Carlo Ancelotti vive um momento delicado à frente do Real Madrid. A recente derrota por 3 a 0 para o Arsenal nas quartas de final da Liga dos Campeões intensificou as críticas ao trabalho do técnico italiano, que comanda o clube espanhol desde 2021 em sua segunda passagem. Apesar do cenário turbulento, Ancelotti mantém a confiança da diretoria merengue, que o apoia mesmo diante dos desafios. O treinador, conhecido por sua calma em momentos de crise, enfatizou que seu futuro será discutido apenas ao fim da temporada, destacando a clareza de seu contrato, válido até junho de 2026. Enquanto isso, no Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) observa atentamente os desdobramentos, mantendo o italiano como principal alvo para assumir o comando da seleção brasileira, vaga desde a saída de Dorival Júnior.
A pressão sobre Ancelotti não é novidade. Em seus 260 jogos na atual passagem pelo Real Madrid, o técnico conquistou 188 vitórias, mas os tropeços recentes, como a desvantagem na Champions e a distância de quatro pontos para o Barcelona no Campeonato Espanhol, reacenderam debates sobre sua continuidade. A eliminação iminente na competição europeia, caso o time não reverta o placar contra o Arsenal, pode ampliar a crise. Ainda assim, o italiano mantém o discurso sereno, destacando o respaldo do clube e a importância de focar nos compromissos imediatos, como a final da Copa do Rei contra o Barcelona e a preparação para o Mundial de Clubes.
No Brasil, a situação de Ancelotti desperta esperanças. A CBF, liderada por Ednaldo Rodrigues, vê no técnico o nome ideal para liderar a seleção em um novo ciclo, especialmente com a Copa do Mundo de 2026 no horizonte. A entidade já tentou contato com o italiano em 2023, antes de sua renovação com o Real Madrid, mas ele optou por permanecer na Espanha. Agora, com o cargo de treinador da seleção novamente em aberto, os brasileiros aguardam um desfecho favorável, cientes de que qualquer decisão dependerá do desempenho do Real Madrid nas próximas semanas.
Cenário no Real Madrid: desafios e apoio
A temporada 2024-25 tem sido desafiadora para o Real Madrid. Após um início promissor, o time enfrentou dificuldades em manter a consistência, especialmente em jogos decisivos. A goleada sofrida contra o Arsenal na Liga dos Campeões expôs fragilidades táticas, com críticas direcionadas à falta de intensidade e à queda de rendimento de jogadores como Vinicius Júnior, que marcou apenas seis gols em 23 partidas em 2025. Ancelotti, no entanto, defende que o problema é coletivo, rejeitando apontar culpados individuais.
Além da Champions, o Real Madrid enfrenta um cenário competitivo no Campeonato Espanhol. Com oito rodadas restantes, o time está quatro pontos atrás do Barcelona, o que torna a conquista do título uma tarefa árdua. A final da Copa do Rei, marcada para o fim de abril, é vista como uma oportunidade de redenção, mas também como um teste crucial para o futuro de Ancelotti. Uma vitória contra o rival catalão pode aliviar a pressão, enquanto uma derrota pode intensificar os rumores sobre sua saída.
Apesar dos desafios, o treinador italiano conta com o apoio de Florentino Pérez, presidente do clube. Pérez já manifestou confiança no trabalho de Ancelotti em ocasiões anteriores, destacando sua capacidade de gerir crises e conquistar títulos. Desde sua chegada em 2021, o técnico acumula 11 troféus, incluindo duas Ligas dos Campeões, o que reforça sua posição mesmo em momentos de instabilidade.
- Desempenho recente do Real Madrid: 3 a 0 contra o Arsenal na Champions, quatro pontos atrás do Barcelona na La Liga.
- Próximos compromissos: Jogo de volta contra o Arsenal, final da Copa do Rei contra o Barcelona, Mundial de Clubes em junho.
- Histórico de Ancelotti: 188 vitórias em 260 jogos na atual passagem, 11 títulos conquistados.

Interesse da CBF: um sonho antigo
A CBF mantém Carlo Ancelotti como prioridade para o comando da seleção brasileira. Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, já expressou publicamente sua admiração pelo italiano, destacando sua experiência e capacidade de gestão. O interesse não é recente. Em 2023, antes de Ancelotti renovar com o Real Madrid, a CBF tentou convencê-lo a assumir o cargo, mas o treinador optou por permanecer na Europa.
Com a demissão de Dorival Júnior em março, após uma derrota por 4 a 1 para a Argentina, a seleção brasileira busca um novo rumo. A CBF acredita que Ancelotti, com seu currículo vitorioso, seria capaz de unir o elenco e recuperar a confiança dos torcedores. A entidade planeja fechar a contratação até a próxima Data Fifa, em junho, mas sabe que qualquer negociação depende do desfecho da temporada do Real Madrid.
A espera pela decisão de Ancelotti não é sem riscos. A CBF já enfrentou críticas por sua lentidão em definir um treinador, especialmente após períodos de instabilidade, como a saída de Tite em 2022. Enquanto aguarda, a entidade considera nomes como Jorge Jesus, Abel Ferreira e José Mourinho, mas nenhum deles desperta o mesmo entusiasmo que o italiano.
Momentos decisivos para Ancelotti
Ancelotti está acostumado a lidar com pressão. Aos 65 anos, o italiano já passou por clubes como Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain e Bayern de Munique, acumulando experiência em momentos críticos. No Real Madrid, sua habilidade de manter o vestiário unido é vista como um diferencial, mesmo em fases turbulentas.
A próxima semana será crucial. O jogo de volta contra o Arsenal, no Santiago Bernabéu, exige uma vitória por pelo menos três gols de diferença para manter o time vivo na Champions. Ancelotti acredita na capacidade de reação do Real Madrid, lembrando viradas históricas do clube em temporadas anteriores. Além disso, o confronto contra o Alavés, pelo Campeonato Espanhol, é visto como essencial para manter a equipe na briga pelo título nacional.
Fora de campo, o treinador enfrenta outras questões. Acusações de fraude fiscal na Espanha, envolvendo cerca de R$ 6,5 milhões, adicionam um elemento extra de tensão. O Ministério Público espanhol pediu quatro anos de prisão, mas Ancelotti nega as irregularidades e segue focado no trabalho.
Por que Ancelotti é tão desejado?
O fascínio da CBF por Ancelotti não é difícil de entender. Com um currículo que inclui quatro Ligas dos Campeões e títulos nacionais em cinco países diferentes, o italiano é um dos técnicos mais respeitados do mundo. Sua abordagem tática flexível e sua habilidade de extrair o melhor de jogadores jovens, como Vinicius Júnior e Rodrygo, são vistas como ideais para a seleção brasileira.
Além disso, Ancelotti tem uma conexão especial com o Brasil. Ele já treinou diversos jogadores brasileiros, como Kaká, Ronaldo e Casemiro, e sempre elogiou o talento do país. Em entrevistas, o italiano chegou a dizer que comandar a seleção brasileira seria “um grande sonho”, embora tenha deixado claro que sua prioridade, por enquanto, é o Real Madrid.
- Títulos de Ancelotti: 4 Ligas dos Campeões, 2 Mundiais de Clubes, 5 campeonatos nacionais.
- Jogadores brasileiros treinados: Kaká, Ronaldo, Casemiro, Vinicius Júnior, Rodrygo.
- Estilo de gestão: Focado em harmonia no vestiário, táticas adaptáveis e valorização de jovens talentos.
Cenário brasileiro: urgência por um líder
A seleção brasileira vive um momento de transição. Após o fracasso nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, com a derrota para a Argentina, a CBF busca um treinador capaz de restaurar a confiança da torcida. A ausência de um técnico definido às vésperas da próxima Data Fifa aumenta a pressão sobre Ednaldo Rodrigues, que já enfrentou críticas por decisões anteriores, como a escolha de Fernando Diniz como interino em 2023.
O Brasil tem um elenco repleto de talentos, como Neymar, Vinicius Júnior e Gabriel Martinelli, mas carece de consistência. A CBF acredita que Ancelotti, com sua experiência em competições de alto nível, poderia organizar o time e maximizar o potencial dos jogadores. A Copa América, marcada para 2026, é vista como uma oportunidade de testar o novo projeto antes do Mundial.
Enquanto espera por Ancelotti, a CBF monitora o mercado. Jorge Jesus, campeão brasileiro pelo Flamengo, é um dos nomes cotados, assim como Abel Ferreira, que conquistou duas Libertadores com o Palmeiras. José Mourinho, atualmente sem clube, também aparece nas especulações, mas a preferência por Ancelotti permanece inabalável.
Calendário decisivo para o futuro
Os próximos meses serão determinantes para o futuro de Ancelotti e da seleção brasileira. A temporada europeia está em sua reta final, com jogos que podem definir o destino do técnico no Real Madrid. A CBF, por sua vez, precisa equilibrar a paciência com a urgência de preparar a seleção para os desafios de 2026.
- Abril: Final da Copa do Rei contra o Barcelona, jogo de volta contra o Arsenal na Champions.
- Maio: Decisão do Campeonato Espanhol, com o Real Madrid na briga pelo título.
- Junho: Início do Mundial de Clubes e próxima Data Fifa, prazo da CBF para definir o treinador.
Impacto de uma possível mudança
A eventual chegada de Ancelotti à seleção brasileira seria um marco. O Brasil nunca teve um treinador estrangeiro em Copas do Mundo, e a escolha de um nome como Ancelotti romperia com décadas de tradição. A torcida, dividida entre o desejo por inovação e a preferência por técnicos locais, acompanharia de perto cada movimento do italiano.
No Real Madrid, uma saída de Ancelotti abriria espaço para novos nomes. Xabi Alonso, atualmente no Bayer Leverkusen, é apontado como favorito para assumir o cargo, trazendo uma abordagem moderna e ligada à história do clube. A transição, no entanto, seria desafiadora, dado o peso do legado de Ancelotti.
A pressão sobre o italiano não diminui. Cada jogo é uma oportunidade de provar que ele ainda pode liderar o Real Madrid ao sucesso ou de abrir as portas para um novo capítulo, seja na Espanha ou no Brasil. A CBF, enquanto isso, mantém a esperança de que o sonho de contar com Ancelotti se concretize, mas sabe que o caminho até lá depende de resultados em campo.
Expectativas para a seleção
A seleção brasileira enfrenta um momento de reconstrução. Após anos de resultados aquém do esperado, incluindo eliminações precoces em Copas do Mundo, a torcida clama por mudanças. A chegada de um treinador do calibre de Ancelotti poderia trazer estabilidade, mas também levantaria debates sobre a identidade do futebol brasileiro.
Jogadores como Vinicius Júnior, que já trabalharam com Ancelotti, seriam peças-chave em um eventual projeto. A capacidade do italiano de integrar jovens talentos a veteranos, como Neymar, é vista como um trunfo. Além disso, sua experiência em competições internacionais poderia ajudar o Brasil a recuperar o protagonismo perdido.
No curto prazo, a CBF precisa decidir como gerenciar a transição até a definição do treinador. A possibilidade de um interino, como ocorreu com Diniz, não é descartada, mas a entidade prefere acelerar as negociações com Ancelotti, caso o cenário no Real Madrid se torne favorável.
Histórico de Ancelotti em crises
Ancelotti já enfrentou momentos de instabilidade em outros clubes, e sua trajetória oferece pistas sobre como ele lida com a pressão. No Milan, entre 2001 e 2009, o italiano superou críticas para conquistar duas Ligas dos Campeões. No Chelsea, levou o título inglês em 2010, mesmo sob questionamentos. Sua passagem pelo Bayern de Munique, embora menos bem-sucedida, mostrou sua resiliência em ambientes exigentes.
No Real Madrid, a atual crise não é a primeira. Em 2023, após uma eliminação para o Manchester City na Champions, Ancelotti foi questionado, mas respondeu com uma temporada sólida, culminando na renovação de seu contrato. Essa experiência pode ser um indicativo de que o italiano está preparado para os desafios atuais, mas o desfecho dependerá de resultados concretos.
- Crises superadas: Milan (2003-2007), Chelsea (2009-2010), Real Madrid (2022-2023).
- Desafios atuais: Reverter placar contra o Arsenal, conquistar a La Liga, vencer a Copa do Rei.
- Contrato: Válido até junho de 2026, com apoio de Florentino Pérez.
O que está em jogo
O futuro de Ancelotti está diretamente ligado aos resultados do Real Madrid. Uma eliminação precoce na Champions, aliada a uma derrota na Copa do Rei, poderia marcar o fim de seu ciclo no clube, abrindo caminho para a CBF. Por outro lado, uma recuperação bem-sucedida reforçaria sua posição e adiaria os planos brasileiros.
Para a seleção, o tempo é um fator crítico. Com a Copa América e as Eliminatórias se aproximando, a CBF precisa de um treinador que una o elenco e devolva a confiança à torcida. Ancelotti, com seu histórico, é visto como a solução ideal, mas sua disponibilidade permanece incerta.
Enquanto isso, o futebol brasileiro segue de olho nos desdobramentos na Espanha. A cada jogo do Real Madrid, a esperança de contar com Ancelotti cresce ou diminui, mas a certeza é de que o técnico italiano continuará sendo o centro das atenções, seja em Madri ou no Rio de Janeiro.

Carlo Ancelotti vive um momento delicado à frente do Real Madrid. A recente derrota por 3 a 0 para o Arsenal nas quartas de final da Liga dos Campeões intensificou as críticas ao trabalho do técnico italiano, que comanda o clube espanhol desde 2021 em sua segunda passagem. Apesar do cenário turbulento, Ancelotti mantém a confiança da diretoria merengue, que o apoia mesmo diante dos desafios. O treinador, conhecido por sua calma em momentos de crise, enfatizou que seu futuro será discutido apenas ao fim da temporada, destacando a clareza de seu contrato, válido até junho de 2026. Enquanto isso, no Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) observa atentamente os desdobramentos, mantendo o italiano como principal alvo para assumir o comando da seleção brasileira, vaga desde a saída de Dorival Júnior.
A pressão sobre Ancelotti não é novidade. Em seus 260 jogos na atual passagem pelo Real Madrid, o técnico conquistou 188 vitórias, mas os tropeços recentes, como a desvantagem na Champions e a distância de quatro pontos para o Barcelona no Campeonato Espanhol, reacenderam debates sobre sua continuidade. A eliminação iminente na competição europeia, caso o time não reverta o placar contra o Arsenal, pode ampliar a crise. Ainda assim, o italiano mantém o discurso sereno, destacando o respaldo do clube e a importância de focar nos compromissos imediatos, como a final da Copa do Rei contra o Barcelona e a preparação para o Mundial de Clubes.
No Brasil, a situação de Ancelotti desperta esperanças. A CBF, liderada por Ednaldo Rodrigues, vê no técnico o nome ideal para liderar a seleção em um novo ciclo, especialmente com a Copa do Mundo de 2026 no horizonte. A entidade já tentou contato com o italiano em 2023, antes de sua renovação com o Real Madrid, mas ele optou por permanecer na Espanha. Agora, com o cargo de treinador da seleção novamente em aberto, os brasileiros aguardam um desfecho favorável, cientes de que qualquer decisão dependerá do desempenho do Real Madrid nas próximas semanas.
Cenário no Real Madrid: desafios e apoio
A temporada 2024-25 tem sido desafiadora para o Real Madrid. Após um início promissor, o time enfrentou dificuldades em manter a consistência, especialmente em jogos decisivos. A goleada sofrida contra o Arsenal na Liga dos Campeões expôs fragilidades táticas, com críticas direcionadas à falta de intensidade e à queda de rendimento de jogadores como Vinicius Júnior, que marcou apenas seis gols em 23 partidas em 2025. Ancelotti, no entanto, defende que o problema é coletivo, rejeitando apontar culpados individuais.
Além da Champions, o Real Madrid enfrenta um cenário competitivo no Campeonato Espanhol. Com oito rodadas restantes, o time está quatro pontos atrás do Barcelona, o que torna a conquista do título uma tarefa árdua. A final da Copa do Rei, marcada para o fim de abril, é vista como uma oportunidade de redenção, mas também como um teste crucial para o futuro de Ancelotti. Uma vitória contra o rival catalão pode aliviar a pressão, enquanto uma derrota pode intensificar os rumores sobre sua saída.
Apesar dos desafios, o treinador italiano conta com o apoio de Florentino Pérez, presidente do clube. Pérez já manifestou confiança no trabalho de Ancelotti em ocasiões anteriores, destacando sua capacidade de gerir crises e conquistar títulos. Desde sua chegada em 2021, o técnico acumula 11 troféus, incluindo duas Ligas dos Campeões, o que reforça sua posição mesmo em momentos de instabilidade.
- Desempenho recente do Real Madrid: 3 a 0 contra o Arsenal na Champions, quatro pontos atrás do Barcelona na La Liga.
- Próximos compromissos: Jogo de volta contra o Arsenal, final da Copa do Rei contra o Barcelona, Mundial de Clubes em junho.
- Histórico de Ancelotti: 188 vitórias em 260 jogos na atual passagem, 11 títulos conquistados.

Interesse da CBF: um sonho antigo
A CBF mantém Carlo Ancelotti como prioridade para o comando da seleção brasileira. Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, já expressou publicamente sua admiração pelo italiano, destacando sua experiência e capacidade de gestão. O interesse não é recente. Em 2023, antes de Ancelotti renovar com o Real Madrid, a CBF tentou convencê-lo a assumir o cargo, mas o treinador optou por permanecer na Europa.
Com a demissão de Dorival Júnior em março, após uma derrota por 4 a 1 para a Argentina, a seleção brasileira busca um novo rumo. A CBF acredita que Ancelotti, com seu currículo vitorioso, seria capaz de unir o elenco e recuperar a confiança dos torcedores. A entidade planeja fechar a contratação até a próxima Data Fifa, em junho, mas sabe que qualquer negociação depende do desfecho da temporada do Real Madrid.
A espera pela decisão de Ancelotti não é sem riscos. A CBF já enfrentou críticas por sua lentidão em definir um treinador, especialmente após períodos de instabilidade, como a saída de Tite em 2022. Enquanto aguarda, a entidade considera nomes como Jorge Jesus, Abel Ferreira e José Mourinho, mas nenhum deles desperta o mesmo entusiasmo que o italiano.
Momentos decisivos para Ancelotti
Ancelotti está acostumado a lidar com pressão. Aos 65 anos, o italiano já passou por clubes como Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain e Bayern de Munique, acumulando experiência em momentos críticos. No Real Madrid, sua habilidade de manter o vestiário unido é vista como um diferencial, mesmo em fases turbulentas.
A próxima semana será crucial. O jogo de volta contra o Arsenal, no Santiago Bernabéu, exige uma vitória por pelo menos três gols de diferença para manter o time vivo na Champions. Ancelotti acredita na capacidade de reação do Real Madrid, lembrando viradas históricas do clube em temporadas anteriores. Além disso, o confronto contra o Alavés, pelo Campeonato Espanhol, é visto como essencial para manter a equipe na briga pelo título nacional.
Fora de campo, o treinador enfrenta outras questões. Acusações de fraude fiscal na Espanha, envolvendo cerca de R$ 6,5 milhões, adicionam um elemento extra de tensão. O Ministério Público espanhol pediu quatro anos de prisão, mas Ancelotti nega as irregularidades e segue focado no trabalho.
Por que Ancelotti é tão desejado?
O fascínio da CBF por Ancelotti não é difícil de entender. Com um currículo que inclui quatro Ligas dos Campeões e títulos nacionais em cinco países diferentes, o italiano é um dos técnicos mais respeitados do mundo. Sua abordagem tática flexível e sua habilidade de extrair o melhor de jogadores jovens, como Vinicius Júnior e Rodrygo, são vistas como ideais para a seleção brasileira.
Além disso, Ancelotti tem uma conexão especial com o Brasil. Ele já treinou diversos jogadores brasileiros, como Kaká, Ronaldo e Casemiro, e sempre elogiou o talento do país. Em entrevistas, o italiano chegou a dizer que comandar a seleção brasileira seria “um grande sonho”, embora tenha deixado claro que sua prioridade, por enquanto, é o Real Madrid.
- Títulos de Ancelotti: 4 Ligas dos Campeões, 2 Mundiais de Clubes, 5 campeonatos nacionais.
- Jogadores brasileiros treinados: Kaká, Ronaldo, Casemiro, Vinicius Júnior, Rodrygo.
- Estilo de gestão: Focado em harmonia no vestiário, táticas adaptáveis e valorização de jovens talentos.
Cenário brasileiro: urgência por um líder
A seleção brasileira vive um momento de transição. Após o fracasso nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, com a derrota para a Argentina, a CBF busca um treinador capaz de restaurar a confiança da torcida. A ausência de um técnico definido às vésperas da próxima Data Fifa aumenta a pressão sobre Ednaldo Rodrigues, que já enfrentou críticas por decisões anteriores, como a escolha de Fernando Diniz como interino em 2023.
O Brasil tem um elenco repleto de talentos, como Neymar, Vinicius Júnior e Gabriel Martinelli, mas carece de consistência. A CBF acredita que Ancelotti, com sua experiência em competições de alto nível, poderia organizar o time e maximizar o potencial dos jogadores. A Copa América, marcada para 2026, é vista como uma oportunidade de testar o novo projeto antes do Mundial.
Enquanto espera por Ancelotti, a CBF monitora o mercado. Jorge Jesus, campeão brasileiro pelo Flamengo, é um dos nomes cotados, assim como Abel Ferreira, que conquistou duas Libertadores com o Palmeiras. José Mourinho, atualmente sem clube, também aparece nas especulações, mas a preferência por Ancelotti permanece inabalável.
Calendário decisivo para o futuro
Os próximos meses serão determinantes para o futuro de Ancelotti e da seleção brasileira. A temporada europeia está em sua reta final, com jogos que podem definir o destino do técnico no Real Madrid. A CBF, por sua vez, precisa equilibrar a paciência com a urgência de preparar a seleção para os desafios de 2026.
- Abril: Final da Copa do Rei contra o Barcelona, jogo de volta contra o Arsenal na Champions.
- Maio: Decisão do Campeonato Espanhol, com o Real Madrid na briga pelo título.
- Junho: Início do Mundial de Clubes e próxima Data Fifa, prazo da CBF para definir o treinador.
Impacto de uma possível mudança
A eventual chegada de Ancelotti à seleção brasileira seria um marco. O Brasil nunca teve um treinador estrangeiro em Copas do Mundo, e a escolha de um nome como Ancelotti romperia com décadas de tradição. A torcida, dividida entre o desejo por inovação e a preferência por técnicos locais, acompanharia de perto cada movimento do italiano.
No Real Madrid, uma saída de Ancelotti abriria espaço para novos nomes. Xabi Alonso, atualmente no Bayer Leverkusen, é apontado como favorito para assumir o cargo, trazendo uma abordagem moderna e ligada à história do clube. A transição, no entanto, seria desafiadora, dado o peso do legado de Ancelotti.
A pressão sobre o italiano não diminui. Cada jogo é uma oportunidade de provar que ele ainda pode liderar o Real Madrid ao sucesso ou de abrir as portas para um novo capítulo, seja na Espanha ou no Brasil. A CBF, enquanto isso, mantém a esperança de que o sonho de contar com Ancelotti se concretize, mas sabe que o caminho até lá depende de resultados em campo.
Expectativas para a seleção
A seleção brasileira enfrenta um momento de reconstrução. Após anos de resultados aquém do esperado, incluindo eliminações precoces em Copas do Mundo, a torcida clama por mudanças. A chegada de um treinador do calibre de Ancelotti poderia trazer estabilidade, mas também levantaria debates sobre a identidade do futebol brasileiro.
Jogadores como Vinicius Júnior, que já trabalharam com Ancelotti, seriam peças-chave em um eventual projeto. A capacidade do italiano de integrar jovens talentos a veteranos, como Neymar, é vista como um trunfo. Além disso, sua experiência em competições internacionais poderia ajudar o Brasil a recuperar o protagonismo perdido.
No curto prazo, a CBF precisa decidir como gerenciar a transição até a definição do treinador. A possibilidade de um interino, como ocorreu com Diniz, não é descartada, mas a entidade prefere acelerar as negociações com Ancelotti, caso o cenário no Real Madrid se torne favorável.
Histórico de Ancelotti em crises
Ancelotti já enfrentou momentos de instabilidade em outros clubes, e sua trajetória oferece pistas sobre como ele lida com a pressão. No Milan, entre 2001 e 2009, o italiano superou críticas para conquistar duas Ligas dos Campeões. No Chelsea, levou o título inglês em 2010, mesmo sob questionamentos. Sua passagem pelo Bayern de Munique, embora menos bem-sucedida, mostrou sua resiliência em ambientes exigentes.
No Real Madrid, a atual crise não é a primeira. Em 2023, após uma eliminação para o Manchester City na Champions, Ancelotti foi questionado, mas respondeu com uma temporada sólida, culminando na renovação de seu contrato. Essa experiência pode ser um indicativo de que o italiano está preparado para os desafios atuais, mas o desfecho dependerá de resultados concretos.
- Crises superadas: Milan (2003-2007), Chelsea (2009-2010), Real Madrid (2022-2023).
- Desafios atuais: Reverter placar contra o Arsenal, conquistar a La Liga, vencer a Copa do Rei.
- Contrato: Válido até junho de 2026, com apoio de Florentino Pérez.
O que está em jogo
O futuro de Ancelotti está diretamente ligado aos resultados do Real Madrid. Uma eliminação precoce na Champions, aliada a uma derrota na Copa do Rei, poderia marcar o fim de seu ciclo no clube, abrindo caminho para a CBF. Por outro lado, uma recuperação bem-sucedida reforçaria sua posição e adiaria os planos brasileiros.
Para a seleção, o tempo é um fator crítico. Com a Copa América e as Eliminatórias se aproximando, a CBF precisa de um treinador que una o elenco e devolva a confiança à torcida. Ancelotti, com seu histórico, é visto como a solução ideal, mas sua disponibilidade permanece incerta.
Enquanto isso, o futebol brasileiro segue de olho nos desdobramentos na Espanha. A cada jogo do Real Madrid, a esperança de contar com Ancelotti cresce ou diminui, mas a certeza é de que o técnico italiano continuará sendo o centro das atenções, seja em Madri ou no Rio de Janeiro.
