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16 Apr 2025, Wed

TMDQA! Entrevista: Di Ferrero e o início da hora azul em “7”

Di Ferrero, em registro feito por César Ovalle (Cesinha)



É fato: Di Ferrero se tornou um ícone com o passar do tempo— seja pelos anos de estrada como frontman do NX Zero ou pela sua sólida caminhada solo, marcada por experimentações, colaborações e um olhar sempre inquieto para o futuro da música.

Mas talvez você ainda não tenha ouvido 7, seu mais novo EP, que mergulha fundo no abstrato, no subjetivo e nas camadas mais íntimas da existência. Com apenas três faixas e uma carga simbólica imensa, 7 não é só um número — é um convite à introspecção, uma viagem sonora por ciclos, desilusões e possibilidades. O lançamento, cuidadosamente realizado no dia 7 de abril, às 7 da noite, reforça o simbolismo por trás de tudo: a transição do dia para a noite, o fim de uma fase e o início de outra.

A produção do projeto conta com nomes de peso como Felipe Vassão e Bruno Genz, e as composições trazem um Di mais maduro, mais pessoal, mais afiado – e claro, ainda com aquele brilho pop e energético que sempre o acompanhou.

Aproveitando esse lançamento cheio de camadas e significados, nós do TMDQA! batemos um papo com o Di pra entender de onde veio essa reviravolta criativa, o que ele andou lendo durante o processo, como os “e se?” viraram grooves — e o que mais vem por aí. Cola com a gente nessa conversa!

TMDQA! Entrevista Di Ferrero

TMDQA!: Opa, Di! Uma honra em falar contigo. Queria te parabenizar pelo lançamento e ressaltar o quanto esse projeto fala sobre transformações. Você acredita que esse EP marca uma virada na sua carreira solo? O que tem de diferente do que já vimos antes?

Di Ferrero: Opa! Sim, o EP 7 também fala sobre as sensações dentro desse momento de transformação, dos questionamentos e sentimentos. Além de falar do depois – o depois de passar por algo que realmente mexeu com meu interior! Sinto que consegui colocar em palavras esse processo que passei. Musicalmente, por ser mais introspectivo, vem um som mais orgânico! Estou satisfeito com esse trabalho principalmente porque fui sincero com meus sentimentos.

TMDQA!: Massa! Você mencionou que o número 7 representa ciclos e autoconhecimento. Quais ciclos da sua vida você sente que estão representados nesse EP?

Di Ferrero: Vivo um final de ciclo onde consegui me recompor e renascer e, ao mesmo tempo, um começo de ciclo onde posso explorar mais claramente minhas sensações e onde quero que elas me levem como artista.

TMDQA!: O lançamento foi pensado para o dia 7 de abril, às 7 da noite, simbolizando o início da “hora azul”. Qual foi a importância desse detalhe para você?

Di Ferrero: Foi uma forma mais representativa de lançar esse EP. 7 horas pode ser o fim do dia ou começo da noite, a gente não sabe muito bem definir. Mas sabemos que esse horário representa o fim e o começo, e o EP 7 traz isso nas músicas!

TMDQA!: Você comentou que esse EP “vem das profundezas dos sentimentos”. Houve algum desafio específico em transformar esses sentimentos em música?

Di Ferrero: O maior desafio foi ser o mais sincero comigo mesmo. Tentei não me preocupar com as “forças externas”, como fórmulas ou formatos pra lançar uma música para “dar certo”. Não deixar que isso interferisse no som que estava fazendo e no projeto foi importante para que eu chegasse no resultado que pudesse realmente curtir o que estava fazendo e apreciar minha música! Tive pessoas muito incríveis que me ajudaram nesse processo, como o Felipe Vassão que produziu o EP, junto do Bruno Genz que compôs algumas comigo.

TMDQA!: Aproveitando a deixa, como foi trabalhar com Bruno Genz e Felipe Vassão na produção? E com os músicos envolvidos no projeto?

Di Ferrero: Deu match! Vassão é uma pessoa incrível que me deixava muito a vontade e trazia muitas ideias e inspirações, como o senti no refrão de “Além do Fim” e muitas outras coisas. E não só na parte musical, mas de uma forma geral, falávamos da vida e do projeto como um todo. O Bruno Genz foi co-produtor e compôs comigo “Som da Desilusão” e “Universo Paralelo”, também tocou guitarra nas faixas e é um grande parceiro talentoso!

TMDQA!: Flertando com o abstrato e a subjetividade em um todo, eu destaco “Universo Paralelo” como uma faixa muito forte em relação às outras do EP. Nela, você flerta com aqueles questionamentos rotineiros dos ciclos que nos acompanham. Como você trabalhou com este “mar de possibilidades” para compor a canção?

Di Ferrero: Legal que gostou dessa música! Depois de um “Som da Desilusão”, vem a questão “o que sobrou, além do fim?”, vem os “E se”. Nos perguntamos sempre depois de algo forte que passou: o que eu poderia ter feito de diferente? Pensamos nas possibilidades e como seriam elas nesse “Universo Paralelo”. Mas acredito que o que realmente importa é o que vamos fazer daqui pra frente, o que aprendemos com o que passou e não cair na mesma armadilha da próxima vez.

TMDQA!: Foi mencionado que o uso de IA na criação da capa foi proposital dentro do conceito do EP. Como enxerga essa intersecção entre tecnologia e emoção na música, e qual a sua opinião sobre o uso da inteligência artificial, sendo um assunto cada vez maisrotineiro nas redes sociais?

Di Ferrero: Acredito que toda a nova tecnologia tem que ser estudada sem medo, e como artistas temos que saber ao nosso favor com senso e clareza! O diretor de “Som da Desilusão”, Bruno Bock, e eu sabíamos que o principal era respeitar a história e passar a mensagem dessa música de uma forma poética e lúdica com todas as representações e símbolos do projeto – como a casa que reflete nós mesmos e a história como foi contada; com a continuação do clipe para as outras músicas, como se nao tivesse corte na transição do IA para o real em “Além do Fim” e “Universo Paralelo”, dirigido pelo César Ovalle Marvelo Nava. Gostei muito do resultado desse trabalho e sugiro todos verem pra entender melhor esse conceito!

TMDQA!: Além da influência do livro ‘A Coragem de Não Agradar’, houve outras leituras, músicas ou experiências pessoais que influenciaram diretamente essas três faixas?

Di Ferrero: Comecei a compor essas músicas em um momento um pouco conturbado. Junto com as músicas estava terminando esse livro ‘A Coragem de Não Agradar’ e também a biografia do Flea do Red Hot Chili Peppers. Também lembro de assistir ‘Matéria Escura‘, que me ajudou a pensar na ideia da “Universo Paralelo”, e também ouvindo Michael Kiwanuka ao vivo e aprendendo novas afinações no violão que me ajudaram em “Além do Fim”.

TMDQA!: Você já tem planos de levar o ‘7’ para os palcos? Podemos esperar uma performance visualmente conectada com o conceito do EP?

Di Ferrero: Sim, não vejo a hora de tocar elas ao vivo! Começando pelo dia 12, sábado, no Rio, no Circo Voador. Depois minha primeira Euro Tour em Portugal e Irlanda, até o último show da “Outra Dose Tour” na Audio, 17/5, elas estarão no setlist!

TMDQA!: E olhando para frente: esse projeto é uma pausa entre outros maiores? Um começo de nova fase? O que vem depois do ‘7’?

Di Ferrero: Acredito que é um novo momento, tenho outras ideias de continuação pra isso tudo que estamos fazendo e logo você saberão!

TMDQA!: Impossível finalizar essa entrevista sem perguntar: tendo em vista o nome do nosso veículo, vocês também consideram ter mais discos do que amigos? E se pudessem escolher um álbum para definir quem são, qual seria?

Di Ferrero: Se for contar amigos de verdade, sinto que cada vez mais tenho mais discos que amigos hehe! E se for pra falar apenas um disco, fico com Nevermind do Nirvana!

Di Ferrero – 7

Não vacila: o EP já está disponível nas plataformas digitais, e Di segue com sua agenda que tem datas ao redor do mundo. Mais informações você confere aqui.

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É fato: Di Ferrero se tornou um ícone com o passar do tempo— seja pelos anos de estrada como frontman do NX Zero ou pela sua sólida caminhada solo, marcada por experimentações, colaborações e um olhar sempre inquieto para o futuro da música.

Mas talvez você ainda não tenha ouvido 7, seu mais novo EP, que mergulha fundo no abstrato, no subjetivo e nas camadas mais íntimas da existência. Com apenas três faixas e uma carga simbólica imensa, 7 não é só um número — é um convite à introspecção, uma viagem sonora por ciclos, desilusões e possibilidades. O lançamento, cuidadosamente realizado no dia 7 de abril, às 7 da noite, reforça o simbolismo por trás de tudo: a transição do dia para a noite, o fim de uma fase e o início de outra.

A produção do projeto conta com nomes de peso como Felipe Vassão e Bruno Genz, e as composições trazem um Di mais maduro, mais pessoal, mais afiado – e claro, ainda com aquele brilho pop e energético que sempre o acompanhou.

Aproveitando esse lançamento cheio de camadas e significados, nós do TMDQA! batemos um papo com o Di pra entender de onde veio essa reviravolta criativa, o que ele andou lendo durante o processo, como os “e se?” viraram grooves — e o que mais vem por aí. Cola com a gente nessa conversa!

TMDQA! Entrevista Di Ferrero

TMDQA!: Opa, Di! Uma honra em falar contigo. Queria te parabenizar pelo lançamento e ressaltar o quanto esse projeto fala sobre transformações. Você acredita que esse EP marca uma virada na sua carreira solo? O que tem de diferente do que já vimos antes?

Di Ferrero: Opa! Sim, o EP 7 também fala sobre as sensações dentro desse momento de transformação, dos questionamentos e sentimentos. Além de falar do depois – o depois de passar por algo que realmente mexeu com meu interior! Sinto que consegui colocar em palavras esse processo que passei. Musicalmente, por ser mais introspectivo, vem um som mais orgânico! Estou satisfeito com esse trabalho principalmente porque fui sincero com meus sentimentos.

TMDQA!: Massa! Você mencionou que o número 7 representa ciclos e autoconhecimento. Quais ciclos da sua vida você sente que estão representados nesse EP?

Di Ferrero: Vivo um final de ciclo onde consegui me recompor e renascer e, ao mesmo tempo, um começo de ciclo onde posso explorar mais claramente minhas sensações e onde quero que elas me levem como artista.

TMDQA!: O lançamento foi pensado para o dia 7 de abril, às 7 da noite, simbolizando o início da “hora azul”. Qual foi a importância desse detalhe para você?

Di Ferrero: Foi uma forma mais representativa de lançar esse EP. 7 horas pode ser o fim do dia ou começo da noite, a gente não sabe muito bem definir. Mas sabemos que esse horário representa o fim e o começo, e o EP 7 traz isso nas músicas!

TMDQA!: Você comentou que esse EP “vem das profundezas dos sentimentos”. Houve algum desafio específico em transformar esses sentimentos em música?

Di Ferrero: O maior desafio foi ser o mais sincero comigo mesmo. Tentei não me preocupar com as “forças externas”, como fórmulas ou formatos pra lançar uma música para “dar certo”. Não deixar que isso interferisse no som que estava fazendo e no projeto foi importante para que eu chegasse no resultado que pudesse realmente curtir o que estava fazendo e apreciar minha música! Tive pessoas muito incríveis que me ajudaram nesse processo, como o Felipe Vassão que produziu o EP, junto do Bruno Genz que compôs algumas comigo.

TMDQA!: Aproveitando a deixa, como foi trabalhar com Bruno Genz e Felipe Vassão na produção? E com os músicos envolvidos no projeto?

Di Ferrero: Deu match! Vassão é uma pessoa incrível que me deixava muito a vontade e trazia muitas ideias e inspirações, como o senti no refrão de “Além do Fim” e muitas outras coisas. E não só na parte musical, mas de uma forma geral, falávamos da vida e do projeto como um todo. O Bruno Genz foi co-produtor e compôs comigo “Som da Desilusão” e “Universo Paralelo”, também tocou guitarra nas faixas e é um grande parceiro talentoso!

TMDQA!: Flertando com o abstrato e a subjetividade em um todo, eu destaco “Universo Paralelo” como uma faixa muito forte em relação às outras do EP. Nela, você flerta com aqueles questionamentos rotineiros dos ciclos que nos acompanham. Como você trabalhou com este “mar de possibilidades” para compor a canção?

Di Ferrero: Legal que gostou dessa música! Depois de um “Som da Desilusão”, vem a questão “o que sobrou, além do fim?”, vem os “E se”. Nos perguntamos sempre depois de algo forte que passou: o que eu poderia ter feito de diferente? Pensamos nas possibilidades e como seriam elas nesse “Universo Paralelo”. Mas acredito que o que realmente importa é o que vamos fazer daqui pra frente, o que aprendemos com o que passou e não cair na mesma armadilha da próxima vez.

TMDQA!: Foi mencionado que o uso de IA na criação da capa foi proposital dentro do conceito do EP. Como enxerga essa intersecção entre tecnologia e emoção na música, e qual a sua opinião sobre o uso da inteligência artificial, sendo um assunto cada vez maisrotineiro nas redes sociais?

Di Ferrero: Acredito que toda a nova tecnologia tem que ser estudada sem medo, e como artistas temos que saber ao nosso favor com senso e clareza! O diretor de “Som da Desilusão”, Bruno Bock, e eu sabíamos que o principal era respeitar a história e passar a mensagem dessa música de uma forma poética e lúdica com todas as representações e símbolos do projeto – como a casa que reflete nós mesmos e a história como foi contada; com a continuação do clipe para as outras músicas, como se nao tivesse corte na transição do IA para o real em “Além do Fim” e “Universo Paralelo”, dirigido pelo César Ovalle Marvelo Nava. Gostei muito do resultado desse trabalho e sugiro todos verem pra entender melhor esse conceito!

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Di Ferrero: Comecei a compor essas músicas em um momento um pouco conturbado. Junto com as músicas estava terminando esse livro ‘A Coragem de Não Agradar’ e também a biografia do Flea do Red Hot Chili Peppers. Também lembro de assistir ‘Matéria Escura‘, que me ajudou a pensar na ideia da “Universo Paralelo”, e também ouvindo Michael Kiwanuka ao vivo e aprendendo novas afinações no violão que me ajudaram em “Além do Fim”.

TMDQA!: Você já tem planos de levar o ‘7’ para os palcos? Podemos esperar uma performance visualmente conectada com o conceito do EP?

Di Ferrero: Sim, não vejo a hora de tocar elas ao vivo! Começando pelo dia 12, sábado, no Rio, no Circo Voador. Depois minha primeira Euro Tour em Portugal e Irlanda, até o último show da “Outra Dose Tour” na Audio, 17/5, elas estarão no setlist!

TMDQA!: E olhando para frente: esse projeto é uma pausa entre outros maiores? Um começo de nova fase? O que vem depois do ‘7’?

Di Ferrero: Acredito que é um novo momento, tenho outras ideias de continuação pra isso tudo que estamos fazendo e logo você saberão!

TMDQA!: Impossível finalizar essa entrevista sem perguntar: tendo em vista o nome do nosso veículo, vocês também consideram ter mais discos do que amigos? E se pudessem escolher um álbum para definir quem são, qual seria?

Di Ferrero: Se for contar amigos de verdade, sinto que cada vez mais tenho mais discos que amigos hehe! E se for pra falar apenas um disco, fico com Nevermind do Nirvana!

Di Ferrero – 7

Não vacila: o EP já está disponível nas plataformas digitais, e Di segue com sua agenda que tem datas ao redor do mundo. Mais informações você confere aqui.

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