O programa Pé-de-meia, lançado em 2024 pelo governo federal, tem se destacado como uma das principais estratégias para reduzir a evasão escolar no ensino médio público. Com um orçamento anual de R$ 13 bilhões, a iniciativa oferece incentivos financeiros que podem totalizar até R$ 9.200 por estudante ao longo dos três anos do ensino médio. Em 2025, cerca de 4 milhões de jovens, com idades entre 14 e 24 anos, matriculados em escolas públicas e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), serão beneficiados. O calendário de pagamentos, já publicado pelo Ministério da Educação (MEC), organiza os depósitos conforme o mês de nascimento dos alunos, começando em 31 de março. A política, instituída pela Lei nº 14.818/2024, prioriza estudantes de baixa renda, especialmente beneficiários do Bolsa Família, e inclui alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), ampliando o acesso à educação formal.
Criado para enfrentar o abandono escolar, que em 2023 atingiu 25% dos jovens entre 15 e 17 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pé-de-meia combina apoio financeiro com metas educacionais. Em 2024, a iniciativa alcançou 3,9 milhões de estudantes, reduzindo a evasão em 15% nas regiões atendidas e elevando a aprovação em 20% acima da média nacional. Os incentivos são depositados em contas digitais geridas pela Caixa Econômica Federal, garantindo praticidade e segurança. Para menores de 18 anos, a movimentação da conta exige autorização do responsável legal, seja pelo aplicativo Caixa Tem ou em agências bancárias.
A estrutura do programa é dividida em quatro categorias de incentivos, cada uma voltada para um momento específico da trajetória escolar. O cruzamento de dados entre o CadÚnico e os registros escolares elimina a necessidade de inscrição manual, facilitando o acesso. Em 2024, 1,3 milhão de novos alunos foram incluídos, demonstrando a eficiência do sistema.
- Incentivo-matrícula: R$ 200 pagos em parcela única no início do ano letivo.
- Incentivo-frequência: R$ 1.800 anuais, divididos em nove parcelas de R$ 200, para alunos com 80% de frequência.
- Incentivo-conclusão: R$ 1.000 por ano, totalizando R$ 3.000, depositados em poupança e liberados após a formatura.
- Incentivo-Enem: R$ 200 para alunos do terceiro ano que participam dos dois dias do Enem.
Impacto na educação e na economia local
O Pé-de-meia vai além do suporte financeiro, promovendo a permanência escolar e preparando jovens para o ensino superior e o mercado de trabalho. As parcelas mensais de R$ 200 permitem que os estudantes adquiram materiais escolares, paguem transporte ou contribuam com despesas domésticas, aliviando o orçamento familiar. Em 2024, cerca de 480 mil jovens abandonavam anualmente a escola pública por motivos financeiros, e o programa tem revertido esse cenário. A poupança acumulada, que pode chegar a R$ 3.000, incentiva o planejamento financeiro, oferecendo uma reserva para investimentos em educação ou empreendedorismo.
Nas comunidades atendidas, o programa gera benefícios econômicos significativos. As parcelas mensais injetam recursos em comércios locais, impulsionando a compra de materiais escolares, roupas e serviços básicos. Um estudo de 2024 revelou que o Pé-de-meia aumentou o consumo em 10% em pequenas cidades com alta adesão, fortalecendo a economia local. A iniciativa também fomenta a educação financeira, ensinando jovens a gerirem seus recursos, uma habilidade essencial para a vida adulta.
A participação no Enem, incentivada pelo bônus de R$ 200, tem ampliado o acesso ao ensino superior. Em 2024, o programa registrou um aumento de 18% na inscrição de beneficiários no exame, com 70% dos alunos do terceiro ano ingressando em universidades públicas ou privadas com bolsas. Esses resultados destacam o papel do Pé-de-meia na mobilidade social, conectando jovens de baixa renda a oportunidades educacionais e profissionais.
Estrutura e funcionamento do programa
A organização do Pé-de-meia é pensada para atender milhões de estudantes sem sobrecarregar o sistema bancário. Os depósitos são escalonados com base no mês de nascimento, garantindo um fluxo contínuo de recursos. O incentivo-matrícula, primeira parcela do ano, começa em 31 de março de 2025, enquanto o incentivo-frequência tem início em 23 de abril e se estende até fevereiro de 2026. Para alunos do ensino médio regular, as nove parcelas de R$ 200 exigem comprovação de 80% de frequência. Já os estudantes da EJA recebem quatro parcelas de R$ 225 por semestre, totalizando R$ 900 anuais, ajustadas ao ritmo semestral da modalidade.
O acompanhamento dos benefícios é facilitado pelo aplicativo Jornada do Estudante, disponível para smartphones e tablets. Com login via CPF no portal Gov.br, os alunos consultam o status dos pagamentos, datas de depósito e eventuais pendências. A plataforma também orienta sobre a movimentação da conta digital, essencial para menores que dependem da autorização dos responsáveis. A ausência de inscrição manual, graças ao cruzamento de dados, reduz barreiras burocráticas e agiliza o acesso aos recursos.
A elegibilidade ao programa exige que os estudantes estejam matriculados no ensino médio público ou na EJA, tenham entre 14 e 24 anos (ou 19 a 24 para EJA) e integrem famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita de até meio salário mínimo. Famílias beneficiárias do Bolsa Família têm prioridade, mas cadastros unipessoais no CadÚnico não são elegíveis. A frequência escolar mínima de 80% é monitorada pelas redes de ensino, e inconsistências nos dados podem bloquear pagamentos.
- Critérios de elegibilidade: Matrícula no ensino médio público ou EJA, idade entre 14 e 24 anos, inscrição no CadÚnico.
- Prioridade: Famílias do Bolsa Família.
- Exclusões: Cadastros unipessoais no CadÚnico.
- Monitoramento: Frequência mínima de 80% e dados atualizados no CadÚnico.
Calendário de pagamentos para 2025
O calendário de pagamentos do Pé-de-meia para 2025, publicado no Diário Oficial da União em 28 de fevereiro, organiza os depósitos de forma escalonada. A seguir, as principais datas para os incentivos:
- Incentivo-matrícula: 31 de março a 7 de abril de 2025, com R$ 200 para todos os matriculados.
- Incentivo-frequência (ensino regular): Nove parcelas de R$ 200, de 23 de abril de 2025 a 9 de fevereiro de 2026.
- Incentivo-frequência (EJA): Quatro parcelas de R$ 225, de 23 de abril a 28 de julho de 2025.
- Incentivo-conclusão: 26 de fevereiro a 5 de março de 2026, com R$ 1.000 por ano concluído.
- Incentivo-Enem: 20 a 27 de fevereiro de 2025, com R$ 200 para participantes do Enem 2024.
Benefícios para a EJA e inclusão social
A inclusão de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um dos diferenciais do Pé-de-meia. Muitos desses estudantes conciliam estudos com trabalho, enfrentando desafios adicionais para permanecer na escola. Em 2024, cerca de 300 mil alunos da EJA foram beneficiados, e a expectativa para 2025 é alcançar ainda mais jovens adultos. As quatro parcelas semestrais de R$ 225 ajudam a custear transporte, materiais escolares e despesas básicas, facilitando a reinserção escolar e a qualificação profissional.
Em São Paulo, por exemplo, adultos entre 19 e 24 anos relatam que os incentivos financeiros têm viabilizado a conclusão do ensino médio em até dois anos. Essa modalidade fortalece a empregabilidade, já que a certificação do ensino médio é um requisito para melhores oportunidades no mercado de trabalho. O programa também promove a inclusão social, oferecendo uma segunda chance para aqueles que abandonaram os estudos precocemente.
Os impactos do Pé-de-meia na EJA vão além do financeiro. A possibilidade de retomar os estudos sem a pressão de despesas adicionais tem motivado milhares de jovens a perseguirem seus objetivos educacionais. Em regiões como o Nordeste, onde a evasão escolar é historicamente alta, o programa tem registrado aumento de 22% na frequência escolar e 18% na aprovação em escolas públicas.
Desafios operacionais e perspectivas futuras
Apesar dos resultados promissores, o Pé-de-meia enfrenta desafios operacionais. Em 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueou temporariamente R$ 6 bilhões do orçamento, exigindo ajustes na contabilidade dos recursos. Após correções, o programa foi liberado, mas a fiscalização rigorosa continua para garantir transparência. A sustentabilidade financeira, com um custo anual de R$ 13 bilhões, exige planejamento para atender à crescente demanda.
A atualização de dados no CadÚnico e nos sistemas escolares é outro obstáculo. Atrasos ou inconsistências podem interromper os pagamentos, afetando estudantes que dependem dos recursos. Para minimizar esses problemas, o MEC tem investido em campanhas de conscientização e na melhoria do aplicativo Jornada do Estudante. Parcerias com estados e municípios também são essenciais para agilizar o envio de informações de matrícula e frequência.
Para 2025, o programa planeja expandir seu alcance, com a possibilidade de criar o Pé-de-meia Universitário, voltado para estudantes de baixa renda no ensino superior. Outra iniciativa em estudo é o Pé-de-meia Licenciaturas, que oferece bolsas de R$ 1.050 mensais para alunos de cursos de formação de professores, incentivando a carreira docente. Essas propostas reforçam o compromisso do governo com a educação como ferramenta de transformação social.
Histórias de transformação e impacto regional
Em diversas regiões do Brasil, o Pé-de-meia tem mudado a realidade de jovens e suas famílias. No Distrito Federal, Renzo Renato Cosmo, de 17 anos, utiliza os R$ 200 mensais para custear materiais escolares e planeja comprar uma moto com a poupança acumulada. No Ceará, Maria Eduarda, de 16 anos, conseguiu se dedicar aos estudos sem trabalhar, melhorando sua média escolar e sonhando com uma vaga em medicina. Essas histórias mostram como o programa vai além do suporte financeiro, oferecendo esperança e oportunidades.
No Nordeste, os resultados são expressivos. Em Pernambuco, a frequência escolar aumentou 22% em 2024, enquanto a taxa de aprovação subiu 18%. O incentivo financeiro permite que os jovens priorizem a educação em vez de ingressar precocemente no mercado de trabalho. Em pequenas cidades, o programa também estimula a economia local, com as parcelas mensais sendo usadas para compras em comércios da região.
A integração com o Bolsa Família fortalece a rede de proteção social, garantindo que os recursos cheguem aos mais necessitados. A conexão com o Enem, por sua vez, amplia as perspectivas dos jovens, que passam a enxergar o ensino superior como uma possibilidade concreta. Em 2024, 70% dos beneficiários do terceiro ano que participaram do Enem ingressaram em universidades, um marco para a mobilidade social.
Expansão e legado do programa
A consolidação do Pé-de-meia como política pública reflete o esforço do governo em priorizar a educação. Com mais de 4 milhões de beneficiários previstos para 2025, o programa se destaca por alcançar comunidades vulneráveis, onde a evasão escolar é mais acentuada. A redução de 15% no abandono escolar e o aumento de 20% na aprovação em 2024 demonstram seu impacto. A expectativa é que, nos próximos anos, o número de beneficiários supere os 5 milhões.
O programa também inspira outras iniciativas. O Pé-de-meia Licenciaturas, por exemplo, oferece bolsas de R$ 350 reservadas em poupança para estudantes com média igual ou superior a 650 pontos no Enem que optem por cursos de formação de professores. A modalidade busca valorizar a profissão docente, com a previsão de alcançar 50 mil estudantes em 2025. Essas vertentes reforçam o papel do Pé-de-meia na construção de um sistema educacional mais inclusivo.
A sustentabilidade do programa dependerá de ajustes orçamentários e da eficiência na gestão de dados. O MEC tem trabalhado para integrar o CadÚnico e as redes de ensino, reduzindo falhas nos pagamentos. Parcerias com estados e municípios também são cruciais para garantir a precisão das informações de matrícula e frequência, assegurando que os recursos cheguem aos estudantes elegíveis.
Como acessar os benefícios
O acesso aos benefícios do Pé-de-meia é simplificado pelo cruzamento de dados, eliminando a necessidade de inscrição manual. Os estudantes podem consultar sua elegibilidade pelo aplicativo Jornada do Estudante, utilizando CPF e login no portal Gov.br. Menores de 18 anos precisam da autorização do responsável para movimentar a conta digital, seja pelo Caixa Tem ou em agências da Caixa. A atualização regular dos dados no CadÚnico e nos registros escolares é essencial para evitar bloqueios nos pagamentos.
Em caso de dúvidas, o MEC disponibiliza o canal de atendimento 0800 616161, enquanto a Caixa Econômica Federal oferece suporte para questões relacionadas à conta digital. Essas ferramentas garantem que os beneficiários tenham acesso rápido às informações e possam resolver pendências de forma prática.
- Consulta de elegibilidade: Acesse o aplicativo Jornada do Estudante com CPF e login no Gov.br.
- Movimentação da conta: Menores precisam de autorização via Caixa Tem ou agência.
- Atualização de dados: Mantenha o CadÚnico e os registros escolares em dia.
- Canais de suporte: Contate o MEC (0800 616161) ou a Caixa para dúvidas.

O programa Pé-de-meia, lançado em 2024 pelo governo federal, tem se destacado como uma das principais estratégias para reduzir a evasão escolar no ensino médio público. Com um orçamento anual de R$ 13 bilhões, a iniciativa oferece incentivos financeiros que podem totalizar até R$ 9.200 por estudante ao longo dos três anos do ensino médio. Em 2025, cerca de 4 milhões de jovens, com idades entre 14 e 24 anos, matriculados em escolas públicas e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), serão beneficiados. O calendário de pagamentos, já publicado pelo Ministério da Educação (MEC), organiza os depósitos conforme o mês de nascimento dos alunos, começando em 31 de março. A política, instituída pela Lei nº 14.818/2024, prioriza estudantes de baixa renda, especialmente beneficiários do Bolsa Família, e inclui alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), ampliando o acesso à educação formal.
Criado para enfrentar o abandono escolar, que em 2023 atingiu 25% dos jovens entre 15 e 17 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pé-de-meia combina apoio financeiro com metas educacionais. Em 2024, a iniciativa alcançou 3,9 milhões de estudantes, reduzindo a evasão em 15% nas regiões atendidas e elevando a aprovação em 20% acima da média nacional. Os incentivos são depositados em contas digitais geridas pela Caixa Econômica Federal, garantindo praticidade e segurança. Para menores de 18 anos, a movimentação da conta exige autorização do responsável legal, seja pelo aplicativo Caixa Tem ou em agências bancárias.
A estrutura do programa é dividida em quatro categorias de incentivos, cada uma voltada para um momento específico da trajetória escolar. O cruzamento de dados entre o CadÚnico e os registros escolares elimina a necessidade de inscrição manual, facilitando o acesso. Em 2024, 1,3 milhão de novos alunos foram incluídos, demonstrando a eficiência do sistema.
- Incentivo-matrícula: R$ 200 pagos em parcela única no início do ano letivo.
- Incentivo-frequência: R$ 1.800 anuais, divididos em nove parcelas de R$ 200, para alunos com 80% de frequência.
- Incentivo-conclusão: R$ 1.000 por ano, totalizando R$ 3.000, depositados em poupança e liberados após a formatura.
- Incentivo-Enem: R$ 200 para alunos do terceiro ano que participam dos dois dias do Enem.
Impacto na educação e na economia local
O Pé-de-meia vai além do suporte financeiro, promovendo a permanência escolar e preparando jovens para o ensino superior e o mercado de trabalho. As parcelas mensais de R$ 200 permitem que os estudantes adquiram materiais escolares, paguem transporte ou contribuam com despesas domésticas, aliviando o orçamento familiar. Em 2024, cerca de 480 mil jovens abandonavam anualmente a escola pública por motivos financeiros, e o programa tem revertido esse cenário. A poupança acumulada, que pode chegar a R$ 3.000, incentiva o planejamento financeiro, oferecendo uma reserva para investimentos em educação ou empreendedorismo.
Nas comunidades atendidas, o programa gera benefícios econômicos significativos. As parcelas mensais injetam recursos em comércios locais, impulsionando a compra de materiais escolares, roupas e serviços básicos. Um estudo de 2024 revelou que o Pé-de-meia aumentou o consumo em 10% em pequenas cidades com alta adesão, fortalecendo a economia local. A iniciativa também fomenta a educação financeira, ensinando jovens a gerirem seus recursos, uma habilidade essencial para a vida adulta.
A participação no Enem, incentivada pelo bônus de R$ 200, tem ampliado o acesso ao ensino superior. Em 2024, o programa registrou um aumento de 18% na inscrição de beneficiários no exame, com 70% dos alunos do terceiro ano ingressando em universidades públicas ou privadas com bolsas. Esses resultados destacam o papel do Pé-de-meia na mobilidade social, conectando jovens de baixa renda a oportunidades educacionais e profissionais.
Estrutura e funcionamento do programa
A organização do Pé-de-meia é pensada para atender milhões de estudantes sem sobrecarregar o sistema bancário. Os depósitos são escalonados com base no mês de nascimento, garantindo um fluxo contínuo de recursos. O incentivo-matrícula, primeira parcela do ano, começa em 31 de março de 2025, enquanto o incentivo-frequência tem início em 23 de abril e se estende até fevereiro de 2026. Para alunos do ensino médio regular, as nove parcelas de R$ 200 exigem comprovação de 80% de frequência. Já os estudantes da EJA recebem quatro parcelas de R$ 225 por semestre, totalizando R$ 900 anuais, ajustadas ao ritmo semestral da modalidade.
O acompanhamento dos benefícios é facilitado pelo aplicativo Jornada do Estudante, disponível para smartphones e tablets. Com login via CPF no portal Gov.br, os alunos consultam o status dos pagamentos, datas de depósito e eventuais pendências. A plataforma também orienta sobre a movimentação da conta digital, essencial para menores que dependem da autorização dos responsáveis. A ausência de inscrição manual, graças ao cruzamento de dados, reduz barreiras burocráticas e agiliza o acesso aos recursos.
A elegibilidade ao programa exige que os estudantes estejam matriculados no ensino médio público ou na EJA, tenham entre 14 e 24 anos (ou 19 a 24 para EJA) e integrem famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita de até meio salário mínimo. Famílias beneficiárias do Bolsa Família têm prioridade, mas cadastros unipessoais no CadÚnico não são elegíveis. A frequência escolar mínima de 80% é monitorada pelas redes de ensino, e inconsistências nos dados podem bloquear pagamentos.
- Critérios de elegibilidade: Matrícula no ensino médio público ou EJA, idade entre 14 e 24 anos, inscrição no CadÚnico.
- Prioridade: Famílias do Bolsa Família.
- Exclusões: Cadastros unipessoais no CadÚnico.
- Monitoramento: Frequência mínima de 80% e dados atualizados no CadÚnico.
Calendário de pagamentos para 2025
O calendário de pagamentos do Pé-de-meia para 2025, publicado no Diário Oficial da União em 28 de fevereiro, organiza os depósitos de forma escalonada. A seguir, as principais datas para os incentivos:
- Incentivo-matrícula: 31 de março a 7 de abril de 2025, com R$ 200 para todos os matriculados.
- Incentivo-frequência (ensino regular): Nove parcelas de R$ 200, de 23 de abril de 2025 a 9 de fevereiro de 2026.
- Incentivo-frequência (EJA): Quatro parcelas de R$ 225, de 23 de abril a 28 de julho de 2025.
- Incentivo-conclusão: 26 de fevereiro a 5 de março de 2026, com R$ 1.000 por ano concluído.
- Incentivo-Enem: 20 a 27 de fevereiro de 2025, com R$ 200 para participantes do Enem 2024.
Benefícios para a EJA e inclusão social
A inclusão de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um dos diferenciais do Pé-de-meia. Muitos desses estudantes conciliam estudos com trabalho, enfrentando desafios adicionais para permanecer na escola. Em 2024, cerca de 300 mil alunos da EJA foram beneficiados, e a expectativa para 2025 é alcançar ainda mais jovens adultos. As quatro parcelas semestrais de R$ 225 ajudam a custear transporte, materiais escolares e despesas básicas, facilitando a reinserção escolar e a qualificação profissional.
Em São Paulo, por exemplo, adultos entre 19 e 24 anos relatam que os incentivos financeiros têm viabilizado a conclusão do ensino médio em até dois anos. Essa modalidade fortalece a empregabilidade, já que a certificação do ensino médio é um requisito para melhores oportunidades no mercado de trabalho. O programa também promove a inclusão social, oferecendo uma segunda chance para aqueles que abandonaram os estudos precocemente.
Os impactos do Pé-de-meia na EJA vão além do financeiro. A possibilidade de retomar os estudos sem a pressão de despesas adicionais tem motivado milhares de jovens a perseguirem seus objetivos educacionais. Em regiões como o Nordeste, onde a evasão escolar é historicamente alta, o programa tem registrado aumento de 22% na frequência escolar e 18% na aprovação em escolas públicas.
Desafios operacionais e perspectivas futuras
Apesar dos resultados promissores, o Pé-de-meia enfrenta desafios operacionais. Em 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueou temporariamente R$ 6 bilhões do orçamento, exigindo ajustes na contabilidade dos recursos. Após correções, o programa foi liberado, mas a fiscalização rigorosa continua para garantir transparência. A sustentabilidade financeira, com um custo anual de R$ 13 bilhões, exige planejamento para atender à crescente demanda.
A atualização de dados no CadÚnico e nos sistemas escolares é outro obstáculo. Atrasos ou inconsistências podem interromper os pagamentos, afetando estudantes que dependem dos recursos. Para minimizar esses problemas, o MEC tem investido em campanhas de conscientização e na melhoria do aplicativo Jornada do Estudante. Parcerias com estados e municípios também são essenciais para agilizar o envio de informações de matrícula e frequência.
Para 2025, o programa planeja expandir seu alcance, com a possibilidade de criar o Pé-de-meia Universitário, voltado para estudantes de baixa renda no ensino superior. Outra iniciativa em estudo é o Pé-de-meia Licenciaturas, que oferece bolsas de R$ 1.050 mensais para alunos de cursos de formação de professores, incentivando a carreira docente. Essas propostas reforçam o compromisso do governo com a educação como ferramenta de transformação social.
Histórias de transformação e impacto regional
Em diversas regiões do Brasil, o Pé-de-meia tem mudado a realidade de jovens e suas famílias. No Distrito Federal, Renzo Renato Cosmo, de 17 anos, utiliza os R$ 200 mensais para custear materiais escolares e planeja comprar uma moto com a poupança acumulada. No Ceará, Maria Eduarda, de 16 anos, conseguiu se dedicar aos estudos sem trabalhar, melhorando sua média escolar e sonhando com uma vaga em medicina. Essas histórias mostram como o programa vai além do suporte financeiro, oferecendo esperança e oportunidades.
No Nordeste, os resultados são expressivos. Em Pernambuco, a frequência escolar aumentou 22% em 2024, enquanto a taxa de aprovação subiu 18%. O incentivo financeiro permite que os jovens priorizem a educação em vez de ingressar precocemente no mercado de trabalho. Em pequenas cidades, o programa também estimula a economia local, com as parcelas mensais sendo usadas para compras em comércios da região.
A integração com o Bolsa Família fortalece a rede de proteção social, garantindo que os recursos cheguem aos mais necessitados. A conexão com o Enem, por sua vez, amplia as perspectivas dos jovens, que passam a enxergar o ensino superior como uma possibilidade concreta. Em 2024, 70% dos beneficiários do terceiro ano que participaram do Enem ingressaram em universidades, um marco para a mobilidade social.
Expansão e legado do programa
A consolidação do Pé-de-meia como política pública reflete o esforço do governo em priorizar a educação. Com mais de 4 milhões de beneficiários previstos para 2025, o programa se destaca por alcançar comunidades vulneráveis, onde a evasão escolar é mais acentuada. A redução de 15% no abandono escolar e o aumento de 20% na aprovação em 2024 demonstram seu impacto. A expectativa é que, nos próximos anos, o número de beneficiários supere os 5 milhões.
O programa também inspira outras iniciativas. O Pé-de-meia Licenciaturas, por exemplo, oferece bolsas de R$ 350 reservadas em poupança para estudantes com média igual ou superior a 650 pontos no Enem que optem por cursos de formação de professores. A modalidade busca valorizar a profissão docente, com a previsão de alcançar 50 mil estudantes em 2025. Essas vertentes reforçam o papel do Pé-de-meia na construção de um sistema educacional mais inclusivo.
A sustentabilidade do programa dependerá de ajustes orçamentários e da eficiência na gestão de dados. O MEC tem trabalhado para integrar o CadÚnico e as redes de ensino, reduzindo falhas nos pagamentos. Parcerias com estados e municípios também são cruciais para garantir a precisão das informações de matrícula e frequência, assegurando que os recursos cheguem aos estudantes elegíveis.
Como acessar os benefícios
O acesso aos benefícios do Pé-de-meia é simplificado pelo cruzamento de dados, eliminando a necessidade de inscrição manual. Os estudantes podem consultar sua elegibilidade pelo aplicativo Jornada do Estudante, utilizando CPF e login no portal Gov.br. Menores de 18 anos precisam da autorização do responsável para movimentar a conta digital, seja pelo Caixa Tem ou em agências da Caixa. A atualização regular dos dados no CadÚnico e nos registros escolares é essencial para evitar bloqueios nos pagamentos.
Em caso de dúvidas, o MEC disponibiliza o canal de atendimento 0800 616161, enquanto a Caixa Econômica Federal oferece suporte para questões relacionadas à conta digital. Essas ferramentas garantem que os beneficiários tenham acesso rápido às informações e possam resolver pendências de forma prática.
- Consulta de elegibilidade: Acesse o aplicativo Jornada do Estudante com CPF e login no Gov.br.
- Movimentação da conta: Menores precisam de autorização via Caixa Tem ou agência.
- Atualização de dados: Mantenha o CadÚnico e os registros escolares em dia.
- Canais de suporte: Contate o MEC (0800 616161) ou a Caixa para dúvidas.
