A próxima terça-feira, 15 de abril, marca o pagamento do abono salarial PIS/Pasep para 4,3 milhões de trabalhadores brasileiros nascidos em março e abril. O governo federal destinou R$ 5,1 bilhões para o terceiro lote do benefício, que tem como base o ano de 2023. O valor pago varia entre R$ 127 e R$ 1.518, dependendo do número de meses trabalhados. A iniciativa, que alcança empregados do setor privado e servidores públicos, reflete mudanças recentes nas regras de elegibilidade, ajustadas no final de 2024 para atender quem ganhou até R$ 2.640 mensais no ano-base.
O pagamento será realizado pela Caixa Econômica Federal para 3,8 milhões de trabalhadores do setor privado, beneficiários do PIS, enquanto o Banco do Brasil efetuará os depósitos do Pasep para 499 mil servidores públicos. Para consultar o direito ao benefício, os trabalhadores podem acessar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou o portal Gov.br, onde também é possível verificar o valor e a data exata do crédito. O calendário de 2025, aprovado pelo Codefat, começou em 17 de fevereiro e segue até 15 de agosto, com saques disponíveis até 29 de dezembro.
As mudanças nas regras trouxeram um impacto significativo na quantidade de beneficiários. Em 2024, 25,6 milhões de trabalhadores receberam o abono, mas, para 2025, o número caiu para 24,4 milhões. A expectativa é que esse contingente diminua ainda mais nos próximos anos, conforme as novas diretrizes entram em vigor. O ajuste no teto salarial, agora fixado em R$ 2.640, reflete uma tentativa de adequar o benefício à realidade econômica do país, com valores corrigidos pela inflação.
O que mudou no abono salarial
No final de 2024, o governo aprovou alterações nas regras do abono salarial, impactando diretamente quem tem direito ao benefício em 2025. A principal mudança foi a redução do teto de renda mensal para elegibilidade, que passou de dois salários mínimos vigentes (R$ 3.036 em 2023) para R$ 2.640. Essa modificação excluiu trabalhadores que, sob as regras antigas, poderiam ter sido contemplados. Além disso, o valor do abono será ajustado anualmente pela inflação, com a meta de alcançar permanentemente o equivalente a um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 2.277 na cotação atual.
A exigência de pelo menos 30 dias de trabalho formal no ano-base, com carteira assinada, permanece inalterada. No entanto, a obrigatoriedade de cinco anos de inscrição no PIS/Pasep e a entrega correta dos dados pelo empregador na RAIS ou eSocial ganharam maior relevância. Empregadores que enviaram informações após 15 de maio (RAIS) ou 19 de agosto (eSocial) de 2024 terão seus trabalhadores contemplados apenas em 2026, o que pode gerar atrasos para alguns.
Essas alterações visam maior controle e sustentabilidade do programa. Para os trabalhadores, a principal vantagem é a possibilidade de planejar o uso do benefício com antecedência, já que o calendário é divulgado com clareza. Contudo, a redução no número de beneficiários levanta debates sobre o alcance do programa em um contexto de aumento do custo de vida.
Calendário de pagamento do PIS/Pasep 2025
O cronograma do abono salarial foi estruturado para facilitar o acesso dos trabalhadores ao benefício ao longo do ano. Abaixo, os detalhes das datas de pagamento:
- Nascidos em janeiro: pagamento em 17 de fevereiro
- Nascidos em fevereiro: pagamento em 17 de março
- Nascidos em março e abril: pagamento em 15 de abril
- Nascidos em maio e junho: pagamento em 15 de maio
- Nascidos em julho e agosto: pagamento em 16 de junho
- Nascidos em setembro e outubro: pagamento em 15 de julho
- Nascidos em novembro e dezembro: pagamento em 15 de agosto
Os valores ficam disponíveis para saque até 29 de dezembro, independentemente da data de depósito. A organização por mês de nascimento para o PIS e por final de inscrição para o Pasep garante um fluxo ordenado, evitando sobrecarga nos sistemas bancários.
Como funciona o cálculo do abono
O valor do abono salarial é proporcional ao tempo trabalhado no ano-base. Cada mês trabalhado com carteira assinada por pelo menos 15 dias conta como um mês cheio. Assim, quem trabalhou os 12 meses de 2023 receberá o valor máximo, equivalente a um salário mínimo (R$ 1.518). Já quem trabalhou apenas um mês terá direito a R$ 127, o equivalente a 1/12 do total.
Para ilustrar, um trabalhador que atuou formalmente por seis meses em 2023 receberá R$ 759, enquanto outro com três meses de trabalho terá direito a R$ 379,50. A tabela de valores é atualizada anualmente, e a correção pela inflação garante que o benefício mantenha seu poder de compra. A consulta ao valor exato pode ser feita diretamente no aplicativo Carteira de Trabalho Digital, que detalha o cálculo com base nos dados fornecidos pelo empregador.
Essa metodologia busca equilibrar a distribuição do benefício, priorizando quem teve maior vínculo formal no ano-base. Para muitos trabalhadores, o abono representa uma renda extra significativa, usada para quitar dívidas, investir em educação ou cobrir despesas essenciais.
Quem tem direito ao benefício
Nem todos os trabalhadores formais são elegíveis ao abono salarial. As regras específicas garantem que o benefício chegue a um público-alvo bem definido. Para receber o PIS/Pasep em 2025, é necessário:
- Estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos
- Ter trabalhado com carteira assinada por no mínimo 30 dias em 2023
- Ter recebido, em média, até R$ 2.640 por mês no ano-base
- Ter os dados corretamente informados pelo empregador na RAIS ou eSocial
Alguns grupos, no entanto, ficam de fora. Empregados domésticos, trabalhadores rurais contratados por pessoas físicas e empregados por pessoas físicas equiparadas a jurídicas não têm direito ao benefício. Essa exclusão afeta especialmente categorias com vínculos menos formalizados, o que reforça a importância de políticas complementares para esses trabalhadores.
Como consultar o abono salarial
A tecnologia facilitou o acesso às informações sobre o abono salarial. O aplicativo Carteira de Trabalho Digital é a principal ferramenta para consulta, disponível para Android e iOS. Após atualizar o app, o trabalhador deve acessar a aba “Benefícios”, selecionar “Abono Salarial” e clicar em “Pagamentos”. A plataforma exibe o valor, a data de depósito e o banco responsável pelo crédito.

Além do aplicativo, o portal Gov.br também oferece essas informações, assim como a Central Alô Trabalho, pelo número 158, que atende de segunda a sábado, das 7h às 22h, exceto em feriados nacionais. As Superintendências Regionais do Trabalho são outra opção para consultas presenciais, embora a maioria prefira a praticidade das plataformas digitais.
Essa acessibilidade é essencial para evitar fraudes, como o golpe do saque do PIS/Pasep, que tem crescido nos últimos anos. Criminosos enviam mensagens falsas prometendo liberações antecipadas do benefício, induzindo trabalhadores a compartilhar dados pessoais. A recomendação é usar apenas canais oficiais para consultas e nunca fornecer informações por links ou mensagens suspeitas.
Onde e como o pagamento é feito
O pagamento do PIS, voltado para trabalhadores do setor privado, é gerenciado pela Caixa Econômica Federal. Quem já possui conta corrente ou poupança na Caixa recebe o valor diretamente. Para os não correntistas, o banco abre automaticamente uma conta poupança social digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem. O saque pode ser feito em agências, casas lotéricas, caixas eletrônicos ou outros canais de atendimento da Caixa.
Já o Pasep, destinado a servidores públicos, é pago pelo Banco do Brasil. O depósito ocorre em conta bancária para correntistas, mas também pode ser feito por transferência via TED, Pix ou presencialmente nas agências para quem não tem conta ou chave Pix. Essa diversidade de opções garante que o benefício chegue a todos os elegíveis, independentemente de sua relação com os bancos.
A agilidade no pagamento é um diferencial em 2025. Com o calendário bem definido e sistemas digitais integrados, os trabalhadores enfrentam menos filas e atrasos. Ainda assim, a recomendação é verificar o crédito com antecedência para evitar imprevistos, especialmente para quem depende do benefício para compromissos financeiros.
Impacto do abono na economia
O abono salarial movimenta bilhões de reais anualmente, injetando recursos diretamente na economia. Em 2025, os R$ 5,1 bilhões pagos apenas no terceiro lote devem aquecer o comércio local, especialmente em cidades menores, onde o benefício representa uma parcela significativa da renda de muitas famílias. Setores como varejo, alimentação e serviços tendem a sentir os efeitos positivos, com aumento nas vendas durante os meses de pagamento.
Para os trabalhadores, o abono é uma oportunidade de equilibrar as finanças. Muitos utilizam o valor para pagar contas atrasadas, investir em melhorias domésticas ou até poupar para imprevistos. Em um cenário de inflação persistente, o benefício, mesmo com valores variáveis, continua sendo um alívio para milhões de brasileiros.
A redução no número de beneficiários, no entanto, pode limitar esse impacto econômico nos próximos anos. Com menos trabalhadores atendidos, o volume de recursos distribuídos tende a diminuir, o que levanta questões sobre a necessidade de ajustes no programa para ampliar seu alcance sem comprometer a sustentabilidade fiscal.
Desafios e cuidados com o benefício
Apesar dos avanços na gestão do abono salarial, alguns desafios persistem. A exclusão de trabalhadores informais e de categorias específicas, como empregados domésticos, é uma das principais críticas ao programa. Esses grupos, muitas vezes em situação de maior vulnerabilidade, ficam sem acesso a esse suporte financeiro, o que reforça desigualdades no mercado de trabalho.
Outro ponto de atenção é a comunicação com os trabalhadores. Embora os canais digitais sejam amplamente divulgados, parte da população, especialmente em áreas rurais ou com menor acesso à internet, enfrenta dificuldades para consultar o benefício. Iniciativas como mutirões de atendimento presencial têm ajudado, mas a cobertura ainda não é universal.
Fraudes também seguem como uma preocupação. Golpistas exploram a expectativa pelo abono para aplicar golpes, oferecendo supostos saques antecipados em troca de dados pessoais ou depósitos. A orientação é clara: o pagamento só ocorre nas datas oficiais, e qualquer contato não solicitado deve ser tratado com desconfiança.
Benefício para o futuro
O abono salarial, criado há décadas, continua sendo uma ferramenta importante de redistribuição de renda no Brasil. Sua estrutura, que combina critérios de elegibilidade claros com um calendário organizado, facilita o planejamento tanto dos trabalhadores quanto do governo. A correção dos valores pela inflação é um passo para manter o benefício relevante, mas o futuro do programa depende de ajustes que equilibrem alcance e responsabilidade fiscal.
Para 2025, o foco está na execução eficiente do pagamento. Com 24,4 milhões de beneficiários previstos, o programa ainda atinge uma parcela expressiva da força de trabalho formal. A expectativa é que os próximos lotes, a partir de maio, sigam o mesmo ritmo, garantindo que os recursos cheguem aos trabalhadores sem atrasos.
A integração com ferramentas digitais também é um diferencial. A possibilidade de consultar valores e datas pelo celular reduz a burocracia e aumenta a transparência, algo essencial em um programa de tamanha escala. Para muitos brasileiros, o abono é mais do que um complemento de renda: é uma chance de reorganizar a vida financeira em meio a desafios econômicos.

A próxima terça-feira, 15 de abril, marca o pagamento do abono salarial PIS/Pasep para 4,3 milhões de trabalhadores brasileiros nascidos em março e abril. O governo federal destinou R$ 5,1 bilhões para o terceiro lote do benefício, que tem como base o ano de 2023. O valor pago varia entre R$ 127 e R$ 1.518, dependendo do número de meses trabalhados. A iniciativa, que alcança empregados do setor privado e servidores públicos, reflete mudanças recentes nas regras de elegibilidade, ajustadas no final de 2024 para atender quem ganhou até R$ 2.640 mensais no ano-base.
O pagamento será realizado pela Caixa Econômica Federal para 3,8 milhões de trabalhadores do setor privado, beneficiários do PIS, enquanto o Banco do Brasil efetuará os depósitos do Pasep para 499 mil servidores públicos. Para consultar o direito ao benefício, os trabalhadores podem acessar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou o portal Gov.br, onde também é possível verificar o valor e a data exata do crédito. O calendário de 2025, aprovado pelo Codefat, começou em 17 de fevereiro e segue até 15 de agosto, com saques disponíveis até 29 de dezembro.
As mudanças nas regras trouxeram um impacto significativo na quantidade de beneficiários. Em 2024, 25,6 milhões de trabalhadores receberam o abono, mas, para 2025, o número caiu para 24,4 milhões. A expectativa é que esse contingente diminua ainda mais nos próximos anos, conforme as novas diretrizes entram em vigor. O ajuste no teto salarial, agora fixado em R$ 2.640, reflete uma tentativa de adequar o benefício à realidade econômica do país, com valores corrigidos pela inflação.
O que mudou no abono salarial
No final de 2024, o governo aprovou alterações nas regras do abono salarial, impactando diretamente quem tem direito ao benefício em 2025. A principal mudança foi a redução do teto de renda mensal para elegibilidade, que passou de dois salários mínimos vigentes (R$ 3.036 em 2023) para R$ 2.640. Essa modificação excluiu trabalhadores que, sob as regras antigas, poderiam ter sido contemplados. Além disso, o valor do abono será ajustado anualmente pela inflação, com a meta de alcançar permanentemente o equivalente a um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 2.277 na cotação atual.
A exigência de pelo menos 30 dias de trabalho formal no ano-base, com carteira assinada, permanece inalterada. No entanto, a obrigatoriedade de cinco anos de inscrição no PIS/Pasep e a entrega correta dos dados pelo empregador na RAIS ou eSocial ganharam maior relevância. Empregadores que enviaram informações após 15 de maio (RAIS) ou 19 de agosto (eSocial) de 2024 terão seus trabalhadores contemplados apenas em 2026, o que pode gerar atrasos para alguns.
Essas alterações visam maior controle e sustentabilidade do programa. Para os trabalhadores, a principal vantagem é a possibilidade de planejar o uso do benefício com antecedência, já que o calendário é divulgado com clareza. Contudo, a redução no número de beneficiários levanta debates sobre o alcance do programa em um contexto de aumento do custo de vida.
Calendário de pagamento do PIS/Pasep 2025
O cronograma do abono salarial foi estruturado para facilitar o acesso dos trabalhadores ao benefício ao longo do ano. Abaixo, os detalhes das datas de pagamento:
- Nascidos em janeiro: pagamento em 17 de fevereiro
- Nascidos em fevereiro: pagamento em 17 de março
- Nascidos em março e abril: pagamento em 15 de abril
- Nascidos em maio e junho: pagamento em 15 de maio
- Nascidos em julho e agosto: pagamento em 16 de junho
- Nascidos em setembro e outubro: pagamento em 15 de julho
- Nascidos em novembro e dezembro: pagamento em 15 de agosto
Os valores ficam disponíveis para saque até 29 de dezembro, independentemente da data de depósito. A organização por mês de nascimento para o PIS e por final de inscrição para o Pasep garante um fluxo ordenado, evitando sobrecarga nos sistemas bancários.
Como funciona o cálculo do abono
O valor do abono salarial é proporcional ao tempo trabalhado no ano-base. Cada mês trabalhado com carteira assinada por pelo menos 15 dias conta como um mês cheio. Assim, quem trabalhou os 12 meses de 2023 receberá o valor máximo, equivalente a um salário mínimo (R$ 1.518). Já quem trabalhou apenas um mês terá direito a R$ 127, o equivalente a 1/12 do total.
Para ilustrar, um trabalhador que atuou formalmente por seis meses em 2023 receberá R$ 759, enquanto outro com três meses de trabalho terá direito a R$ 379,50. A tabela de valores é atualizada anualmente, e a correção pela inflação garante que o benefício mantenha seu poder de compra. A consulta ao valor exato pode ser feita diretamente no aplicativo Carteira de Trabalho Digital, que detalha o cálculo com base nos dados fornecidos pelo empregador.
Essa metodologia busca equilibrar a distribuição do benefício, priorizando quem teve maior vínculo formal no ano-base. Para muitos trabalhadores, o abono representa uma renda extra significativa, usada para quitar dívidas, investir em educação ou cobrir despesas essenciais.
Quem tem direito ao benefício
Nem todos os trabalhadores formais são elegíveis ao abono salarial. As regras específicas garantem que o benefício chegue a um público-alvo bem definido. Para receber o PIS/Pasep em 2025, é necessário:
- Estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos
- Ter trabalhado com carteira assinada por no mínimo 30 dias em 2023
- Ter recebido, em média, até R$ 2.640 por mês no ano-base
- Ter os dados corretamente informados pelo empregador na RAIS ou eSocial
Alguns grupos, no entanto, ficam de fora. Empregados domésticos, trabalhadores rurais contratados por pessoas físicas e empregados por pessoas físicas equiparadas a jurídicas não têm direito ao benefício. Essa exclusão afeta especialmente categorias com vínculos menos formalizados, o que reforça a importância de políticas complementares para esses trabalhadores.
Como consultar o abono salarial
A tecnologia facilitou o acesso às informações sobre o abono salarial. O aplicativo Carteira de Trabalho Digital é a principal ferramenta para consulta, disponível para Android e iOS. Após atualizar o app, o trabalhador deve acessar a aba “Benefícios”, selecionar “Abono Salarial” e clicar em “Pagamentos”. A plataforma exibe o valor, a data de depósito e o banco responsável pelo crédito.

Além do aplicativo, o portal Gov.br também oferece essas informações, assim como a Central Alô Trabalho, pelo número 158, que atende de segunda a sábado, das 7h às 22h, exceto em feriados nacionais. As Superintendências Regionais do Trabalho são outra opção para consultas presenciais, embora a maioria prefira a praticidade das plataformas digitais.
Essa acessibilidade é essencial para evitar fraudes, como o golpe do saque do PIS/Pasep, que tem crescido nos últimos anos. Criminosos enviam mensagens falsas prometendo liberações antecipadas do benefício, induzindo trabalhadores a compartilhar dados pessoais. A recomendação é usar apenas canais oficiais para consultas e nunca fornecer informações por links ou mensagens suspeitas.
Onde e como o pagamento é feito
O pagamento do PIS, voltado para trabalhadores do setor privado, é gerenciado pela Caixa Econômica Federal. Quem já possui conta corrente ou poupança na Caixa recebe o valor diretamente. Para os não correntistas, o banco abre automaticamente uma conta poupança social digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem. O saque pode ser feito em agências, casas lotéricas, caixas eletrônicos ou outros canais de atendimento da Caixa.
Já o Pasep, destinado a servidores públicos, é pago pelo Banco do Brasil. O depósito ocorre em conta bancária para correntistas, mas também pode ser feito por transferência via TED, Pix ou presencialmente nas agências para quem não tem conta ou chave Pix. Essa diversidade de opções garante que o benefício chegue a todos os elegíveis, independentemente de sua relação com os bancos.
A agilidade no pagamento é um diferencial em 2025. Com o calendário bem definido e sistemas digitais integrados, os trabalhadores enfrentam menos filas e atrasos. Ainda assim, a recomendação é verificar o crédito com antecedência para evitar imprevistos, especialmente para quem depende do benefício para compromissos financeiros.
Impacto do abono na economia
O abono salarial movimenta bilhões de reais anualmente, injetando recursos diretamente na economia. Em 2025, os R$ 5,1 bilhões pagos apenas no terceiro lote devem aquecer o comércio local, especialmente em cidades menores, onde o benefício representa uma parcela significativa da renda de muitas famílias. Setores como varejo, alimentação e serviços tendem a sentir os efeitos positivos, com aumento nas vendas durante os meses de pagamento.
Para os trabalhadores, o abono é uma oportunidade de equilibrar as finanças. Muitos utilizam o valor para pagar contas atrasadas, investir em melhorias domésticas ou até poupar para imprevistos. Em um cenário de inflação persistente, o benefício, mesmo com valores variáveis, continua sendo um alívio para milhões de brasileiros.
A redução no número de beneficiários, no entanto, pode limitar esse impacto econômico nos próximos anos. Com menos trabalhadores atendidos, o volume de recursos distribuídos tende a diminuir, o que levanta questões sobre a necessidade de ajustes no programa para ampliar seu alcance sem comprometer a sustentabilidade fiscal.
Desafios e cuidados com o benefício
Apesar dos avanços na gestão do abono salarial, alguns desafios persistem. A exclusão de trabalhadores informais e de categorias específicas, como empregados domésticos, é uma das principais críticas ao programa. Esses grupos, muitas vezes em situação de maior vulnerabilidade, ficam sem acesso a esse suporte financeiro, o que reforça desigualdades no mercado de trabalho.
Outro ponto de atenção é a comunicação com os trabalhadores. Embora os canais digitais sejam amplamente divulgados, parte da população, especialmente em áreas rurais ou com menor acesso à internet, enfrenta dificuldades para consultar o benefício. Iniciativas como mutirões de atendimento presencial têm ajudado, mas a cobertura ainda não é universal.
Fraudes também seguem como uma preocupação. Golpistas exploram a expectativa pelo abono para aplicar golpes, oferecendo supostos saques antecipados em troca de dados pessoais ou depósitos. A orientação é clara: o pagamento só ocorre nas datas oficiais, e qualquer contato não solicitado deve ser tratado com desconfiança.
Benefício para o futuro
O abono salarial, criado há décadas, continua sendo uma ferramenta importante de redistribuição de renda no Brasil. Sua estrutura, que combina critérios de elegibilidade claros com um calendário organizado, facilita o planejamento tanto dos trabalhadores quanto do governo. A correção dos valores pela inflação é um passo para manter o benefício relevante, mas o futuro do programa depende de ajustes que equilibrem alcance e responsabilidade fiscal.
Para 2025, o foco está na execução eficiente do pagamento. Com 24,4 milhões de beneficiários previstos, o programa ainda atinge uma parcela expressiva da força de trabalho formal. A expectativa é que os próximos lotes, a partir de maio, sigam o mesmo ritmo, garantindo que os recursos cheguem aos trabalhadores sem atrasos.
A integração com ferramentas digitais também é um diferencial. A possibilidade de consultar valores e datas pelo celular reduz a burocracia e aumenta a transparência, algo essencial em um programa de tamanha escala. Para muitos brasileiros, o abono é mais do que um complemento de renda: é uma chance de reorganizar a vida financeira em meio a desafios econômicos.
