Breaking
18 Apr 2025, Fri

Vasco tropeça no Ceará por 2 a 1 e acende alerta no Brasileirão com falhas defensivas e pouca criação

Carille Técnico do Vasco


A noite de terça-feira no Castelão foi marcada por uma derrota que trouxe preocupação ao Vasco da Gama. Em partida válida pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, o time carioca perdeu por 2 a 1 para o Ceará, em um jogo que evidenciou problemas defensivos e dificuldades na criação ofensiva. Com a chance de dormir na liderança, o Vasco saiu de Fortaleza com um resultado que acende o alerta para os próximos desafios, especialmente em uma sequência de jogos fora de casa contra adversários como Flamengo e Palmeiras. Pedro Raul, ex-jogador vascaíno, foi o destaque do Ceará, marcando os dois gols que garantiram a vitória do time cearense.

O Vasco chegou ao confronto embalado por duas vitórias consecutivas, contra Puerto Cabello na Sul-Americana e Sport no Brasileirão, o que alimentava a expectativa de um bom desempenho. No entanto, a equipe comandada por Fábio Carille não conseguiu repetir o ímpeto das partidas anteriores. A ausência de Philippe Coutinho, poupado por questões de controle de carga, pesou na organização ofensiva, enquanto erros defensivos foram decisivos para o resultado negativo. O Ceará, por sua vez, aproveitou as falhas do adversário e se impôs em casa, somando três pontos importantes na luta por uma boa campanha no campeonato.

A torcida vascaína, que lotou as redes sociais com críticas após o jogo, demonstrou frustração com a atuação apática do time, especialmente no primeiro tempo. Jogadores como Dimitri Payet e Benjamín Garré não conseguiram suprir a ausência de Coutinho, enquanto a defesa, formada por João Victor e Lucas Freitas, falhou em momentos cruciais. Apesar de uma melhora no segundo tempo com as entradas de Adson, Jair e Rayan, o Vasco só conseguiu marcar nos acréscimos, com um gol de Pablo Vegetti, insuficiente para evitar a derrota.

Uma defesa em noite infeliz

Os erros defensivos do Vasco foram o ponto central da partida no Castelão. No primeiro gol do Ceará, aos 29 minutos do primeiro tempo, João Victor tentou recuar a bola de cabeça para o goleiro, mas acabou entregando a posse ao adversário. Lucas Freitas, lento na reação, não acompanhou Pedro Raul, que finalizou com precisão para abrir o placar. A desatenção se repetiu no segundo gol, quando Guilherme e Pedro Raul apareceram livres na área vascaína, aproveitando uma falha de posicionamento para ampliar a vantagem do Ceará.

A dupla de zagueiros, que vinha sendo elogiada nas rodadas iniciais do Brasileirão, teve uma atuação abaixo do esperado. João Victor, contratado por um valor elevado, não conseguiu justificar o investimento em lances decisivos, enquanto Lucas Freitas, substituto de Maurício Lemos, mostrou insegurança em duelos aéreos. A torcida, nas redes sociais, criticou duramente a postura defensiva, apontando que o time sofreu gols em jogadas que poderiam ter sido evitadas com maior concentração.

Para piorar, o Vasco enfrentou dificuldades para neutralizar Pedro Raul, que conhece bem o clube carioca por sua passagem em 2022. O atacante, que já havia marcado contra o Vasco em outras ocasiões, aproveitou as brechas deixadas pela defesa para ser o nome do jogo. Sua movimentação constante e capacidade de se posicionar na área foram desafios que os zagueiros vascaínos não conseguiram superar, evidenciando a necessidade de ajustes táticos para os próximos confrontos.

Falta de criatividade sem Coutinho

Sem Philippe Coutinho, poupado por decisão da comissão técnica, o Vasco encontrou enormes dificuldades para criar jogadas ofensivas. Dimitri Payet, escalado como substituto natural do meia, teve uma atuação discreta, resumida a uma finalização perigosa aos sete minutos do primeiro tempo. O francês, que está próximo do fim de sua passagem pelo clube, não conseguiu assumir o papel de armador, deixando o meio-campo vascaíno sem inspiração.

Benjamín Garré, titular na ponta direita, também decepcionou. O argentino, escalado apenas porque Adson ainda não está em plenas condições físicas, teve pouca participação no ataque e não ofereceu perigo ao gol adversário. A ausência de Tchê Tchê, que não viajou devido a um problema familiar, agravou a situação, já que Paulinho, seu substituto, ainda busca recuperar o ritmo de jogo após uma grave lesão no joelho. O resultado foi um primeiro tempo em que o Vasco finalizou apenas uma vez na direção do gol, um desempenho muito abaixo do esperado para um time que almeja a parte de cima da tabela.

A dependência de Coutinho ficou evidente ao longo dos 90 minutos. O meia, que vinha sendo o principal articulador do time nas primeiras rodadas, é peça-chave na transição ofensiva e na criação de jogadas. Sem ele, o Vasco se limitou a cruzamentos para a área, apostando na presença de Pablo Vegetti, que, apesar de marcar nos acréscimos, não conseguiu compensar a falta de repertório do time.

  • Problemas na criação: O Vasco teve apenas quatro finalizações no alvo durante toda a partida, todas no segundo tempo.
  • Payet apagado: O francês não completou nenhum passe decisivo e perdeu a posse de bola em momentos cruciais.
  • Falta de ritmo: Paulinho, ainda em recuperação, teve dificuldades para acompanhar o dinamismo do meio-campo do Ceará.

Segundo tempo traz esperança, mas é insuficiente

As substituições feitas por Fábio Carille no intervalo trouxeram uma melhora significativa ao desempenho do Vasco. Com as entradas de Adson, Jair e Rayan, o time ganhou mais velocidade e volume ofensivo. Rayan, em particular, foi o destaque do segundo tempo, participando ativamente das jogadas de ataque e dando a assistência para o gol de Vegetti. O jovem atacante, de apenas 18 anos, mostrou personalidade ao acertar duas finalizações perigosas e se consolidou como uma das promessas do elenco vascaíno.

Jair, que entrou no lugar de Paulinho, trouxe mais solidez ao meio-campo, enquanto Adson, atuando pela ponta direita, ofereceu maior qualidade nas jogadas individuais. Apesar da melhora, o Vasco continuou pecando na finalização e na organização defensiva. O segundo gol do Ceará, marcado por Pedro Raul aos 25 minutos do segundo tempo, interrompeu o momento de pressão dos cariocas, que até então dominavam as ações ofensivas.

Nos minutos finais, o gol de Vegetti, aos 47 minutos, reacendeu a esperança da torcida. O atacante argentino, artilheiro do Brasileirão com quatro gols, aproveitou um cruzamento preciso de Rayan para marcar de cabeça. No entanto, o tempo restante foi insuficiente para o Vasco buscar o empate. A equipe até tentou pressionar, mas esbarrou na própria desorganização e na sólida defesa do Ceará, comandada pelo goleiro Bruno Ferreira.

Carille cobra postura e aponta falhas

Fábio Carille não escondeu a insatisfação com a atuação do Vasco após a derrota. Em entrevista coletiva, o treinador destacou a falta de concentração da equipe, especialmente na primeira etapa, e cobrou uma postura mais agressiva dos jogadores. Ele reconheceu que as ausências de Coutinho e Tchê Tchê impactaram o desempenho, mas enfatizou que o elenco tem qualidade suficiente para superar adversidades.

O treinador também apontou a dificuldade do time em acelerar as jogadas, um problema recorrente em partidas fora de casa. Contra o Ceará, o Vasco teve apenas 42% de posse de bola no primeiro tempo, um número que reflete a incapacidade de controlar o jogo. Carille sinalizou que pretende trabalhar a recomposição defensiva e a saída de bola nos próximos treinos, visando corrigir os erros antes dos confrontos contra Flamengo e Palmeiras.

A torcida, por sua vez, demonstrou preocupação com a dependência de jogadores como Coutinho e Vegetti. Nas redes sociais, muitos torcedores criticaram a escalação inicial e questionaram a titularidade de Payet e Garré. A pressão por resultados aumenta à medida que o Vasco enfrenta uma sequência de jogos fora de casa, onde historicamente tem encontrado dificuldades para pontuar.

Destaques individuais do confronto

A partida no Castelão trouxe à tona o desempenho de alguns jogadores que merecem atenção, seja pelo impacto positivo ou pelas atuações abaixo do esperado. Além de Pedro Raul, que brilhou pelo Ceará, e Rayan, destaque do Vasco, outros nomes chamaram a atenção no confronto.

  • Pedro Raul (Ceará): O atacante marcou os dois gols da vitória, aproveitando falhas defensivas do Vasco. Sua presença na área foi constante, e ele venceu a maioria dos duelos aéreos.
  • Rayan (Vasco): Entrou no segundo tempo e mudou a dinâmica do ataque vascaíno, com duas finalizações perigosas e uma assistência para Vegetti.
  • Dimitri Payet (Vasco): Teve uma atuação apagada, com apenas uma finalização no início do jogo e pouca participação na criação.
  • Bruno Ferreira (Ceará): O goleiro do Ceará fez defesas importantes no segundo tempo, garantindo a vitória do time da casa.

Contexto da 4ª rodada do Brasileirão

A derrota do Vasco para o Ceará faz parte de uma rodada marcada por jogos equilibrados e resultados surpreendentes no Campeonato Brasileiro. Outros confrontos, como Flamengo x Juventude e Corinthians x Fluminense, também movimentaram a tabela, com jogadores como Léo Ortiz, Yuri Alberto e Arrascaeta sendo peças-chave em suas equipes.

No caso do Flamengo, a equipe enfrenta o Juventude no Maracanã, com Léo Ortiz e Arrascaeta escalados como titulares. O zagueiro, que vem se destacando pela solidez defensiva, é um dos mais escalados em plataformas de fantasy game, com 688.530 escolhas. Arrascaeta, maior artilheiro estrangeiro do Brasileirão desde 2006, com 59 gols, também é aposta certa no meio-campo rubro-negro. Já o Corinthians, de Yuri Alberto, encara o Fluminense, em um jogo que pode definir a posição das equipes na parte superior da tabela.

O Vasco, com seis pontos em quatro rodadas, ocupa uma posição intermediária, mas a derrota para o Ceará interrompeu a sequência positiva do time. A equipe agora se prepara para uma série de desafios fora de casa, incluindo jogos contra Flamengo, Palmeiras, Bahia e Fortaleza. A capacidade de reagir rapidamente será crucial para manter as aspirações de brigar por uma vaga na Libertadores.

Próximos desafios do Vasco

Com a derrota no Castelão, o Vasco volta suas atenções para uma sequência complicada no Brasileirão. Os próximos quatro jogos fora de São Januário representam um teste de fogo para o elenco de Fábio Carille, que precisa encontrar soluções para os problemas defensivos e a dependência de Coutinho no ataque.

Os confrontos contra Flamengo e Palmeiras, dois dos favoritos ao título, exigirão um desempenho muito superior ao apresentado contra o Ceará. O clássico contra o Flamengo, em particular, promete ser um divisor de águas, já que o rival vem embalado por vitórias fora de casa e conta com a força de jogadores como Arrascaeta e Léo Ortiz. Já o Palmeiras, que enfrenta o Bahia na mesma rodada, aposta na consistência de seu elenco para manter a liderança.

Além dos jogos no Brasileirão, o Vasco também tem compromissos na Sul-Americana, o que aumenta a necessidade de rodízio no elenco. A ausência de Maurício Lemos, que se recupera de uma fratura na costela, pode sobrecarregar a defesa, enquanto a volta de Tchê Tchê é vista como essencial para reforçar o meio-campo.

Análise tática do confronto

O jogo contra o Ceará expôs fragilidades táticas que o Vasco precisa corrigir urgentemente. No primeiro tempo, a equipe sofreu com a pressão alta do adversário, que dificultava a saída de bola. A escalação com Payet e Paulinho no meio-campo não funcionou, já que ambos tiveram dificuldades para escapar da marcação e conectar o ataque.

No segundo tempo, as substituições de Carille trouxeram maior equilíbrio, com Jair oferecendo mais proteção à defesa e Adson e Rayan criando opções pelos lados. No entanto, a falta de coordenação defensiva em jogadas aéreas continuou sendo um problema, como ficou claro no segundo gol de Pedro Raul. O treinador terá que trabalhar a compactação da equipe e a comunicação entre os zagueiros para evitar novos erros.

O Ceará, por sua vez, soube explorar as fraquezas do Vasco com uma estratégia simples, mas eficaz. A equipe apostou em bolas longas para Pedro Raul e em uma marcação agressiva no meio-campo, neutralizando as tentativas de Payet e Garré. O goleiro Bruno Ferreira, seguro nas finalizações do segundo tempo, também foi fundamental para segurar a pressão vascaína nos minutos finais.

Impacto na tabela e na torcida

A derrota para o Ceará impediu o Vasco de assumir a liderança do Brasileirão, um objetivo que parecia alcançável após as vitórias nas rodadas anteriores. Com seis pontos, o time permanece na faixa intermediária da tabela, mas a distância para os líderes pode aumentar caso os adversários diretos pontuem na rodada.

A torcida vascaína, que vinha otimista com o início de temporada, expressou sua insatisfação nas redes sociais. Críticas ao desempenho de Payet, à escalação inicial de Carille e aos erros defensivos dominaram as discussões entre os torcedores. Alguns pediram a volta imediata de Coutinho, enquanto outros questionaram a aposta em jogadores como Garré, que ainda não se firmou como titular.

O presidente Pedrinho, que classificou o elenco como um dos oito melhores do país antes do início do campeonato, agora enfrenta a pressão por resultados. A expectativa é que o clube reaja rapidamente para evitar uma crise de confiança, especialmente com a sequência de jogos fora de casa que pode definir o rumo do Vasco na competição.

Calendário dos próximos jogos do Vasco

O Vasco terá pouco tempo para lamentar a derrota no Castelão, já que a sequência de jogos no Brasileirão e na Sul-Americana exige foco total. Confira os próximos compromissos da equipe:

  • Flamengo x Vasco: Clássico carioca válido pela 5ª rodada do Brasileirão, no Maracanã.
  • Palmeiras x Vasco: Jogo fora de casa contra um dos líderes, pela 6ª rodada.
  • Bahia x Vasco: Confronto em Salvador, pela 7ª rodada, contra um adversário direto na briga por posições.
  • Fortaleza x Vasco: Partida que encerra a sequência fora de casa, pela 8ª rodada.

Perspectivas para o restante da temporada

Apesar do revés contra o Ceará, o Vasco ainda tem condições de brigar por uma vaga nas competições continentais em 2026. O elenco, reforçado por nomes como Coutinho, Vegetti e João Victor, tem potencial para competir com os principais clubes do país, mas precisa superar as inconsistências apresentadas nas primeiras rodadas.

A volta de jogadores como Tchê Tchê e Maurício Lemos pode fortalecer o time, enquanto jovens como Rayan oferecem esperança para o futuro. Fábio Carille, conhecido por sua capacidade de organizar equipes, terá a missão de ajustar o sistema defensivo e encontrar alternativas para a ausência de Coutinho, que não poderá jogar todas as partidas devido ao desgaste físico.

O Brasileirão de 2025 promete ser altamente competitivo, com clubes como Flamengo, Palmeiras, Corinthians e Bahia investindo pesado em seus elencos. Para o Vasco, a chave será encontrar equilíbrio entre defesa e ataque, além de aproveitar o apoio da torcida em São Januário para somar pontos em casa. A derrota para o Ceará serve como um alerta, mas também como uma oportunidade para corrigir rumos antes que a temporada avance.



A noite de terça-feira no Castelão foi marcada por uma derrota que trouxe preocupação ao Vasco da Gama. Em partida válida pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, o time carioca perdeu por 2 a 1 para o Ceará, em um jogo que evidenciou problemas defensivos e dificuldades na criação ofensiva. Com a chance de dormir na liderança, o Vasco saiu de Fortaleza com um resultado que acende o alerta para os próximos desafios, especialmente em uma sequência de jogos fora de casa contra adversários como Flamengo e Palmeiras. Pedro Raul, ex-jogador vascaíno, foi o destaque do Ceará, marcando os dois gols que garantiram a vitória do time cearense.

O Vasco chegou ao confronto embalado por duas vitórias consecutivas, contra Puerto Cabello na Sul-Americana e Sport no Brasileirão, o que alimentava a expectativa de um bom desempenho. No entanto, a equipe comandada por Fábio Carille não conseguiu repetir o ímpeto das partidas anteriores. A ausência de Philippe Coutinho, poupado por questões de controle de carga, pesou na organização ofensiva, enquanto erros defensivos foram decisivos para o resultado negativo. O Ceará, por sua vez, aproveitou as falhas do adversário e se impôs em casa, somando três pontos importantes na luta por uma boa campanha no campeonato.

A torcida vascaína, que lotou as redes sociais com críticas após o jogo, demonstrou frustração com a atuação apática do time, especialmente no primeiro tempo. Jogadores como Dimitri Payet e Benjamín Garré não conseguiram suprir a ausência de Coutinho, enquanto a defesa, formada por João Victor e Lucas Freitas, falhou em momentos cruciais. Apesar de uma melhora no segundo tempo com as entradas de Adson, Jair e Rayan, o Vasco só conseguiu marcar nos acréscimos, com um gol de Pablo Vegetti, insuficiente para evitar a derrota.

Uma defesa em noite infeliz

Os erros defensivos do Vasco foram o ponto central da partida no Castelão. No primeiro gol do Ceará, aos 29 minutos do primeiro tempo, João Victor tentou recuar a bola de cabeça para o goleiro, mas acabou entregando a posse ao adversário. Lucas Freitas, lento na reação, não acompanhou Pedro Raul, que finalizou com precisão para abrir o placar. A desatenção se repetiu no segundo gol, quando Guilherme e Pedro Raul apareceram livres na área vascaína, aproveitando uma falha de posicionamento para ampliar a vantagem do Ceará.

A dupla de zagueiros, que vinha sendo elogiada nas rodadas iniciais do Brasileirão, teve uma atuação abaixo do esperado. João Victor, contratado por um valor elevado, não conseguiu justificar o investimento em lances decisivos, enquanto Lucas Freitas, substituto de Maurício Lemos, mostrou insegurança em duelos aéreos. A torcida, nas redes sociais, criticou duramente a postura defensiva, apontando que o time sofreu gols em jogadas que poderiam ter sido evitadas com maior concentração.

Para piorar, o Vasco enfrentou dificuldades para neutralizar Pedro Raul, que conhece bem o clube carioca por sua passagem em 2022. O atacante, que já havia marcado contra o Vasco em outras ocasiões, aproveitou as brechas deixadas pela defesa para ser o nome do jogo. Sua movimentação constante e capacidade de se posicionar na área foram desafios que os zagueiros vascaínos não conseguiram superar, evidenciando a necessidade de ajustes táticos para os próximos confrontos.

Falta de criatividade sem Coutinho

Sem Philippe Coutinho, poupado por decisão da comissão técnica, o Vasco encontrou enormes dificuldades para criar jogadas ofensivas. Dimitri Payet, escalado como substituto natural do meia, teve uma atuação discreta, resumida a uma finalização perigosa aos sete minutos do primeiro tempo. O francês, que está próximo do fim de sua passagem pelo clube, não conseguiu assumir o papel de armador, deixando o meio-campo vascaíno sem inspiração.

Benjamín Garré, titular na ponta direita, também decepcionou. O argentino, escalado apenas porque Adson ainda não está em plenas condições físicas, teve pouca participação no ataque e não ofereceu perigo ao gol adversário. A ausência de Tchê Tchê, que não viajou devido a um problema familiar, agravou a situação, já que Paulinho, seu substituto, ainda busca recuperar o ritmo de jogo após uma grave lesão no joelho. O resultado foi um primeiro tempo em que o Vasco finalizou apenas uma vez na direção do gol, um desempenho muito abaixo do esperado para um time que almeja a parte de cima da tabela.

A dependência de Coutinho ficou evidente ao longo dos 90 minutos. O meia, que vinha sendo o principal articulador do time nas primeiras rodadas, é peça-chave na transição ofensiva e na criação de jogadas. Sem ele, o Vasco se limitou a cruzamentos para a área, apostando na presença de Pablo Vegetti, que, apesar de marcar nos acréscimos, não conseguiu compensar a falta de repertório do time.

  • Problemas na criação: O Vasco teve apenas quatro finalizações no alvo durante toda a partida, todas no segundo tempo.
  • Payet apagado: O francês não completou nenhum passe decisivo e perdeu a posse de bola em momentos cruciais.
  • Falta de ritmo: Paulinho, ainda em recuperação, teve dificuldades para acompanhar o dinamismo do meio-campo do Ceará.

Segundo tempo traz esperança, mas é insuficiente

As substituições feitas por Fábio Carille no intervalo trouxeram uma melhora significativa ao desempenho do Vasco. Com as entradas de Adson, Jair e Rayan, o time ganhou mais velocidade e volume ofensivo. Rayan, em particular, foi o destaque do segundo tempo, participando ativamente das jogadas de ataque e dando a assistência para o gol de Vegetti. O jovem atacante, de apenas 18 anos, mostrou personalidade ao acertar duas finalizações perigosas e se consolidou como uma das promessas do elenco vascaíno.

Jair, que entrou no lugar de Paulinho, trouxe mais solidez ao meio-campo, enquanto Adson, atuando pela ponta direita, ofereceu maior qualidade nas jogadas individuais. Apesar da melhora, o Vasco continuou pecando na finalização e na organização defensiva. O segundo gol do Ceará, marcado por Pedro Raul aos 25 minutos do segundo tempo, interrompeu o momento de pressão dos cariocas, que até então dominavam as ações ofensivas.

Nos minutos finais, o gol de Vegetti, aos 47 minutos, reacendeu a esperança da torcida. O atacante argentino, artilheiro do Brasileirão com quatro gols, aproveitou um cruzamento preciso de Rayan para marcar de cabeça. No entanto, o tempo restante foi insuficiente para o Vasco buscar o empate. A equipe até tentou pressionar, mas esbarrou na própria desorganização e na sólida defesa do Ceará, comandada pelo goleiro Bruno Ferreira.

Carille cobra postura e aponta falhas

Fábio Carille não escondeu a insatisfação com a atuação do Vasco após a derrota. Em entrevista coletiva, o treinador destacou a falta de concentração da equipe, especialmente na primeira etapa, e cobrou uma postura mais agressiva dos jogadores. Ele reconheceu que as ausências de Coutinho e Tchê Tchê impactaram o desempenho, mas enfatizou que o elenco tem qualidade suficiente para superar adversidades.

O treinador também apontou a dificuldade do time em acelerar as jogadas, um problema recorrente em partidas fora de casa. Contra o Ceará, o Vasco teve apenas 42% de posse de bola no primeiro tempo, um número que reflete a incapacidade de controlar o jogo. Carille sinalizou que pretende trabalhar a recomposição defensiva e a saída de bola nos próximos treinos, visando corrigir os erros antes dos confrontos contra Flamengo e Palmeiras.

A torcida, por sua vez, demonstrou preocupação com a dependência de jogadores como Coutinho e Vegetti. Nas redes sociais, muitos torcedores criticaram a escalação inicial e questionaram a titularidade de Payet e Garré. A pressão por resultados aumenta à medida que o Vasco enfrenta uma sequência de jogos fora de casa, onde historicamente tem encontrado dificuldades para pontuar.

Destaques individuais do confronto

A partida no Castelão trouxe à tona o desempenho de alguns jogadores que merecem atenção, seja pelo impacto positivo ou pelas atuações abaixo do esperado. Além de Pedro Raul, que brilhou pelo Ceará, e Rayan, destaque do Vasco, outros nomes chamaram a atenção no confronto.

  • Pedro Raul (Ceará): O atacante marcou os dois gols da vitória, aproveitando falhas defensivas do Vasco. Sua presença na área foi constante, e ele venceu a maioria dos duelos aéreos.
  • Rayan (Vasco): Entrou no segundo tempo e mudou a dinâmica do ataque vascaíno, com duas finalizações perigosas e uma assistência para Vegetti.
  • Dimitri Payet (Vasco): Teve uma atuação apagada, com apenas uma finalização no início do jogo e pouca participação na criação.
  • Bruno Ferreira (Ceará): O goleiro do Ceará fez defesas importantes no segundo tempo, garantindo a vitória do time da casa.

Contexto da 4ª rodada do Brasileirão

A derrota do Vasco para o Ceará faz parte de uma rodada marcada por jogos equilibrados e resultados surpreendentes no Campeonato Brasileiro. Outros confrontos, como Flamengo x Juventude e Corinthians x Fluminense, também movimentaram a tabela, com jogadores como Léo Ortiz, Yuri Alberto e Arrascaeta sendo peças-chave em suas equipes.

No caso do Flamengo, a equipe enfrenta o Juventude no Maracanã, com Léo Ortiz e Arrascaeta escalados como titulares. O zagueiro, que vem se destacando pela solidez defensiva, é um dos mais escalados em plataformas de fantasy game, com 688.530 escolhas. Arrascaeta, maior artilheiro estrangeiro do Brasileirão desde 2006, com 59 gols, também é aposta certa no meio-campo rubro-negro. Já o Corinthians, de Yuri Alberto, encara o Fluminense, em um jogo que pode definir a posição das equipes na parte superior da tabela.

O Vasco, com seis pontos em quatro rodadas, ocupa uma posição intermediária, mas a derrota para o Ceará interrompeu a sequência positiva do time. A equipe agora se prepara para uma série de desafios fora de casa, incluindo jogos contra Flamengo, Palmeiras, Bahia e Fortaleza. A capacidade de reagir rapidamente será crucial para manter as aspirações de brigar por uma vaga na Libertadores.

Próximos desafios do Vasco

Com a derrota no Castelão, o Vasco volta suas atenções para uma sequência complicada no Brasileirão. Os próximos quatro jogos fora de São Januário representam um teste de fogo para o elenco de Fábio Carille, que precisa encontrar soluções para os problemas defensivos e a dependência de Coutinho no ataque.

Os confrontos contra Flamengo e Palmeiras, dois dos favoritos ao título, exigirão um desempenho muito superior ao apresentado contra o Ceará. O clássico contra o Flamengo, em particular, promete ser um divisor de águas, já que o rival vem embalado por vitórias fora de casa e conta com a força de jogadores como Arrascaeta e Léo Ortiz. Já o Palmeiras, que enfrenta o Bahia na mesma rodada, aposta na consistência de seu elenco para manter a liderança.

Além dos jogos no Brasileirão, o Vasco também tem compromissos na Sul-Americana, o que aumenta a necessidade de rodízio no elenco. A ausência de Maurício Lemos, que se recupera de uma fratura na costela, pode sobrecarregar a defesa, enquanto a volta de Tchê Tchê é vista como essencial para reforçar o meio-campo.

Análise tática do confronto

O jogo contra o Ceará expôs fragilidades táticas que o Vasco precisa corrigir urgentemente. No primeiro tempo, a equipe sofreu com a pressão alta do adversário, que dificultava a saída de bola. A escalação com Payet e Paulinho no meio-campo não funcionou, já que ambos tiveram dificuldades para escapar da marcação e conectar o ataque.

No segundo tempo, as substituições de Carille trouxeram maior equilíbrio, com Jair oferecendo mais proteção à defesa e Adson e Rayan criando opções pelos lados. No entanto, a falta de coordenação defensiva em jogadas aéreas continuou sendo um problema, como ficou claro no segundo gol de Pedro Raul. O treinador terá que trabalhar a compactação da equipe e a comunicação entre os zagueiros para evitar novos erros.

O Ceará, por sua vez, soube explorar as fraquezas do Vasco com uma estratégia simples, mas eficaz. A equipe apostou em bolas longas para Pedro Raul e em uma marcação agressiva no meio-campo, neutralizando as tentativas de Payet e Garré. O goleiro Bruno Ferreira, seguro nas finalizações do segundo tempo, também foi fundamental para segurar a pressão vascaína nos minutos finais.

Impacto na tabela e na torcida

A derrota para o Ceará impediu o Vasco de assumir a liderança do Brasileirão, um objetivo que parecia alcançável após as vitórias nas rodadas anteriores. Com seis pontos, o time permanece na faixa intermediária da tabela, mas a distância para os líderes pode aumentar caso os adversários diretos pontuem na rodada.

A torcida vascaína, que vinha otimista com o início de temporada, expressou sua insatisfação nas redes sociais. Críticas ao desempenho de Payet, à escalação inicial de Carille e aos erros defensivos dominaram as discussões entre os torcedores. Alguns pediram a volta imediata de Coutinho, enquanto outros questionaram a aposta em jogadores como Garré, que ainda não se firmou como titular.

O presidente Pedrinho, que classificou o elenco como um dos oito melhores do país antes do início do campeonato, agora enfrenta a pressão por resultados. A expectativa é que o clube reaja rapidamente para evitar uma crise de confiança, especialmente com a sequência de jogos fora de casa que pode definir o rumo do Vasco na competição.

Calendário dos próximos jogos do Vasco

O Vasco terá pouco tempo para lamentar a derrota no Castelão, já que a sequência de jogos no Brasileirão e na Sul-Americana exige foco total. Confira os próximos compromissos da equipe:

  • Flamengo x Vasco: Clássico carioca válido pela 5ª rodada do Brasileirão, no Maracanã.
  • Palmeiras x Vasco: Jogo fora de casa contra um dos líderes, pela 6ª rodada.
  • Bahia x Vasco: Confronto em Salvador, pela 7ª rodada, contra um adversário direto na briga por posições.
  • Fortaleza x Vasco: Partida que encerra a sequência fora de casa, pela 8ª rodada.

Perspectivas para o restante da temporada

Apesar do revés contra o Ceará, o Vasco ainda tem condições de brigar por uma vaga nas competições continentais em 2026. O elenco, reforçado por nomes como Coutinho, Vegetti e João Victor, tem potencial para competir com os principais clubes do país, mas precisa superar as inconsistências apresentadas nas primeiras rodadas.

A volta de jogadores como Tchê Tchê e Maurício Lemos pode fortalecer o time, enquanto jovens como Rayan oferecem esperança para o futuro. Fábio Carille, conhecido por sua capacidade de organizar equipes, terá a missão de ajustar o sistema defensivo e encontrar alternativas para a ausência de Coutinho, que não poderá jogar todas as partidas devido ao desgaste físico.

O Brasileirão de 2025 promete ser altamente competitivo, com clubes como Flamengo, Palmeiras, Corinthians e Bahia investindo pesado em seus elencos. Para o Vasco, a chave será encontrar equilíbrio entre defesa e ataque, além de aproveitar o apoio da torcida em São Januário para somar pontos em casa. A derrota para o Ceará serve como um alerta, mas também como uma oportunidade para corrigir rumos antes que a temporada avance.



Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *