A Sexta-feira da Paixão, marcada para 18 de abril de 2025, é uma das datas mais significativas do calendário cristão, simbolizando a crucificação e morte de Jesus Cristo. Este feriado, parte integrante da Semana Santa, é um momento de reflexão, penitência e práticas religiosas que variam entre as diferentes denominações cristãs. Milhões de fiéis no Brasil e no mundo participam de celebrações que incluem missas, procissões e tradições alimentares, como a abstinência de carne vermelha e o consumo de peixe. A data, que antecede o Sábado de Aleluia e o Domingo de Páscoa, carrega profundas raízes históricas e espirituais, influenciando costumes que remontam aos primeiros séculos do cristianismo.
A tradição de evitar carne na Sexta-feira Santa está enraizada em preceitos de jejum e abstinência, práticas que remontam à Igreja primitiva. Para muitos cristãos, esse dia é uma oportunidade de se conectar espiritualmente com o sacrifício de Jesus, adotando uma postura de simplicidade e renúncia. O peixe, frequentemente consumido em substituição à carne, não é apenas uma alternativa prática, mas também um símbolo carregado de significado religioso, associado a milagres bíblicos e à própria identidade cristã.
No Brasil, a Sexta-feira Santa é feriado nacional, o que reforça sua importância cultural e religiosa. Além das práticas alimentares, as celebrações incluem eventos comunitários, como encenações da Paixão de Cristo e momentos de oração. A data também marca o ápice do Tríduo Pascal, período que abrange a Quinta-feira Santa, a Sexta-feira Santa e o Sábado de Aleluia, culminando na celebração da ressurreição no Domingo de Páscoa.
Significado histórico da Sexta-feira da Paixão
A Sexta-feira da Paixão ocupa um lugar central na tradição cristã, representando o dia em que Jesus foi crucificado, segundo os evangelhos. Este momento é visto como o cumprimento de profecias do Antigo Testamento e o ápice do sacrifício redentor de Cristo. Historicamente, a Igreja Católica, assim como outras denominações cristãs, estabeleceu práticas de penitência para marcar a data, incentivando os fiéis a refletirem sobre os sofrimentos de Jesus. A abstinência de carne vermelha, por exemplo, era uma forma de imitar a simplicidade e o sacrifício, enquanto o jejum reforçava a disciplina espiritual.
No contexto brasileiro, a Sexta-feira Santa ganhou contornos próprios, com influências das tradições portuguesas trazidas durante a colonização. Procissões, como a do Senhor Morto, e encenações da Via-Sacra são comuns em cidades históricas, como Ouro Preto, em Minas Gerais, e Paraty, no Rio de Janeiro. Essas celebrações atraem não apenas fiéis, mas também turistas interessados na riqueza cultural e religiosa do período.
- Jejum e abstinência: Práticas que simbolizam renúncia e reflexão, comuns entre católicos e algumas denominações protestantes.
- Procissões: Eventos que reúnem comunidades para relembrar a crucificação, com destaque para cidades históricas.
- Encenações: Representações teatrais da Paixão de Cristo, realizadas em igrejas e espaços públicos.
Por que o peixe é tradição?
O consumo de peixe na Sexta-feira Santa é uma prática que combina fatores religiosos, históricos e culturais. Diferentemente da carne vermelha, associada a refeições mais fartas e festivas, o peixe era considerado um alimento simples e acessível em muitas regiões, especialmente em comunidades costeiras. Essa escolha reflete a intenção de adotar uma alimentação mais humilde em um dia de luto e penitência. Além disso, o peixe carrega um simbolismo profundo no cristianismo, sendo associado a episódios bíblicos como a multiplicação dos pães e peixes, narrada nos evangelhos.
Outro aspecto relevante é a origem da palavra grega para peixe, “ichthys”, que se tornou um acrônimo para “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. Nos primeiros séculos do cristianismo, quando os cristãos enfrentavam perseguições, o símbolo do peixe era usado como um código secreto para identificar os fiéis. Essa conexão histórica reforça a preferência pelo peixe em datas como a Sexta-feira Santa, especialmente entre os católicos.
No Brasil, o consumo de peixe durante a Semana Santa movimenta mercados e feiras, com destaque para pratos tradicionais como a moqueca, o bacalhau à brás e a torta capixaba. Em regiões como o Nordeste, o peixe é frequentemente acompanhado de pirão e vegetais, enquanto no Sudeste, frutos do mar ganham destaque em receitas sofisticadas. Essa diversidade reflete a riqueza gastronômica do país, que adapta a tradição religiosa às particularidades regionais.

Como a data é calculada?
A Sexta-feira da Paixão, assim como toda a Semana Santa, tem sua data definida com base no calendário lunar, uma prática que remonta às tradições judaicas. A Páscoa cristã é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio de primavera no hemisfério norte, conhecido como equinócio vernal. A Sexta-feira Santa, por sua vez, ocorre dois dias antes do Domingo de Páscoa, marcando o início do Tríduo Pascal. Em 2025, a data foi estabelecida como 18 de abril, após cálculos que consideram o ciclo lunar e o calendário litúrgico.
Esse método de cálculo explica por que as datas da Semana Santa variam a cada ano. A Quarta-feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma, ocorre 46 dias antes do Domingo de Páscoa, logo após o Carnaval. Essa relação entre as datas religiosas e o calendário civil influencia feriados e eventos culturais no Brasil, como o próprio Carnaval, que é ajustado com base na Páscoa.
- Quarta-feira de Cinzas: Início da Quaresma, 46 dias antes da Páscoa.
- Tríduo Pascal: Período que inclui Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Sábado de Aleluia.
- Domingo de Páscoa: Celebrado no primeiro domingo após a lua cheia do equinócio vernal.
Tradições regionais no Brasil
No Brasil, a Sexta-feira Santa é marcada por uma diversidade de celebrações que refletem a pluralidade cultural do país. Em cidades como Salvador, na Bahia, procissões silenciosas percorrem as ruas do centro histórico, com fiéis carregando imagens de Jesus crucificado. Já em São Paulo, paróquias organizam encenações da Paixão que atraem milhares de espectadores. No Rio de Janeiro, a Arquidiocese promove missas solenes, enquanto comunidades litorâneas incorporam o consumo de frutos do mar às tradições religiosas.
A influência indígena e africana também está presente em algumas celebrações, especialmente em regiões como o Amazonas e o Maranhão. Em Manaus, por exemplo, comunidades ribeirinhas combinam rituais católicos com elementos da cultura local, como o uso de ervas e cânticos tradicionais. Essas práticas destacam a capacidade do Brasil de integrar diferentes tradições em um único evento religioso.
Além das celebrações públicas, muitas famílias mantêm costumes domésticos, como a preparação de refeições sem carne e a participação em momentos de oração. A Sexta-feira Santa também é um momento de solidariedade, com campanhas de arrecadação de alimentos e ações sociais promovidas por igrejas e organizações comunitárias.
Impacto econômico da Semana Santa
A Semana Santa, especialmente a Sexta-feira Santa, tem um impacto significativo na economia brasileira, impulsionando setores como o turismo, a gastronomia e o comércio. Cidades históricas, como Tiradentes, em Minas Gerais, e Goiás Velho, em Goiás, recebem milhares de visitantes durante o feriado, o que beneficia hotéis, restaurantes e artesãos locais. O turismo religioso também é destaque em destinos como Aparecida, em São Paulo, onde o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida atrai peregrinos de todo o país.
O mercado de peixes e frutos do mar registra um aumento expressivo nas vendas durante a Semana Santa. Em 2024, estimativas apontaram que o consumo de peixe no Brasil cresceu cerca de 20% no período, com destaque para espécies como tilápia, sardinha e bacalhau. Feiras como o Mercado Ver-o-Peso, em Belém, e o Mercado São Pedro, em Niterói, tornam-se pontos de grande movimento, oferecendo uma variedade de produtos frescos para as refeições da Sexta-feira Santa.
- Turismo religioso: Cidades históricas e santuários atraem milhões de visitantes.
- Comércio de peixes: Aumento de 20% nas vendas durante a Semana Santa.
- Eventos culturais: Procissões e encenações impulsionam a economia local.
Práticas espirituais e jejum
A Sexta-feira da Paixão é um dia de práticas espirituais intensas para os cristãos, com foco na penitência e na contemplação do sacrifício de Jesus. O jejum, que pode ser total ou parcial, é uma prática comum entre católicos, especialmente na faixa etária de 18 a 59 anos, conforme orientações da Igreja Católica. A abstinência de carne, por sua vez, é recomendada para todos os fiéis a partir dos 14 anos, exceto em casos de problemas de saúde.
Essas práticas têm raízes na tradição judaica, que também valorizava o jejum como forma de purificação espiritual. No cristianismo, o jejum ganhou um caráter de solidariedade, com muitos fiéis optando por doar o valor economizado com refeições para causas sociais. Em paróquias brasileiras, é comum a realização de campanhas de arrecadação durante a Quaresma, destinadas a apoiar comunidades carentes.
Além do jejum, a Sexta-feira Santa é marcada por momentos de silêncio e oração. Igrejas permanecem sem adornos, com altares simples, para refletir o luto pela morte de Cristo. A liturgia da Paixão, realizada à tarde, inclui a leitura dos evangelhos, a adoração da cruz e a comunhão, reforçando o caráter solene da data.
Diferenças entre denominações cristãs
Embora a Sexta-feira Santa seja amplamente celebrada pelos cristãos, as práticas variam entre as diferentes denominações. Para os católicos, a data é marcada por rituais litúrgicos específicos, como a celebração da Paixão e a Via-Sacra. Já entre os protestantes, especialmente os evangélicos, a ênfase está em cultos de reflexão e pregações sobre a crucificação, sem a mesma ênfase em jejum ou abstinência de carne.
Ortodoxos, por sua vez, seguem um calendário litúrgico diferente, com a Páscoa frequentemente celebrada em datas distintas do calendário ocidental. Suas práticas incluem jejuns mais rigorosos durante a Quaresma, com restrições que vão além da carne, abrangendo laticínios e outros alimentos. Essas diferenças refletem a diversidade do cristianismo, que, apesar de compartilhar a mesma fé, adapta suas tradições a contextos históricos e culturais.
No Brasil, onde o catolicismo ainda é a religião majoritária, as práticas católicas predominam, mas o crescimento das igrejas evangélicas tem diversificado as celebrações. Em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, é comum encontrar cultos evangélicos com grande participação de jovens, que utilizam música e tecnologia para engajar os fiéis.
Calendário da Semana Santa 2025
A Semana Santa de 2025 seguirá o calendário litúrgico tradicional, com datas definidas com base no ciclo lunar. Abaixo, as principais datas do período:
- 13 de abril: Domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus em Jerusalém.
- 17 de abril: Quinta-feira Santa, com a celebração da Última Ceia e o lava-pés.
- 18 de abril: Sexta-feira Santa, dia da crucificação e feriado nacional.
- 19 de abril: Sábado de Aleluia, com a Vigília Pascal à noite.
- 20 de abril: Domingo de Páscoa, celebrando a ressurreição de Cristo.
Essas datas orientam as celebrações religiosas e também influenciam o calendário de feriados no Brasil. A Sexta-feira Santa, como feriado nacional, permite que milhões de brasileiros participem das celebrações ou aproveitem o dia para viajar e descansar.
Legado cultural da Sexta-feira Santa
A Sexta-feira da Paixão não é apenas um evento religioso, mas também um marco cultural que molda a identidade de comunidades em todo o Brasil. Em cidades como Recife, a encenação da Paixão de Cristo no bairro de Casa Amarela é um dos maiores eventos ao ar livre do país, reunindo milhares de espectadores. Em Nova Jerusalém, Pernambuco, o espetáculo teatral ao ar livre atrai turistas de diversas regiões, combinando fé, arte e turismo.
A data também inspira manifestações artísticas, como a produção de esculturas religiosas, pinturas e músicas sacras. No interior do Brasil, artesãos aproveitam o período para vender imagens de santos e cruzes, enquanto músicos apresentam composições inspiradas na Paixão. Essas expressões culturais reforçam o caráter multifacetado da Sexta-feira Santa, que transcende o âmbito religioso.
A influência da data se estende ao comportamento social, com muitas pessoas optando por evitar atividades festivas ou de lazer em respeito ao luto cristão. Essa prática, embora menos comum entre as gerações mais jovens, ainda é observada em comunidades tradicionais, especialmente em áreas rurais.

A Sexta-feira da Paixão, marcada para 18 de abril de 2025, é uma das datas mais significativas do calendário cristão, simbolizando a crucificação e morte de Jesus Cristo. Este feriado, parte integrante da Semana Santa, é um momento de reflexão, penitência e práticas religiosas que variam entre as diferentes denominações cristãs. Milhões de fiéis no Brasil e no mundo participam de celebrações que incluem missas, procissões e tradições alimentares, como a abstinência de carne vermelha e o consumo de peixe. A data, que antecede o Sábado de Aleluia e o Domingo de Páscoa, carrega profundas raízes históricas e espirituais, influenciando costumes que remontam aos primeiros séculos do cristianismo.
A tradição de evitar carne na Sexta-feira Santa está enraizada em preceitos de jejum e abstinência, práticas que remontam à Igreja primitiva. Para muitos cristãos, esse dia é uma oportunidade de se conectar espiritualmente com o sacrifício de Jesus, adotando uma postura de simplicidade e renúncia. O peixe, frequentemente consumido em substituição à carne, não é apenas uma alternativa prática, mas também um símbolo carregado de significado religioso, associado a milagres bíblicos e à própria identidade cristã.
No Brasil, a Sexta-feira Santa é feriado nacional, o que reforça sua importância cultural e religiosa. Além das práticas alimentares, as celebrações incluem eventos comunitários, como encenações da Paixão de Cristo e momentos de oração. A data também marca o ápice do Tríduo Pascal, período que abrange a Quinta-feira Santa, a Sexta-feira Santa e o Sábado de Aleluia, culminando na celebração da ressurreição no Domingo de Páscoa.
Significado histórico da Sexta-feira da Paixão
A Sexta-feira da Paixão ocupa um lugar central na tradição cristã, representando o dia em que Jesus foi crucificado, segundo os evangelhos. Este momento é visto como o cumprimento de profecias do Antigo Testamento e o ápice do sacrifício redentor de Cristo. Historicamente, a Igreja Católica, assim como outras denominações cristãs, estabeleceu práticas de penitência para marcar a data, incentivando os fiéis a refletirem sobre os sofrimentos de Jesus. A abstinência de carne vermelha, por exemplo, era uma forma de imitar a simplicidade e o sacrifício, enquanto o jejum reforçava a disciplina espiritual.
No contexto brasileiro, a Sexta-feira Santa ganhou contornos próprios, com influências das tradições portuguesas trazidas durante a colonização. Procissões, como a do Senhor Morto, e encenações da Via-Sacra são comuns em cidades históricas, como Ouro Preto, em Minas Gerais, e Paraty, no Rio de Janeiro. Essas celebrações atraem não apenas fiéis, mas também turistas interessados na riqueza cultural e religiosa do período.
- Jejum e abstinência: Práticas que simbolizam renúncia e reflexão, comuns entre católicos e algumas denominações protestantes.
- Procissões: Eventos que reúnem comunidades para relembrar a crucificação, com destaque para cidades históricas.
- Encenações: Representações teatrais da Paixão de Cristo, realizadas em igrejas e espaços públicos.
Por que o peixe é tradição?
O consumo de peixe na Sexta-feira Santa é uma prática que combina fatores religiosos, históricos e culturais. Diferentemente da carne vermelha, associada a refeições mais fartas e festivas, o peixe era considerado um alimento simples e acessível em muitas regiões, especialmente em comunidades costeiras. Essa escolha reflete a intenção de adotar uma alimentação mais humilde em um dia de luto e penitência. Além disso, o peixe carrega um simbolismo profundo no cristianismo, sendo associado a episódios bíblicos como a multiplicação dos pães e peixes, narrada nos evangelhos.
Outro aspecto relevante é a origem da palavra grega para peixe, “ichthys”, que se tornou um acrônimo para “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. Nos primeiros séculos do cristianismo, quando os cristãos enfrentavam perseguições, o símbolo do peixe era usado como um código secreto para identificar os fiéis. Essa conexão histórica reforça a preferência pelo peixe em datas como a Sexta-feira Santa, especialmente entre os católicos.
No Brasil, o consumo de peixe durante a Semana Santa movimenta mercados e feiras, com destaque para pratos tradicionais como a moqueca, o bacalhau à brás e a torta capixaba. Em regiões como o Nordeste, o peixe é frequentemente acompanhado de pirão e vegetais, enquanto no Sudeste, frutos do mar ganham destaque em receitas sofisticadas. Essa diversidade reflete a riqueza gastronômica do país, que adapta a tradição religiosa às particularidades regionais.

Como a data é calculada?
A Sexta-feira da Paixão, assim como toda a Semana Santa, tem sua data definida com base no calendário lunar, uma prática que remonta às tradições judaicas. A Páscoa cristã é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio de primavera no hemisfério norte, conhecido como equinócio vernal. A Sexta-feira Santa, por sua vez, ocorre dois dias antes do Domingo de Páscoa, marcando o início do Tríduo Pascal. Em 2025, a data foi estabelecida como 18 de abril, após cálculos que consideram o ciclo lunar e o calendário litúrgico.
Esse método de cálculo explica por que as datas da Semana Santa variam a cada ano. A Quarta-feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma, ocorre 46 dias antes do Domingo de Páscoa, logo após o Carnaval. Essa relação entre as datas religiosas e o calendário civil influencia feriados e eventos culturais no Brasil, como o próprio Carnaval, que é ajustado com base na Páscoa.
- Quarta-feira de Cinzas: Início da Quaresma, 46 dias antes da Páscoa.
- Tríduo Pascal: Período que inclui Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Sábado de Aleluia.
- Domingo de Páscoa: Celebrado no primeiro domingo após a lua cheia do equinócio vernal.
Tradições regionais no Brasil
No Brasil, a Sexta-feira Santa é marcada por uma diversidade de celebrações que refletem a pluralidade cultural do país. Em cidades como Salvador, na Bahia, procissões silenciosas percorrem as ruas do centro histórico, com fiéis carregando imagens de Jesus crucificado. Já em São Paulo, paróquias organizam encenações da Paixão que atraem milhares de espectadores. No Rio de Janeiro, a Arquidiocese promove missas solenes, enquanto comunidades litorâneas incorporam o consumo de frutos do mar às tradições religiosas.
A influência indígena e africana também está presente em algumas celebrações, especialmente em regiões como o Amazonas e o Maranhão. Em Manaus, por exemplo, comunidades ribeirinhas combinam rituais católicos com elementos da cultura local, como o uso de ervas e cânticos tradicionais. Essas práticas destacam a capacidade do Brasil de integrar diferentes tradições em um único evento religioso.
Além das celebrações públicas, muitas famílias mantêm costumes domésticos, como a preparação de refeições sem carne e a participação em momentos de oração. A Sexta-feira Santa também é um momento de solidariedade, com campanhas de arrecadação de alimentos e ações sociais promovidas por igrejas e organizações comunitárias.
Impacto econômico da Semana Santa
A Semana Santa, especialmente a Sexta-feira Santa, tem um impacto significativo na economia brasileira, impulsionando setores como o turismo, a gastronomia e o comércio. Cidades históricas, como Tiradentes, em Minas Gerais, e Goiás Velho, em Goiás, recebem milhares de visitantes durante o feriado, o que beneficia hotéis, restaurantes e artesãos locais. O turismo religioso também é destaque em destinos como Aparecida, em São Paulo, onde o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida atrai peregrinos de todo o país.
O mercado de peixes e frutos do mar registra um aumento expressivo nas vendas durante a Semana Santa. Em 2024, estimativas apontaram que o consumo de peixe no Brasil cresceu cerca de 20% no período, com destaque para espécies como tilápia, sardinha e bacalhau. Feiras como o Mercado Ver-o-Peso, em Belém, e o Mercado São Pedro, em Niterói, tornam-se pontos de grande movimento, oferecendo uma variedade de produtos frescos para as refeições da Sexta-feira Santa.
- Turismo religioso: Cidades históricas e santuários atraem milhões de visitantes.
- Comércio de peixes: Aumento de 20% nas vendas durante a Semana Santa.
- Eventos culturais: Procissões e encenações impulsionam a economia local.
Práticas espirituais e jejum
A Sexta-feira da Paixão é um dia de práticas espirituais intensas para os cristãos, com foco na penitência e na contemplação do sacrifício de Jesus. O jejum, que pode ser total ou parcial, é uma prática comum entre católicos, especialmente na faixa etária de 18 a 59 anos, conforme orientações da Igreja Católica. A abstinência de carne, por sua vez, é recomendada para todos os fiéis a partir dos 14 anos, exceto em casos de problemas de saúde.
Essas práticas têm raízes na tradição judaica, que também valorizava o jejum como forma de purificação espiritual. No cristianismo, o jejum ganhou um caráter de solidariedade, com muitos fiéis optando por doar o valor economizado com refeições para causas sociais. Em paróquias brasileiras, é comum a realização de campanhas de arrecadação durante a Quaresma, destinadas a apoiar comunidades carentes.
Além do jejum, a Sexta-feira Santa é marcada por momentos de silêncio e oração. Igrejas permanecem sem adornos, com altares simples, para refletir o luto pela morte de Cristo. A liturgia da Paixão, realizada à tarde, inclui a leitura dos evangelhos, a adoração da cruz e a comunhão, reforçando o caráter solene da data.
Diferenças entre denominações cristãs
Embora a Sexta-feira Santa seja amplamente celebrada pelos cristãos, as práticas variam entre as diferentes denominações. Para os católicos, a data é marcada por rituais litúrgicos específicos, como a celebração da Paixão e a Via-Sacra. Já entre os protestantes, especialmente os evangélicos, a ênfase está em cultos de reflexão e pregações sobre a crucificação, sem a mesma ênfase em jejum ou abstinência de carne.
Ortodoxos, por sua vez, seguem um calendário litúrgico diferente, com a Páscoa frequentemente celebrada em datas distintas do calendário ocidental. Suas práticas incluem jejuns mais rigorosos durante a Quaresma, com restrições que vão além da carne, abrangendo laticínios e outros alimentos. Essas diferenças refletem a diversidade do cristianismo, que, apesar de compartilhar a mesma fé, adapta suas tradições a contextos históricos e culturais.
No Brasil, onde o catolicismo ainda é a religião majoritária, as práticas católicas predominam, mas o crescimento das igrejas evangélicas tem diversificado as celebrações. Em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, é comum encontrar cultos evangélicos com grande participação de jovens, que utilizam música e tecnologia para engajar os fiéis.
Calendário da Semana Santa 2025
A Semana Santa de 2025 seguirá o calendário litúrgico tradicional, com datas definidas com base no ciclo lunar. Abaixo, as principais datas do período:
- 13 de abril: Domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus em Jerusalém.
- 17 de abril: Quinta-feira Santa, com a celebração da Última Ceia e o lava-pés.
- 18 de abril: Sexta-feira Santa, dia da crucificação e feriado nacional.
- 19 de abril: Sábado de Aleluia, com a Vigília Pascal à noite.
- 20 de abril: Domingo de Páscoa, celebrando a ressurreição de Cristo.
Essas datas orientam as celebrações religiosas e também influenciam o calendário de feriados no Brasil. A Sexta-feira Santa, como feriado nacional, permite que milhões de brasileiros participem das celebrações ou aproveitem o dia para viajar e descansar.
Legado cultural da Sexta-feira Santa
A Sexta-feira da Paixão não é apenas um evento religioso, mas também um marco cultural que molda a identidade de comunidades em todo o Brasil. Em cidades como Recife, a encenação da Paixão de Cristo no bairro de Casa Amarela é um dos maiores eventos ao ar livre do país, reunindo milhares de espectadores. Em Nova Jerusalém, Pernambuco, o espetáculo teatral ao ar livre atrai turistas de diversas regiões, combinando fé, arte e turismo.
A data também inspira manifestações artísticas, como a produção de esculturas religiosas, pinturas e músicas sacras. No interior do Brasil, artesãos aproveitam o período para vender imagens de santos e cruzes, enquanto músicos apresentam composições inspiradas na Paixão. Essas expressões culturais reforçam o caráter multifacetado da Sexta-feira Santa, que transcende o âmbito religioso.
A influência da data se estende ao comportamento social, com muitas pessoas optando por evitar atividades festivas ou de lazer em respeito ao luto cristão. Essa prática, embora menos comum entre as gerações mais jovens, ainda é observada em comunidades tradicionais, especialmente em áreas rurais.
