemente, mostrou o executivo invadindo o quarto de Tiago e insinuando que ele poderia “ter um problema”. O confronto terminou com o jovem exigindo que o pai saísse, evidenciando o abismo entre eles.
Heleninha Roitman, ex-mulher de Marco Aurélio, também é alvo de suas manipulações. Vivida por Paolla Oliveira, ela luta contra o vício em álcool e tenta se reaproximar do filho, mas o vilão dificulta esse processo. A internação de Heleninha em uma clínica de reabilitação foi um golpe orquestrado por Marco, que usa a fragilidade dela para manter o controle. Apesar disso, a personagem começa a ganhar força, prometendo embates futuros.
A irmã de Marco Aurélio, Cecília, interpretada por Maeve Jinkings, traz outro ângulo à dinâmica familiar. Ela tenta mediar conflitos, mas enfrenta as próprias batalhas, como a gestão de um restaurante que precisa de um novo chef. A família, embora dividida, é o pano de fundo para as ações de Marco, que usa laços pessoais para fortalecer sua influência.
- Tensão com Tiago: Marco questiona a sexualidade do filho, gerando conflito.
- Controle sobre Heleninha: Ele impede a ex-mulher de se aproximar de Tiago.
- Relação com Claudia: Cenas de ciúmes com Maria de Fátima abalam o namoro.
- Poder na TCA: Marco rouba ideias e intimida subordinados como Ivan.
A audiência em alta
Vale Tudo tem conquistado o público desde a estreia. Em São Paulo, principal mercado televisivo do Brasil, a novela marcou 22,2 pontos de média nos primeiros seis capítulos, um aumento de 5% em relação à antecessora, Mania de Você. O pico de audiência veio na estreia, com 24,3 pontos, e a exibição antecipada em 9 de abril, às 20h30, devido à Libertadores, elevou o ibope em 5%. A trama também é sucesso no Globoplay, onde os episódios estão disponíveis para streaming.
A repercussão nas redes sociais é outro termômetro do impacto da novela. Fãs elogiam a atuação de Nero, comparando-o ao lendário Reginaldo Faria, enquanto debatem as atitudes de Marco Aurélio. O vilão, com seu mix de charme e crueldade, já é chamado de “herói” por alguns, o que gerou reações do próprio ator, que ironizou a romantização do personagem. A trama, que vai até outubro, promete crescer ainda mais com a entrada de Odete Roitman no final de abril.
O sucesso entre jovens, especialmente na faixa de 12 a 17 anos, surpreendeu a Globo. A emissora atribui isso à linguagem atualizada e à força do elenco, que mistura nomes consagrados, como Taís Araújo e Debora Bloch, com novos talentos, como Bella Campos. A novela também ganhou destaque por abordar temas como corrupção e desigualdade, ressoando com o público em um momento de polarização no Brasil.
Marcos da trama
A narrativa de Vale Tudo avança com momentos-chave que mantêm o espectador preso. Marco Aurélio, como catalisador de conflitos, está no centro de várias dessas viradas. Abaixo, um resumo dos acontecimentos esperados até o final de abril:
- Confronto com Ivan: Após roubar sua ideia, Marco enfrenta a fúria do jovem.
- Ciúmes de Claudia: Ela flagra o namorado com Maria de Fátima, gerando atrito.
- Chegada de Odete: A vilã, vivida por Debora Bloch, entra na trama em abril.
- Tensão com Tiago: O conflito com o filho se intensifica, com novas discussões.
O charme do vilão
Marco Aurélio não é apenas um antagonista. Sua personalidade multifacetada, que alterna entre grosseria e carisma, faz dele um dos pilares de Vale Tudo. Nero, com sua entrega, explora essas contradições, mostrando um homem que deseja ser um bom pai, mas falha por conta de seus preconceitos. A relação com Tiago, por exemplo, revela uma fragilidade que o executivo tenta esconder sob uma fachada de poder.
No trabalho, ele é implacável. A cena em que apresenta a ideia roubada de Ivan como sua foi um marco recente, mostrando sua habilidade em manipular situações. Fora da TCA, Marco mantém um círculo de aliados e inimigos, como Freitas, que oscila entre lealdade e ressentimento, e Maria de Fátima, cuja ambição o atrai e ameaça ao mesmo tempo. A trama sugere que suas ações terão consequências, mas o vilão parece sempre um passo à frente.
A química de Nero com o elenco é outro destaque. Seja nas discussões com Paolla Oliveira, nas trocas cômicas com Luis Lobianco ou nos embates com Renato Góes, ele domina as cenas. A direção de Silvestrini valoriza esses momentos, usando closes e diálogos afiados para reforçar a presença de Marco Aurélio.
Um clássico reinventado
Reinventar Vale Tudo não foi tarefa fácil. A novela original, exibida entre 1988 e 1989, marcou a televisão brasileira com uma audiência avassaladora e personagens inesquecíveis. Marco Aurélio, com sua fuga debochada, simbolizou a crítica à impunidade, enquanto a trama expunha as mazelas de um país em transformação. A nova versão, escrita por Manuela Dias, mantém esse espírito, mas traz atualizações, como o uso das redes sociais por Maria de Fátima e cenários que refletem o Rio de Janeiro atual.
A escolha de Alexandre Nero para Marco Aurélio foi estratégica. Após três anos longe das novelas das nove, o ator voltou com um papel que exigia versatilidade. Ele evita repetir trejeitos de Reginaldo Faria, mas presta homenagem ao original com gestos sutis, como o sorriso irônico que precede suas armações. A direção artística aposta em sua capacidade de surpreender, e os primeiros capítulos mostram que a aposta valeu a pena.
A trama também se beneficia de um elenco coeso. Taís Araújo, como Raquel, traz força à protagonista, enquanto Bella Campos dá camadas à ambiciosa Maria de Fátima. Debora Bloch, ainda por aparecer como Odete Roitman, é aguardada com ansiedade, e nomes como Malu Galli e Humberto Carrão reforçam a qualidade do time. Marco Aurélio, no centro disso tudo, é o fio que costura os conflitos, prometendo manter o público vidrado até o desfecho em outubro.

A novela Vale Tudo, em seu remake exibido pela Globo, trouxe de volta um dos personagens mais marcantes da teledramaturgia brasileira: Marco Aurélio, agora interpretado por Alexandre Nero. Originalmente vivido por Reginaldo Faria em 1988, o executivo corrupto e carismático ganhou nova vida na trama que estreou em 31 de março, celebrando os 60 anos da emissora. Conhecido pela cena icônica em que foge do Brasil fazendo um gesto provocador, Marco Aurélio é peça central de conflitos que envolvem poder, traição e relações familiares. Nero, com sua atuação intensa, já conquista o público, misturando vilania com momentos de humor ao lado de personagens como Freitas, seu assistente. A trama, adaptada por Manuela Dias, mantém a essência do original, mas atualiza dilemas para o Brasil de hoje, com Marco Aurélio no centro das intrigas.
Na pele de um diretor da TCA, empresa de aviação do grupo Almeida Roitman, Marco Aurélio impõe autoridade e medo. Sua postura agressiva no trabalho contrasta com o charme que usa para manipular situações e pessoas. Ex-marido de Heleninha Roitman e pai de Tiago, ele vive tensões familiares, especialmente com o filho, com quem tem desentendimentos marcantes. A relação com a namorada, Claudia, também promete reviravoltas, enquanto suas ações no ambiente corporativo, como roubar ideias de subordinados, reforçam sua falta de ética.
A escolha de Nero para o papel foi celebrada por fãs e críticos. Aos 55 anos, o ator traz a experiência de papéis memoráveis em novelas como Império e A Favorita, dando profundidade a um personagem que é ao mesmo tempo odiado e fascinante. A novela, que vai ao ar às 21h20, já registra crescimento de audiência, com média de 23,1 pontos em São Paulo na semana de 9 de abril, segundo dados do mercado.
Primeiros passos do remake
O remake de Vale Tudo chegou às telas com a missão de honrar um clássico. Escrita originalmente por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, a novela de 1988 abordava corrupção e ambição em um Brasil marcado por desigualdades. A nova versão, sob a direção de Paulo Silvestrini, mantém o núcleo central, mas adapta cenários e conflitos. Marco Aurélio, por exemplo, continua sendo o executivo sem escrúpulos, mas agora enfrenta dilemas contemporâneos, como a pressão das redes sociais e a vigilância digital.
Alexandre Nero mergulhou no papel com dedicação. Em entrevistas, ele destacou o desafio de reinterpretar um personagem tão icônico, sem imitar a atuação de Reginaldo Faria. Sua versão de Marco Aurélio é mais sarcástica, com tiradas que aliviam a tensão da trama. A interação com Freitas, interpretado por Luis Lobianco, é um dos pontos altos, trazendo humor em meio às negociatas do vilão.
- Estreia impactante: A novela começou em 31 de março, com 24,3 pontos de audiência.
- Elenco estelar: Além de Nero, Taís Araújo e Bella Campos brilham como Raquel e Maria de Fátima.
- Cenário atualizado: Parte da trama se passa em Vila Isabel, no Rio, equivalente ao Catete de 1988.
O legado de Marco Aurélio
Na versão original, Marco Aurélio era vivido por Reginaldo Faria, então com 51 anos. O ator, que já tinha no currículo novelas como Dancin’ Days e Água Viva, entregou uma atuação que marcou época. Sua fuga no último capítulo, com o gesto debochado, tornou-se símbolo da impunidade que a novela criticava. Hoje, aos 87 anos, Faria é lembrado como referência para o papel, e Nero reconhece a responsabilidade de sucedê-lo.
A trama de 1988 foi um fenômeno, com média de 60 pontos de audiência em seus melhores momentos. A história de Marco Aurélio, um piloto que virou executivo e se envolveu em esquemas ilícitos, refletia o Brasil da redemocratização. Ele manipulava colegas, traía a confiança da família e desafiava a moral, sempre com um sorriso cínico. O remake mantém essa essência, mas dá ao personagem nuances que dialogam com o público atual.
Nero, conhecido por papéis complexos, encontrou em Marco Aurélio um terreno fértil. Ele descreve o executivo como alguém que “pensa como muitos brasileiros”, com atitudes machistas e autoritárias que ainda persistem. A relação com o filho Tiago, interpretado por Pedro Waddington, é um dos fios condutores da trama, trazendo à tona conflitos geracionais e preconceitos.
Intrigas no mundo corporativo
Marco Aurélio comanda a TCA com mão de ferro. Sua ascensão, de piloto a diretor, é marcada por estratégias agressivas e pouca ética. Um exemplo recente na trama foi quando ele roubou uma ideia de Ivan, personagem de Renato Góes, apresentando-a como sua para a poderosa Odete Roitman, vivida por Debora Bloch. O episódio gerou revolta em Ivan, que promete confrontar o vilão nos próximos capítulos.
No ambiente de trabalho, Marco Aurélio mantém subordinados como Freitas em constante tensão. O assistente, apesar da submissão, tenta sobreviver às ordens do chefe com pequenas doses de ironia. A dinâmica entre os dois é um alívio cômico, mas também revela o jogo de poder que define o personagem. Secretárias como Aldeíde e Consuelo também sofrem com suas exigências, reforçando o perfil autoritário do executivo.
Fora da empresa, Marco Aurélio enfrenta desafios pessoais. Sua namorada, Claudia, começa a questionar suas atitudes, especialmente após flagrá-lo em situações comprometedoras com Maria de Fátima, interpretada por Bella Campos. A jovem, movida por ambição, tenta seduzi-lo, mas acaba envolvida em uma cena de ciúmes que promete mexer com a trama.
Conflitos familiares intensos
A relação de Marco Aurélio com o filho Tiago é um dos pontos mais delicados da novela. O jovem, sensível e avesso às ambições do pai, desperta desconfianças em Marco, que questiona sua sexualidade em uma discussão tensa. A cena, exibida recentemente, mostrou o executivo invadindo o quarto de Tiago e insinuando que ele poderia “ter um problema”. O confronto terminou com o jovem exigindo que o pai saísse, evidenciando o abismo entre eles.
Heleninha Roitman, ex-mulher de Marco Aurélio, também é alvo de suas manipulações. Vivida por Paolla Oliveira, ela luta contra o vício em álcool e tenta se reaproximar do filho, mas o vilão dificulta esse processo. A internação de Heleninha em uma clínica de reabilitação foi um golpe orquestrado por Marco, que usa a fragilidade dela para manter o controle. Apesar disso, a personagem começa a ganhar força, prometendo embates futuros.
A irmã de Marco Aurélio, Cecília, interpretada por Maeve Jinkings, traz outro ângulo à dinâmica familiar. Ela tenta mediar conflitos, mas enfrenta as próprias batalhas, como a gestão de um restaurante que precisa de um novo chef. A família, embora dividida, é o pano de fundo para as ações de Marco, que usa laços pessoais para fortalecer sua influência.
- Tensão com Tiago: Marco questiona a sexualidade do filho, gerando conflito.
- Controle sobre Heleninha: Ele impede a ex-mulher de se aproximar de Tiago.
- Relação com Claudia: Cenas de ciúmes com Maria de Fátima abalam o namoro.
- Poder na TCA: Marco rouba ideias e intimida subordinados como Ivan.
A audiência em alta
Vale Tudo tem conquistado o público desde a estreia. Em São Paulo, principal mercado televisivo do Brasil, a novela marcou 22,2 pontos de média nos primeiros seis capítulos, um aumento de 5% em relação à antecessora, Mania de Você. O pico de audiência veio na estreia, com 24,3 pontos, e a exibição antecipada em 9 de abril, às 20h30, devido à Libertadores, elevou o ibope em 5%. A trama também é sucesso no Globoplay, onde os episódios estão disponíveis para streaming.
A repercussão nas redes sociais é outro termômetro do impacto da novela. Fãs elogiam a atuação de Nero, comparando-o ao lendário Reginaldo Faria, enquanto debatem as atitudes de Marco Aurélio. O vilão, com seu mix de charme e crueldade, já é chamado de “herói” por alguns, o que gerou reações do próprio ator, que ironizou a romantização do personagem. A trama, que vai até outubro, promete crescer ainda mais com a entrada de Odete Roitman no final de abril.
O sucesso entre jovens, especialmente na faixa de 12 a 17 anos, surpreendeu a Globo. A emissora atribui isso à linguagem atualizada e à força do elenco, que mistura nomes consagrados, como Taís Araújo e Debora Bloch, com novos talentos, como Bella Campos. A novela também ganhou destaque por abordar temas como corrupção e desigualdade, ressoando com o público em um momento de polarização no Brasil.
Marcos da trama
A narrativa de Vale Tudo avança com momentos-chave que mantêm o espectador preso. Marco Aurélio, como catalisador de conflitos, está no centro de várias dessas viradas. Abaixo, um resumo dos acontecimentos esperados até o final de abril:
- Confronto com Ivan: Após roubar sua ideia, Marco enfrenta a fúria do jovem.
- Ciúmes de Claudia: Ela flagra o namorado com Maria de Fátima, gerando atrito.
- Chegada de Odete: A vilã, vivida por Debora Bloch, entra na trama em abril.
- Tensão com Tiago: O conflito com o filho se intensifica, com novas discussões.
O charme do vilão
Marco Aurélio não é apenas um antagonista. Sua personalidade multifacetada, que alterna entre grosseria e carisma, faz dele um dos pilares de Vale Tudo. Nero, com sua entrega, explora essas contradições, mostrando um homem que deseja ser um bom pai, mas falha por conta de seus preconceitos. A relação com Tiago, por exemplo, revela uma fragilidade que o executivo tenta esconder sob uma fachada de poder.
No trabalho, ele é implacável. A cena em que apresenta a ideia roubada de Ivan como sua foi um marco recente, mostrando sua habilidade em manipular situações. Fora da TCA, Marco mantém um círculo de aliados e inimigos, como Freitas, que oscila entre lealdade e ressentimento, e Maria de Fátima, cuja ambição o atrai e ameaça ao mesmo tempo. A trama sugere que suas ações terão consequências, mas o vilão parece sempre um passo à frente.
A química de Nero com o elenco é outro destaque. Seja nas discussões com Paolla Oliveira, nas trocas cômicas com Luis Lobianco ou nos embates com Renato Góes, ele domina as cenas. A direção de Silvestrini valoriza esses momentos, usando closes e diálogos afiados para reforçar a presença de Marco Aurélio.
Um clássico reinventado
Reinventar Vale Tudo não foi tarefa fácil. A novela original, exibida entre 1988 e 1989, marcou a televisão brasileira com uma audiência avassaladora e personagens inesquecíveis. Marco Aurélio, com sua fuga debochada, simbolizou a crítica à impunidade, enquanto a trama expunha as mazelas de um país em transformação. A nova versão, escrita por Manuela Dias, mantém esse espírito, mas traz atualizações, como o uso das redes sociais por Maria de Fátima e cenários que refletem o Rio de Janeiro atual.
A escolha de Alexandre Nero para Marco Aurélio foi estratégica. Após três anos longe das novelas das nove, o ator voltou com um papel que exigia versatilidade. Ele evita repetir trejeitos de Reginaldo Faria, mas presta homenagem ao original com gestos sutis, como o sorriso irônico que precede suas armações. A direção artística aposta em sua capacidade de surpreender, e os primeiros capítulos mostram que a aposta valeu a pena.
A trama também se beneficia de um elenco coeso. Taís Araújo, como Raquel, traz força à protagonista, enquanto Bella Campos dá camadas à ambiciosa Maria de Fátima. Debora Bloch, ainda por aparecer como Odete Roitman, é aguardada com ansiedade, e nomes como Malu Galli e Humberto Carrão reforçam a qualidade do time. Marco Aurélio, no centro disso tudo, é o fio que costura os conflitos, prometendo manter o público vidrado até o desfecho em outubro.
