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18 Apr 2025, Fri

Saque de até R$ 1.518 liberado para nascidos em março e abril

Saque, caixa eletrônico, Pis, FGTS


Começou nesta terça-feira, 15 de abril, trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos nascidos em março e abril podem sacar o abono salarial PIS-Pasep referente ao ano-base 2023. O benefício, que pode chegar a R$ 1.518, é pago pela Caixa Econômica Federal para empregados do setor privado e pelo Banco do Brasil para servidores públicos. Com um orçamento total de R$ 30,7 bilhões, o programa beneficia cerca de 25,8 milhões de trabalhadores em 2025. O pagamento segue um calendário unificado baseado no mês de nascimento, com saques disponíveis até 29 de dezembro. Para receber, é necessário atender a critérios como ter trabalhado ao menos 30 dias em 2023 e estar inscrito no programa há pelo menos cinco anos.

O abono salarial é um benefício anual garantido por lei, destinado a complementar a renda de trabalhadores de baixa renda. Ele abrange tanto empregados de empresas privadas, vinculados ao Programa de Integração Social (PIS), quanto servidores públicos, ligados ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A unificação do calendário, adotada desde 2024, simplifica o acesso ao benefício, organizando os pagamentos exclusivamente pelo mês de nascimento. Em 2025, o valor máximo do abono corresponde ao salário mínimo vigente, fixado em R$ 1.518, mas o montante recebido varia conforme o tempo trabalhado no ano-base.

Para esclarecer dúvidas e facilitar o acesso, o governo disponibiliza canais como o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o portal gov.br e a Central Alô Trabalho (158). Esses recursos permitem consultar a elegibilidade, o valor do benefício e a data de pagamento. Além disso, a Caixa e o Banco do Brasil oferecem opções práticas para o recebimento, como crédito automático em conta, saques em agências ou transferência via aplicativo. O prazo final para retirada dos valores é 29 de dezembro, e recursos não sacados retornam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Quem tem direito ao abono salarial

O abono salarial PIS-Pasep é destinado a trabalhadores que cumprem requisitos específicos estabelecidos pela Lei nº 7.998/1990. Para receber o benefício em 2025, é necessário ter trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2023, com remuneração média de até dois salários mínimos, equivalente a R$ 2.640 naquele ano. Além disso, o trabalhador deve estar cadastrado no programa PIS ou Pasep há no mínimo cinco anos, contados a partir do primeiro vínculo formal. Outro critério essencial é que o empregador tenha informado corretamente os dados do trabalhador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou no eSocial até os prazos estipulados, que em 2024 foram 15 de maio para a RAIS e 19 de agosto para o eSocial.

Os critérios de elegibilidade são rigorosos para garantir que o benefício alcance apenas os trabalhadores de baixa renda que atendam às condições legais. Por exemplo, o cálculo da remuneração média considera o total recebido no ano-base dividido pelo número de meses trabalhados, o que exclui trabalhadores com renda superior a dois salários mínimos mensais. A exigência de cinco anos de cadastro no programa também reforça a necessidade de um vínculo de longo prazo com o PIS ou Pasep. Já a atualização dos dados pelo empregador é crucial, pois erros ou atrasos na entrega da RAIS ou do eSocial podem impedir o recebimento do abono.

  • Trabalhadores da iniciativa privada: Devem ter vínculo com empregadores que contribuem para o PIS. O pagamento é feito pela Caixa Econômica Federal.
  • Servidores públicos: Precisam estar vinculados a empregadores que contribuem para o Pasep, como órgãos públicos ou estatais. O Banco do Brasil é responsável pelo pagamento.
  • Exceções: Trabalhadores empregados por pessoas físicas, sem contribuição ao PIS ou Pasep, não têm direito ao benefício.

Como o valor do abono é calculado

O valor do abono salarial é proporcional ao número de meses trabalhados no ano-base, com um teto equivalente ao salário mínimo vigente. Em 2025, o salário mínimo foi ajustado para R$ 1.518, com base na inflação acumulada de 4,84% em 2024, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo do benefício divide o valor do salário mínimo por 12 e multiplica o resultado pelo número de meses trabalhados. Períodos iguais ou superiores a 15 dias são contabilizados como um mês completo.

Por exemplo, um trabalhador que atuou por seis meses em 2023 receberá metade do salário mínimo, equivalente a R$ 759. Já quem trabalhou os 12 meses do ano-base terá direito ao valor integral de R$ 1.518. O menor valor pago é R$ 126,50, correspondente a um mês de trabalho. Essa proporcionalidade garante que o benefício seja justo, recompensando trabalhadores com maior tempo de serviço formal no ano-base.

A Dataprev, empresa responsável pelo processamento dos dados do abono, atualizou o sistema de pagamento em 2025 para aumentar a agilidade e a confiabilidade do serviço. Isso inclui a verificação automática dos dados fornecidos pelos empregadores, reduzindo erros e atrasos no pagamento. Trabalhadores que identificarem inconsistências, como a ausência do benefício na consulta, devem entrar em contato com o empregador para corrigir os dados na RAIS ou no eSocial.

Calendário completo de pagamentos

O calendário de pagamento do abono salarial 2025 foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) em 18 de dezembro de 2024, por meio da Resolução nº 1.011. Os pagamentos começaram em 17 de fevereiro e seguem até 15 de agosto, com saques disponíveis até 29 de dezembro. Abaixo, as datas de liberação por mês de nascimento:

  • Janeiro: 17 de fevereiro
  • Fevereiro: 17 de março
  • Março e abril: 15 de abril
  • Maio e junho: 15 de maio
  • Julho e agosto: 16 de junho
  • Setembro e outubro: 15 de julho
  • Novembro e dezembro: 15 de agosto

O calendário unificado, implementado desde 2024, elimina a distinção entre PIS e Pasep, facilitando o planejamento dos trabalhadores. Para os nascidos em março e abril, o pagamento iniciado em 15 de abril soma cerca de R$ 5 bilhões, beneficiando aproximadamente 4,3 milhões de trabalhadores, sendo 3,8 milhões do setor privado (PIS) e 499 mil servidores públicos (Pasep).

Formas de recebimento do PIS

Os trabalhadores da iniciativa privada recebem o PIS pela Caixa Econômica Federal, que oferece várias opções para facilitar o acesso ao benefício. Para quem possui conta corrente, poupança ou Conta Digital na Caixa, o valor é creditado automaticamente na data de liberação, conforme o mês de nascimento. A Conta Poupança Social Digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem, é aberta automaticamente para trabalhadores sem conta na instituição, permitindo transferências, pagamentos e saques sem custos adicionais.

Para aqueles que não são correntistas, o saque pode ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou agências da Caixa. Caso o trabalhador não possua o cartão, basta apresentar um documento de identificação em qualquer agência. A Caixa recomenda o uso do aplicativo Caixa Tem para movimentar o dinheiro, especialmente para evitar filas e agilizar o acesso.

O aplicativo também permite verificar o saldo, realizar transferências gratuitas (até três por mês para outros bancos) e pagar contas diretamente. Para trabalhadores rurais ou em áreas com acesso limitado a agências, os correspondentes Caixa Aqui, como lotéricas e pequenos comércios, são uma alternativa prática. A instituição estima que cerca de 22 milhões de trabalhadores do setor privado receberão o PIS em 2025, com um total de R$ 27 bilhões distribuídos.

Como receber o Pasep

Os servidores públicos, incluindo funcionários de estatais e militares, recebem o Pasep pelo Banco do Brasil. O pagamento é prioritariamente creditado em conta corrente ou poupança para correntistas do banco, na data correspondente ao mês de nascimento. Para quem não possui conta, o valor pode ser sacado nas agências do Banco do Brasil, mediante apresentação de documento de identificação.

Alternativas incluem transferência via TED ou Pix para contas em outros bancos, desde que o trabalhador forneça os dados necessários. Para aqueles sem acesso a serviços digitais, o atendimento presencial nas agências é garantido, com filas organizadas para evitar transtornos. O Banco do Brasil estima que 3,8 milhões de servidores públicos receberão o Pasep em 2025, totalizando cerca de R$ 3,7 bilhões.

O banco também disponibiliza canais de atendimento para esclarecer dúvidas, como o número 4004-0001 (capitais e regiões metropolitanas) ou 0800-729-0001 (demais localidades). Pelo site bb.com.br, é possível consultar o valor e a data de pagamento informando o número de inscrição do Pasep ou o CPF, além da data de nascimento. Esses serviços digitais ajudam a reduzir a necessidade de deslocamento às agências.

Como consultar o benefício

Verificar se você tem direito ao abono salarial é simples e pode ser feito por meio de canais oficiais. O aplicativo Carteira de Trabalho Digital é a principal ferramenta, disponível para Android e iOS. Para consultar, o trabalhador deve atualizar o aplicativo, acessar a aba “Benefícios”, selecionar “Abono Salarial” e clicar em “Pagamentos”. A tela exibe o valor, a data de liberação e o banco responsável pelo depósito.

Outra opção é o portal gov.br, onde o acesso é feito com CPF e senha. A Central Alô Trabalho, pelo número 158, oferece atendimento gratuito de segunda a sábado, das 7h às 22h, exceto em feriados nacionais. Para trabalhadores do setor privado, os aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem também permitem verificar a situação do benefício, incluindo o calendário de pagamentos e o valor disponível.

  • Passo a passo no Carteira de Trabalho Digital:
    1. Baixe ou atualize o aplicativo na Play Store ou App Store.
    2. Faça login com CPF e senha do gov.br.
    3. Acesse a aba “Benefícios” e clique em “Abono Salarial”.
    4. Verifique a situação do benefício e os detalhes do pagamento.

A consulta está disponível desde 5 de fevereiro de 2025, e o governo recomenda que os trabalhadores verifiquem os dados com antecedência para evitar surpresas. Caso o benefício não apareça, é necessário contatar o empregador para confirmar se as informações foram enviadas corretamente na RAIS ou no eSocial.

Importância do abono salarial

O abono salarial desempenha um papel crucial na complementação da renda de trabalhadores de baixa renda, especialmente em um contexto de inflação e aumento do custo de vida. Com R$ 30,7 bilhões destinados ao programa em 2025, o benefício injeta recursos diretamente na economia, estimulando o consumo em setores como comércio e serviços. Para muitas famílias, o abono representa uma oportunidade de quitar dívidas, realizar compras essenciais ou investir em melhorias pessoais.

Além do impacto econômico, o programa reforça a formalização do mercado de trabalho, já que apenas trabalhadores com carteira assinada ou servidores públicos têm direito ao benefício. A exigência de cadastro no PIS ou Pasep há pelo menos cinco anos também incentiva a manutenção de vínculos formais de longo prazo. No entanto, a dependência de dados corretos na RAIS ou no eSocial destaca a importância da responsabilidade dos empregadores na gestão de informações trabalhistas.

O programa é financiado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que também cobre benefícios como o seguro-desemprego. Em 2024, cerca de 239 mil trabalhadores não sacaram o abono referente ao ano-base 2022, deixando R$ 218,9 milhões retornarem ao FAT. Para evitar perdas em 2025, o governo intensificou a divulgação do calendário e dos canais de consulta, visando alcançar todos os beneficiários elegíveis.

Desafios no acesso ao benefício

Apesar da ampla divulgação, alguns trabalhadores enfrentam dificuldades para receber o abono salarial. Um dos principais problemas é a falta de atualização dos dados pelo empregador, que pode resultar na exclusão do trabalhador da lista de beneficiários. Erros na RAIS ou no eSocial, como informações incompletas ou enviadas fora do prazo, são comuns e exigem correção direta com o empregador ou o setor de recursos humanos.

Outro obstáculo é a falta de acesso a ferramentas digitais, especialmente em áreas rurais ou entre trabalhadores com menor familiaridade com aplicativos. Embora a Central Alô Trabalho e as agências da Caixa e do Banco do Brasil ofereçam suporte, a demanda por atendimento presencial pode gerar filas e atrasos. Para minimizar esses problemas, o governo recomenda que os trabalhadores baixem os aplicativos oficiais e verifiquem os dados com antecedência.

Em alguns casos, trabalhadores que mudaram de emprego ou de cidade podem não saber onde consultar o benefício. A unificação do calendário ajuda a reduzir a confusão, mas a comunicação clara sobre os canais de consulta é essencial. As Superintendências Regionais do Trabalho também estão disponíveis para orientar trabalhadores com dúvidas ou problemas no acesso ao abono.

Impacto do abono na economia local

O pagamento do abono salarial tem um efeito multiplicador nas economias locais, especialmente em cidades menores, onde o comércio depende fortemente do consumo das famílias. Com valores que variam de R$ 126,50 a R$ 1.518, o benefício permite que trabalhadores cubram despesas básicas, como alimentação, transporte e contas domésticas. Em 2025, os R$ 5 bilhões liberados para nascidos em março e abril devem aquecer o comércio no segundo trimestre, período tradicionalmente mais fraco para o varejo.

Pequenos negócios, como mercados, farmácias e lojas de vestuário, são os principais beneficiados, já que os trabalhadores tendem a gastar o abono em necessidades imediatas. Além disso, o crédito automático em contas da Caixa e do Banco do Brasil facilita o acesso rápido aos recursos, reduzindo a burocracia e aumentando a circulação de dinheiro. Em regiões com alta informalidade, o abono também incentiva a formalização, já que apenas trabalhadores com carteira assinada ou servidores têm direito ao benefício.

O programa também contribui para a redução da desigualdade de renda, ao direcionar recursos para trabalhadores de baixa renda. No entanto, o governo enfrenta o desafio de garantir que todos os elegíveis sejam alcançados, especialmente aqueles que não sacaram o benefício em anos anteriores. Campanhas de conscientização e parcerias com sindicatos e associações de trabalhadores são estratégias usadas para ampliar o alcance do programa.

Dicas para garantir o recebimento

Para evitar problemas no acesso ao abono salarial, os trabalhadores podem adotar algumas medidas práticas. Verificar a regularidade dos dados na RAIS ou no eSocial é o primeiro passo, já que erros do empregador são a principal causa de não pagamento. Além disso, manter o cadastro atualizado no PIS ou Pasep e monitorar as datas do calendário ajudam a planejar o saque.

  • Verifique seus dados: Confirme com o empregador se as informações foram enviadas corretamente na RAIS ou no eSocial.
  • Atualize o aplicativo: Use a versão mais recente do Carteira de Trabalho Digital ou Caixa Tem para consultar o benefício.
  • Planeje o saque: Evite deixar para a última hora, já que os valores não sacados até 29 de dezembro retornam ao FAT.
  • Use canais oficiais: Consulte apenas o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o portal gov.br ou a Central 158 para evitar fraudes.

Trabalhadores que enfrentarem dificuldades podem buscar apoio nas agências da Caixa, do Banco do Brasil ou nas Superintendências Regionais do Trabalho. Em caso de erros no cadastro, o contato com o setor de recursos humanos da empresa é essencial para regularizar a situação antes do fim do prazo de saque.

Perspectivas para o programa em 2026

O governo anunciou mudanças nas regras do PIS-Pasep a partir de 2026, com o objetivo de ajustar o programa ao cenário fiscal e econômico. Uma das propostas é fixar o teto de renda para acesso ao benefício em R$ 2.640, com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até alcançar 1,5 salário mínimo em 2035. Essa alteração, parte de um pacote fiscal divulgado em novembro de 2024, deve gerar uma economia de R$ 100 milhões em 2025, crescendo para R$ 6,7 bilhões em 2030.

A mudança reflete a necessidade de equilibrar os gastos públicos sem comprometer o alcance do programa. No entanto, o impacto para os trabalhadores será gradual, já que a correção pelo INPC manterá o poder de compra do teto de renda. O governo também planeja investir em tecnologia para aprimorar o processamento dos dados, reduzindo erros e agilizando os pagamentos.

Enquanto as novas regras não entram em vigor, o foco em 2025 é garantir que os 25,8 milhões de trabalhadores elegíveis recebam o abono dentro do prazo. A unificação do calendário, a ampliação dos canais digitais e a parceria com instituições financeiras são passos importantes para tornar o programa mais eficiente e acessível.

Canais de atendimento e suporte

Os trabalhadores que precisarem de suporte têm à disposição diversos canais oficiais. A Central Alô Trabalho (158) é uma opção gratuita, com atendimento de segunda a sábado, das 7h às 22h. Para informações específicas sobre o PIS, a Caixa oferece o número 0800-726-0207, enquanto o Banco do Brasil disponibiliza os números 4004-0001 e 0800-729-0001 para consultas sobre o Pasep.

As Superintendências Regionais do Trabalho também oferecem atendimento presencial, com equipes preparadas para esclarecer dúvidas e orientar sobre o processo de recebimento. Para trabalhadores que preferem o atendimento digital, o site bb.com.br e o aplicativo Caixa Trabalhador são ferramentas práticas, com informações detalhadas sobre o calendário, os valores e os procedimentos para saque.

Com a combinação de canais digitais e presenciais, o governo busca atender trabalhadores de diferentes perfis, desde aqueles com acesso a smartphones até os que dependem de agências físicas. A recomendação é que as consultas sejam feitas o quanto antes, especialmente para os nascidos em março e abril, que já podem sacar o benefício a partir de 15 de abril.



Começou nesta terça-feira, 15 de abril, trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos nascidos em março e abril podem sacar o abono salarial PIS-Pasep referente ao ano-base 2023. O benefício, que pode chegar a R$ 1.518, é pago pela Caixa Econômica Federal para empregados do setor privado e pelo Banco do Brasil para servidores públicos. Com um orçamento total de R$ 30,7 bilhões, o programa beneficia cerca de 25,8 milhões de trabalhadores em 2025. O pagamento segue um calendário unificado baseado no mês de nascimento, com saques disponíveis até 29 de dezembro. Para receber, é necessário atender a critérios como ter trabalhado ao menos 30 dias em 2023 e estar inscrito no programa há pelo menos cinco anos.

O abono salarial é um benefício anual garantido por lei, destinado a complementar a renda de trabalhadores de baixa renda. Ele abrange tanto empregados de empresas privadas, vinculados ao Programa de Integração Social (PIS), quanto servidores públicos, ligados ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A unificação do calendário, adotada desde 2024, simplifica o acesso ao benefício, organizando os pagamentos exclusivamente pelo mês de nascimento. Em 2025, o valor máximo do abono corresponde ao salário mínimo vigente, fixado em R$ 1.518, mas o montante recebido varia conforme o tempo trabalhado no ano-base.

Para esclarecer dúvidas e facilitar o acesso, o governo disponibiliza canais como o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o portal gov.br e a Central Alô Trabalho (158). Esses recursos permitem consultar a elegibilidade, o valor do benefício e a data de pagamento. Além disso, a Caixa e o Banco do Brasil oferecem opções práticas para o recebimento, como crédito automático em conta, saques em agências ou transferência via aplicativo. O prazo final para retirada dos valores é 29 de dezembro, e recursos não sacados retornam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Quem tem direito ao abono salarial

O abono salarial PIS-Pasep é destinado a trabalhadores que cumprem requisitos específicos estabelecidos pela Lei nº 7.998/1990. Para receber o benefício em 2025, é necessário ter trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2023, com remuneração média de até dois salários mínimos, equivalente a R$ 2.640 naquele ano. Além disso, o trabalhador deve estar cadastrado no programa PIS ou Pasep há no mínimo cinco anos, contados a partir do primeiro vínculo formal. Outro critério essencial é que o empregador tenha informado corretamente os dados do trabalhador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou no eSocial até os prazos estipulados, que em 2024 foram 15 de maio para a RAIS e 19 de agosto para o eSocial.

Os critérios de elegibilidade são rigorosos para garantir que o benefício alcance apenas os trabalhadores de baixa renda que atendam às condições legais. Por exemplo, o cálculo da remuneração média considera o total recebido no ano-base dividido pelo número de meses trabalhados, o que exclui trabalhadores com renda superior a dois salários mínimos mensais. A exigência de cinco anos de cadastro no programa também reforça a necessidade de um vínculo de longo prazo com o PIS ou Pasep. Já a atualização dos dados pelo empregador é crucial, pois erros ou atrasos na entrega da RAIS ou do eSocial podem impedir o recebimento do abono.

  • Trabalhadores da iniciativa privada: Devem ter vínculo com empregadores que contribuem para o PIS. O pagamento é feito pela Caixa Econômica Federal.
  • Servidores públicos: Precisam estar vinculados a empregadores que contribuem para o Pasep, como órgãos públicos ou estatais. O Banco do Brasil é responsável pelo pagamento.
  • Exceções: Trabalhadores empregados por pessoas físicas, sem contribuição ao PIS ou Pasep, não têm direito ao benefício.

Como o valor do abono é calculado

O valor do abono salarial é proporcional ao número de meses trabalhados no ano-base, com um teto equivalente ao salário mínimo vigente. Em 2025, o salário mínimo foi ajustado para R$ 1.518, com base na inflação acumulada de 4,84% em 2024, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo do benefício divide o valor do salário mínimo por 12 e multiplica o resultado pelo número de meses trabalhados. Períodos iguais ou superiores a 15 dias são contabilizados como um mês completo.

Por exemplo, um trabalhador que atuou por seis meses em 2023 receberá metade do salário mínimo, equivalente a R$ 759. Já quem trabalhou os 12 meses do ano-base terá direito ao valor integral de R$ 1.518. O menor valor pago é R$ 126,50, correspondente a um mês de trabalho. Essa proporcionalidade garante que o benefício seja justo, recompensando trabalhadores com maior tempo de serviço formal no ano-base.

A Dataprev, empresa responsável pelo processamento dos dados do abono, atualizou o sistema de pagamento em 2025 para aumentar a agilidade e a confiabilidade do serviço. Isso inclui a verificação automática dos dados fornecidos pelos empregadores, reduzindo erros e atrasos no pagamento. Trabalhadores que identificarem inconsistências, como a ausência do benefício na consulta, devem entrar em contato com o empregador para corrigir os dados na RAIS ou no eSocial.

Calendário completo de pagamentos

O calendário de pagamento do abono salarial 2025 foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) em 18 de dezembro de 2024, por meio da Resolução nº 1.011. Os pagamentos começaram em 17 de fevereiro e seguem até 15 de agosto, com saques disponíveis até 29 de dezembro. Abaixo, as datas de liberação por mês de nascimento:

  • Janeiro: 17 de fevereiro
  • Fevereiro: 17 de março
  • Março e abril: 15 de abril
  • Maio e junho: 15 de maio
  • Julho e agosto: 16 de junho
  • Setembro e outubro: 15 de julho
  • Novembro e dezembro: 15 de agosto

O calendário unificado, implementado desde 2024, elimina a distinção entre PIS e Pasep, facilitando o planejamento dos trabalhadores. Para os nascidos em março e abril, o pagamento iniciado em 15 de abril soma cerca de R$ 5 bilhões, beneficiando aproximadamente 4,3 milhões de trabalhadores, sendo 3,8 milhões do setor privado (PIS) e 499 mil servidores públicos (Pasep).

Formas de recebimento do PIS

Os trabalhadores da iniciativa privada recebem o PIS pela Caixa Econômica Federal, que oferece várias opções para facilitar o acesso ao benefício. Para quem possui conta corrente, poupança ou Conta Digital na Caixa, o valor é creditado automaticamente na data de liberação, conforme o mês de nascimento. A Conta Poupança Social Digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem, é aberta automaticamente para trabalhadores sem conta na instituição, permitindo transferências, pagamentos e saques sem custos adicionais.

Para aqueles que não são correntistas, o saque pode ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou agências da Caixa. Caso o trabalhador não possua o cartão, basta apresentar um documento de identificação em qualquer agência. A Caixa recomenda o uso do aplicativo Caixa Tem para movimentar o dinheiro, especialmente para evitar filas e agilizar o acesso.

O aplicativo também permite verificar o saldo, realizar transferências gratuitas (até três por mês para outros bancos) e pagar contas diretamente. Para trabalhadores rurais ou em áreas com acesso limitado a agências, os correspondentes Caixa Aqui, como lotéricas e pequenos comércios, são uma alternativa prática. A instituição estima que cerca de 22 milhões de trabalhadores do setor privado receberão o PIS em 2025, com um total de R$ 27 bilhões distribuídos.

Como receber o Pasep

Os servidores públicos, incluindo funcionários de estatais e militares, recebem o Pasep pelo Banco do Brasil. O pagamento é prioritariamente creditado em conta corrente ou poupança para correntistas do banco, na data correspondente ao mês de nascimento. Para quem não possui conta, o valor pode ser sacado nas agências do Banco do Brasil, mediante apresentação de documento de identificação.

Alternativas incluem transferência via TED ou Pix para contas em outros bancos, desde que o trabalhador forneça os dados necessários. Para aqueles sem acesso a serviços digitais, o atendimento presencial nas agências é garantido, com filas organizadas para evitar transtornos. O Banco do Brasil estima que 3,8 milhões de servidores públicos receberão o Pasep em 2025, totalizando cerca de R$ 3,7 bilhões.

O banco também disponibiliza canais de atendimento para esclarecer dúvidas, como o número 4004-0001 (capitais e regiões metropolitanas) ou 0800-729-0001 (demais localidades). Pelo site bb.com.br, é possível consultar o valor e a data de pagamento informando o número de inscrição do Pasep ou o CPF, além da data de nascimento. Esses serviços digitais ajudam a reduzir a necessidade de deslocamento às agências.

Como consultar o benefício

Verificar se você tem direito ao abono salarial é simples e pode ser feito por meio de canais oficiais. O aplicativo Carteira de Trabalho Digital é a principal ferramenta, disponível para Android e iOS. Para consultar, o trabalhador deve atualizar o aplicativo, acessar a aba “Benefícios”, selecionar “Abono Salarial” e clicar em “Pagamentos”. A tela exibe o valor, a data de liberação e o banco responsável pelo depósito.

Outra opção é o portal gov.br, onde o acesso é feito com CPF e senha. A Central Alô Trabalho, pelo número 158, oferece atendimento gratuito de segunda a sábado, das 7h às 22h, exceto em feriados nacionais. Para trabalhadores do setor privado, os aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem também permitem verificar a situação do benefício, incluindo o calendário de pagamentos e o valor disponível.

  • Passo a passo no Carteira de Trabalho Digital:
    1. Baixe ou atualize o aplicativo na Play Store ou App Store.
    2. Faça login com CPF e senha do gov.br.
    3. Acesse a aba “Benefícios” e clique em “Abono Salarial”.
    4. Verifique a situação do benefício e os detalhes do pagamento.

A consulta está disponível desde 5 de fevereiro de 2025, e o governo recomenda que os trabalhadores verifiquem os dados com antecedência para evitar surpresas. Caso o benefício não apareça, é necessário contatar o empregador para confirmar se as informações foram enviadas corretamente na RAIS ou no eSocial.

Importância do abono salarial

O abono salarial desempenha um papel crucial na complementação da renda de trabalhadores de baixa renda, especialmente em um contexto de inflação e aumento do custo de vida. Com R$ 30,7 bilhões destinados ao programa em 2025, o benefício injeta recursos diretamente na economia, estimulando o consumo em setores como comércio e serviços. Para muitas famílias, o abono representa uma oportunidade de quitar dívidas, realizar compras essenciais ou investir em melhorias pessoais.

Além do impacto econômico, o programa reforça a formalização do mercado de trabalho, já que apenas trabalhadores com carteira assinada ou servidores públicos têm direito ao benefício. A exigência de cadastro no PIS ou Pasep há pelo menos cinco anos também incentiva a manutenção de vínculos formais de longo prazo. No entanto, a dependência de dados corretos na RAIS ou no eSocial destaca a importância da responsabilidade dos empregadores na gestão de informações trabalhistas.

O programa é financiado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que também cobre benefícios como o seguro-desemprego. Em 2024, cerca de 239 mil trabalhadores não sacaram o abono referente ao ano-base 2022, deixando R$ 218,9 milhões retornarem ao FAT. Para evitar perdas em 2025, o governo intensificou a divulgação do calendário e dos canais de consulta, visando alcançar todos os beneficiários elegíveis.

Desafios no acesso ao benefício

Apesar da ampla divulgação, alguns trabalhadores enfrentam dificuldades para receber o abono salarial. Um dos principais problemas é a falta de atualização dos dados pelo empregador, que pode resultar na exclusão do trabalhador da lista de beneficiários. Erros na RAIS ou no eSocial, como informações incompletas ou enviadas fora do prazo, são comuns e exigem correção direta com o empregador ou o setor de recursos humanos.

Outro obstáculo é a falta de acesso a ferramentas digitais, especialmente em áreas rurais ou entre trabalhadores com menor familiaridade com aplicativos. Embora a Central Alô Trabalho e as agências da Caixa e do Banco do Brasil ofereçam suporte, a demanda por atendimento presencial pode gerar filas e atrasos. Para minimizar esses problemas, o governo recomenda que os trabalhadores baixem os aplicativos oficiais e verifiquem os dados com antecedência.

Em alguns casos, trabalhadores que mudaram de emprego ou de cidade podem não saber onde consultar o benefício. A unificação do calendário ajuda a reduzir a confusão, mas a comunicação clara sobre os canais de consulta é essencial. As Superintendências Regionais do Trabalho também estão disponíveis para orientar trabalhadores com dúvidas ou problemas no acesso ao abono.

Impacto do abono na economia local

O pagamento do abono salarial tem um efeito multiplicador nas economias locais, especialmente em cidades menores, onde o comércio depende fortemente do consumo das famílias. Com valores que variam de R$ 126,50 a R$ 1.518, o benefício permite que trabalhadores cubram despesas básicas, como alimentação, transporte e contas domésticas. Em 2025, os R$ 5 bilhões liberados para nascidos em março e abril devem aquecer o comércio no segundo trimestre, período tradicionalmente mais fraco para o varejo.

Pequenos negócios, como mercados, farmácias e lojas de vestuário, são os principais beneficiados, já que os trabalhadores tendem a gastar o abono em necessidades imediatas. Além disso, o crédito automático em contas da Caixa e do Banco do Brasil facilita o acesso rápido aos recursos, reduzindo a burocracia e aumentando a circulação de dinheiro. Em regiões com alta informalidade, o abono também incentiva a formalização, já que apenas trabalhadores com carteira assinada ou servidores têm direito ao benefício.

O programa também contribui para a redução da desigualdade de renda, ao direcionar recursos para trabalhadores de baixa renda. No entanto, o governo enfrenta o desafio de garantir que todos os elegíveis sejam alcançados, especialmente aqueles que não sacaram o benefício em anos anteriores. Campanhas de conscientização e parcerias com sindicatos e associações de trabalhadores são estratégias usadas para ampliar o alcance do programa.

Dicas para garantir o recebimento

Para evitar problemas no acesso ao abono salarial, os trabalhadores podem adotar algumas medidas práticas. Verificar a regularidade dos dados na RAIS ou no eSocial é o primeiro passo, já que erros do empregador são a principal causa de não pagamento. Além disso, manter o cadastro atualizado no PIS ou Pasep e monitorar as datas do calendário ajudam a planejar o saque.

  • Verifique seus dados: Confirme com o empregador se as informações foram enviadas corretamente na RAIS ou no eSocial.
  • Atualize o aplicativo: Use a versão mais recente do Carteira de Trabalho Digital ou Caixa Tem para consultar o benefício.
  • Planeje o saque: Evite deixar para a última hora, já que os valores não sacados até 29 de dezembro retornam ao FAT.
  • Use canais oficiais: Consulte apenas o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o portal gov.br ou a Central 158 para evitar fraudes.

Trabalhadores que enfrentarem dificuldades podem buscar apoio nas agências da Caixa, do Banco do Brasil ou nas Superintendências Regionais do Trabalho. Em caso de erros no cadastro, o contato com o setor de recursos humanos da empresa é essencial para regularizar a situação antes do fim do prazo de saque.

Perspectivas para o programa em 2026

O governo anunciou mudanças nas regras do PIS-Pasep a partir de 2026, com o objetivo de ajustar o programa ao cenário fiscal e econômico. Uma das propostas é fixar o teto de renda para acesso ao benefício em R$ 2.640, com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até alcançar 1,5 salário mínimo em 2035. Essa alteração, parte de um pacote fiscal divulgado em novembro de 2024, deve gerar uma economia de R$ 100 milhões em 2025, crescendo para R$ 6,7 bilhões em 2030.

A mudança reflete a necessidade de equilibrar os gastos públicos sem comprometer o alcance do programa. No entanto, o impacto para os trabalhadores será gradual, já que a correção pelo INPC manterá o poder de compra do teto de renda. O governo também planeja investir em tecnologia para aprimorar o processamento dos dados, reduzindo erros e agilizando os pagamentos.

Enquanto as novas regras não entram em vigor, o foco em 2025 é garantir que os 25,8 milhões de trabalhadores elegíveis recebam o abono dentro do prazo. A unificação do calendário, a ampliação dos canais digitais e a parceria com instituições financeiras são passos importantes para tornar o programa mais eficiente e acessível.

Canais de atendimento e suporte

Os trabalhadores que precisarem de suporte têm à disposição diversos canais oficiais. A Central Alô Trabalho (158) é uma opção gratuita, com atendimento de segunda a sábado, das 7h às 22h. Para informações específicas sobre o PIS, a Caixa oferece o número 0800-726-0207, enquanto o Banco do Brasil disponibiliza os números 4004-0001 e 0800-729-0001 para consultas sobre o Pasep.

As Superintendências Regionais do Trabalho também oferecem atendimento presencial, com equipes preparadas para esclarecer dúvidas e orientar sobre o processo de recebimento. Para trabalhadores que preferem o atendimento digital, o site bb.com.br e o aplicativo Caixa Trabalhador são ferramentas práticas, com informações detalhadas sobre o calendário, os valores e os procedimentos para saque.

Com a combinação de canais digitais e presenciais, o governo busca atender trabalhadores de diferentes perfis, desde aqueles com acesso a smartphones até os que dependem de agências físicas. A recomendação é que as consultas sejam feitas o quanto antes, especialmente para os nascidos em março e abril, que já podem sacar o benefício a partir de 15 de abril.



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