O programa Bolsa Família iniciou os pagamentos de abril na última terça-feira, dia 15, beneficiando 20,48 milhões de famílias em todo o Brasil. Com um repasse médio de R$ 668,73 por lar, o governo federal destina cerca de R$ 13,7 bilhões neste mês para apoiar famílias em situação de vulnerabilidade. O programa, reconhecido mundialmente por sua eficácia no combate à pobreza, atende aproximadamente 53,8 milhões de pessoas, incluindo 16,23 milhões de crianças de até 11 anos e 7,65 milhões de adolescentes entre 12 e 17 anos. A iniciativa prioriza lares com maior número de integrantes, especialmente aqueles com crianças, jovens, gestantes ou liderados por mulheres, reforçando o compromisso com a redução das desigualdades sociais.
Embora o número de beneficiários tenha diminuído ligeiramente em relação a março, quando 20,55 milhões de famílias foram contempladas, o impacto do Bolsa Família permanece significativo. Os recursos repassados têm como objetivo garantir o acesso a necessidades básicas, como alimentação, saúde, educação e moradia. Para muitas famílias, o benefício é a principal fonte de renda, permitindo a compra de itens essenciais e a manutenção de direitos fundamentais. A continuidade do programa em 2025 reflete o esforço do governo em manter políticas públicas voltadas para a inclusão social e o enfrentamento da fome.
O programa também se destaca por sua abrangência, alcançando todos os 5.570 municípios brasileiros. Além disso, medidas específicas, como a antecipação de pagamentos em cidades em situação de calamidade pública, demonstram a flexibilidade do Bolsa Família em atender emergências. Nos últimos dois anos, a iniciativa foi responsável por tirar 24,4 milhões de pessoas do mapa da fome, segundo dados oficiais, consolidando sua relevância no cenário nacional.
- Critérios de elegibilidade: Famílias com renda per capita de até R$ 218 mensais e cadastro atualizado no Cadastro Único.
- Prioridade: Lares com crianças, adolescentes, gestantes ou liderados por mulheres.
- Acesso aos valores: Pagamentos depositados na conta poupança do Caixa Tem, gerenciada pela Caixa Econômica Federal.
- Condições: Cumprimento de requisitos de saúde e educação, como vacinação e frequência escolar.
Como funciona o Bolsa Família em 2025
O Bolsa Família é estruturado para atender famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, com renda mensal por pessoa de até R$ 218. Para receber o benefício, é necessário estar inscrito no Cadastro Único, sistema que reúne informações socioeconômicas das famílias vulneráveis. O cadastramento é realizado em postos de assistência social, como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), e exige a apresentação de documentos como CPF ou título de eleitor. A atualização dos dados a cada dois anos é obrigatória para evitar a suspensão do benefício, garantindo que apenas famílias elegíveis continuem no programa.
A composição do benefício é outro diferencial. Desde a reformulação em 2023, o programa garante um repasse mínimo de R$ 600 por família, complementado por adicionais que variam conforme a estrutura familiar. Por exemplo, famílias com crianças de até 6 anos recebem R$ 150 por criança, enquanto gestantes, lactantes e jovens de 7 a 18 anos geram um acréscimo de R$ 50 por pessoa. Esses valores são calculados com base no Benefício de Renda de Cidadania, que paga R$ 142 por integrante, e no Benefício Complementar, que assegura o mínimo de R$ 600 quando necessário. Essa estrutura busca atender às necessidades específicas de cada lar, promovendo maior equidade.
Além dos aspectos financeiros, o Bolsa Família impõe condicionalidades nas áreas de saúde e educação. Famílias devem garantir a vacinação das crianças, o acompanhamento pré-natal de gestantes e a frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 6 anos e 75% para jovens de 6 a 18 anos. Essas exigências visam romper o ciclo intergeracional de pobreza, incentivando o acesso a serviços públicos essenciais. A gestão do programa é compartilhada entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Caixa Econômica Federal, responsável pela operacionalização dos pagamentos.
Calendário de pagamentos de abril
O cronograma de pagamentos do Bolsa Família é organizado com base no último dígito do Número de Identificação Social (NIS) do titular, garantindo um processo escalonado e eficiente. Em abril de 2025, os depósitos começaram no dia 15 e seguem até o dia 30, com interrupções nos feriados nacionais de 18 (Sexta-feira Santa) e 21 (Tiradentes). Famílias residentes em municípios em situação de emergência ou calamidade pública recebem o pagamento de forma unificada no primeiro dia do calendário, independentemente do NIS, para agilizar o apoio em momentos críticos.
- NIS final 1: 15 de abril
- NIS final 2: 16 de abril
- NIS final 3: 17 de abril
- NIS final 4: 22 de abril
- NIS final 5: 23 de abril
- NIS final 6: 24 de abril
- NIS final 7: 25 de abril
- NIS final 8: 28 de abril
- NIS final 9: 29 de abril
- NIS final 0: 30 de abril
Impacto do Bolsa Família nas famílias brasileiras
Desde sua criação em 2003, o Bolsa Família se consolidou como o maior programa de transferência de renda do Brasil, beneficiando milhões de famílias e reduzindo significativamente a pobreza e a fome. Em 2024, o governo federal investiu R$ 168,3 bilhões no programa, com uma média mensal de R$ 14 bilhões. Esse montante permitiu atender, em média, 20,86 milhões de famílias por mês, abrangendo todos os municípios brasileiros. A reformulação de 2023 trouxe inovações, como a cesta de benefícios personalizada e o retorno das condicionalidades, reforçando o foco em saúde e educação.
O programa também desempenha um papel crucial na inclusão produtiva. Em dezembro de 2024, cerca de 2,7 milhões de famílias ingressaram na chamada regra de proteção, que permite a continuidade do benefício por até dois anos, mesmo com aumento de renda, enquanto os beneficiários estruturam sua autonomia financeira. Essa medida incentiva a busca por melhores oportunidades sem o receio de perder o suporte financeiro imediatamente. Além disso, o Bolsa Família prioriza grupos vulneráveis, como famílias numerosas, lares chefiados por mulheres e aqueles com crianças e adolescentes, garantindo maior equidade na distribuição dos recursos.
A abrangência do programa é outro ponto forte. Em 2023, o Bolsa Família alcançou 21,2 milhões de famílias, com um investimento recorde de R$ 14,1 bilhões em maio daquele ano. O valor médio pago, de R$ 672,45, foi o maior da história do programa até então. Regiões como o Nordeste, com 9,7 milhões de famílias beneficiadas, e o Sudeste, com 6,33 milhões, concentram a maior parte dos contemplados, refletindo a desigualdade regional do país. Estados como São Paulo, com 2,57 milhões de beneficiários, lideram em números absolutos, enquanto o investimento por região varia conforme a composição familiar e as necessidades locais.

Benefícios adicionais e condicionalidades
A estrutura do Bolsa Família foi desenhada para atender às especificidades de cada família, com benefícios que vão além do repasse mínimo de R$ 600. O Benefício Primeira Infância, por exemplo, garante R$ 150 mensais por criança de 0 a 6 anos, enquanto o Benefício Variável Familiar paga R$ 50 por gestante, lactante ou jovem de 7 a 18 anos. Há ainda o Benefício Variável familiar Nutriz, que oferece seis parcelas de R$ 50 para mães de bebês de até seis meses, visando assegurar a alimentação adequada nos primeiros meses de vida. Até maio de 2025, o Benefício Extraordinário de Transição garante que nenhuma família receba menos do que no programa anterior, o Auxílio Brasil.
- Benefício de Renda de Cidadania: R$ 142 por pessoa da família.
- Benefício Complementar: Garante o mínimo de R$ 600 por família.
- Benefício Primeira Infância: R$ 150 por criança de 0 a 6 anos.
- Benefício Variável Familiar: R$ 50 por gestante, lactante ou jovem de 7 a 18 anos.
- Benefício Variável Familiar Nutriz: R$ 50 por seis meses para mães de bebês de até 6 meses.
- Benefício Extraordinário de Transição: Válido até maio de 2025, assegura valores iguais ou superiores ao Auxílio Brasil.
As condicionalidades são um pilar fundamental do programa. Para permanecerem no Bolsa Família, as famílias devem cumprir exigências como o acompanhamento do calendário nacional de vacinação, a realização de consultas pré-natais e a participação em atividades educativas sobre aleitamento materno e alimentação saudável. Na educação, a frequência escolar mínima é de 85% para crianças de 6 a 15 anos e 75% para adolescentes de 16 e 17 anos. Essas medidas buscam não apenas aliviar a pobreza no curto prazo, mas também investir no capital humano, garantindo melhores perspectivas para as próximas gerações.
Canais de atendimento e acesso aos valores
O Bolsa Família oferece diversos canais para que os beneficiários tirem dúvidas e acompanhem os pagamentos. O Disque Social 121, do MDS, funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, com atendimento eletrônico disponível 24 horas por dia. A Caixa Econômica Federal disponibiliza o número 111, focado em informações sobre o cartão e o saque do benefício. Além disso, os aplicativos Bolsa Família e Caixa Tem, disponíveis para download gratuito, permitem consultar o status do benefício, o valor depositado e as datas de pagamento, facilitando a gestão financeira das famílias.
Os valores são depositados diretamente na conta poupança do Caixa Tem, mas também podem ser movimentados ou sacados em caixas eletrônicos, casas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou agências da Caixa. A preferência pelo pagamento a mulheres, quando possível, reforça o empoderamento feminino, já que muitas beneficiárias são chefes de família. Em casos de inconsistências no Cadastro Único ou descumprimento das condicionalidades, o benefício pode ser suspenso, mas os beneficiários têm a possibilidade de recorrer por meio dos CRAS ou outros postos de atendimento.
Desafios e perspectivas para 2025
Apesar de seu sucesso, o Bolsa Família enfrenta desafios para manter sua sustentabilidade. Em 2025, o governo anunciou um corte de R$ 9 bilhões no orçamento do programa, o que pode impactar o número de famílias atendidas nos próximos meses. A exigência de cadastro biométrico, implementada este ano, visa aumentar a segurança e reduzir fraudes, mas pode representar uma barreira para famílias em áreas remotas com acesso limitado a postos de atendimento. A inclusão de novas famílias também é um processo contínuo, com 113 mil lares incorporados ao programa em abril, demonstrando o esforço para ampliar o alcance.
A gestão do programa exige coordenação entre o governo federal, estados e municípios, o que nem sempre ocorre sem obstáculos. Dados desatualizados no Cadastro Único, dificuldades de acesso aos CRAS e a necessidade de infraestrutura para o cadastro biométrico são questões que demandam atenção. Ainda assim, o Bolsa Família segue como um modelo global de transferência de renda, elogiado por instituições como o Banco Mundial por sua capacidade de integrar milhões de pessoas à economia e à sociedade.
Importância do programa para a redução da pobreza
O Bolsa Família tem um impacto direto na vida de milhões de brasileiros, especialmente em regiões marcadas por desigualdades históricas. No Nordeste, por exemplo, o programa beneficia 9,7 milhões de famílias, com um investimento mensal de R$ 6,3 bilhões. Essa concentração reflete a realidade socioeconômica da região, onde a pobreza é mais acentuada. No Sudeste, o estado de São Paulo lidera com 2,57 milhões de beneficiários, enquanto o Norte, Sul e Centro-Oeste também recebem recursos significativos, adaptados às necessidades locais.
- Nordeste: 9,7 milhões de famílias, com média de R$ 664,38 por lar.
- Sudeste: 6,33 milhões de famílias, com média de R$ 672,32 por lar.
- Norte: 2,59 milhões de famílias.
- Sul: 1,43 milhão de famílias.
- Centro-Oeste: 1,13 milhão de famílias.
O programa também contribui para a economia local, já que os recursos injetados circulam em pequenos comércios, feiras e serviços. Em 2023, o Bolsa Família foi responsável por incluir 1 milhão de novas famílias, muitas das quais estavam fora do radar dos programas sociais. Essa expansão, aliada à regra de proteção, reforça o compromisso do governo com a inclusão produtiva e a redução das desigualdades, mesmo diante de desafios fiscais.

O programa Bolsa Família iniciou os pagamentos de abril na última terça-feira, dia 15, beneficiando 20,48 milhões de famílias em todo o Brasil. Com um repasse médio de R$ 668,73 por lar, o governo federal destina cerca de R$ 13,7 bilhões neste mês para apoiar famílias em situação de vulnerabilidade. O programa, reconhecido mundialmente por sua eficácia no combate à pobreza, atende aproximadamente 53,8 milhões de pessoas, incluindo 16,23 milhões de crianças de até 11 anos e 7,65 milhões de adolescentes entre 12 e 17 anos. A iniciativa prioriza lares com maior número de integrantes, especialmente aqueles com crianças, jovens, gestantes ou liderados por mulheres, reforçando o compromisso com a redução das desigualdades sociais.
Embora o número de beneficiários tenha diminuído ligeiramente em relação a março, quando 20,55 milhões de famílias foram contempladas, o impacto do Bolsa Família permanece significativo. Os recursos repassados têm como objetivo garantir o acesso a necessidades básicas, como alimentação, saúde, educação e moradia. Para muitas famílias, o benefício é a principal fonte de renda, permitindo a compra de itens essenciais e a manutenção de direitos fundamentais. A continuidade do programa em 2025 reflete o esforço do governo em manter políticas públicas voltadas para a inclusão social e o enfrentamento da fome.
O programa também se destaca por sua abrangência, alcançando todos os 5.570 municípios brasileiros. Além disso, medidas específicas, como a antecipação de pagamentos em cidades em situação de calamidade pública, demonstram a flexibilidade do Bolsa Família em atender emergências. Nos últimos dois anos, a iniciativa foi responsável por tirar 24,4 milhões de pessoas do mapa da fome, segundo dados oficiais, consolidando sua relevância no cenário nacional.
- Critérios de elegibilidade: Famílias com renda per capita de até R$ 218 mensais e cadastro atualizado no Cadastro Único.
- Prioridade: Lares com crianças, adolescentes, gestantes ou liderados por mulheres.
- Acesso aos valores: Pagamentos depositados na conta poupança do Caixa Tem, gerenciada pela Caixa Econômica Federal.
- Condições: Cumprimento de requisitos de saúde e educação, como vacinação e frequência escolar.
Como funciona o Bolsa Família em 2025
O Bolsa Família é estruturado para atender famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, com renda mensal por pessoa de até R$ 218. Para receber o benefício, é necessário estar inscrito no Cadastro Único, sistema que reúne informações socioeconômicas das famílias vulneráveis. O cadastramento é realizado em postos de assistência social, como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), e exige a apresentação de documentos como CPF ou título de eleitor. A atualização dos dados a cada dois anos é obrigatória para evitar a suspensão do benefício, garantindo que apenas famílias elegíveis continuem no programa.
A composição do benefício é outro diferencial. Desde a reformulação em 2023, o programa garante um repasse mínimo de R$ 600 por família, complementado por adicionais que variam conforme a estrutura familiar. Por exemplo, famílias com crianças de até 6 anos recebem R$ 150 por criança, enquanto gestantes, lactantes e jovens de 7 a 18 anos geram um acréscimo de R$ 50 por pessoa. Esses valores são calculados com base no Benefício de Renda de Cidadania, que paga R$ 142 por integrante, e no Benefício Complementar, que assegura o mínimo de R$ 600 quando necessário. Essa estrutura busca atender às necessidades específicas de cada lar, promovendo maior equidade.
Além dos aspectos financeiros, o Bolsa Família impõe condicionalidades nas áreas de saúde e educação. Famílias devem garantir a vacinação das crianças, o acompanhamento pré-natal de gestantes e a frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 6 anos e 75% para jovens de 6 a 18 anos. Essas exigências visam romper o ciclo intergeracional de pobreza, incentivando o acesso a serviços públicos essenciais. A gestão do programa é compartilhada entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Caixa Econômica Federal, responsável pela operacionalização dos pagamentos.
Calendário de pagamentos de abril
O cronograma de pagamentos do Bolsa Família é organizado com base no último dígito do Número de Identificação Social (NIS) do titular, garantindo um processo escalonado e eficiente. Em abril de 2025, os depósitos começaram no dia 15 e seguem até o dia 30, com interrupções nos feriados nacionais de 18 (Sexta-feira Santa) e 21 (Tiradentes). Famílias residentes em municípios em situação de emergência ou calamidade pública recebem o pagamento de forma unificada no primeiro dia do calendário, independentemente do NIS, para agilizar o apoio em momentos críticos.
- NIS final 1: 15 de abril
- NIS final 2: 16 de abril
- NIS final 3: 17 de abril
- NIS final 4: 22 de abril
- NIS final 5: 23 de abril
- NIS final 6: 24 de abril
- NIS final 7: 25 de abril
- NIS final 8: 28 de abril
- NIS final 9: 29 de abril
- NIS final 0: 30 de abril
Impacto do Bolsa Família nas famílias brasileiras
Desde sua criação em 2003, o Bolsa Família se consolidou como o maior programa de transferência de renda do Brasil, beneficiando milhões de famílias e reduzindo significativamente a pobreza e a fome. Em 2024, o governo federal investiu R$ 168,3 bilhões no programa, com uma média mensal de R$ 14 bilhões. Esse montante permitiu atender, em média, 20,86 milhões de famílias por mês, abrangendo todos os municípios brasileiros. A reformulação de 2023 trouxe inovações, como a cesta de benefícios personalizada e o retorno das condicionalidades, reforçando o foco em saúde e educação.
O programa também desempenha um papel crucial na inclusão produtiva. Em dezembro de 2024, cerca de 2,7 milhões de famílias ingressaram na chamada regra de proteção, que permite a continuidade do benefício por até dois anos, mesmo com aumento de renda, enquanto os beneficiários estruturam sua autonomia financeira. Essa medida incentiva a busca por melhores oportunidades sem o receio de perder o suporte financeiro imediatamente. Além disso, o Bolsa Família prioriza grupos vulneráveis, como famílias numerosas, lares chefiados por mulheres e aqueles com crianças e adolescentes, garantindo maior equidade na distribuição dos recursos.
A abrangência do programa é outro ponto forte. Em 2023, o Bolsa Família alcançou 21,2 milhões de famílias, com um investimento recorde de R$ 14,1 bilhões em maio daquele ano. O valor médio pago, de R$ 672,45, foi o maior da história do programa até então. Regiões como o Nordeste, com 9,7 milhões de famílias beneficiadas, e o Sudeste, com 6,33 milhões, concentram a maior parte dos contemplados, refletindo a desigualdade regional do país. Estados como São Paulo, com 2,57 milhões de beneficiários, lideram em números absolutos, enquanto o investimento por região varia conforme a composição familiar e as necessidades locais.

Benefícios adicionais e condicionalidades
A estrutura do Bolsa Família foi desenhada para atender às especificidades de cada família, com benefícios que vão além do repasse mínimo de R$ 600. O Benefício Primeira Infância, por exemplo, garante R$ 150 mensais por criança de 0 a 6 anos, enquanto o Benefício Variável Familiar paga R$ 50 por gestante, lactante ou jovem de 7 a 18 anos. Há ainda o Benefício Variável familiar Nutriz, que oferece seis parcelas de R$ 50 para mães de bebês de até seis meses, visando assegurar a alimentação adequada nos primeiros meses de vida. Até maio de 2025, o Benefício Extraordinário de Transição garante que nenhuma família receba menos do que no programa anterior, o Auxílio Brasil.
- Benefício de Renda de Cidadania: R$ 142 por pessoa da família.
- Benefício Complementar: Garante o mínimo de R$ 600 por família.
- Benefício Primeira Infância: R$ 150 por criança de 0 a 6 anos.
- Benefício Variável Familiar: R$ 50 por gestante, lactante ou jovem de 7 a 18 anos.
- Benefício Variável Familiar Nutriz: R$ 50 por seis meses para mães de bebês de até 6 meses.
- Benefício Extraordinário de Transição: Válido até maio de 2025, assegura valores iguais ou superiores ao Auxílio Brasil.
As condicionalidades são um pilar fundamental do programa. Para permanecerem no Bolsa Família, as famílias devem cumprir exigências como o acompanhamento do calendário nacional de vacinação, a realização de consultas pré-natais e a participação em atividades educativas sobre aleitamento materno e alimentação saudável. Na educação, a frequência escolar mínima é de 85% para crianças de 6 a 15 anos e 75% para adolescentes de 16 e 17 anos. Essas medidas buscam não apenas aliviar a pobreza no curto prazo, mas também investir no capital humano, garantindo melhores perspectivas para as próximas gerações.
Canais de atendimento e acesso aos valores
O Bolsa Família oferece diversos canais para que os beneficiários tirem dúvidas e acompanhem os pagamentos. O Disque Social 121, do MDS, funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, com atendimento eletrônico disponível 24 horas por dia. A Caixa Econômica Federal disponibiliza o número 111, focado em informações sobre o cartão e o saque do benefício. Além disso, os aplicativos Bolsa Família e Caixa Tem, disponíveis para download gratuito, permitem consultar o status do benefício, o valor depositado e as datas de pagamento, facilitando a gestão financeira das famílias.
Os valores são depositados diretamente na conta poupança do Caixa Tem, mas também podem ser movimentados ou sacados em caixas eletrônicos, casas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou agências da Caixa. A preferência pelo pagamento a mulheres, quando possível, reforça o empoderamento feminino, já que muitas beneficiárias são chefes de família. Em casos de inconsistências no Cadastro Único ou descumprimento das condicionalidades, o benefício pode ser suspenso, mas os beneficiários têm a possibilidade de recorrer por meio dos CRAS ou outros postos de atendimento.
Desafios e perspectivas para 2025
Apesar de seu sucesso, o Bolsa Família enfrenta desafios para manter sua sustentabilidade. Em 2025, o governo anunciou um corte de R$ 9 bilhões no orçamento do programa, o que pode impactar o número de famílias atendidas nos próximos meses. A exigência de cadastro biométrico, implementada este ano, visa aumentar a segurança e reduzir fraudes, mas pode representar uma barreira para famílias em áreas remotas com acesso limitado a postos de atendimento. A inclusão de novas famílias também é um processo contínuo, com 113 mil lares incorporados ao programa em abril, demonstrando o esforço para ampliar o alcance.
A gestão do programa exige coordenação entre o governo federal, estados e municípios, o que nem sempre ocorre sem obstáculos. Dados desatualizados no Cadastro Único, dificuldades de acesso aos CRAS e a necessidade de infraestrutura para o cadastro biométrico são questões que demandam atenção. Ainda assim, o Bolsa Família segue como um modelo global de transferência de renda, elogiado por instituições como o Banco Mundial por sua capacidade de integrar milhões de pessoas à economia e à sociedade.
Importância do programa para a redução da pobreza
O Bolsa Família tem um impacto direto na vida de milhões de brasileiros, especialmente em regiões marcadas por desigualdades históricas. No Nordeste, por exemplo, o programa beneficia 9,7 milhões de famílias, com um investimento mensal de R$ 6,3 bilhões. Essa concentração reflete a realidade socioeconômica da região, onde a pobreza é mais acentuada. No Sudeste, o estado de São Paulo lidera com 2,57 milhões de beneficiários, enquanto o Norte, Sul e Centro-Oeste também recebem recursos significativos, adaptados às necessidades locais.
- Nordeste: 9,7 milhões de famílias, com média de R$ 664,38 por lar.
- Sudeste: 6,33 milhões de famílias, com média de R$ 672,32 por lar.
- Norte: 2,59 milhões de famílias.
- Sul: 1,43 milhão de famílias.
- Centro-Oeste: 1,13 milhão de famílias.
O programa também contribui para a economia local, já que os recursos injetados circulam em pequenos comércios, feiras e serviços. Em 2023, o Bolsa Família foi responsável por incluir 1 milhão de novas famílias, muitas das quais estavam fora do radar dos programas sociais. Essa expansão, aliada à regra de proteção, reforça o compromisso do governo com a inclusão produtiva e a redução das desigualdades, mesmo diante de desafios fiscais.
