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15 Apr 2025, Tue

Brasil vence Colômbia nos pênaltis e levanta taça do Sul-Americano Sub-17 em Cartagena

Dell Seleção Brasileira SUB 17


Em uma noite emocionante no Estádio Olímpico Jaime Morón León, em Cartagena, a Seleção Brasileira Sub-17 conquistou o título do Campeonato Sul-Americano da categoria ao derrotar a Colômbia por 4 a 1 nas cobranças de pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo regulamentar. O jogo, disputado no último sábado, foi marcado por momentos de tensão, jogadas brilhantes e a consagração de jovens talentos, como Dell, apelidado de “Haaland do Sertão”, que converteu o pênalti decisivo, e o goleiro Arthur Jampa, responsável por defender a primeira cobrança colombiana. A vitória garantiu ao Brasil o 14º troféu na competição, reforçando sua hegemonia no futebol de base sul-americano.

A partida começou com a Colômbia impondo um ritmo forte, aproveitando o apoio da torcida local. Aos 40 minutos do primeiro tempo, Londoño encontrou Sevillano com um passe preciso, e o atacante colombiano finalizou com categoria para abrir o placar. O gol animou os donos da casa, que passaram a controlar as ações no meio-campo, dificultando as investidas brasileiras. A Seleção Brasileira, no entanto, não se abateu e buscou o empate ainda na etapa inicial, mas esbarrou na sólida defesa adversária. O primeiro tempo terminou com a vantagem mínima para os colombianos, que pareciam confiantes para a segunda etapa.

No retorno do intervalo, o Brasil ajustou sua marcação e passou a criar mais oportunidades. A equipe explorou as laterais, com destaque para as subidas de Rafael Gonzaga, que se tornou uma peça fundamental no ataque. Apesar das chances criadas, o gol brasileiro demorou a sair, aumentando a ansiedade em campo. Quando tudo indicava que a Colômbia levaria o título, aos 42 minutos do segundo tempo, Gonzaga cruzou com precisão para a área, e Ângelo, com uma cabeçada perfeita, encobriu o goleiro colombiano, empatando o jogo e levando a decisão para os pênaltis. A torcida brasileira, presente em menor número, explodiu em comemoração, enquanto os jogadores se preparavam para a disputa decisiva.

Heróis da noite

A disputa de pênaltis revelou o talento e a frieza dos jovens brasileiros. Arthur Jampa abriu a série com uma defesa crucial na cobrança de Rivas, colocando o Brasil em vantagem. Em seguida, Gustavo, Tiago, Ruan e Dell converteram suas cobranças com precisão, sem dar chances ao goleiro colombiano. Do lado adversário, após a defesa de Jampa, Orozco marcou, mas Cataño acertou a trave, selando a derrota colombiana. A cada gol brasileiro, a confiança da equipe crescia, culminando no chute final de Dell, que garantiu a vitória por 4 a 1 e o título continental.

  • Arthur Jampa: O goleiro foi decisivo ao defender o primeiro pênalti colombiano, dando confiança à equipe.
  • Dell: Conhecido como “Haaland do Sertão”, marcou o pênalti que selou o triunfo brasileiro.
  • Ângelo: Autor do gol de empate no tempo regulamentar, mudou o rumo da partida com sua cabeçada.
  • Rafael Gonzaga: Com um cruzamento milimétrico, foi essencial para o gol que levou o jogo aos pênaltis.

Caminho até a final

O Brasil chegou à decisão do Sul-Americano Sub-17 após uma campanha sólida, marcada por vitórias convincentes e atuações destacadas de seus principais jogadores. Na fase de grupos, a equipe enfrentou adversários como Argentina, Uruguai e Peru, terminando na liderança de seu grupo. Na semifinal, Dell já havia brilhado ao marcar o gol que garantiu a classificação contra o Paraguai. A competição, realizada na Colômbia, contou com dez seleções, divididas em dois grupos de cinco, com os quatro melhores de cada chave avançando para o quadrangular final. O Brasil se destacou pela consistência defensiva e pelo poder ofensivo, com uma média de dois gols por partida.

A trajetória colombiana também foi notável. Jogando em casa, a equipe apostou na velocidade de seus atacantes e na solidez do meio-campo, liderado por Londoño. Na fase inicial, os colombianos superaram adversários como Chile e Venezuela, garantindo vaga no quadrangular final. A campanha foi marcada por jogos disputados, com destaque para a vitória sobre a Argentina na semifinal, que elevou a moral do time para a decisão contra o Brasil. Apesar da derrota nos pênaltis, a Colômbia mostrou evolução e promete ser uma força no futebol de base nos próximos anos.

O Sul-Americano Sub-17 é uma competição tradicional, que serve como vitrine para jovens talentos do continente. Além do título, o torneio garante vagas para o Mundial da categoria, que será disputado no Catar em 2026. Brasil e Colômbia, como finalistas, asseguraram suas participações, junto com outras duas seleções classificadas no quadrangular final. A competição também é um trampolim para clubes europeus, que acompanham de perto os destaques do torneio. Jogadores como Dell e Arthur Jampa já despertam interesse de olheiros internacionais, reforçando a importância do campeonato para o futuro do futebol sul-americano.

Momentos que definiram o jogo

O equilíbrio marcou o confronto entre Brasil e Colômbia, com ambos os times criando oportunidades claras. A Colômbia começou melhor, aproveitando erros na saída de bola brasileira para pressionar no campo de ataque. Sevillano, autor do primeiro gol, foi uma constante ameaça, explorando a velocidade pelas pontas. Já o Brasil cresceu na segunda etapa, com mudanças táticas que aumentaram a posse de bola e a presença no ataque. A entrada de Ângelo no segundo tempo foi decisiva, trazendo mais movimentação ao setor ofensivo.

Aos 42 minutos do segundo tempo, o gol de empate brasileiro mudou a dinâmica da partida. Rafael Gonzaga, que já havia tentado outros cruzamentos sem sucesso, encontrou Ângelo livre na área. O cabeceio do atacante foi preciso, superando a marcação colombiana e o goleiro, que nada pôde fazer. O empate levou o jogo para os pênaltis, onde a preparação psicológica e técnica do Brasil fez a diferença. A defesa de Arthur Jampa na primeira cobrança colombiana desestabilizou o adversário, enquanto a confiança dos batedores brasileiros garantiu o título.

Impacto do título

A conquista do 14º título Sul-Americano Sub-17 reforça a supremacia do Brasil na categoria. Desde a primeira edição do torneio, em 1985, a Seleção Brasileira tem dominado a competição, com jogadores que mais tarde se tornaram ídolos, como Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Adriano. O troféu de 2025 é mais um capítulo dessa história, com nomes como Dell e Arthur Jampa despontando como promessas para o futuro. A vitória também consolida o trabalho das categorias de base no país, que enfrentam desafios como a concorrência de clubes estrangeiros e a necessidade de maior investimento em infraestrutura.

Para a Colômbia, a campanha no torneio foi um marco. Apesar de não conquistar o título, o vice-campeonato em casa demonstra o crescimento do futebol colombiano nas divisões de base. Jogadores como Sevillano e Londoño mostraram qualidade técnica e devem ganhar espaço em clubes locais e internacionais nos próximos anos. A final contra o Brasil, assistida por milhares de torcedores em Cartagena, foi um momento de orgulho para o país, que viu sua seleção competir de igual para igual com uma potência do futebol mundial.

O impacto do torneio vai além do campo. Eventos como o Sul-Americano Sub-17 movimentam a economia local, com a presença de turistas e imprensa internacional em Cartagena. Hotéis, restaurantes e o comércio em geral registraram aumento no movimento durante a competição, que durou cerca de três semanas. A cidade, conhecida por sua beleza histórica, ganhou visibilidade como palco de um dos principais torneios de futebol de base do mundo.

Números e destaques

O Sul-Americano Sub-17 de 2025 foi marcado por jogos disputados e muitos gols. Ao todo, foram realizados 35 jogos, com uma média de 2,8 gols por partida. O Brasil terminou o torneio com a melhor defesa, sofrendo apenas quatro gols em nove jogos. Dell foi um dos artilheiros da competição, com cinco gols, enquanto Arthur Jampa se destacou como o goleiro com mais defesas difíceis. A Colômbia, por sua vez, teve o melhor ataque do quadrangular final, com oito gols em três partidas.

  • Gols no torneio: 98 gols em 35 jogos, com média de 2,8 por partida.
  • Brasil invicto: A Seleção terminou o campeonato sem derrotas, com seis vitórias e três empates.
  • Público em Cartagena: A final atraiu cerca de 15 mil torcedores ao Estádio Jaime Morón León.
  • Vagas no Mundial: Brasil, Colômbia, Argentina e Paraguai garantiram classificação para o Catar 2026.

Jovens promessas em ascensão

A competição revelou jogadores com potencial para brilhar no cenário internacional. Pelo lado brasileiro, Dell se destacou não apenas pelo apelido inspirado em Erling Haaland, mas pela capacidade de decidir jogos importantes. Natural do interior da Paraíba, o atacante combina força física com faro de gol, características que já chamam a atenção de clubes europeus. Arthur Jampa, com suas defesas em momentos cruciais, também ganhou projeção, mostrando segurança e reflexos rápidos para um goleiro de apenas 17 anos.

Na Colômbia, Sevillano foi o grande nome. O atacante, que abriu o placar na final, demonstrou habilidade para driblar e finalizar, sendo uma peça fundamental no esquema tático da equipe. Londoño, com sua visão de jogo e passes precisos, também se destacou, atraindo olhares de times do exterior. A final serviu como uma vitrine para esses jovens, que agora terão a chance de mostrar seu talento no Mundial Sub-17 e em campeonatos nacionais.

O torneio também evidenciou a importância da formação de atletas no continente. No Brasil, clubes como Flamengo, Palmeiras e São Paulo têm investido em categorias de base, fornecendo jogadores para a Seleção. Na Colômbia, equipes como Atlético Nacional e Deportivo Cali seguem o mesmo caminho, com programas de treinamento que priorizam técnica e disciplina. Esses esforços refletem-se em campo, com partidas de alto nível e jogadores cada vez mais preparados para o futebol profissional.

Calendário do Mundial Sub-17

A conquista do Sul-Americano garante ao Brasil a chance de buscar o pentacampeonato mundial da categoria em 2026. O torneio, que será realizado no Catar, está previsto para ocorrer entre junho e julho, com 24 seleções de todos os continentes. O Brasil, que venceu o Mundial Sub-17 em 1997, 1999, 2003 e 2019, é um dos favoritos, especialmente com a geração atual. A Colômbia, que nunca conquistou o título, também chega com boas perspectivas após a campanha no Sul-Americano.

  • Datas previstas: O Mundial Sub-17 deve começar em 20 de junho de 2026.
  • Sedes: Doha, Al Rayyan e Al Wakrah são algumas das cidades confirmadas.
  • Formato: 24 equipes divididas em seis grupos, com oitavas de final a partir da segunda fase.
  • Transmissão: A FIFA ainda definirá os canais oficiais, mas espera-se cobertura global.

Legado do torneio

A vitória brasileira no Sul-Americano Sub-17 reforça a tradição do país no futebol de base, mas também traz reflexões sobre o futuro. A formação de jogadores exige investimentos em infraestrutura, como centros de treinamento e escolinhas de futebol, além de políticas que evitem a saída precoce de talentos para o exterior. O Brasil tem conseguido manter sua hegemonia na categoria, mas enfrenta concorrência crescente de países como Argentina, Colômbia e Uruguai, que também revelam jogadores de alto nível.

Na Colômbia, o torneio deixou um legado positivo. A realização do campeonato em Cartagena mostrou a capacidade do país de sediar grandes eventos esportivos, com estádios bem estruturados e organização elogiada por delegações e torcedores. A participação da torcida, que lotou as arquibancadas em vários jogos, foi um diferencial, criando uma atmosfera vibrante e incentivando os jovens atletas. O vice-campeonato colombiano, embora não tenha culminado no título, é um passo importante para o fortalecimento do futebol local.

O Sul-Americano Sub-17 também teve impacto social. Durante o torneio, foram realizadas ações comunitárias em Cartagena, como clínicas de futebol para crianças carentes e campanhas de arrecadação de alimentos. Essas iniciativas aproximaram os jogadores do público e reforçaram o papel do esporte como ferramenta de inclusão. A presença de famílias nas arquibancadas, muitas acompanhando um jogo internacional pela primeira vez, criou memórias que vão além do resultado em campo.

Talentos que marcaram história

Olhar para o passado do Sul-Americano Sub-17 ajuda a entender sua relevância. Jogadores como Neymar, que brilhou na edição de 2009, e Vinícius Júnior, destaque em 2017, usaram o torneio como trampolim para carreiras internacionais. A edição de 2025 segue essa tradição, com nomes como Dell e Ângelo prontos para escreverem seus próprios capítulos. A competição é mais do que uma disputa por troféus; é um palco onde sonhos começam a tomar forma, conectando jovens atletas a oportunidades globais.

Para os torcedores, a final foi um espetáculo de emoção. O empate no último minuto, a tensão dos pênaltis e a explosão de alegria com o gol decisivo de Dell criaram uma narrativa digna das grandes decisões do futebol. Em Cartagena, brasileiros e colombianos vibraram juntos, mostrando que o esporte transcende rivalidades. A imagem de Dell correndo para comemorar com a torcida ficará marcada na memória de quem acompanhou o jogo, seja no estádio ou pela televisão.

A conquista do Brasil no Sul-Americano Sub-17 é um lembrete do potencial do futebol sul-americano. Com jogadores cada vez mais técnicos e competições bem organizadas, o continente segue sendo uma fonte inesgotável de talentos. Para Dell, Arthur Jampa, Sevillano e tantos outros, o torneio foi apenas o começo de uma jornada que pode levá-los aos maiores palcos do esporte mundial.



Em uma noite emocionante no Estádio Olímpico Jaime Morón León, em Cartagena, a Seleção Brasileira Sub-17 conquistou o título do Campeonato Sul-Americano da categoria ao derrotar a Colômbia por 4 a 1 nas cobranças de pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo regulamentar. O jogo, disputado no último sábado, foi marcado por momentos de tensão, jogadas brilhantes e a consagração de jovens talentos, como Dell, apelidado de “Haaland do Sertão”, que converteu o pênalti decisivo, e o goleiro Arthur Jampa, responsável por defender a primeira cobrança colombiana. A vitória garantiu ao Brasil o 14º troféu na competição, reforçando sua hegemonia no futebol de base sul-americano.

A partida começou com a Colômbia impondo um ritmo forte, aproveitando o apoio da torcida local. Aos 40 minutos do primeiro tempo, Londoño encontrou Sevillano com um passe preciso, e o atacante colombiano finalizou com categoria para abrir o placar. O gol animou os donos da casa, que passaram a controlar as ações no meio-campo, dificultando as investidas brasileiras. A Seleção Brasileira, no entanto, não se abateu e buscou o empate ainda na etapa inicial, mas esbarrou na sólida defesa adversária. O primeiro tempo terminou com a vantagem mínima para os colombianos, que pareciam confiantes para a segunda etapa.

No retorno do intervalo, o Brasil ajustou sua marcação e passou a criar mais oportunidades. A equipe explorou as laterais, com destaque para as subidas de Rafael Gonzaga, que se tornou uma peça fundamental no ataque. Apesar das chances criadas, o gol brasileiro demorou a sair, aumentando a ansiedade em campo. Quando tudo indicava que a Colômbia levaria o título, aos 42 minutos do segundo tempo, Gonzaga cruzou com precisão para a área, e Ângelo, com uma cabeçada perfeita, encobriu o goleiro colombiano, empatando o jogo e levando a decisão para os pênaltis. A torcida brasileira, presente em menor número, explodiu em comemoração, enquanto os jogadores se preparavam para a disputa decisiva.

Heróis da noite

A disputa de pênaltis revelou o talento e a frieza dos jovens brasileiros. Arthur Jampa abriu a série com uma defesa crucial na cobrança de Rivas, colocando o Brasil em vantagem. Em seguida, Gustavo, Tiago, Ruan e Dell converteram suas cobranças com precisão, sem dar chances ao goleiro colombiano. Do lado adversário, após a defesa de Jampa, Orozco marcou, mas Cataño acertou a trave, selando a derrota colombiana. A cada gol brasileiro, a confiança da equipe crescia, culminando no chute final de Dell, que garantiu a vitória por 4 a 1 e o título continental.

  • Arthur Jampa: O goleiro foi decisivo ao defender o primeiro pênalti colombiano, dando confiança à equipe.
  • Dell: Conhecido como “Haaland do Sertão”, marcou o pênalti que selou o triunfo brasileiro.
  • Ângelo: Autor do gol de empate no tempo regulamentar, mudou o rumo da partida com sua cabeçada.
  • Rafael Gonzaga: Com um cruzamento milimétrico, foi essencial para o gol que levou o jogo aos pênaltis.

Caminho até a final

O Brasil chegou à decisão do Sul-Americano Sub-17 após uma campanha sólida, marcada por vitórias convincentes e atuações destacadas de seus principais jogadores. Na fase de grupos, a equipe enfrentou adversários como Argentina, Uruguai e Peru, terminando na liderança de seu grupo. Na semifinal, Dell já havia brilhado ao marcar o gol que garantiu a classificação contra o Paraguai. A competição, realizada na Colômbia, contou com dez seleções, divididas em dois grupos de cinco, com os quatro melhores de cada chave avançando para o quadrangular final. O Brasil se destacou pela consistência defensiva e pelo poder ofensivo, com uma média de dois gols por partida.

A trajetória colombiana também foi notável. Jogando em casa, a equipe apostou na velocidade de seus atacantes e na solidez do meio-campo, liderado por Londoño. Na fase inicial, os colombianos superaram adversários como Chile e Venezuela, garantindo vaga no quadrangular final. A campanha foi marcada por jogos disputados, com destaque para a vitória sobre a Argentina na semifinal, que elevou a moral do time para a decisão contra o Brasil. Apesar da derrota nos pênaltis, a Colômbia mostrou evolução e promete ser uma força no futebol de base nos próximos anos.

O Sul-Americano Sub-17 é uma competição tradicional, que serve como vitrine para jovens talentos do continente. Além do título, o torneio garante vagas para o Mundial da categoria, que será disputado no Catar em 2026. Brasil e Colômbia, como finalistas, asseguraram suas participações, junto com outras duas seleções classificadas no quadrangular final. A competição também é um trampolim para clubes europeus, que acompanham de perto os destaques do torneio. Jogadores como Dell e Arthur Jampa já despertam interesse de olheiros internacionais, reforçando a importância do campeonato para o futuro do futebol sul-americano.

Momentos que definiram o jogo

O equilíbrio marcou o confronto entre Brasil e Colômbia, com ambos os times criando oportunidades claras. A Colômbia começou melhor, aproveitando erros na saída de bola brasileira para pressionar no campo de ataque. Sevillano, autor do primeiro gol, foi uma constante ameaça, explorando a velocidade pelas pontas. Já o Brasil cresceu na segunda etapa, com mudanças táticas que aumentaram a posse de bola e a presença no ataque. A entrada de Ângelo no segundo tempo foi decisiva, trazendo mais movimentação ao setor ofensivo.

Aos 42 minutos do segundo tempo, o gol de empate brasileiro mudou a dinâmica da partida. Rafael Gonzaga, que já havia tentado outros cruzamentos sem sucesso, encontrou Ângelo livre na área. O cabeceio do atacante foi preciso, superando a marcação colombiana e o goleiro, que nada pôde fazer. O empate levou o jogo para os pênaltis, onde a preparação psicológica e técnica do Brasil fez a diferença. A defesa de Arthur Jampa na primeira cobrança colombiana desestabilizou o adversário, enquanto a confiança dos batedores brasileiros garantiu o título.

Impacto do título

A conquista do 14º título Sul-Americano Sub-17 reforça a supremacia do Brasil na categoria. Desde a primeira edição do torneio, em 1985, a Seleção Brasileira tem dominado a competição, com jogadores que mais tarde se tornaram ídolos, como Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Adriano. O troféu de 2025 é mais um capítulo dessa história, com nomes como Dell e Arthur Jampa despontando como promessas para o futuro. A vitória também consolida o trabalho das categorias de base no país, que enfrentam desafios como a concorrência de clubes estrangeiros e a necessidade de maior investimento em infraestrutura.

Para a Colômbia, a campanha no torneio foi um marco. Apesar de não conquistar o título, o vice-campeonato em casa demonstra o crescimento do futebol colombiano nas divisões de base. Jogadores como Sevillano e Londoño mostraram qualidade técnica e devem ganhar espaço em clubes locais e internacionais nos próximos anos. A final contra o Brasil, assistida por milhares de torcedores em Cartagena, foi um momento de orgulho para o país, que viu sua seleção competir de igual para igual com uma potência do futebol mundial.

O impacto do torneio vai além do campo. Eventos como o Sul-Americano Sub-17 movimentam a economia local, com a presença de turistas e imprensa internacional em Cartagena. Hotéis, restaurantes e o comércio em geral registraram aumento no movimento durante a competição, que durou cerca de três semanas. A cidade, conhecida por sua beleza histórica, ganhou visibilidade como palco de um dos principais torneios de futebol de base do mundo.

Números e destaques

O Sul-Americano Sub-17 de 2025 foi marcado por jogos disputados e muitos gols. Ao todo, foram realizados 35 jogos, com uma média de 2,8 gols por partida. O Brasil terminou o torneio com a melhor defesa, sofrendo apenas quatro gols em nove jogos. Dell foi um dos artilheiros da competição, com cinco gols, enquanto Arthur Jampa se destacou como o goleiro com mais defesas difíceis. A Colômbia, por sua vez, teve o melhor ataque do quadrangular final, com oito gols em três partidas.

  • Gols no torneio: 98 gols em 35 jogos, com média de 2,8 por partida.
  • Brasil invicto: A Seleção terminou o campeonato sem derrotas, com seis vitórias e três empates.
  • Público em Cartagena: A final atraiu cerca de 15 mil torcedores ao Estádio Jaime Morón León.
  • Vagas no Mundial: Brasil, Colômbia, Argentina e Paraguai garantiram classificação para o Catar 2026.

Jovens promessas em ascensão

A competição revelou jogadores com potencial para brilhar no cenário internacional. Pelo lado brasileiro, Dell se destacou não apenas pelo apelido inspirado em Erling Haaland, mas pela capacidade de decidir jogos importantes. Natural do interior da Paraíba, o atacante combina força física com faro de gol, características que já chamam a atenção de clubes europeus. Arthur Jampa, com suas defesas em momentos cruciais, também ganhou projeção, mostrando segurança e reflexos rápidos para um goleiro de apenas 17 anos.

Na Colômbia, Sevillano foi o grande nome. O atacante, que abriu o placar na final, demonstrou habilidade para driblar e finalizar, sendo uma peça fundamental no esquema tático da equipe. Londoño, com sua visão de jogo e passes precisos, também se destacou, atraindo olhares de times do exterior. A final serviu como uma vitrine para esses jovens, que agora terão a chance de mostrar seu talento no Mundial Sub-17 e em campeonatos nacionais.

O torneio também evidenciou a importância da formação de atletas no continente. No Brasil, clubes como Flamengo, Palmeiras e São Paulo têm investido em categorias de base, fornecendo jogadores para a Seleção. Na Colômbia, equipes como Atlético Nacional e Deportivo Cali seguem o mesmo caminho, com programas de treinamento que priorizam técnica e disciplina. Esses esforços refletem-se em campo, com partidas de alto nível e jogadores cada vez mais preparados para o futebol profissional.

Calendário do Mundial Sub-17

A conquista do Sul-Americano garante ao Brasil a chance de buscar o pentacampeonato mundial da categoria em 2026. O torneio, que será realizado no Catar, está previsto para ocorrer entre junho e julho, com 24 seleções de todos os continentes. O Brasil, que venceu o Mundial Sub-17 em 1997, 1999, 2003 e 2019, é um dos favoritos, especialmente com a geração atual. A Colômbia, que nunca conquistou o título, também chega com boas perspectivas após a campanha no Sul-Americano.

  • Datas previstas: O Mundial Sub-17 deve começar em 20 de junho de 2026.
  • Sedes: Doha, Al Rayyan e Al Wakrah são algumas das cidades confirmadas.
  • Formato: 24 equipes divididas em seis grupos, com oitavas de final a partir da segunda fase.
  • Transmissão: A FIFA ainda definirá os canais oficiais, mas espera-se cobertura global.

Legado do torneio

A vitória brasileira no Sul-Americano Sub-17 reforça a tradição do país no futebol de base, mas também traz reflexões sobre o futuro. A formação de jogadores exige investimentos em infraestrutura, como centros de treinamento e escolinhas de futebol, além de políticas que evitem a saída precoce de talentos para o exterior. O Brasil tem conseguido manter sua hegemonia na categoria, mas enfrenta concorrência crescente de países como Argentina, Colômbia e Uruguai, que também revelam jogadores de alto nível.

Na Colômbia, o torneio deixou um legado positivo. A realização do campeonato em Cartagena mostrou a capacidade do país de sediar grandes eventos esportivos, com estádios bem estruturados e organização elogiada por delegações e torcedores. A participação da torcida, que lotou as arquibancadas em vários jogos, foi um diferencial, criando uma atmosfera vibrante e incentivando os jovens atletas. O vice-campeonato colombiano, embora não tenha culminado no título, é um passo importante para o fortalecimento do futebol local.

O Sul-Americano Sub-17 também teve impacto social. Durante o torneio, foram realizadas ações comunitárias em Cartagena, como clínicas de futebol para crianças carentes e campanhas de arrecadação de alimentos. Essas iniciativas aproximaram os jogadores do público e reforçaram o papel do esporte como ferramenta de inclusão. A presença de famílias nas arquibancadas, muitas acompanhando um jogo internacional pela primeira vez, criou memórias que vão além do resultado em campo.

Talentos que marcaram história

Olhar para o passado do Sul-Americano Sub-17 ajuda a entender sua relevância. Jogadores como Neymar, que brilhou na edição de 2009, e Vinícius Júnior, destaque em 2017, usaram o torneio como trampolim para carreiras internacionais. A edição de 2025 segue essa tradição, com nomes como Dell e Ângelo prontos para escreverem seus próprios capítulos. A competição é mais do que uma disputa por troféus; é um palco onde sonhos começam a tomar forma, conectando jovens atletas a oportunidades globais.

Para os torcedores, a final foi um espetáculo de emoção. O empate no último minuto, a tensão dos pênaltis e a explosão de alegria com o gol decisivo de Dell criaram uma narrativa digna das grandes decisões do futebol. Em Cartagena, brasileiros e colombianos vibraram juntos, mostrando que o esporte transcende rivalidades. A imagem de Dell correndo para comemorar com a torcida ficará marcada na memória de quem acompanhou o jogo, seja no estádio ou pela televisão.

A conquista do Brasil no Sul-Americano Sub-17 é um lembrete do potencial do futebol sul-americano. Com jogadores cada vez mais técnicos e competições bem organizadas, o continente segue sendo uma fonte inesgotável de talentos. Para Dell, Arthur Jampa, Sevillano e tantos outros, o torneio foi apenas o começo de uma jornada que pode levá-los aos maiores palcos do esporte mundial.



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