Empréstimos consignados para trabalhadores com carteira assinada ganharam nova dinâmica com o programa Crédito do Trabalhador, lançado em março de 2025. Conhecido como consignado CLT, o modelo permite que funcionários do setor privado utilizem até 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia, além da multa rescisória em caso de demissão, para acessar crédito com juros reduzidos. Com parcelas descontadas diretamente na folha de pagamento, a modalidade já movimentou R$ 3,3 bilhões em menos de um mês, beneficiando mais de 532 mil trabalhadores. A facilidade de contratação, feita pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, e a possibilidade de incluir até quem está com o nome negativado tornam o programa atrativo. No entanto, entender os limites, os prazos e os cuidados necessários é essencial para aproveitar seus benefícios sem comprometer o orçamento.
A adesão ao consignado CLT reflete a busca por crédito acessível em um cenário de alta demanda financeira. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que São Paulo lidera as contratações, com R$ 848,7 milhões liberados, seguido pelo Rio de Janeiro, com R$ 270,2 milhões. A média nacional por contrato é de R$ 6.284,45, com prazos que variam de 12 a 84 meses. Diferentemente de empréstimos tradicionais, que podem cobrar juros superiores a 100% ao ano, o consignado CLT oferece taxas entre 3% e 6% ao mês, dependendo do banco. Essa economia atrai trabalhadores que desejam quitar dívidas caras ou financiar projetos pessoais, mas exige planejamento para evitar impactos no salário mensal.
Funcionários de pequenas empresas, empregados domésticos e trabalhadores rurais estão entre os beneficiados pelo programa, que não exige convênios entre empregadores e bancos. A inclusão de categorias antes limitadas ao crédito consignado amplia o alcance da modalidade, que tem potencial para atingir 47 milhões de assalariados no Brasil. Com a possibilidade de migrar dívidas mais caras para o consignado CLT a partir de 25 de abril, o programa promete transformar o mercado de crédito, mas também reforça a importância de decisões financeiras conscientes.
Como o FGTS define o crédito disponível
O saldo do FGTS é o principal fator que determina o valor máximo do consignado CLT. Até 10% do fundo pode ser usado como garantia direta, enquanto 100% da multa rescisória — equivalente a 40% do total acumulado — entra como segurança adicional em caso de demissão sem justa causa. Um trabalhador com R$ 60 mil no FGTS, por exemplo, pode oferecer R$ 6 mil como caução e até R$ 24 mil da multa, totalizando R$ 30 mil de garantia. No entanto, o valor liberado depende da margem consignável, que limita o pagamento mensal a 35% do salário bruto.
Além do FGTS, a renda mensal desempenha um papel crucial. Um empregado com salário de R$ 4 mil pode comprometer até R$ 1.400 por mês, o que define o montante total do empréstimo com base no prazo escolhido. Bancos como Banco do Brasil e Bradesco analisam o histórico financeiro e o tempo de trabalho para ajustar as condições, mas a modalidade não exige nome limpo, o que facilita o acesso. Essa flexibilidade torna o consignado CLT uma alternativa viável para milhões de trabalhadores, especialmente em momentos de aperto financeiro.
A proteção ao FGTS é outro diferencial. O fundo só é acessado em caso de demissão, garantindo que o trabalhador mantenha sua reserva intacta enquanto estiver empregado. Essa estrutura reduz o risco para os bancos e permite juros mais baixos, mas exige que o solicitante entenda as implicações de usar o fundo como garantia, já que isso pode limitar saques futuros para emergências ou compra de imóveis.
- Fatores que influenciam o limite do crédito:
- Saldo do FGTS disponível para garantia (até 10%).
- Multa rescisória, acionada em demissões (100% de 40% do fundo).
- Margem consignável de 35% do salário bruto mensal.
- Prazo do contrato, que pode chegar a 84 meses.
Benefícios do consignado CLT para trabalhadores
A redução das taxas de juros é o maior atrativo do consignado CLT. Enquanto empréstimos pessoais tradicionais chegam a 103% ao ano, essa modalidade oferece taxas que variam de 36% a 72% anuais, dependendo da instituição. Para um crédito de R$ 10 mil em 18 meses, o trabalhador pode pagar cerca de R$ 700 por mês, totalizando R$ 12.600. Em um empréstimo comum, o custo final poderia ultrapassar R$ 20 mil. Essa economia é especialmente relevante para quem busca substituir dívidas caras, como as de cartão de crédito.
Outro benefício é a praticidade do processo. Pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador simula o valor desejado, autoriza o compartilhamento de dados e recebe propostas em até 24 horas. Bancos como Itaú, Santander e Nubank participam do programa, oferecendo condições variadas que permitem escolher a melhor oferta. O dinheiro é liberado em até cinco dias úteis, agilizando o acesso ao crédito em situações urgentes.
A portabilidade da dívida também facilita a vida do trabalhador. Se o empregado mudar de emprego, mas continuar no regime CLT, o contrato é transferido automaticamente, mantendo as mesmas condições. A partir de abril, a migração de empréstimos mais caros, como os de crédito direto ao consumidor, para o consignado CLT será liberada, ajudando a reduzir o peso de dívidas antigas no orçamento familiar.
Cuidados antes de contratar o crédito
Planejar o orçamento é essencial antes de solicitar o consignado CLT. O comprometimento de até 35% do salário pode parecer gerenciável, mas outras despesas, como aluguel e contas fixas, precisam ser consideradas. Um trabalhador com renda de R$ 3 mil, por exemplo, teria até R$ 1.050 descontados mensalmente, o que pode limitar gastos essenciais. Avaliar a real necessidade do empréstimo é o primeiro passo para evitar problemas financeiros.
Comparar propostas também faz diferença. Embora bancos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil ofereçam taxas competitivas, o custo efetivo total (CET) varia, incluindo juros e taxas administrativas. Verificar o CET no contrato ajuda a identificar a opção mais barata. Além disso, ler as cláusulas sobre demissão ou desistência é fundamental, já que o uso do FGTS como garantia pode impactar o acesso ao fundo em momentos críticos.
- Dicas para contratar com segurança:
- Avalie se o empréstimo é necessário para despesas prioritárias.
- Compare o CET entre pelo menos três bancos.
- Verifique o impacto das parcelas no orçamento mensal.
- Leia o contrato com atenção, especialmente sobre o uso do FGTS.
Impacto do consignado CLT na economia
O consignado CLT já mostra sinais de transformação no mercado financeiro. Em menos de um mês, o programa liberou R$ 3,3 bilhões, com destaque para São Paulo, onde 131 mil contratos foram firmados. O Rio de Janeiro segue com 51 mil operações, enquanto o Distrito Federal registra a maior média por contrato, de R$ 9.809,75. Esses números refletem a demanda por crédito acessível em um país com 47 milhões de trabalhadores formais, muitos dos quais enfrentam dificuldades para acessar linhas tradicionais.
Pequenas e médias empresas também sentem os efeitos. Funcionários com acesso ao consignado CLT têm mais recursos para consumo, o que movimenta o comércio local. Em cidades como Bauru, no interior paulista, cerca de 140 mil trabalhadores são elegíveis, mostrando o potencial da modalidade em regiões menos atendidas por bancos. A expectativa é que o programa injete R$ 100 bilhões na economia nos próximos três meses, estimulando setores como varejo e serviços.
A inclusão financeira é outro impacto positivo. Trabalhadores rurais, empregados domésticos e funcionários de microempreendedores individuais, que antes dependiam de empréstimos caros, agora acessam crédito com condições mais justas. Em 2024, 20 milhões de brasileiros entraram no sistema financeiro via Pix, e o consignado CLT segue essa tendência, ampliando o acesso a serviços bancários para populações vulneráveis.
Passo a passo para solicitar o empréstimo
Solicitar o consignado CLT é um processo simples, feito pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O trabalhador acessa a plataforma com sua conta Gov.br, simula o valor desejado e autoriza o compartilhamento de informações trabalhistas. Em até 24 horas, recebe propostas de bancos participantes, como Bradesco, Santander e Nubank. Após escolher a melhor opção, o dinheiro é depositado em até cinco dias úteis.
A simulação permite ajustar o prazo e o valor das parcelas, que podem chegar a 84 meses. A média observada é de 18 a 19 meses, com parcelas de cerca de R$ 350 para empréstimos de R$ 6 mil. A transparência do processo, aliada à rapidez, facilita a decisão, mas exige atenção aos detalhes do contrato, como taxas e condições em caso de demissão.
Bancos estão ampliando a oferta do consignado CLT, com integração direta em seus aplicativos a partir de 25 de abril. Essa expansão deve reduzir o tempo de liberação do crédito e aumentar a concorrência, potencialmente baixando as taxas de juros. A expectativa é que 3 mil municípios sejam atendidos até o fim de 2025, cobrindo 90% dos trabalhadores formais.
Cronograma de ações para contratar o crédito
- Dia 1: Baixe o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e faça login com Gov.br.
- Dia 2: Simule o valor e o prazo desejados na seção de consignado CLT.
- Dia 3: Autorize o compartilhamento de dados e aguarde propostas (até 24 horas).
- Dias 4-7: Escolha a melhor oferta e receba o dinheiro em até cinco dias úteis.
Taxas de juros e economia no bolso
As taxas do consignado CLT, entre 3% e 6% ao mês, são um alívio em comparação com outras modalidades. Um empréstimo de R$ 15 mil em 24 meses, com juros de 4% ao mês, resulta em parcelas de cerca de R$ 850, totalizando R$ 20.400. No crédito pessoal tradicional, o mesmo valor poderia custar mais de R$ 30 mil. Essa diferença é crucial para trabalhadores que buscam reorganizar finanças ou financiar projetos sem comprometer o orçamento.
A possibilidade de migrar dívidas caras, como as de cartão de crédito, para o consignado CLT amplia a economia. A partir de abril, bancos aceitarão a portabilidade de contratos existentes, permitindo substituir juros de até 300% ao ano por taxas bem mais acessíveis. Essa medida deve beneficiar milhões de trabalhadores endividados, reduzindo o custo total de financiamentos.
A variação nas taxas entre bancos exige pesquisa. Instituições como Caixa Econômica Federal oferecem condições especiais para servidores e aposentados, mas também competem no consignado CLT. Comparar o CET, que inclui juros e taxas administrativas, é a melhor forma de garantir um contrato vantajoso. Em 2024, 60% dos trabalhadores que compararam propostas economizaram pelo menos 10% no custo total do crédito.
Implicações do FGTS em caso de demissão
A garantia do FGTS traz segurança aos bancos, mas impacta o trabalhador em caso de demissão. Se o contrato não estiver quitado, o banco pode reter até 10% do saldo do fundo e 100% da multa rescisória. Um trabalhador com R$ 80 mil no FGTS e um empréstimo de R$ 20 mil poderia perder R$ 8 mil do saldo e R$ 32 mil da multa, totalizando R$ 40 mil. Se o valor não cobrir a dívida, o pagamento é suspenso até um novo emprego formal.
Essa dinâmica exige planejamento. O FGTS é uma reserva estratégica para emergências, como compra de imóveis ou aposentadoria, e seu uso como garantia pode limitar essas opções. Por outro lado, a legislação protege o trabalhador, impedindo que o banco acesse mais de 10% do fundo, mesmo em casos de inadimplência prolongada.
A flexibilidade do consignado CLT em demissões é uma vantagem. Diferentemente de outros empréstimos, que podem gerar cobranças imediatas, o programa suspende parcelas até a recolocação no mercado, aliviando a pressão financeira em momentos de instabilidade. Essa regra beneficia especialmente trabalhadores de setores com alta rotatividade, como comércio e construção civil.

Expansão do programa e próximas etapas
O consignado CLT está em plena expansão. A fase inicial, lançada em 21 de março, focou na liberação via Carteira de Trabalho Digital. A partir de 25 de abril, bancos oferecerão o crédito diretamente em seus aplicativos, simplificando o acesso. Essa mudança deve aumentar a concorrência, pressionando as taxas para baixo e beneficiando os trabalhadores com condições mais atrativas.
O governo projeta que R$ 100 bilhões sejam liberados nos próximos três meses, alcançando milhões de trabalhadores. Em quatro anos, a meta é incluir 25 milhões de pessoas, consolidando o consignado CLT como uma das principais linhas de crédito do país. A regulamentação completa do uso do FGTS, prevista para junho, trará mais clareza às operações, definindo limites e proteções adicionais.
Regiões menos atendidas, como o Norte e o Nordeste, também estão no radar. Em estados como Amazonas e Bahia, programas de inclusão digital estão sendo ampliados para ensinar trabalhadores a usar o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, garantindo que o crédito chegue a áreas rurais e comunidades carentes. Essa iniciativa reforça o compromisso com a inclusão financeira.
Público-alvo e inclusão financeira
O consignado CLT atende um público amplo, de empregados domésticos a funcionários de grandes empresas. Com 68 milhões de pessoas registradas na Carteira de Trabalho Digital, o programa tem alcance potencial para 47 milhões de assalariados. A inclusão de trabalhadores com nome negativado é um diferencial, já que a garantia do salário e do FGTS reduz o risco para os bancos, facilitando a aprovação.
Trabalhadores rurais e de microempreendedores individuais, que antes dependiam de agiotas ou empréstimos caros, agora acessam crédito com juros justos. Em 2024, 30% dos novos contratos de crédito consignado foram firmados por categorias historicamente excluídas, como empregados domésticos. O consignado CLT segue essa tendência, promovendo igualdade no acesso a serviços financeiros.
A educação financeira é essencial para maximizar os benefícios. Bancos e o governo planejam oficinas em 2025 para ensinar trabalhadores a planejar o uso do crédito, evitando o superendividamento. Essas ações são cruciais em um país onde 70% das famílias têm algum tipo de dívida, segundo dados recentes.
Boas práticas para gerenciar o consignado CLT
Adotar cuidados simples pode transformar o consignado CLT em uma ferramenta poderosa. Planejar o uso do crédito para quitar dívidas caras ou financiar projetos essenciais, como reformas ou estudos, garante benefícios a longo prazo. Um trabalhador que substitui uma dívida de cartão de crédito de R$ 5 mil por um consignado CLT pode economizar até R$ 3 mil em juros, dependendo do prazo.
Manter o orçamento equilibrado é outro ponto importante. As parcelas, embora descontadas automaticamente, reduzem a renda disponível, exigindo ajustes em gastos diários. Ferramentas como aplicativos de controle financeiro ajudam a monitorar despesas e evitar surpresas. Em 2024, 40% dos trabalhadores que planejaram o uso do consignado conseguiram quitar o contrato antes do prazo, economizando em juros.
- Estratégias para gerenciar o crédito:
- Use o empréstimo para substituir dívidas com juros altos.
- Ajuste o orçamento para acomodar as parcelas mensais.
- Monitore o CET e escolha prazos que minimizem custos.
- Consulte o saldo do FGTS regularmente para planejar saques futuros.

Empréstimos consignados para trabalhadores com carteira assinada ganharam nova dinâmica com o programa Crédito do Trabalhador, lançado em março de 2025. Conhecido como consignado CLT, o modelo permite que funcionários do setor privado utilizem até 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia, além da multa rescisória em caso de demissão, para acessar crédito com juros reduzidos. Com parcelas descontadas diretamente na folha de pagamento, a modalidade já movimentou R$ 3,3 bilhões em menos de um mês, beneficiando mais de 532 mil trabalhadores. A facilidade de contratação, feita pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, e a possibilidade de incluir até quem está com o nome negativado tornam o programa atrativo. No entanto, entender os limites, os prazos e os cuidados necessários é essencial para aproveitar seus benefícios sem comprometer o orçamento.
A adesão ao consignado CLT reflete a busca por crédito acessível em um cenário de alta demanda financeira. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que São Paulo lidera as contratações, com R$ 848,7 milhões liberados, seguido pelo Rio de Janeiro, com R$ 270,2 milhões. A média nacional por contrato é de R$ 6.284,45, com prazos que variam de 12 a 84 meses. Diferentemente de empréstimos tradicionais, que podem cobrar juros superiores a 100% ao ano, o consignado CLT oferece taxas entre 3% e 6% ao mês, dependendo do banco. Essa economia atrai trabalhadores que desejam quitar dívidas caras ou financiar projetos pessoais, mas exige planejamento para evitar impactos no salário mensal.
Funcionários de pequenas empresas, empregados domésticos e trabalhadores rurais estão entre os beneficiados pelo programa, que não exige convênios entre empregadores e bancos. A inclusão de categorias antes limitadas ao crédito consignado amplia o alcance da modalidade, que tem potencial para atingir 47 milhões de assalariados no Brasil. Com a possibilidade de migrar dívidas mais caras para o consignado CLT a partir de 25 de abril, o programa promete transformar o mercado de crédito, mas também reforça a importância de decisões financeiras conscientes.
Como o FGTS define o crédito disponível
O saldo do FGTS é o principal fator que determina o valor máximo do consignado CLT. Até 10% do fundo pode ser usado como garantia direta, enquanto 100% da multa rescisória — equivalente a 40% do total acumulado — entra como segurança adicional em caso de demissão sem justa causa. Um trabalhador com R$ 60 mil no FGTS, por exemplo, pode oferecer R$ 6 mil como caução e até R$ 24 mil da multa, totalizando R$ 30 mil de garantia. No entanto, o valor liberado depende da margem consignável, que limita o pagamento mensal a 35% do salário bruto.
Além do FGTS, a renda mensal desempenha um papel crucial. Um empregado com salário de R$ 4 mil pode comprometer até R$ 1.400 por mês, o que define o montante total do empréstimo com base no prazo escolhido. Bancos como Banco do Brasil e Bradesco analisam o histórico financeiro e o tempo de trabalho para ajustar as condições, mas a modalidade não exige nome limpo, o que facilita o acesso. Essa flexibilidade torna o consignado CLT uma alternativa viável para milhões de trabalhadores, especialmente em momentos de aperto financeiro.
A proteção ao FGTS é outro diferencial. O fundo só é acessado em caso de demissão, garantindo que o trabalhador mantenha sua reserva intacta enquanto estiver empregado. Essa estrutura reduz o risco para os bancos e permite juros mais baixos, mas exige que o solicitante entenda as implicações de usar o fundo como garantia, já que isso pode limitar saques futuros para emergências ou compra de imóveis.
- Fatores que influenciam o limite do crédito:
- Saldo do FGTS disponível para garantia (até 10%).
- Multa rescisória, acionada em demissões (100% de 40% do fundo).
- Margem consignável de 35% do salário bruto mensal.
- Prazo do contrato, que pode chegar a 84 meses.
Benefícios do consignado CLT para trabalhadores
A redução das taxas de juros é o maior atrativo do consignado CLT. Enquanto empréstimos pessoais tradicionais chegam a 103% ao ano, essa modalidade oferece taxas que variam de 36% a 72% anuais, dependendo da instituição. Para um crédito de R$ 10 mil em 18 meses, o trabalhador pode pagar cerca de R$ 700 por mês, totalizando R$ 12.600. Em um empréstimo comum, o custo final poderia ultrapassar R$ 20 mil. Essa economia é especialmente relevante para quem busca substituir dívidas caras, como as de cartão de crédito.
Outro benefício é a praticidade do processo. Pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador simula o valor desejado, autoriza o compartilhamento de dados e recebe propostas em até 24 horas. Bancos como Itaú, Santander e Nubank participam do programa, oferecendo condições variadas que permitem escolher a melhor oferta. O dinheiro é liberado em até cinco dias úteis, agilizando o acesso ao crédito em situações urgentes.
A portabilidade da dívida também facilita a vida do trabalhador. Se o empregado mudar de emprego, mas continuar no regime CLT, o contrato é transferido automaticamente, mantendo as mesmas condições. A partir de abril, a migração de empréstimos mais caros, como os de crédito direto ao consumidor, para o consignado CLT será liberada, ajudando a reduzir o peso de dívidas antigas no orçamento familiar.
Cuidados antes de contratar o crédito
Planejar o orçamento é essencial antes de solicitar o consignado CLT. O comprometimento de até 35% do salário pode parecer gerenciável, mas outras despesas, como aluguel e contas fixas, precisam ser consideradas. Um trabalhador com renda de R$ 3 mil, por exemplo, teria até R$ 1.050 descontados mensalmente, o que pode limitar gastos essenciais. Avaliar a real necessidade do empréstimo é o primeiro passo para evitar problemas financeiros.
Comparar propostas também faz diferença. Embora bancos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil ofereçam taxas competitivas, o custo efetivo total (CET) varia, incluindo juros e taxas administrativas. Verificar o CET no contrato ajuda a identificar a opção mais barata. Além disso, ler as cláusulas sobre demissão ou desistência é fundamental, já que o uso do FGTS como garantia pode impactar o acesso ao fundo em momentos críticos.
- Dicas para contratar com segurança:
- Avalie se o empréstimo é necessário para despesas prioritárias.
- Compare o CET entre pelo menos três bancos.
- Verifique o impacto das parcelas no orçamento mensal.
- Leia o contrato com atenção, especialmente sobre o uso do FGTS.
Impacto do consignado CLT na economia
O consignado CLT já mostra sinais de transformação no mercado financeiro. Em menos de um mês, o programa liberou R$ 3,3 bilhões, com destaque para São Paulo, onde 131 mil contratos foram firmados. O Rio de Janeiro segue com 51 mil operações, enquanto o Distrito Federal registra a maior média por contrato, de R$ 9.809,75. Esses números refletem a demanda por crédito acessível em um país com 47 milhões de trabalhadores formais, muitos dos quais enfrentam dificuldades para acessar linhas tradicionais.
Pequenas e médias empresas também sentem os efeitos. Funcionários com acesso ao consignado CLT têm mais recursos para consumo, o que movimenta o comércio local. Em cidades como Bauru, no interior paulista, cerca de 140 mil trabalhadores são elegíveis, mostrando o potencial da modalidade em regiões menos atendidas por bancos. A expectativa é que o programa injete R$ 100 bilhões na economia nos próximos três meses, estimulando setores como varejo e serviços.
A inclusão financeira é outro impacto positivo. Trabalhadores rurais, empregados domésticos e funcionários de microempreendedores individuais, que antes dependiam de empréstimos caros, agora acessam crédito com condições mais justas. Em 2024, 20 milhões de brasileiros entraram no sistema financeiro via Pix, e o consignado CLT segue essa tendência, ampliando o acesso a serviços bancários para populações vulneráveis.
Passo a passo para solicitar o empréstimo
Solicitar o consignado CLT é um processo simples, feito pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O trabalhador acessa a plataforma com sua conta Gov.br, simula o valor desejado e autoriza o compartilhamento de informações trabalhistas. Em até 24 horas, recebe propostas de bancos participantes, como Bradesco, Santander e Nubank. Após escolher a melhor opção, o dinheiro é depositado em até cinco dias úteis.
A simulação permite ajustar o prazo e o valor das parcelas, que podem chegar a 84 meses. A média observada é de 18 a 19 meses, com parcelas de cerca de R$ 350 para empréstimos de R$ 6 mil. A transparência do processo, aliada à rapidez, facilita a decisão, mas exige atenção aos detalhes do contrato, como taxas e condições em caso de demissão.
Bancos estão ampliando a oferta do consignado CLT, com integração direta em seus aplicativos a partir de 25 de abril. Essa expansão deve reduzir o tempo de liberação do crédito e aumentar a concorrência, potencialmente baixando as taxas de juros. A expectativa é que 3 mil municípios sejam atendidos até o fim de 2025, cobrindo 90% dos trabalhadores formais.
Cronograma de ações para contratar o crédito
- Dia 1: Baixe o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e faça login com Gov.br.
- Dia 2: Simule o valor e o prazo desejados na seção de consignado CLT.
- Dia 3: Autorize o compartilhamento de dados e aguarde propostas (até 24 horas).
- Dias 4-7: Escolha a melhor oferta e receba o dinheiro em até cinco dias úteis.
Taxas de juros e economia no bolso
As taxas do consignado CLT, entre 3% e 6% ao mês, são um alívio em comparação com outras modalidades. Um empréstimo de R$ 15 mil em 24 meses, com juros de 4% ao mês, resulta em parcelas de cerca de R$ 850, totalizando R$ 20.400. No crédito pessoal tradicional, o mesmo valor poderia custar mais de R$ 30 mil. Essa diferença é crucial para trabalhadores que buscam reorganizar finanças ou financiar projetos sem comprometer o orçamento.
A possibilidade de migrar dívidas caras, como as de cartão de crédito, para o consignado CLT amplia a economia. A partir de abril, bancos aceitarão a portabilidade de contratos existentes, permitindo substituir juros de até 300% ao ano por taxas bem mais acessíveis. Essa medida deve beneficiar milhões de trabalhadores endividados, reduzindo o custo total de financiamentos.
A variação nas taxas entre bancos exige pesquisa. Instituições como Caixa Econômica Federal oferecem condições especiais para servidores e aposentados, mas também competem no consignado CLT. Comparar o CET, que inclui juros e taxas administrativas, é a melhor forma de garantir um contrato vantajoso. Em 2024, 60% dos trabalhadores que compararam propostas economizaram pelo menos 10% no custo total do crédito.
Implicações do FGTS em caso de demissão
A garantia do FGTS traz segurança aos bancos, mas impacta o trabalhador em caso de demissão. Se o contrato não estiver quitado, o banco pode reter até 10% do saldo do fundo e 100% da multa rescisória. Um trabalhador com R$ 80 mil no FGTS e um empréstimo de R$ 20 mil poderia perder R$ 8 mil do saldo e R$ 32 mil da multa, totalizando R$ 40 mil. Se o valor não cobrir a dívida, o pagamento é suspenso até um novo emprego formal.
Essa dinâmica exige planejamento. O FGTS é uma reserva estratégica para emergências, como compra de imóveis ou aposentadoria, e seu uso como garantia pode limitar essas opções. Por outro lado, a legislação protege o trabalhador, impedindo que o banco acesse mais de 10% do fundo, mesmo em casos de inadimplência prolongada.
A flexibilidade do consignado CLT em demissões é uma vantagem. Diferentemente de outros empréstimos, que podem gerar cobranças imediatas, o programa suspende parcelas até a recolocação no mercado, aliviando a pressão financeira em momentos de instabilidade. Essa regra beneficia especialmente trabalhadores de setores com alta rotatividade, como comércio e construção civil.

Expansão do programa e próximas etapas
O consignado CLT está em plena expansão. A fase inicial, lançada em 21 de março, focou na liberação via Carteira de Trabalho Digital. A partir de 25 de abril, bancos oferecerão o crédito diretamente em seus aplicativos, simplificando o acesso. Essa mudança deve aumentar a concorrência, pressionando as taxas para baixo e beneficiando os trabalhadores com condições mais atrativas.
O governo projeta que R$ 100 bilhões sejam liberados nos próximos três meses, alcançando milhões de trabalhadores. Em quatro anos, a meta é incluir 25 milhões de pessoas, consolidando o consignado CLT como uma das principais linhas de crédito do país. A regulamentação completa do uso do FGTS, prevista para junho, trará mais clareza às operações, definindo limites e proteções adicionais.
Regiões menos atendidas, como o Norte e o Nordeste, também estão no radar. Em estados como Amazonas e Bahia, programas de inclusão digital estão sendo ampliados para ensinar trabalhadores a usar o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, garantindo que o crédito chegue a áreas rurais e comunidades carentes. Essa iniciativa reforça o compromisso com a inclusão financeira.
Público-alvo e inclusão financeira
O consignado CLT atende um público amplo, de empregados domésticos a funcionários de grandes empresas. Com 68 milhões de pessoas registradas na Carteira de Trabalho Digital, o programa tem alcance potencial para 47 milhões de assalariados. A inclusão de trabalhadores com nome negativado é um diferencial, já que a garantia do salário e do FGTS reduz o risco para os bancos, facilitando a aprovação.
Trabalhadores rurais e de microempreendedores individuais, que antes dependiam de agiotas ou empréstimos caros, agora acessam crédito com juros justos. Em 2024, 30% dos novos contratos de crédito consignado foram firmados por categorias historicamente excluídas, como empregados domésticos. O consignado CLT segue essa tendência, promovendo igualdade no acesso a serviços financeiros.
A educação financeira é essencial para maximizar os benefícios. Bancos e o governo planejam oficinas em 2025 para ensinar trabalhadores a planejar o uso do crédito, evitando o superendividamento. Essas ações são cruciais em um país onde 70% das famílias têm algum tipo de dívida, segundo dados recentes.
Boas práticas para gerenciar o consignado CLT
Adotar cuidados simples pode transformar o consignado CLT em uma ferramenta poderosa. Planejar o uso do crédito para quitar dívidas caras ou financiar projetos essenciais, como reformas ou estudos, garante benefícios a longo prazo. Um trabalhador que substitui uma dívida de cartão de crédito de R$ 5 mil por um consignado CLT pode economizar até R$ 3 mil em juros, dependendo do prazo.
Manter o orçamento equilibrado é outro ponto importante. As parcelas, embora descontadas automaticamente, reduzem a renda disponível, exigindo ajustes em gastos diários. Ferramentas como aplicativos de controle financeiro ajudam a monitorar despesas e evitar surpresas. Em 2024, 40% dos trabalhadores que planejaram o uso do consignado conseguiram quitar o contrato antes do prazo, economizando em juros.
- Estratégias para gerenciar o crédito:
- Use o empréstimo para substituir dívidas com juros altos.
- Ajuste o orçamento para acomodar as parcelas mensais.
- Monitore o CET e escolha prazos que minimizem custos.
- Consulte o saldo do FGTS regularmente para planejar saques futuros.
