Breaking
15 Apr 2025, Tue

Real Madrid vence Alavés por 1 a 0 com gol de Valverde e Mbappé expulso em jogo quente

real madrid laliga 1 - Foto: X


Um confronto eletrizante agitou o Estádio Mendizorroza, em Vitoria-Gasteiz, onde o Real Madrid venceu o Deportivo Alavés por 1 a 0, pela 31ª rodada da La Liga. O jogo, disputado às 16h15, horário local, foi marcado por intensidade, faltas duras e duas expulsões, incluindo a de Kylian Mbappé, que recebeu cartão vermelho por uma entrada perigosa na panturrilha de Antonio Blanco. O gol solitário de Federico Valverde, marcado ainda no primeiro tempo, garantiu os três pontos para os visitantes, que seguem na briga pela liderança do campeonato. Apesar da vitória, o Real Madrid enfrentou dificuldades com um jogador a menos, enquanto o Alavés, mesmo com chances claras, não conseguiu converter suas oportunidades em gol. A partida reforçou a rivalidade histórica entre os clubes, com o Real Madrid mantendo sua dominância recente sobre o adversário.

O Real Madrid chegou ao confronto após uma derrota surpreendente para o Valencia, o que aumentou a pressão sobre o técnico Carlo Ancelotti. Já o Alavés, embalado por uma vitória magra contra o Girona, apostava na força de sua torcida para surpreender. A escalação inicial do Real Madrid trouxe Lucas Vázquez improvisado na lateral-direita, com Fran García ocupando o lado esquerdo, enquanto o Alavés contou com Kike García como referência no ataque. O clima quente do jogo ficou evidente desde os primeiros minutos, com disputas físicas e intervenções constantes do árbitro Martinez Munuera.

No primeiro tempo, o Real Madrid controlou a posse de bola, mas enfrentou resistência de um Alavés organizado defensivamente. O gol de Valverde, aos 25 minutos, surgiu de uma jogada trabalhada, com Bellingham encontrando o uruguaio na entrada da área para um chute preciso. A vantagem, porém, não trouxe tranquilidade. O segundo tempo foi caótico, com Mbappé expulso aos 37 minutos e Manu Sánchez, do Alavés, recebendo vermelho logo depois, aos 24 minutos da etapa final, por uma falta dura em Vinicius Jr.

  • Local: Estádio Mendizorroza, Vitoria-Gasteiz.
  • Horário: 16h15 (horário local).
  • Árbitro: Martinez Munuera, com VAR em ação.

A expulsão de Mbappé e o impacto no jogo

Kylian Mbappé, principal estrela do Real Madrid, viveu uma tarde para esquecer. Aos 37 minutos do segundo tempo, ele cometeu uma entrada dura na panturrilha de Antonio Blanco, do Alavés, em um lance que gerou revolta entre os jogadores da equipe da casa. Após revisão no VAR, o árbitro mostrou o cartão vermelho direto, deixando os visitantes com um jogador a menos. A expulsão mudou a dinâmica da partida, forçando o Real Madrid a adotar uma postura mais defensiva para proteger a vantagem mínima.

A ausência de Mbappé, que vinha sendo decisivo com 22 gols na temporada, obrigou Ancelotti a reorganizar o time. Vinicius Jr., que entrou no segundo tempo, assumiu a responsabilidade no ataque, mas também acumulou um cartão amarelo por uma falta em Aleñá. A tensão gerada pelo incidente com Mbappé aqueceu os ânimos, com o jogo ganhando contornos ainda mais disputados após a expulsão de Manu Sánchez, do Alavés, minutos depois.

O Alavés, mesmo com um jogador a mais por alguns instantes, não conseguiu capitalizar. Chances criadas por Carlos Martín e Kike García pararam nas mãos de Thibaut Courtois, que, apesar de receber um cartão amarelo por retardar o jogo, foi seguro na meta. O confronto evidenciou a fragilidade do Real Madrid em momentos de pressão, mas também sua capacidade de segurar o resultado em condições adversas.

Valverde decide com precisão

Federico Valverde foi o nome do jogo. O meio-campista uruguaio, conhecido por sua versatilidade, marcou o gol da vitória com um chute colocado de fora da área, aos 25 minutos do primeiro tempo. A jogada começou com uma troca de passes entre Bellingham e Brahim Díaz, que abriu espaço para Valverde finalizar com categoria, sem chances para o goleiro Jesús Owono. O gol, seu terceiro na temporada, reforçou a importância do camisa 8 no esquema de Ancelotti.

Além do gol, Valverde esteve presente em todos os setores do campo, ajudando na recomposição defensiva e na transição ofensiva. Sua atuação ganhou ainda mais relevância após a expulsão de Mbappé, quando o Real Madrid precisou de equilíbrio no meio-campo. Substituído nos acréscimos por Dani Ceballos, o uruguaio deixou o gramado aplaudido pelos torcedores visitantes, que reconheceram sua entrega em um jogo truncado.

O desempenho de Valverde contrasta com as dificuldades de outros setores do time. O Real Madrid, mesmo com um elenco estrelado, sofreu para criar chances claras, especialmente no segundo tempo. A dependência de momentos individuais, como o chute de Valverde, expõe a necessidade de maior consistência coletiva, algo que Ancelotti terá de trabalhar nas próximas rodadas.

  • Estatísticas do Real Madrid:
    • Posse de bola: 58%.
    • Finalizações: 12, com 4 no alvo.
    • Cartões: 4 amarelos e 1 vermelho.

Alavés pressiona, mas esbarra em Courtois

O Deportivo Alavés entrou em campo com a missão de pontuar contra um gigante, e por pouco não conseguiu. A equipe da casa, treinada por Luis García Plaza, mostrou organização defensiva no primeiro tempo, limitando as ações de Mbappé e Bellingham. No ataque, Kike García foi a principal referência, apoiado por Carlos Vicente e Joan Jordán, que buscavam explorar os contra-ataques. Apesar da derrota, o Alavés criou chances suficientes para pelo menos empatar.

No segundo tempo, o time cresceu com as entradas de Carlos Martín e Guevara, que deram mais dinamismo ao meio-campo. Um cabeceio de Antonio Martínez, aos 18 minutos, exigiu grande defesa de Courtois, enquanto Blanco, pouco antes de sofrer a falta de Mbappé, arriscou de fora da área, mas sem direção. A expulsão de Manu Sánchez, porém, comprometeu a reação, deixando o Alavés com dez jogadores e menos fôlego para buscar o empate.

A torcida local, que lotou Mendizorroza, reconheceu o esforço do time, mas saiu frustrada com o resultado. Com 33 gols marcados em 30 jogos, o Alavés ocupa a 13ª posição na La Liga, com um saldo de gols negativo (-11). A derrota mantém a equipe na luta para se afastar da zona de rebaixamento, um desafio que se intensifica com a sequência de jogos difíceis pela frente.

O histórico de confrontos

Real Madrid e Alavés têm uma rivalidade marcada por desequilíbrio. Nos últimos 25 encontros pela La Liga, os madrilenhos venceram 21 vezes, enquanto o Alavés conquistou apenas três vitórias. O confronto mais recente, em setembro do ano passado, terminou com vitória do Real Madrid por 3 a 2, em um jogo decidido por gols de Lucas Vázquez, Rodrygo e Mbappé. Para o Alavés, superar o Real Madrid em casa é uma façanha rara, com apenas duas vitórias nos últimos 11 duelos.

O jogo deste domingo reforçou essa tendência. Mesmo com a expulsão de Mbappé, o Real Madrid soube administrar a vantagem, enquanto o Alavés, apesar da garra, não conseguiu repetir os feitos de 2018 e 2020, quando venceu em Mendizorroza. A superioridade histórica dos visitantes é sustentada por um ataque poderoso, com 443 chutes em 30 rodadas, o segundo melhor da liga, contra os 270 do Alavés, que ocupa a 16ª posição nesse quesito.

Para o Real Madrid, a vitória mantém a hegemonia, mas também serve de alerta. A equipe, segunda colocada com 32 gols de saldo, não pode se dar ao luxo de atuações irregulares em um campeonato tão disputado. O Alavés, por sua vez, segue buscando consistência para escapar da pressão da parte inferior da tabela.

As expulsões que mudaram o jogo

O segundo tempo foi definido por dois momentos de ruptura. Primeiro, a expulsão de Mbappé, aos 37 minutos, após uma entrada perigosa revisada pelo VAR. O francês, que já havia recebido críticas por atuações abaixo do esperado em jogos anteriores, deixou o campo sob vaias da torcida local, aumentando a pressão sobre seu desempenho na temporada. A falta, considerada desleal, gerou discussões entre os jogadores, com Lucas Vázquez e Blanco protagonizando um bate-boca com o árbitro.

Minutos depois, Manu Sánchez, lateral-esquerdo do Alavés, também foi expulso, aos 24 minutos do segundo tempo, por uma entrada dura em Vinicius Jr. O lance, igualmente revisado pelo VAR, equilibrou numericamente as equipes, mas prejudicou o Alavés, que perdeu força no ataque. A sequência de cartões—sete amarelos e dois vermelhos—evidenciou a intensidade do confronto, com ambos os times testando os limites da arbitragem.

A condução do jogo por Martinez Munuera foi alvo de reclamações. O Real Madrid questionou a demora em decisões do VAR, enquanto o Alavés protestou contra a suposta leniência com faltas dos visitantes. Apesar das polêmicas, a vitória madrilenha foi assegurada pela solidez defensiva, com destaque para Antonio Rüdiger, que neutralizou Kike García em momentos cruciais.

  • Jogadores advertidos:
    • Real Madrid: Vinicius Jr., Courtois, Lucas Vázquez, Camavinga, Mbappé (vermelho).
    • Alavés: Tenaglia, Manu Sánchez (vermelho).
  • Substituições: Bellingham, Rodrygo e Valverde (Real Madrid); Guevara, Carlos Martín e Diarra (Alavés).

A pressão sobre Ancelotti

Carlo Ancelotti vive dias de cobrança no Real Madrid. A derrota para o Valencia na rodada anterior e a atuação irregular contra o Alavés reacenderam críticas sobre sua capacidade de extrair o melhor do elenco. Com desfalques importantes, como Dani Carvajal, Éder Militão e Ferland Mendy, todos lesionados, o treinador optou por improvisações, como Vázquez na lateral, que funcionaram apenas parcialmente. A vitória, embora importante, não apaga a necessidade de ajustes.

O técnico italiano escalou Brahim Díaz como titular, buscando criatividade no meio-campo, mas a falta de ritmo da equipe ficou evidente. A expulsão de Mbappé complicou ainda mais os planos, forçando Ancelotti a reforçar a defesa com a entrada de Fran García. Nos bastidores, o treinador mantém o apoio da diretoria, mas sabe que a torcida espera atuações mais convincentes, especialmente com rivais como o Barcelona liderando a tabela.

A confiança em jogadores como Valverde e Bellingham é um trunfo para Ancelotti. O inglês, apesar de substituído no segundo tempo, foi peça-chave na construção do gol, enquanto Vinicius Jr., mesmo com o cartão amarelo, trouxe perigo com sua velocidade. A sequência de jogos, incluindo compromissos na Liga dos Campeões, será decisiva para o futuro do treinador no clube.

O papel de Courtois na vitória

Thibaut Courtois, mesmo com um cartão amarelo por retardar o jogo, foi fundamental para o Real Madrid. O goleiro belga fez pelo menos três defesas difíceis, incluindo um cabeceio de Antonio Martínez e um chute de Blanco, garantindo a vantagem mínima. Sua presença, após uma temporada marcada por lesões, é um alívio para o time, que sofreu 31 gols em 30 rodadas, o quinto melhor desempenho defensivo da liga.

A atuação de Courtois contrasta com as dificuldades do Alavés no ataque. Jesús Owono, substituto de Antonio Sivera, suspenso, teve uma atuação segura, mas não conseguiu evitar o gol de Valverde. A falta de precisão dos donos da casa, com apenas quatro chutes no alvo em 11 tentativas, facilitou o trabalho do goleiro madrilenho, que saiu de campo como um dos destaques da partida.

O confronto também expôs a diferença de qualidade entre os elencos. Enquanto o Real Madrid conta com nomes como Courtois, Rüdiger e Bellingham, o Alavés depende de jogadores como Kike García e Carlos Vicente, que, apesar do esforço, não têm o mesmo impacto. A vitória reforça a capacidade do Real Madrid de vencer mesmo em dias menos inspirados, mas também destaca a resiliência do Alavés em casa.

A torcida e o clima em Mendizorroza

O Estádio Mendizorroza esteve lotado, com cerca de 19 mil torcedores empurrando o Alavés. A expectativa de enfrentar o Real Madrid, um dos maiores clubes do mundo, mobilizou a cidade de Vitoria-Gasteiz, com bandeiras e cânticos ecoando desde cedo. A torcida local, conhecida por sua paixão, não poupou vaias para Mbappé após sua expulsão, mas também aplaudiu o esforço do time, especialmente após a reação no segundo tempo.

Os torcedores do Real Madrid, em menor número, marcaram presença com faixas de apoio a Vinicius Jr. e Bellingham. A vitória foi celebrada com alívio, mas sem euforia, já que o desempenho da equipe deixou a desejar. A expulsão de Mbappé gerou debates nas arquibancadas, com parte dos fãs questionando a atitude do francês, enquanto outros apontaram a arbitragem como rigorosa demais.

O clima quente do jogo refletiu a importância do confronto para ambos os lados. Para o Alavés, pontuar contra o Real Madrid seria um impulso na luta contra o rebaixamento. Para os visitantes, a vitória mantém a perseguição ao líder Barcelona, que soma sete pontos a mais após 30 rodadas. A rivalidade, embora desigual, segue viva, com o Alavés prometendo dificuldades em futuros encontros.

O que vem pela frente na La Liga

O Real Madrid retorna a campo na próxima quarta-feira, enfrentando o Atlético de Madrid em um clássico decisivo no Santiago Bernabéu. O jogo, válido pela 32ª rodada, pode reduzir a distância para o Barcelona, que enfrenta o Betis no mesmo dia. Para o Alavés, o desafio será contra o Villarreal, fora de casa, em mais uma partida crucial para se afastar da zona de perigo.

  • Próximos jogos:
    • Real Madrid x Atlético de Madrid, 16/04, 20h30.
    • Villarreal x Alavés, 17/04, 19h.
    • Barcelona x Betis, 16/04, 21h.

A sequência de partidas será um teste para os dois clubes. O Real Madrid, com compromissos na Liga dos Campeões, precisará gerenciar o elenco, especialmente sem Mbappé, que pode pegar até três jogos de suspensão. O Alavés, por sua vez, aposta na volta de jogadores suspensos, como Antonio Sivera e Jon Guridi, para reforçar o time.

A força de Bellingham no meio-campo

Jude Bellingham, mesmo sem marcar, foi peça central no esquema do Real Madrid. O inglês, que soma seis assistências na temporada, participou diretamente do gol de Valverde, com um passe que quebrou a linha defensiva do Alavés. Sua capacidade de ditar o ritmo e pressionar na marcação foi essencial, especialmente após a expulsão de Mbappé, quando o time precisou de maior controle no meio-campo.

Substituído por Arda Güler no segundo tempo, Bellingham mostrou cansaço, mas deixou o campo com a missão cumprida. Sua parceria com Valverde e Camavinga forma a espinha dorsal do Real Madrid, compensando a ausência de Toni Kroos, aposentado, e a irregularidade de Luka Modric, que não entrou em campo. A influência do camisa 5 cresce a cada jogo, consolidando-o como líder técnico da equipe.

Para o Alavés, neutralizar Bellingham foi um desafio. Joan Jordán e Antonio Blanco até conseguiram limitar suas ações em alguns momentos, mas a qualidade do inglês prevaleceu. A diferença de nível entre os meio-campistas das duas equipes foi um dos fatores que decidiu o jogo, com o Real Madrid dominando as ações no setor central.

O desafio do Alavés na temporada

Com a derrota, o Alavés permanece na 13ª posição, com 33 pontos, a cinco da zona de rebaixamento. A campanha irregular, com apenas nove vitórias em 31 rodadas, reflete as dificuldades de um elenco limitado, mas combativo. Kike García, com 11 gols, é o artilheiro do time, seguido por Carlos Vicente, que soma quatro gols e três assistências. A falta de consistência ofensiva, com apenas 9 chutes por jogo, é um obstáculo para ambições maiores.

Luis García Plaza, técnico do Alavés, mantém o apoio da diretoria, mas enfrenta pressão para melhorar o desempenho em casa. A vitória contra o Girona, na rodada anterior, trouxe alívio, mas a derrota para o Real Madrid expôs as fragilidades contra adversários de elite. A suspensão de Manu Sánchez e a possível ausência de outros titulares por lesão complicam a preparação para o próximo jogo.

A torcida, apesar do revés, segue confiante na permanência na La Liga. O Alavés tem uma base sólida, com jogadores jovens como Carlos Martín e veteranos como Antonio Blanco, mas precisa de maior regularidade para evitar sustos na reta final da temporada. O confronto com o Villarreal será uma chance de recuperação, mas exigirá superação.

O impacto da vitória para o Real Madrid

A vitória, mesmo suada, mantém o Real Madrid na segunda posição, com 63 pontos e um saldo de 32 gols, atrás apenas do Barcelona. Os três pontos são cruciais em um momento de instabilidade, com a equipe sofrendo para manter o ritmo de temporadas anteriores. A ausência de jogadores como Militão, Carvajal e Mendy, todos no departamento médico, força Ancelotti a buscar soluções criativas, mas também expõe a fragilidade do elenco em momentos decisivos.

Vinicius Jr., que entrou no segundo tempo, trouxe alívio com sua velocidade, mas não conseguiu marcar, algo que tem sido recorrente em jogos fora de casa. A expulsão de Mbappé, somada à suspensão de Camavinga para o próximo jogo da Liga dos Campeões, aumenta os desafios de Ancelotti, que precisará rodar o elenco para manter a competitividade em duas frentes.

O confronto com o Alavés reforça a capacidade do Real Madrid de vencer sob pressão, mas também serve como alerta. A liderança do Barcelona, com um jogo a menos, coloca o time madrilenho em uma posição de perseguição, algo que não era esperado no início da temporada. A torcida, que lotou as redes sociais com elogios a Valverde e críticas a Mbappé, espera por dias melhores.

  • Números do jogo:
    • Real Madrid: 58% de posse, 12 finalizações, 4 no alvo.
    • Alavés: 42% de posse, 11 finalizações, 4 no alvo.
    • Faltas: 16 (Real Madrid) x 14 (Alavés).



Um confronto eletrizante agitou o Estádio Mendizorroza, em Vitoria-Gasteiz, onde o Real Madrid venceu o Deportivo Alavés por 1 a 0, pela 31ª rodada da La Liga. O jogo, disputado às 16h15, horário local, foi marcado por intensidade, faltas duras e duas expulsões, incluindo a de Kylian Mbappé, que recebeu cartão vermelho por uma entrada perigosa na panturrilha de Antonio Blanco. O gol solitário de Federico Valverde, marcado ainda no primeiro tempo, garantiu os três pontos para os visitantes, que seguem na briga pela liderança do campeonato. Apesar da vitória, o Real Madrid enfrentou dificuldades com um jogador a menos, enquanto o Alavés, mesmo com chances claras, não conseguiu converter suas oportunidades em gol. A partida reforçou a rivalidade histórica entre os clubes, com o Real Madrid mantendo sua dominância recente sobre o adversário.

O Real Madrid chegou ao confronto após uma derrota surpreendente para o Valencia, o que aumentou a pressão sobre o técnico Carlo Ancelotti. Já o Alavés, embalado por uma vitória magra contra o Girona, apostava na força de sua torcida para surpreender. A escalação inicial do Real Madrid trouxe Lucas Vázquez improvisado na lateral-direita, com Fran García ocupando o lado esquerdo, enquanto o Alavés contou com Kike García como referência no ataque. O clima quente do jogo ficou evidente desde os primeiros minutos, com disputas físicas e intervenções constantes do árbitro Martinez Munuera.

No primeiro tempo, o Real Madrid controlou a posse de bola, mas enfrentou resistência de um Alavés organizado defensivamente. O gol de Valverde, aos 25 minutos, surgiu de uma jogada trabalhada, com Bellingham encontrando o uruguaio na entrada da área para um chute preciso. A vantagem, porém, não trouxe tranquilidade. O segundo tempo foi caótico, com Mbappé expulso aos 37 minutos e Manu Sánchez, do Alavés, recebendo vermelho logo depois, aos 24 minutos da etapa final, por uma falta dura em Vinicius Jr.

  • Local: Estádio Mendizorroza, Vitoria-Gasteiz.
  • Horário: 16h15 (horário local).
  • Árbitro: Martinez Munuera, com VAR em ação.

A expulsão de Mbappé e o impacto no jogo

Kylian Mbappé, principal estrela do Real Madrid, viveu uma tarde para esquecer. Aos 37 minutos do segundo tempo, ele cometeu uma entrada dura na panturrilha de Antonio Blanco, do Alavés, em um lance que gerou revolta entre os jogadores da equipe da casa. Após revisão no VAR, o árbitro mostrou o cartão vermelho direto, deixando os visitantes com um jogador a menos. A expulsão mudou a dinâmica da partida, forçando o Real Madrid a adotar uma postura mais defensiva para proteger a vantagem mínima.

A ausência de Mbappé, que vinha sendo decisivo com 22 gols na temporada, obrigou Ancelotti a reorganizar o time. Vinicius Jr., que entrou no segundo tempo, assumiu a responsabilidade no ataque, mas também acumulou um cartão amarelo por uma falta em Aleñá. A tensão gerada pelo incidente com Mbappé aqueceu os ânimos, com o jogo ganhando contornos ainda mais disputados após a expulsão de Manu Sánchez, do Alavés, minutos depois.

O Alavés, mesmo com um jogador a mais por alguns instantes, não conseguiu capitalizar. Chances criadas por Carlos Martín e Kike García pararam nas mãos de Thibaut Courtois, que, apesar de receber um cartão amarelo por retardar o jogo, foi seguro na meta. O confronto evidenciou a fragilidade do Real Madrid em momentos de pressão, mas também sua capacidade de segurar o resultado em condições adversas.

Valverde decide com precisão

Federico Valverde foi o nome do jogo. O meio-campista uruguaio, conhecido por sua versatilidade, marcou o gol da vitória com um chute colocado de fora da área, aos 25 minutos do primeiro tempo. A jogada começou com uma troca de passes entre Bellingham e Brahim Díaz, que abriu espaço para Valverde finalizar com categoria, sem chances para o goleiro Jesús Owono. O gol, seu terceiro na temporada, reforçou a importância do camisa 8 no esquema de Ancelotti.

Além do gol, Valverde esteve presente em todos os setores do campo, ajudando na recomposição defensiva e na transição ofensiva. Sua atuação ganhou ainda mais relevância após a expulsão de Mbappé, quando o Real Madrid precisou de equilíbrio no meio-campo. Substituído nos acréscimos por Dani Ceballos, o uruguaio deixou o gramado aplaudido pelos torcedores visitantes, que reconheceram sua entrega em um jogo truncado.

O desempenho de Valverde contrasta com as dificuldades de outros setores do time. O Real Madrid, mesmo com um elenco estrelado, sofreu para criar chances claras, especialmente no segundo tempo. A dependência de momentos individuais, como o chute de Valverde, expõe a necessidade de maior consistência coletiva, algo que Ancelotti terá de trabalhar nas próximas rodadas.

  • Estatísticas do Real Madrid:
    • Posse de bola: 58%.
    • Finalizações: 12, com 4 no alvo.
    • Cartões: 4 amarelos e 1 vermelho.

Alavés pressiona, mas esbarra em Courtois

O Deportivo Alavés entrou em campo com a missão de pontuar contra um gigante, e por pouco não conseguiu. A equipe da casa, treinada por Luis García Plaza, mostrou organização defensiva no primeiro tempo, limitando as ações de Mbappé e Bellingham. No ataque, Kike García foi a principal referência, apoiado por Carlos Vicente e Joan Jordán, que buscavam explorar os contra-ataques. Apesar da derrota, o Alavés criou chances suficientes para pelo menos empatar.

No segundo tempo, o time cresceu com as entradas de Carlos Martín e Guevara, que deram mais dinamismo ao meio-campo. Um cabeceio de Antonio Martínez, aos 18 minutos, exigiu grande defesa de Courtois, enquanto Blanco, pouco antes de sofrer a falta de Mbappé, arriscou de fora da área, mas sem direção. A expulsão de Manu Sánchez, porém, comprometeu a reação, deixando o Alavés com dez jogadores e menos fôlego para buscar o empate.

A torcida local, que lotou Mendizorroza, reconheceu o esforço do time, mas saiu frustrada com o resultado. Com 33 gols marcados em 30 jogos, o Alavés ocupa a 13ª posição na La Liga, com um saldo de gols negativo (-11). A derrota mantém a equipe na luta para se afastar da zona de rebaixamento, um desafio que se intensifica com a sequência de jogos difíceis pela frente.

O histórico de confrontos

Real Madrid e Alavés têm uma rivalidade marcada por desequilíbrio. Nos últimos 25 encontros pela La Liga, os madrilenhos venceram 21 vezes, enquanto o Alavés conquistou apenas três vitórias. O confronto mais recente, em setembro do ano passado, terminou com vitória do Real Madrid por 3 a 2, em um jogo decidido por gols de Lucas Vázquez, Rodrygo e Mbappé. Para o Alavés, superar o Real Madrid em casa é uma façanha rara, com apenas duas vitórias nos últimos 11 duelos.

O jogo deste domingo reforçou essa tendência. Mesmo com a expulsão de Mbappé, o Real Madrid soube administrar a vantagem, enquanto o Alavés, apesar da garra, não conseguiu repetir os feitos de 2018 e 2020, quando venceu em Mendizorroza. A superioridade histórica dos visitantes é sustentada por um ataque poderoso, com 443 chutes em 30 rodadas, o segundo melhor da liga, contra os 270 do Alavés, que ocupa a 16ª posição nesse quesito.

Para o Real Madrid, a vitória mantém a hegemonia, mas também serve de alerta. A equipe, segunda colocada com 32 gols de saldo, não pode se dar ao luxo de atuações irregulares em um campeonato tão disputado. O Alavés, por sua vez, segue buscando consistência para escapar da pressão da parte inferior da tabela.

As expulsões que mudaram o jogo

O segundo tempo foi definido por dois momentos de ruptura. Primeiro, a expulsão de Mbappé, aos 37 minutos, após uma entrada perigosa revisada pelo VAR. O francês, que já havia recebido críticas por atuações abaixo do esperado em jogos anteriores, deixou o campo sob vaias da torcida local, aumentando a pressão sobre seu desempenho na temporada. A falta, considerada desleal, gerou discussões entre os jogadores, com Lucas Vázquez e Blanco protagonizando um bate-boca com o árbitro.

Minutos depois, Manu Sánchez, lateral-esquerdo do Alavés, também foi expulso, aos 24 minutos do segundo tempo, por uma entrada dura em Vinicius Jr. O lance, igualmente revisado pelo VAR, equilibrou numericamente as equipes, mas prejudicou o Alavés, que perdeu força no ataque. A sequência de cartões—sete amarelos e dois vermelhos—evidenciou a intensidade do confronto, com ambos os times testando os limites da arbitragem.

A condução do jogo por Martinez Munuera foi alvo de reclamações. O Real Madrid questionou a demora em decisões do VAR, enquanto o Alavés protestou contra a suposta leniência com faltas dos visitantes. Apesar das polêmicas, a vitória madrilenha foi assegurada pela solidez defensiva, com destaque para Antonio Rüdiger, que neutralizou Kike García em momentos cruciais.

  • Jogadores advertidos:
    • Real Madrid: Vinicius Jr., Courtois, Lucas Vázquez, Camavinga, Mbappé (vermelho).
    • Alavés: Tenaglia, Manu Sánchez (vermelho).
  • Substituições: Bellingham, Rodrygo e Valverde (Real Madrid); Guevara, Carlos Martín e Diarra (Alavés).

A pressão sobre Ancelotti

Carlo Ancelotti vive dias de cobrança no Real Madrid. A derrota para o Valencia na rodada anterior e a atuação irregular contra o Alavés reacenderam críticas sobre sua capacidade de extrair o melhor do elenco. Com desfalques importantes, como Dani Carvajal, Éder Militão e Ferland Mendy, todos lesionados, o treinador optou por improvisações, como Vázquez na lateral, que funcionaram apenas parcialmente. A vitória, embora importante, não apaga a necessidade de ajustes.

O técnico italiano escalou Brahim Díaz como titular, buscando criatividade no meio-campo, mas a falta de ritmo da equipe ficou evidente. A expulsão de Mbappé complicou ainda mais os planos, forçando Ancelotti a reforçar a defesa com a entrada de Fran García. Nos bastidores, o treinador mantém o apoio da diretoria, mas sabe que a torcida espera atuações mais convincentes, especialmente com rivais como o Barcelona liderando a tabela.

A confiança em jogadores como Valverde e Bellingham é um trunfo para Ancelotti. O inglês, apesar de substituído no segundo tempo, foi peça-chave na construção do gol, enquanto Vinicius Jr., mesmo com o cartão amarelo, trouxe perigo com sua velocidade. A sequência de jogos, incluindo compromissos na Liga dos Campeões, será decisiva para o futuro do treinador no clube.

O papel de Courtois na vitória

Thibaut Courtois, mesmo com um cartão amarelo por retardar o jogo, foi fundamental para o Real Madrid. O goleiro belga fez pelo menos três defesas difíceis, incluindo um cabeceio de Antonio Martínez e um chute de Blanco, garantindo a vantagem mínima. Sua presença, após uma temporada marcada por lesões, é um alívio para o time, que sofreu 31 gols em 30 rodadas, o quinto melhor desempenho defensivo da liga.

A atuação de Courtois contrasta com as dificuldades do Alavés no ataque. Jesús Owono, substituto de Antonio Sivera, suspenso, teve uma atuação segura, mas não conseguiu evitar o gol de Valverde. A falta de precisão dos donos da casa, com apenas quatro chutes no alvo em 11 tentativas, facilitou o trabalho do goleiro madrilenho, que saiu de campo como um dos destaques da partida.

O confronto também expôs a diferença de qualidade entre os elencos. Enquanto o Real Madrid conta com nomes como Courtois, Rüdiger e Bellingham, o Alavés depende de jogadores como Kike García e Carlos Vicente, que, apesar do esforço, não têm o mesmo impacto. A vitória reforça a capacidade do Real Madrid de vencer mesmo em dias menos inspirados, mas também destaca a resiliência do Alavés em casa.

A torcida e o clima em Mendizorroza

O Estádio Mendizorroza esteve lotado, com cerca de 19 mil torcedores empurrando o Alavés. A expectativa de enfrentar o Real Madrid, um dos maiores clubes do mundo, mobilizou a cidade de Vitoria-Gasteiz, com bandeiras e cânticos ecoando desde cedo. A torcida local, conhecida por sua paixão, não poupou vaias para Mbappé após sua expulsão, mas também aplaudiu o esforço do time, especialmente após a reação no segundo tempo.

Os torcedores do Real Madrid, em menor número, marcaram presença com faixas de apoio a Vinicius Jr. e Bellingham. A vitória foi celebrada com alívio, mas sem euforia, já que o desempenho da equipe deixou a desejar. A expulsão de Mbappé gerou debates nas arquibancadas, com parte dos fãs questionando a atitude do francês, enquanto outros apontaram a arbitragem como rigorosa demais.

O clima quente do jogo refletiu a importância do confronto para ambos os lados. Para o Alavés, pontuar contra o Real Madrid seria um impulso na luta contra o rebaixamento. Para os visitantes, a vitória mantém a perseguição ao líder Barcelona, que soma sete pontos a mais após 30 rodadas. A rivalidade, embora desigual, segue viva, com o Alavés prometendo dificuldades em futuros encontros.

O que vem pela frente na La Liga

O Real Madrid retorna a campo na próxima quarta-feira, enfrentando o Atlético de Madrid em um clássico decisivo no Santiago Bernabéu. O jogo, válido pela 32ª rodada, pode reduzir a distância para o Barcelona, que enfrenta o Betis no mesmo dia. Para o Alavés, o desafio será contra o Villarreal, fora de casa, em mais uma partida crucial para se afastar da zona de perigo.

  • Próximos jogos:
    • Real Madrid x Atlético de Madrid, 16/04, 20h30.
    • Villarreal x Alavés, 17/04, 19h.
    • Barcelona x Betis, 16/04, 21h.

A sequência de partidas será um teste para os dois clubes. O Real Madrid, com compromissos na Liga dos Campeões, precisará gerenciar o elenco, especialmente sem Mbappé, que pode pegar até três jogos de suspensão. O Alavés, por sua vez, aposta na volta de jogadores suspensos, como Antonio Sivera e Jon Guridi, para reforçar o time.

A força de Bellingham no meio-campo

Jude Bellingham, mesmo sem marcar, foi peça central no esquema do Real Madrid. O inglês, que soma seis assistências na temporada, participou diretamente do gol de Valverde, com um passe que quebrou a linha defensiva do Alavés. Sua capacidade de ditar o ritmo e pressionar na marcação foi essencial, especialmente após a expulsão de Mbappé, quando o time precisou de maior controle no meio-campo.

Substituído por Arda Güler no segundo tempo, Bellingham mostrou cansaço, mas deixou o campo com a missão cumprida. Sua parceria com Valverde e Camavinga forma a espinha dorsal do Real Madrid, compensando a ausência de Toni Kroos, aposentado, e a irregularidade de Luka Modric, que não entrou em campo. A influência do camisa 5 cresce a cada jogo, consolidando-o como líder técnico da equipe.

Para o Alavés, neutralizar Bellingham foi um desafio. Joan Jordán e Antonio Blanco até conseguiram limitar suas ações em alguns momentos, mas a qualidade do inglês prevaleceu. A diferença de nível entre os meio-campistas das duas equipes foi um dos fatores que decidiu o jogo, com o Real Madrid dominando as ações no setor central.

O desafio do Alavés na temporada

Com a derrota, o Alavés permanece na 13ª posição, com 33 pontos, a cinco da zona de rebaixamento. A campanha irregular, com apenas nove vitórias em 31 rodadas, reflete as dificuldades de um elenco limitado, mas combativo. Kike García, com 11 gols, é o artilheiro do time, seguido por Carlos Vicente, que soma quatro gols e três assistências. A falta de consistência ofensiva, com apenas 9 chutes por jogo, é um obstáculo para ambições maiores.

Luis García Plaza, técnico do Alavés, mantém o apoio da diretoria, mas enfrenta pressão para melhorar o desempenho em casa. A vitória contra o Girona, na rodada anterior, trouxe alívio, mas a derrota para o Real Madrid expôs as fragilidades contra adversários de elite. A suspensão de Manu Sánchez e a possível ausência de outros titulares por lesão complicam a preparação para o próximo jogo.

A torcida, apesar do revés, segue confiante na permanência na La Liga. O Alavés tem uma base sólida, com jogadores jovens como Carlos Martín e veteranos como Antonio Blanco, mas precisa de maior regularidade para evitar sustos na reta final da temporada. O confronto com o Villarreal será uma chance de recuperação, mas exigirá superação.

O impacto da vitória para o Real Madrid

A vitória, mesmo suada, mantém o Real Madrid na segunda posição, com 63 pontos e um saldo de 32 gols, atrás apenas do Barcelona. Os três pontos são cruciais em um momento de instabilidade, com a equipe sofrendo para manter o ritmo de temporadas anteriores. A ausência de jogadores como Militão, Carvajal e Mendy, todos no departamento médico, força Ancelotti a buscar soluções criativas, mas também expõe a fragilidade do elenco em momentos decisivos.

Vinicius Jr., que entrou no segundo tempo, trouxe alívio com sua velocidade, mas não conseguiu marcar, algo que tem sido recorrente em jogos fora de casa. A expulsão de Mbappé, somada à suspensão de Camavinga para o próximo jogo da Liga dos Campeões, aumenta os desafios de Ancelotti, que precisará rodar o elenco para manter a competitividade em duas frentes.

O confronto com o Alavés reforça a capacidade do Real Madrid de vencer sob pressão, mas também serve como alerta. A liderança do Barcelona, com um jogo a menos, coloca o time madrilenho em uma posição de perseguição, algo que não era esperado no início da temporada. A torcida, que lotou as redes sociais com elogios a Valverde e críticas a Mbappé, espera por dias melhores.

  • Números do jogo:
    • Real Madrid: 58% de posse, 12 finalizações, 4 no alvo.
    • Alavés: 42% de posse, 11 finalizações, 4 no alvo.
    • Faltas: 16 (Real Madrid) x 14 (Alavés).



Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *