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16 Apr 2025, Wed

4 perguntas para Klaus Meine e Rudolf Schenker (Scorpions)

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O Scorpions retorna ao Brasil nesta semana para três shows. Na quarta-feira (16), a banda toca no Arena of Rock, em Brasília, com Judas Priest, Europe e Kisser Clan. Sábado (19) é a vez do festival Monsters of Rock, em São Paulo, também com Priest e Europe, além de Savatage, Queensrÿche, Opeth e Stratovarius. A agenda se encerra segunda-feira (21), no Rio de Janeiro, em data solo.

Antes dos compromissos na estrada, este que vos escreve pôde conversar com Klaus Meine e Rudolf Schenker, respectivamente vocalista e guitarrista do grupo alemão.

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O bate-papo saiu na Rolling Stone Brasil (leia a íntegra aqui) e no YouTube (clique para assistir), mas vale trazer algumas respostas para o site IgorMiranda.com.br.

Entrevista com Klaus Meine e Rudolf Schenker (Scorpions)

Igor Miranda: Vamos falar sobre essa próxima turnê aqui no Brasil, mas primeiro eu preciso dizer que fiquei muito feliz em ver vocês de volta tocando no México. Isso deixou os fãs brasileiros mais tranquilos depois do que aconteceu com Mikkey. Como foi voltar a se apresentar depois de ter que adiar os shows em Las Vegas?
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Klaus Meine: Bem, foi um momento trágico quando isso aconteceu com Mikkey no Natal, e ele precisou passar por uma cirurgia no pé. Não sabíamos se ele estaria de volta em forma, pronto para tocar e com saúde já em março. Por isso, tivemos que adiar os shows em Las Vegas, outra residência no Planet Hollywood. Adiamos essas apresentações para agosto deste ano, o que deu a Mikkey um pouco mais de tempo. Depois, viemos para cá algumas semanas atrás para ensaiar o set, e ele trouxe seu filho Marcus, que também é um baterista jovem e fantástico. Foi incrível ver os dois juntos quando tocamos na Cidade do México, como eles compartilharam o trono da bateria tocando com a banda. Foi fantástico ver essa passagem de bastão do Mikkey para a nova geração.
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Então, Marcus tocou algumas músicas antes de Mikkey voltar ao palco, dando um pequeno respiro para o pai ao longo do show. Foi bom para que ele não se esforçasse demais e não colocasse a saúde em risco, porque queremos começar a turnê no Brasil em algumas semanas e, quando tocarmos por toda a América Latina, queremos Mikkey em plena forma e com a melhor saúde possível. Acho que a maneira como lidamos com isso na Cidade do México foi boa, e os fãs adoraram. Muita gente estava perguntando: “Quem é esse jovem lindo baterista?” E acho que Mikkey ficou – e ainda está – muito orgulhoso de ver seu filho tocando na frente de 80 mil fãs mexicanos enlouquecidos.

Mikkey Dee (Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox)

IM: Falando no Monsters of Rock aqui no Brasil, vocês vão se apresentar nesta edição especial, que celebra os 30 anos do festival no nosso país. E vocês já fazem parte dessa história, já que tocaram na edição de 2023 ao lado do Kiss, Deep Purple, Helloween e muitas outras bandas. Que memórias você tem dessa edição anterior?
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KM: É sempre incrível voltar ao Brasil. Nossa história com os fãs brasileiros remonta a 1985, quando tocamos na primeira edição do Rock in Rio. Então, voltar sempre é algo muito especial. São Paulo é uma cidade muito “hard and heavy”, dá para sentir que eles amam a banda, amam esse gênero. São verdadeiros headbangers! E quando esse festival acontece, você pode ter certeza de que será uma noite de muito rock. Estamos muito animados por fazer parte disso, especialmente com as outras bandas do lineup, como o Judas Priest. Este será um ano muito especial para nós, celebrando os 60 anos do Scorpions, e vamos percorrer toda a América Latina. Começar no Brasil, passando por Brasília, São Paulo e, claro, o Rio de Janeiro, nos deixa empolgados.

Klaus Meine (Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox)

IM: Já que você mencionou o Judas Priest, eles também vão tocar com vocês na Alemanha, no show que celebrará os 60 anos do Scorpions. Como é a relação de vocês com o Judas Priest?
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Rudolf Schenker: Uma amizade muito tranquila. Tocamos com eles, acho que em 1980 ou 1981, em uma turnê americana onde Def Leppard, Judas Priest e Scorpions estavam juntos. Aliás, K.K. e Glenn são, de certa forma, responsáveis pelo título “Blackout”. Tivemos uma festa no quarto, porque eles vieram até mim com duas ou três garrafas de cerveja e disseram: “Ei, vamos tomar um drink para celebrar a turnê”. Eu disse: “Ok, mas isso não é o suficiente. Temos que beber do jeito Scorpions: uísque, vinho tinto e, por cima, cerveja, por causa da espuma branca, porque fica com um visual melhor”. De repente, Glenn perguntou: “Ei, onde estão os Leppies?” E eu disse: “Não sei, alguém me disse que eles estão no quarto”. Então, subimos para ver.
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KM: Os “Leppies” são o Def Leppard!
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RS: Exatamente, esse era o apelido deles. Fomos até o quarto dos Leppies, batemos na porta e, quando abriram, eu perguntei: “Ei, o que está acontecendo com vocês? Estão assistindo TV? Não acredito!” Peguei o copo e despejei a cerveja – toda a mistura – na TV. O resultado foi que quase fui preso e nem lembrava de nada, porque tive um blecaute. No dia seguinte, contei a história para Klaus e Herman e disse: “Cara, foi loucura. Tivemos essa festa e, de alguma forma, não lembro de nada.” A primeira coisa que Herman disse foi: “Sabe o que você teve? Um blackout.” Eu perguntei: “Que blackout?” e ele respondeu: “Sim, quando você não lembra dessas coisas, isso se chama blackout.” Herman já estava saindo quando se virou e disse: “Aliás, esse é um bom nome para um álbum.” E assim nasceu o “Blackout!”.
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IM: A vida inspirando a arte!
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KM: E talvez Judas Priest tenha escrito uma música sobre, chamada “Breaking the Law”. [Risos]
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RS: Sim! Tivemos ótimos momentos juntos. Temos uma grande amizade, especialmente com o Rob – ele é um cara incrível. Na última vez que tocamos em Las Vegas, o baterista deles foi nos visitar e assistir ao show. Temos uma relação amigável, e isso é muito bom, porque quando você está na estrada, é importante ter amigos ao redor. Isso cria uma atmosfera diferente no palco e torna tudo ainda mais especial.
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KM: Eles também são uma dessas bandas lendárias e estão na estrada há muitas décadas. São como os padrinhos do heavy metal. Rob é uma personalidade incrível no rock e no metal. Estamos ansiosos para reencontrá-los e, claro, para enlouquecer os fãs brasileiros com muito rock!

Rudolf Schenker (Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox)

IM: Não temos muito tempo, mas tenho uma última pergunta sobre um próximo projeto de vocês. Ouvi o Klaus dizer em outra entrevista que as filmagens do filme dos Scorpions começam em maio. O que vocês podem nos contar sobre a história que será contada no filme? Há algum período específico da carreira da banda que será o foco?
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KM: Tem um produtor em Los Angeles que está trabalhando nesse projeto há bastante tempo. É algo muito importante para ele, algo que ele faz com todo o coração e paixão, tanto pelo rock quanto pelo amor que tem pelo Scorpions, pela nossa música e jornada profissional. Ele não quer fazer um documentário, mas sim uma cinebiografia sobre a banda, contando nossa história. Ainda estamos na fase de configuração de todo o projeto. Esperamos que as filmagens comecem em breve, mas ainda não sabemos exatamente quando. Esperamos que consigam terminar tudo nos próximos meses, para que coincida com o 60º aniversário da banda. Seria maravilhoso. Eles vão contar a história dos Scorpions de um ponto de vista diferente. O produtor é persa, vive em Los Angeles, trabalha muito próximo da Warner Brothers há muitos anos e tem bastante experiência. Ele tem uma excelente equipe, e todos estão envolvidos com o coração e a alma nesse projeto, com a intenção de fazer um grande filme sobre a banda, para que os fãs ao redor do mundo possam ver e compartilhar com a gente.
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RS: Vai ser com atores reais, não seremos nós, mas eles estão procurando as pessoas certas para representar cada um de nós, procurando atores do jovem Klaus Meine e do jovem Rudolf Schenker.

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O Scorpions retorna ao Brasil nesta semana para três shows. Na quarta-feira (16), a banda toca no Arena of Rock, em Brasília, com Judas Priest, Europe e Kisser Clan. Sábado (19) é a vez do festival Monsters of Rock, em São Paulo, também com Priest e Europe, além de Savatage, Queensrÿche, Opeth e Stratovarius. A agenda se encerra segunda-feira (21), no Rio de Janeiro, em data solo.

Antes dos compromissos na estrada, este que vos escreve pôde conversar com Klaus Meine e Rudolf Schenker, respectivamente vocalista e guitarrista do grupo alemão.

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O bate-papo saiu na Rolling Stone Brasil (leia a íntegra aqui) e no YouTube (clique para assistir), mas vale trazer algumas respostas para o site IgorMiranda.com.br.

Entrevista com Klaus Meine e Rudolf Schenker (Scorpions)

Igor Miranda: Vamos falar sobre essa próxima turnê aqui no Brasil, mas primeiro eu preciso dizer que fiquei muito feliz em ver vocês de volta tocando no México. Isso deixou os fãs brasileiros mais tranquilos depois do que aconteceu com Mikkey. Como foi voltar a se apresentar depois de ter que adiar os shows em Las Vegas?
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Klaus Meine: Bem, foi um momento trágico quando isso aconteceu com Mikkey no Natal, e ele precisou passar por uma cirurgia no pé. Não sabíamos se ele estaria de volta em forma, pronto para tocar e com saúde já em março. Por isso, tivemos que adiar os shows em Las Vegas, outra residência no Planet Hollywood. Adiamos essas apresentações para agosto deste ano, o que deu a Mikkey um pouco mais de tempo. Depois, viemos para cá algumas semanas atrás para ensaiar o set, e ele trouxe seu filho Marcus, que também é um baterista jovem e fantástico. Foi incrível ver os dois juntos quando tocamos na Cidade do México, como eles compartilharam o trono da bateria tocando com a banda. Foi fantástico ver essa passagem de bastão do Mikkey para a nova geração.
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Então, Marcus tocou algumas músicas antes de Mikkey voltar ao palco, dando um pequeno respiro para o pai ao longo do show. Foi bom para que ele não se esforçasse demais e não colocasse a saúde em risco, porque queremos começar a turnê no Brasil em algumas semanas e, quando tocarmos por toda a América Latina, queremos Mikkey em plena forma e com a melhor saúde possível. Acho que a maneira como lidamos com isso na Cidade do México foi boa, e os fãs adoraram. Muita gente estava perguntando: “Quem é esse jovem lindo baterista?” E acho que Mikkey ficou – e ainda está – muito orgulhoso de ver seu filho tocando na frente de 80 mil fãs mexicanos enlouquecidos.

Mikkey Dee (Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox)

IM: Falando no Monsters of Rock aqui no Brasil, vocês vão se apresentar nesta edição especial, que celebra os 30 anos do festival no nosso país. E vocês já fazem parte dessa história, já que tocaram na edição de 2023 ao lado do Kiss, Deep Purple, Helloween e muitas outras bandas. Que memórias você tem dessa edição anterior?
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KM: É sempre incrível voltar ao Brasil. Nossa história com os fãs brasileiros remonta a 1985, quando tocamos na primeira edição do Rock in Rio. Então, voltar sempre é algo muito especial. São Paulo é uma cidade muito “hard and heavy”, dá para sentir que eles amam a banda, amam esse gênero. São verdadeiros headbangers! E quando esse festival acontece, você pode ter certeza de que será uma noite de muito rock. Estamos muito animados por fazer parte disso, especialmente com as outras bandas do lineup, como o Judas Priest. Este será um ano muito especial para nós, celebrando os 60 anos do Scorpions, e vamos percorrer toda a América Latina. Começar no Brasil, passando por Brasília, São Paulo e, claro, o Rio de Janeiro, nos deixa empolgados.

Klaus Meine (Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox)

IM: Já que você mencionou o Judas Priest, eles também vão tocar com vocês na Alemanha, no show que celebrará os 60 anos do Scorpions. Como é a relação de vocês com o Judas Priest?
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Rudolf Schenker: Uma amizade muito tranquila. Tocamos com eles, acho que em 1980 ou 1981, em uma turnê americana onde Def Leppard, Judas Priest e Scorpions estavam juntos. Aliás, K.K. e Glenn são, de certa forma, responsáveis pelo título “Blackout”. Tivemos uma festa no quarto, porque eles vieram até mim com duas ou três garrafas de cerveja e disseram: “Ei, vamos tomar um drink para celebrar a turnê”. Eu disse: “Ok, mas isso não é o suficiente. Temos que beber do jeito Scorpions: uísque, vinho tinto e, por cima, cerveja, por causa da espuma branca, porque fica com um visual melhor”. De repente, Glenn perguntou: “Ei, onde estão os Leppies?” E eu disse: “Não sei, alguém me disse que eles estão no quarto”. Então, subimos para ver.
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KM: Os “Leppies” são o Def Leppard!
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RS: Exatamente, esse era o apelido deles. Fomos até o quarto dos Leppies, batemos na porta e, quando abriram, eu perguntei: “Ei, o que está acontecendo com vocês? Estão assistindo TV? Não acredito!” Peguei o copo e despejei a cerveja – toda a mistura – na TV. O resultado foi que quase fui preso e nem lembrava de nada, porque tive um blecaute. No dia seguinte, contei a história para Klaus e Herman e disse: “Cara, foi loucura. Tivemos essa festa e, de alguma forma, não lembro de nada.” A primeira coisa que Herman disse foi: “Sabe o que você teve? Um blackout.” Eu perguntei: “Que blackout?” e ele respondeu: “Sim, quando você não lembra dessas coisas, isso se chama blackout.” Herman já estava saindo quando se virou e disse: “Aliás, esse é um bom nome para um álbum.” E assim nasceu o “Blackout!”.
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IM: A vida inspirando a arte!
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KM: E talvez Judas Priest tenha escrito uma música sobre, chamada “Breaking the Law”. [Risos]
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RS: Sim! Tivemos ótimos momentos juntos. Temos uma grande amizade, especialmente com o Rob – ele é um cara incrível. Na última vez que tocamos em Las Vegas, o baterista deles foi nos visitar e assistir ao show. Temos uma relação amigável, e isso é muito bom, porque quando você está na estrada, é importante ter amigos ao redor. Isso cria uma atmosfera diferente no palco e torna tudo ainda mais especial.
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KM: Eles também são uma dessas bandas lendárias e estão na estrada há muitas décadas. São como os padrinhos do heavy metal. Rob é uma personalidade incrível no rock e no metal. Estamos ansiosos para reencontrá-los e, claro, para enlouquecer os fãs brasileiros com muito rock!

Rudolf Schenker (Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox)

IM: Não temos muito tempo, mas tenho uma última pergunta sobre um próximo projeto de vocês. Ouvi o Klaus dizer em outra entrevista que as filmagens do filme dos Scorpions começam em maio. O que vocês podem nos contar sobre a história que será contada no filme? Há algum período específico da carreira da banda que será o foco?
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KM: Tem um produtor em Los Angeles que está trabalhando nesse projeto há bastante tempo. É algo muito importante para ele, algo que ele faz com todo o coração e paixão, tanto pelo rock quanto pelo amor que tem pelo Scorpions, pela nossa música e jornada profissional. Ele não quer fazer um documentário, mas sim uma cinebiografia sobre a banda, contando nossa história. Ainda estamos na fase de configuração de todo o projeto. Esperamos que as filmagens comecem em breve, mas ainda não sabemos exatamente quando. Esperamos que consigam terminar tudo nos próximos meses, para que coincida com o 60º aniversário da banda. Seria maravilhoso. Eles vão contar a história dos Scorpions de um ponto de vista diferente. O produtor é persa, vive em Los Angeles, trabalha muito próximo da Warner Brothers há muitos anos e tem bastante experiência. Ele tem uma excelente equipe, e todos estão envolvidos com o coração e a alma nesse projeto, com a intenção de fazer um grande filme sobre a banda, para que os fãs ao redor do mundo possam ver e compartilhar com a gente.
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RS: Vai ser com atores reais, não seremos nós, mas eles estão procurando as pessoas certas para representar cada um de nós, procurando atores do jovem Klaus Meine e do jovem Rudolf Schenker.

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