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19 Apr 2025, Sat

Possível saída de Verstappen da Red Bull por US$ 1,7 bilhão com a Aston Martin abala a Fórmula 1

Verstappen


A Fórmula 1 vive um momento de especulações intensas com a possibilidade de uma das maiores transferências da história do esporte. Max Verstappen, tetracampeão mundial e atual piloto da RBR, está no centro das atenções após uma proposta monumental da Aston Martin, avaliada em 264 milhões de euros (cerca de R$ 1,7 bilhão) por um contrato de três anos. A oferta, que seria financiada pelo poderoso fundo soberano da Arábia Saudita, o Public Investment Fund (PIF), promete redefinir o mercado de pilotos na categoria. A negociação ocorre em um contexto de transformações na Aston Martin, que pode passar por uma mudança de comando com a possível venda da equipe pelo magnata canadense Lawrence Stroll. Enquanto isso, o GP da Arábia Saudita, quinta etapa da temporada 2025, se aproxima, trazendo ainda mais foco para as movimentações fora das pistas.

A proposta astronômica para Verstappen reflete o crescente interesse da Arábia Saudita em consolidar sua presença na Fórmula 1. O PIF, conhecido por investimentos bilionários em esportes como futebol e golfe, vê na aquisição da Aston Martin e na contratação do holandês uma oportunidade de elevar o status da equipe no grid. A negociação, descrita como o “negócio do século” por veículos especializados, envolve não apenas valores financeiros recordes, mas também a promessa de um projeto técnico ambicioso, com a chegada do renomado engenheiro Adrian Newey em 2026 e a nova geração de motores fornecida pela Honda.

Verstappen, que conquistou quatro títulos mundiais consecutivos entre 2021 e 2024, enfrenta um momento de transição na RBR. A equipe austríaca, apesar de seu domínio recente, apresentou dificuldades na temporada 2025, com o holandês terminando o GP do Bahrein em sexto lugar, caindo para a terceira posição no Mundial de Pilotos. A instabilidade da RBR, aliada às ambições do piloto de 27 anos, alimenta as especulações sobre sua saída ao final do contrato, que se encerra em 2028, mas inclui cláusulas de rescisão.

O peso do fundo saudita na Fórmula 1

O envolvimento do PIF na Fórmula 1 não é novidade. O fundo já tem uma presença significativa no esporte, com patrocínios à Aston Martin por meio da estatal petrolífera Aramco e da mineradora saudita Ma’aden. A possível aquisição da equipe de Lawrence Stroll, que continuaria como acionista minoritário, representa um passo além, colocando a Arábia Saudita no centro das decisões estratégicas de uma escuderia. A negociação, que ainda depende de acordos finais, é vista como um marco para a expansão da influência saudita na categoria.

O PIF tem um histórico de investimentos ousados no esporte global. No futebol, o fundo atraiu Cristiano Ronaldo para o Al Nassr com um contrato de 200 milhões de euros por dois anos. No golfe, assinou com Jon Rahm, número um do ranking mundial, por 500 milhões de euros. Esses movimentos demonstram a capacidade financeira do fundo para atrair os maiores nomes do esporte, e Verstappen, com sua trajetória vitoriosa, encaixa-se perfeitamente nesse perfil. A proposta para o holandês inclui não apenas um salário recorde, mas também garantias de competitividade técnica, com a Aston Martin buscando se posicionar como uma força dominante a partir de 2026.

A Arábia Saudita já sedia o GP de Jeddah desde 2021, consolidando sua posição no calendário da Fórmula 1. A pista de 6,174 km, a segunda mais longa do campeonato, é conhecida por suas altas velocidades e curvas desafiadoras. A etapa de 2025, marcada para 20 de abril, será a quinta da temporada, encerrando a primeira rodada tripla do ano, que incluiu Austrália, China, Japão e Bahrein. Verstappen, que venceu as últimas duas edições do GP da Arábia Saudita, é o maior vencedor da prova, com dois triunfos.

Por que Verstappen considera a mudança?

A decisão de Verstappen sobre seu futuro na Fórmula 1 é influenciada por diversos fatores. Na RBR, o holandês enfrentou desafios técnicos em 2025, com problemas de equilíbrio no carro e pit stops lentos, como os 6 segundos registrados no GP do Bahrein. Esses contratempos resultaram em uma temporada menos dominante, com o piloto sendo superado por Oscar Piastri, da McLaren, na última corrida. Piastri, que venceu no Bahrein, assumiu a vice-liderança do Mundial com 74 pontos, apenas cinco à frente de Verstappen, enquanto Lando Norris lidera com 77 pontos.

Além das questões técnicas, a instabilidade interna na RBR também pesa. Discussões entre o empresário de Verstappen, Raymond Vermeulen, e o consultor Helmut Marko após o GP do Bahrein expuseram tensões na equipe. Marko admitiu preocupação com a possibilidade de não oferecer condições para Verstappen disputar o título em 2025, enquanto o chefe Christian Horner lamentou o desempenho abaixo do esperado. Esses fatores podem estar impulsionando o tetracampeão a considerar novas oportunidades.

A Aston Martin, por sua vez, apresenta um projeto atraente. A equipe, que atualmente conta com Fernando Alonso e Lance Stroll, terminou o GP do Bahrein sem pontos, com Alonso em 15º e Stroll em 17º. No entanto, a chegada de Adrian Newey, um dos maiores projetistas da história da Fórmula 1, é vista como um divisor de águas. Newey, que deixou a RBR em 2025, começará a trabalhar no carro de 2026 da Aston Martin, aproveitando as novas regulamentações técnicas da categoria. Além disso, a parceria com a Honda, que fornecerá motores a partir de 2026, reforça as ambições da equipe.

  • Fatores que atraem Verstappen para a Aston Martin:
  • Proposta financeira de 264 milhões de euros por três anos.
  • Chegada de Adrian Newey para liderar o projeto técnico de 2026.
  • Parceria com a Honda, que já rendeu títulos com Verstappen na RBR.
  • Investimento maciço do PIF para transformar a equipe em protagonista.

O impacto de uma possível transferência

Uma mudança de Verstappen para a Aston Martin teria consequências profundas na Fórmula 1. O holandês, que acumula 63 vitórias e 100 pódios na carreira, é o principal nome da categoria na atualidade. Sua saída da RBR, onde conquistou todos os seus títulos, seria um golpe para a equipe austríaca, que já enfrenta dificuldades para manter o domínio de anos anteriores. A RBR terminou o GP do Bahrein com Verstappen em sexto e Yuki Tsunoda em nono, longe do desempenho esperado.

Para a Aston Martin, a contratação de Verstappen representaria um salto de competitividade e visibilidade. A equipe, que não venceu corridas desde sua reentrada na Fórmula 1 em 2021, busca se estabelecer como uma força de ponta. O investimento do PIF, aliado à expertise de Newey e à experiência de Verstappen, poderia reposicionar a Aston Martin como candidata ao título a partir de 2026, quando as novas regras de motores e aerodinâmica entram em vigor.

A possível transferência também levanta questões sobre o futuro de Fernando Alonso, cujo contrato com a Aston Martin termina em 2026. Alonso, bicampeão mundial, tem sido o principal ativo da equipe, mas sua continuidade dependerá das negociações com o PIF e da estratégia para acomodar Verstappen. Lance Stroll, filho de Lawrence Stroll, também enfrenta pressão para justificar sua vaga, especialmente com a chegada de um piloto do calibre de Verstappen.

O cenário competitivo em 2025

Enquanto as negociações fora das pistas agitam a Fórmula 1, a temporada 2025 segue com disputas acirradas. A McLaren lidera o Mundial de Construtores com 151 pontos, quase o dobro da Mercedes, que soma 93. A RBR, com 71 pontos, está em terceiro, seguida pela Ferrari, com 57. Entre os pilotos, Lando Norris mantém a liderança com 77 pontos, seguido por Piastri (74) e Verstappen (69). George Russell, da Mercedes, aparece em quarto com 63 pontos, enquanto Charles Leclerc, da Ferrari, tem 32.

O GP do Bahrein, disputado em 13 de abril, destacou a força da McLaren. Oscar Piastri dominou a prova, conquistando a pole position, a volta mais rápida e a vitória, um feito conhecido como “hat-trick”. Lando Norris, apesar de uma penalidade de cinco segundos por largar fora de sua posição, terminou em terceiro, garantindo um pódio duplo para a equipe. A Ferrari também teve um desempenho sólido, com Leclerc em quarto e Lewis Hamilton em quinto, o melhor resultado do heptacampeão com a escuderia italiana até o momento.

A Mercedes, por sua vez, mostrou consistência com George Russell em segundo, mas ainda não alcança o ritmo da McLaren. Russell destacou a superioridade da equipe britânica, enquanto Hamilton, agora na Ferrari, afirmou estar mais adaptado ao carro após o Bahrein. A Sauber, representada pelo brasileiro Gabriel Bortoleto, enfrenta dificuldades, com o piloto terminando em 18º e reclamando da falta de aderência do carro.

O que esperar do GP da Arábia Saudita

O Circuito de Jeddah-Corniche, com suas 27 curvas e velocidade média de 250 km/h, promete ser um desafio para as equipes. A pista, que estreou em 2021, favorece carros com boa eficiência aerodinâmica e potência de motor, características que a McLaren tem explorado com sucesso em 2025. Verstappen, que venceu em Jeddah em 2023 e 2024, buscará recuperar o terreno perdido no Bahrein, mas enfrentará a forte concorrência de Piastri e Norris.

A Ferrari, com um novo assoalho introduzido no Bahrein, está otimista para a prova. Leclerc, que largou em segundo em Sakhir, acredita que a equipe pode brigar por pódios, enquanto Hamilton projeta melhorias após entender melhor o carro. A Mercedes, com Russell e o estreante Andrea Kimi Antonelli, também espera se aproximar da McLaren, embora o italiano tenha terminado fora dos pontos no Bahrein.

  • Horários do GP da Arábia Saudita 2025:
  • Sexta-feira, 18 de abril: Treino livre 1 (10h30) e Treino livre 2 (14h30).
  • Sábado, 19 de abril: Treino livre 3 (11h30) e Classificação (15h).
  • Domingo, 20 de abril: Corrida (15h).

A influência do PIF no esporte global

O interesse do PIF na Aston Martin reflete uma estratégia mais ampla da Arábia Saudita para se posicionar como Usa o termo “sportswashing” para descrever esforços de governos ou empresas para melhorar sua imagem pública através de associações com esportes. A aquisição de clubes de futebol, como o Newcastle United, na Premier League, e a promoção de eventos de boxe e MMA em solo saudita são exemplos claros. Na Fórmula 1, o patrocínio da Aramco e a possível compra da Aston Martin reforçam essa tendência.

A entrada de capitais sauditas no esporte também levanta debates éticos. Críticos apontam que esses investimentos buscam desviar a atenção de questões relacionadas a direitos humanos no país. No entanto, a injeção de recursos tem transformado mercados esportivos, atraindo estrelas globais e elevando o nível de competitividade. Na Fórmula 1, a presença saudita já trouxe benefícios, como a modernização do GP de Jeddah, que se consolidou como uma das corridas mais emocionantes do calendário.

O envolvimento do PIF na Aston Martin pode acelerar o desenvolvimento da equipe, que enfrenta dificuldades técnicas em 2025. A escuderia, que terminou o GP do Bahrein sem pontos, precisa de investimentos para melhorar o carro e atrair talentos como Verstappen. A possível venda de Lawrence Stroll, que transformou a antiga Force India em uma equipe competitiva, marca o início de uma nova era para a Aston Martin.

Verstappen e o futuro da Fórmula 1

A eventual transferência de Verstappen para a Aston Martin seria um marco na história da Fórmula 1, comparable à mudança de Lewis Hamilton para a Mercedes em 2013. O holandês, que estreou na categoria em 2015, aos 17 anos, construiu uma carreira meteórica, com vitórias em pistas icônicas como Mônaco, Spa e Silverstone. Sua habilidade em extrair o máximo do carro, mesmo em condições adversas, o coloca como um dos maiores pilotos da atualidade.

A decisão de Verstappen também pode influenciar o mercado de pilotos. Com Alonso e Stroll sob pressão na Aston Martin, e a RBR precisando definir o substituto do holandês, equipes como Mercedes e Ferrari monitoram o cenário. A Mercedes, que tem Antonelli como aposta para o futuro, descartou uma oferta por Verstappen, enquanto a Ferrari foca na consolidação de Leclerc e Hamilton.

A temporada 2025, com apenas quatro corridas disputadas, já mostra um equilíbrio maior entre as equipes. A McLaren lidera com autoridade, mas Mercedes, Ferrari e RBR têm potencial para reagir. O GP da Arábia Saudita será um teste crucial para Verstappen, que precisa de um resultado forte para recuperar a confiança na RBR e manter viva sua luta pelo pentacampeonato.

Números que definem a negociação

A proposta da Aston Martin para Verstappen é um reflexo do poder financeiro do PIF e da ambição saudita na Fórmula 1. Alguns dados destacam a magnitude do acordo:

  • Valor do contrato: 264 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão) por três anos, o maior da história da F1.
  • Salário anual: Cerca de 88 milhões de euros, superando os 70 milhões pagos a Hamilton na Mercedes em 2024.
  • Investimento do PIF: O fundo gerencia ativos avaliados em mais de 700 bilhões de dólares.
  • Impacto na Aston Martin: A equipe, que faturou 10 pontos em 2025, poderia triplicar seu orçamento com o aporte saudita.

O que está em jogo em Jeddah

O GP da Arábia Saudita será mais do que uma corrida. Com as negociações de Verstappen em destaque, a prova ganhará holofotes adicionais. A pista de Jeddah, com suas longas retas e curvas de alta velocidade, exige precisão e coragem, qualidades que Verstappen demonstrou ao vencer em 2023 e 2024. No entanto, a McLaren, com Piastri e Norris em grande fase, é a favorita após o domínio no Bahrein.

A Ferrari, que apresentou melhorias no carro, busca seu primeiro pódio em Jeddah, enquanto a Mercedes aposta na consistência de Russell para se aproximar da liderança. Para a Aston Martin, a corrida é uma chance de mostrar evolução, mesmo com um carro limitado. Alonso, que terminou em quinto no GP da Arábia Saudita de 2024, tentará repetir o feito, enquanto Stroll precisa pontuar para aliviar a pressão.

O brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber, enfrenta um desafio ainda maior. Após uma corrida decepcionante no Bahrein, onde terminou em 18º, o piloto de 20 anos admitiu dificuldades com o carro. Jeddah, com suas exigências técnicas, será um teste de resiliência para o estreante, que busca seus primeiros pontos na Fórmula 1.

A nova era da Aston Martin

A possível aquisição da Aston Martin pelo PIF marca o início de um projeto de longo prazo. A equipe, que já conta com uma fábrica moderna em Silverstone, planeja expandir suas operações com o aporte saudita. A chegada de Adrian Newey, que projetou carros campeões para Williams, McLaren e RBR, é um sinal claro das ambições da escuderia.

O envolvimento da Honda, que retorna como fornecedora de motores em 2026, também é um fator crucial. Verstappen, que venceu três de seus quatro títulos com motores Honda, confia na capacidade da montadora japonesa para entregar unidades competitivas. A combinação de Newey, Honda e Verstappen poderia transformar a Aston Martin em uma potência, desafiando o domínio de equipes como McLaren e Mercedes.

A venda de Lawrence Stroll, que adquiriu a equipe em 2018, reflete a confiança do canadense no potencial do projeto. Stroll, que investiu milhões para modernizar a Aston Martin, deve permanecer como acionista minoritário, garantindo influência nos bastidores. A transição, no entanto, exigirá negociações delicadas, especialmente para alinhar os interesses do PIF e dos patrocinadores atuais, como a Aramco.

O impacto global da Fórmula 1

A Fórmula 1 vive um momento de crescimento global, com corridas em novos mercados e audiência recorde. A entrada de capitais sauditas reforça a tendência de internacionalização da categoria, que já conta com GPs na Ásia, Oriente Médio e Américas. A Arábia Saudita, com sua infraestrutura moderna e eventos de alto nível, tornou-se um pilar do calendário, atraindo fãs e investidores.

A possível transferência de Verstappen para a Aston Martin também destaca a evolução financeira da Fórmula 1. Nos anos 2000, contratos de pilotos raramente superavam 20 milhões de dólares por ano. Hoje, com o aumento das receitas de patrocínios e direitos de transmissão, os salários de astros como Verstappen e Hamilton alcançam patamares inéditos. O investimento do PIF na Aston Martin pode elevar ainda mais esses números, transformando a categoria em um mercado de bilhões de dólares.

A temporada 2025, com suas disputas intensas e negociações históricas, promete ser um divisor de águas para a Fórmula 1. Verstappen, no centro dessas mudanças, terá a chance de moldar o futuro da categoria, seja na RBR ou na Aston Martin. O GP da Arábia Saudita, com sua atmosfera única, será o próximo capítulo dessa saga.



A Fórmula 1 vive um momento de especulações intensas com a possibilidade de uma das maiores transferências da história do esporte. Max Verstappen, tetracampeão mundial e atual piloto da RBR, está no centro das atenções após uma proposta monumental da Aston Martin, avaliada em 264 milhões de euros (cerca de R$ 1,7 bilhão) por um contrato de três anos. A oferta, que seria financiada pelo poderoso fundo soberano da Arábia Saudita, o Public Investment Fund (PIF), promete redefinir o mercado de pilotos na categoria. A negociação ocorre em um contexto de transformações na Aston Martin, que pode passar por uma mudança de comando com a possível venda da equipe pelo magnata canadense Lawrence Stroll. Enquanto isso, o GP da Arábia Saudita, quinta etapa da temporada 2025, se aproxima, trazendo ainda mais foco para as movimentações fora das pistas.

A proposta astronômica para Verstappen reflete o crescente interesse da Arábia Saudita em consolidar sua presença na Fórmula 1. O PIF, conhecido por investimentos bilionários em esportes como futebol e golfe, vê na aquisição da Aston Martin e na contratação do holandês uma oportunidade de elevar o status da equipe no grid. A negociação, descrita como o “negócio do século” por veículos especializados, envolve não apenas valores financeiros recordes, mas também a promessa de um projeto técnico ambicioso, com a chegada do renomado engenheiro Adrian Newey em 2026 e a nova geração de motores fornecida pela Honda.

Verstappen, que conquistou quatro títulos mundiais consecutivos entre 2021 e 2024, enfrenta um momento de transição na RBR. A equipe austríaca, apesar de seu domínio recente, apresentou dificuldades na temporada 2025, com o holandês terminando o GP do Bahrein em sexto lugar, caindo para a terceira posição no Mundial de Pilotos. A instabilidade da RBR, aliada às ambições do piloto de 27 anos, alimenta as especulações sobre sua saída ao final do contrato, que se encerra em 2028, mas inclui cláusulas de rescisão.

O peso do fundo saudita na Fórmula 1

O envolvimento do PIF na Fórmula 1 não é novidade. O fundo já tem uma presença significativa no esporte, com patrocínios à Aston Martin por meio da estatal petrolífera Aramco e da mineradora saudita Ma’aden. A possível aquisição da equipe de Lawrence Stroll, que continuaria como acionista minoritário, representa um passo além, colocando a Arábia Saudita no centro das decisões estratégicas de uma escuderia. A negociação, que ainda depende de acordos finais, é vista como um marco para a expansão da influência saudita na categoria.

O PIF tem um histórico de investimentos ousados no esporte global. No futebol, o fundo atraiu Cristiano Ronaldo para o Al Nassr com um contrato de 200 milhões de euros por dois anos. No golfe, assinou com Jon Rahm, número um do ranking mundial, por 500 milhões de euros. Esses movimentos demonstram a capacidade financeira do fundo para atrair os maiores nomes do esporte, e Verstappen, com sua trajetória vitoriosa, encaixa-se perfeitamente nesse perfil. A proposta para o holandês inclui não apenas um salário recorde, mas também garantias de competitividade técnica, com a Aston Martin buscando se posicionar como uma força dominante a partir de 2026.

A Arábia Saudita já sedia o GP de Jeddah desde 2021, consolidando sua posição no calendário da Fórmula 1. A pista de 6,174 km, a segunda mais longa do campeonato, é conhecida por suas altas velocidades e curvas desafiadoras. A etapa de 2025, marcada para 20 de abril, será a quinta da temporada, encerrando a primeira rodada tripla do ano, que incluiu Austrália, China, Japão e Bahrein. Verstappen, que venceu as últimas duas edições do GP da Arábia Saudita, é o maior vencedor da prova, com dois triunfos.

Por que Verstappen considera a mudança?

A decisão de Verstappen sobre seu futuro na Fórmula 1 é influenciada por diversos fatores. Na RBR, o holandês enfrentou desafios técnicos em 2025, com problemas de equilíbrio no carro e pit stops lentos, como os 6 segundos registrados no GP do Bahrein. Esses contratempos resultaram em uma temporada menos dominante, com o piloto sendo superado por Oscar Piastri, da McLaren, na última corrida. Piastri, que venceu no Bahrein, assumiu a vice-liderança do Mundial com 74 pontos, apenas cinco à frente de Verstappen, enquanto Lando Norris lidera com 77 pontos.

Além das questões técnicas, a instabilidade interna na RBR também pesa. Discussões entre o empresário de Verstappen, Raymond Vermeulen, e o consultor Helmut Marko após o GP do Bahrein expuseram tensões na equipe. Marko admitiu preocupação com a possibilidade de não oferecer condições para Verstappen disputar o título em 2025, enquanto o chefe Christian Horner lamentou o desempenho abaixo do esperado. Esses fatores podem estar impulsionando o tetracampeão a considerar novas oportunidades.

A Aston Martin, por sua vez, apresenta um projeto atraente. A equipe, que atualmente conta com Fernando Alonso e Lance Stroll, terminou o GP do Bahrein sem pontos, com Alonso em 15º e Stroll em 17º. No entanto, a chegada de Adrian Newey, um dos maiores projetistas da história da Fórmula 1, é vista como um divisor de águas. Newey, que deixou a RBR em 2025, começará a trabalhar no carro de 2026 da Aston Martin, aproveitando as novas regulamentações técnicas da categoria. Além disso, a parceria com a Honda, que fornecerá motores a partir de 2026, reforça as ambições da equipe.

  • Fatores que atraem Verstappen para a Aston Martin:
  • Proposta financeira de 264 milhões de euros por três anos.
  • Chegada de Adrian Newey para liderar o projeto técnico de 2026.
  • Parceria com a Honda, que já rendeu títulos com Verstappen na RBR.
  • Investimento maciço do PIF para transformar a equipe em protagonista.

O impacto de uma possível transferência

Uma mudança de Verstappen para a Aston Martin teria consequências profundas na Fórmula 1. O holandês, que acumula 63 vitórias e 100 pódios na carreira, é o principal nome da categoria na atualidade. Sua saída da RBR, onde conquistou todos os seus títulos, seria um golpe para a equipe austríaca, que já enfrenta dificuldades para manter o domínio de anos anteriores. A RBR terminou o GP do Bahrein com Verstappen em sexto e Yuki Tsunoda em nono, longe do desempenho esperado.

Para a Aston Martin, a contratação de Verstappen representaria um salto de competitividade e visibilidade. A equipe, que não venceu corridas desde sua reentrada na Fórmula 1 em 2021, busca se estabelecer como uma força de ponta. O investimento do PIF, aliado à expertise de Newey e à experiência de Verstappen, poderia reposicionar a Aston Martin como candidata ao título a partir de 2026, quando as novas regras de motores e aerodinâmica entram em vigor.

A possível transferência também levanta questões sobre o futuro de Fernando Alonso, cujo contrato com a Aston Martin termina em 2026. Alonso, bicampeão mundial, tem sido o principal ativo da equipe, mas sua continuidade dependerá das negociações com o PIF e da estratégia para acomodar Verstappen. Lance Stroll, filho de Lawrence Stroll, também enfrenta pressão para justificar sua vaga, especialmente com a chegada de um piloto do calibre de Verstappen.

O cenário competitivo em 2025

Enquanto as negociações fora das pistas agitam a Fórmula 1, a temporada 2025 segue com disputas acirradas. A McLaren lidera o Mundial de Construtores com 151 pontos, quase o dobro da Mercedes, que soma 93. A RBR, com 71 pontos, está em terceiro, seguida pela Ferrari, com 57. Entre os pilotos, Lando Norris mantém a liderança com 77 pontos, seguido por Piastri (74) e Verstappen (69). George Russell, da Mercedes, aparece em quarto com 63 pontos, enquanto Charles Leclerc, da Ferrari, tem 32.

O GP do Bahrein, disputado em 13 de abril, destacou a força da McLaren. Oscar Piastri dominou a prova, conquistando a pole position, a volta mais rápida e a vitória, um feito conhecido como “hat-trick”. Lando Norris, apesar de uma penalidade de cinco segundos por largar fora de sua posição, terminou em terceiro, garantindo um pódio duplo para a equipe. A Ferrari também teve um desempenho sólido, com Leclerc em quarto e Lewis Hamilton em quinto, o melhor resultado do heptacampeão com a escuderia italiana até o momento.

A Mercedes, por sua vez, mostrou consistência com George Russell em segundo, mas ainda não alcança o ritmo da McLaren. Russell destacou a superioridade da equipe britânica, enquanto Hamilton, agora na Ferrari, afirmou estar mais adaptado ao carro após o Bahrein. A Sauber, representada pelo brasileiro Gabriel Bortoleto, enfrenta dificuldades, com o piloto terminando em 18º e reclamando da falta de aderência do carro.

O que esperar do GP da Arábia Saudita

O Circuito de Jeddah-Corniche, com suas 27 curvas e velocidade média de 250 km/h, promete ser um desafio para as equipes. A pista, que estreou em 2021, favorece carros com boa eficiência aerodinâmica e potência de motor, características que a McLaren tem explorado com sucesso em 2025. Verstappen, que venceu em Jeddah em 2023 e 2024, buscará recuperar o terreno perdido no Bahrein, mas enfrentará a forte concorrência de Piastri e Norris.

A Ferrari, com um novo assoalho introduzido no Bahrein, está otimista para a prova. Leclerc, que largou em segundo em Sakhir, acredita que a equipe pode brigar por pódios, enquanto Hamilton projeta melhorias após entender melhor o carro. A Mercedes, com Russell e o estreante Andrea Kimi Antonelli, também espera se aproximar da McLaren, embora o italiano tenha terminado fora dos pontos no Bahrein.

  • Horários do GP da Arábia Saudita 2025:
  • Sexta-feira, 18 de abril: Treino livre 1 (10h30) e Treino livre 2 (14h30).
  • Sábado, 19 de abril: Treino livre 3 (11h30) e Classificação (15h).
  • Domingo, 20 de abril: Corrida (15h).

A influência do PIF no esporte global

O interesse do PIF na Aston Martin reflete uma estratégia mais ampla da Arábia Saudita para se posicionar como Usa o termo “sportswashing” para descrever esforços de governos ou empresas para melhorar sua imagem pública através de associações com esportes. A aquisição de clubes de futebol, como o Newcastle United, na Premier League, e a promoção de eventos de boxe e MMA em solo saudita são exemplos claros. Na Fórmula 1, o patrocínio da Aramco e a possível compra da Aston Martin reforçam essa tendência.

A entrada de capitais sauditas no esporte também levanta debates éticos. Críticos apontam que esses investimentos buscam desviar a atenção de questões relacionadas a direitos humanos no país. No entanto, a injeção de recursos tem transformado mercados esportivos, atraindo estrelas globais e elevando o nível de competitividade. Na Fórmula 1, a presença saudita já trouxe benefícios, como a modernização do GP de Jeddah, que se consolidou como uma das corridas mais emocionantes do calendário.

O envolvimento do PIF na Aston Martin pode acelerar o desenvolvimento da equipe, que enfrenta dificuldades técnicas em 2025. A escuderia, que terminou o GP do Bahrein sem pontos, precisa de investimentos para melhorar o carro e atrair talentos como Verstappen. A possível venda de Lawrence Stroll, que transformou a antiga Force India em uma equipe competitiva, marca o início de uma nova era para a Aston Martin.

Verstappen e o futuro da Fórmula 1

A eventual transferência de Verstappen para a Aston Martin seria um marco na história da Fórmula 1, comparable à mudança de Lewis Hamilton para a Mercedes em 2013. O holandês, que estreou na categoria em 2015, aos 17 anos, construiu uma carreira meteórica, com vitórias em pistas icônicas como Mônaco, Spa e Silverstone. Sua habilidade em extrair o máximo do carro, mesmo em condições adversas, o coloca como um dos maiores pilotos da atualidade.

A decisão de Verstappen também pode influenciar o mercado de pilotos. Com Alonso e Stroll sob pressão na Aston Martin, e a RBR precisando definir o substituto do holandês, equipes como Mercedes e Ferrari monitoram o cenário. A Mercedes, que tem Antonelli como aposta para o futuro, descartou uma oferta por Verstappen, enquanto a Ferrari foca na consolidação de Leclerc e Hamilton.

A temporada 2025, com apenas quatro corridas disputadas, já mostra um equilíbrio maior entre as equipes. A McLaren lidera com autoridade, mas Mercedes, Ferrari e RBR têm potencial para reagir. O GP da Arábia Saudita será um teste crucial para Verstappen, que precisa de um resultado forte para recuperar a confiança na RBR e manter viva sua luta pelo pentacampeonato.

Números que definem a negociação

A proposta da Aston Martin para Verstappen é um reflexo do poder financeiro do PIF e da ambição saudita na Fórmula 1. Alguns dados destacam a magnitude do acordo:

  • Valor do contrato: 264 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão) por três anos, o maior da história da F1.
  • Salário anual: Cerca de 88 milhões de euros, superando os 70 milhões pagos a Hamilton na Mercedes em 2024.
  • Investimento do PIF: O fundo gerencia ativos avaliados em mais de 700 bilhões de dólares.
  • Impacto na Aston Martin: A equipe, que faturou 10 pontos em 2025, poderia triplicar seu orçamento com o aporte saudita.

O que está em jogo em Jeddah

O GP da Arábia Saudita será mais do que uma corrida. Com as negociações de Verstappen em destaque, a prova ganhará holofotes adicionais. A pista de Jeddah, com suas longas retas e curvas de alta velocidade, exige precisão e coragem, qualidades que Verstappen demonstrou ao vencer em 2023 e 2024. No entanto, a McLaren, com Piastri e Norris em grande fase, é a favorita após o domínio no Bahrein.

A Ferrari, que apresentou melhorias no carro, busca seu primeiro pódio em Jeddah, enquanto a Mercedes aposta na consistência de Russell para se aproximar da liderança. Para a Aston Martin, a corrida é uma chance de mostrar evolução, mesmo com um carro limitado. Alonso, que terminou em quinto no GP da Arábia Saudita de 2024, tentará repetir o feito, enquanto Stroll precisa pontuar para aliviar a pressão.

O brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber, enfrenta um desafio ainda maior. Após uma corrida decepcionante no Bahrein, onde terminou em 18º, o piloto de 20 anos admitiu dificuldades com o carro. Jeddah, com suas exigências técnicas, será um teste de resiliência para o estreante, que busca seus primeiros pontos na Fórmula 1.

A nova era da Aston Martin

A possível aquisição da Aston Martin pelo PIF marca o início de um projeto de longo prazo. A equipe, que já conta com uma fábrica moderna em Silverstone, planeja expandir suas operações com o aporte saudita. A chegada de Adrian Newey, que projetou carros campeões para Williams, McLaren e RBR, é um sinal claro das ambições da escuderia.

O envolvimento da Honda, que retorna como fornecedora de motores em 2026, também é um fator crucial. Verstappen, que venceu três de seus quatro títulos com motores Honda, confia na capacidade da montadora japonesa para entregar unidades competitivas. A combinação de Newey, Honda e Verstappen poderia transformar a Aston Martin em uma potência, desafiando o domínio de equipes como McLaren e Mercedes.

A venda de Lawrence Stroll, que adquiriu a equipe em 2018, reflete a confiança do canadense no potencial do projeto. Stroll, que investiu milhões para modernizar a Aston Martin, deve permanecer como acionista minoritário, garantindo influência nos bastidores. A transição, no entanto, exigirá negociações delicadas, especialmente para alinhar os interesses do PIF e dos patrocinadores atuais, como a Aramco.

O impacto global da Fórmula 1

A Fórmula 1 vive um momento de crescimento global, com corridas em novos mercados e audiência recorde. A entrada de capitais sauditas reforça a tendência de internacionalização da categoria, que já conta com GPs na Ásia, Oriente Médio e Américas. A Arábia Saudita, com sua infraestrutura moderna e eventos de alto nível, tornou-se um pilar do calendário, atraindo fãs e investidores.

A possível transferência de Verstappen para a Aston Martin também destaca a evolução financeira da Fórmula 1. Nos anos 2000, contratos de pilotos raramente superavam 20 milhões de dólares por ano. Hoje, com o aumento das receitas de patrocínios e direitos de transmissão, os salários de astros como Verstappen e Hamilton alcançam patamares inéditos. O investimento do PIF na Aston Martin pode elevar ainda mais esses números, transformando a categoria em um mercado de bilhões de dólares.

A temporada 2025, com suas disputas intensas e negociações históricas, promete ser um divisor de águas para a Fórmula 1. Verstappen, no centro dessas mudanças, terá a chance de moldar o futuro da categoria, seja na RBR ou na Aston Martin. O GP da Arábia Saudita, com sua atmosfera única, será o próximo capítulo dessa saga.



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