A antecipação do 13º salário para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está movimentando o cenário econômico brasileiro. Em 2025, cerca de 34,2 milhões de pessoas terão acesso à primeira parcela do benefício entre 24 de abril e 8 de maio, com a segunda parcela programada para 26 de maio a 6 de junho. A medida, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve injetar aproximadamente R$ 73,3 bilhões na economia, trazendo alívio financeiro para milhões de famílias e aquecendo setores como comércio e serviços. A consulta ao valor da primeira parcela já está disponível desde 17 de abril, por meio do aplicativo Meu INSS, site oficial ou pela Central 135.
Essa iniciativa marca o sexto ano consecutivo em que o governo federal opta por antecipar o pagamento do 13º salário do INSS, uma prática que começou em 2020 devido à pandemia de covid-19 e foi mantida nos anos seguintes. A antecipação, segundo o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, reflete o compromisso do governo em apoiar os beneficiários do INSS, que muitas vezes dependem desses recursos para cobrir despesas essenciais, como saúde, alimentação e pagamento de dívidas. A decisão também foi formalizada por um decreto presidencial publicado em 4 de abril no Diário Oficial da União, garantindo a liberação dos valores no primeiro semestre.
Para facilitar o acesso às informações, o INSS liberou a consulta antecipada ao valor da primeira parcela, permitindo que os segurados planejem melhor suas finanças. Os beneficiários que recebem até um salário-mínimo, cerca de 70,5% do total, terão prioridade no pagamento, enquanto aqueles com benefícios acima do piso nacional seguirão um calendário específico. A medida beneficia diretamente aposentados, pensionistas e segurados de auxílios como auxílio-doença, auxílio-acidente e auxílio-reclusão, mas exclui grupos como os contemplados pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Calendário detalhado da primeira parcela
O pagamento da primeira parcela do 13º salário do INSS segue um cronograma baseado no número final do cartão de benefício, sem considerar o dígito verificador após o traço. Abaixo, confira as datas para cada grupo:
- Para quem ganha até um salário-mínimo (R$ 1.518):
- Final 1: 24 de abril
- Final 2: 25 de abril
- Final 3: 28 de abril
- Final 4: 29 de abril
- Final 5: 30 de abril
- Final 6: 2 de maio
- Final 7: 5 de maio
- Final 8: 6 de maio
- Final 9: 7 de maio
- Final 0: 8 de maio
- Para quem ganha acima do salário-mínimo:
- Finais 1 e 6: 2 de maio
- Finais 2 e 7: 5 de maio
- Finais 3 e 8: 6 de maio
- Finais 4 e 9: 7 de maio
- Finais 5 e 0: 8 de maio
Esse calendário foi estruturado para garantir uma distribuição organizada, priorizando os beneficiários de menor renda. A primeira parcela corresponde a 50% do valor do benefício, sem descontos, enquanto a segunda parcela, paga em maio e junho, pode incluir deduções de Imposto de Renda para os segurados obrigados a contribuir.
Impacto econômico da antecipação
A liberação de R$ 73,3 bilhões na economia brasileira com a antecipação do 13º salário do INSS representa um impulso significativo para diversos setores. O montante beneficia diretamente 34,2 milhões de pessoas, das quais 28,68 milhões recebem até um salário-mínimo e 11,98 milhões têm benefícios acima do piso nacional, incluindo 10,6 mil segurados que recebem o teto previdenciário de R$ 8.157,41. Essa injeção de recursos deve estimular o consumo, especialmente em áreas como varejo, farmácias e serviços essenciais, onde os beneficiários costumam direcionar boa parte de seus gastos.
A antecipação também reflete uma estratégia do governo para aquecer a economia no primeiro semestre, período em que o consumo tende a ser mais tímido após as despesas de fim de ano. Segundo o ministro Carlos Lupi, cada pagamento feito pelos beneficiários, seja em contas de mercado, farmácias ou quitação de dívidas, gera um ciclo virtuoso que retorna aos cofres públicos na forma de impostos. A Região Sudeste, que concentra a maior parte dos segurados, receberá R$ 36,2 bilhões, seguida pelo Nordeste, com R$ 15,76 bilhões, e pelo Sul, com R$ 13,6 bilhões.
Além do impacto macroeconômico, a medida traz alívio financeiro direto para as famílias. Muitos aposentados e pensionistas dependem do 13º salário para cobrir despesas extras, como tratamentos médicos, reformas domésticas ou até mesmo lazer. A antecipação permite que esses gastos sejam planejados com antecedência, reduzindo a pressão financeira no segundo semestre, quando tradicionalmente o benefício era pago, em agosto e novembro.
Quem tem direito ao 13º salário do INSS
Nem todos os beneficiários do INSS recebem o 13º salário, e é importante esclarecer quem está incluído e quem fica de fora. O benefício é garantido aos seguintes grupos:
- Aposentados de todos os tipos (por idade, tempo de contribuição, invalidez ou especial).
- Pensionistas por morte.
- Beneficiários de auxílio-doença (atualmente chamado de auxílio por incapacidade temporária).
- Segurados que recebem auxílio-acidente.
- Beneficiários de auxílio-reclusão.
- Pessoas em gozo de salário-maternidade, desde que o benefício esteja ativo.
Por outro lado, alguns grupos não têm direito ao 13º salário, mesmo sendo atendidos pelo INSS. O Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda, é um benefício assistencial, não previdenciário, e, por isso, não inclui o abono anual. Da mesma forma, a Renda Mensal Vitalícia (RMV), um benefício extinto mas ainda pago a alguns segurados, também não dá direito ao 13º.
Como consultar o valor e as datas de pagamento
A consulta ao valor da primeira parcela do 13º salário está disponível desde 17 de abril, e os beneficiários podem acessar as informações de forma prática e segura. As opções incluem:
- Aplicativo Meu INSS: Disponível para Android e iOS, permite verificar o extrato de pagamento com login via CPF e senha.
- Site oficial: Acesse gov.br/meuinss, faça login e selecione a opção “Extrato de Contribuição” para baixar o comprovante em PDF.
- Central 135: Atendimento telefônico de segunda a sábado, das 7h às 22h. É necessário informar o CPF e responder a perguntas de segurança para confirmar a identidade.
Esses canais também permitem acompanhar o calendário de pagamentos e esclarecer dúvidas sobre o benefício. O INSS recomenda que os segurados evitem compartilhar dados pessoais em canais não oficiais, já que circulam mensagens falsas sobre um suposto “14º salário” ou outros benefícios inexistentes.
Histórico da antecipação do 13º salário
A prática de antecipar o 13º salário do INSS começou em 2020, durante a pandemia de covid-19, como uma medida para mitigar os impactos econômicos da crise sanitária. Naquele ano, o governo liberou os pagamentos entre abril e junho, beneficiando milhões de brasileiros que enfrentavam dificuldades financeiras. A iniciativa foi repetida em 2021, também em resposta à pandemia, e consolidou-se nos anos seguintes como uma estratégia para estimular a economia e apoiar os segurados.
Em 2022 e 2023, as parcelas foram pagas em maio e junho, enquanto em 2024 e 2025 o governo optou por abril e maio, ajustando o calendário para antecipar ainda mais os repasses. Essa mudança reflete a prioridade do governo em garantir que os beneficiários tenham acesso aos recursos no início do ano, quando muitas famílias enfrentam despesas acumuladas, como impostos e matrículas escolares. A formalização da antecipação em 2025, por meio de decreto presidencial, reforça o compromisso com a continuidade dessa política.
A decisão de antecipar o 13º salário também depende de fatores como a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Em 2025, a votação da LOA enfrentou atrasos no Congresso Nacional, mas a liberação do benefício foi garantida após intensas negociações. Esse contexto destaca a importância de planejamento fiscal para viabilizar medidas de impacto social como essa.
Cálculo do 13º salário e proporcionalidade
O valor do 13º salário do INSS é calculado com base no tempo de recebimento do benefício ao longo do ano. Para quem já era segurado em janeiro de 2025, o abono corresponde ao valor integral do benefício mensal, dividido em duas parcelas de 50%. Por exemplo, um aposentado que recebe R$ 2.000 por mês terá R$ 1.000 na primeira parcela e o restante na segunda, que pode incluir desconto de Imposto de Renda, se aplicável.
Para quem começou a receber o benefício após janeiro, o 13º é proporcional ao número de meses em que o segurado esteve ativo. Um beneficiário que se aposentou em julho, por exemplo, receberá 6/12 do valor total, ou seja, metade do abono. No caso de benefícios temporários, como o auxílio-doença, o valor também é ajustado conforme a duração do pagamento. Se o benefício for encerrado antes de 31 de dezembro, o INSS realiza um “encontro de contas” para ajustar o valor pago.
Essa proporcionalidade garante justiça no pagamento, mas pode gerar dúvidas entre os segurados. Por isso, o INSS recomenda a consulta ao extrato de pagamento, que detalha o valor exato a ser recebido. A transparência no processo é essencial para evitar fraudes e desinformação, especialmente em um contexto em que mensagens falsas sobre benefícios adicionais circulam nas redes sociais.
Benefícios regionais e impacto social
A distribuição dos R$ 73,3 bilhões do 13º salário do INSS tem impactos variados nas diferentes regiões do Brasil. A Região Sudeste, que concentra o maior número de beneficiários, receberá a maior fatia dos recursos, totalizando R$ 36,2 bilhões. O Nordeste, com sua grande população de aposentados e pensionistas, terá R$ 15,76 bilhões, enquanto o Sul receberá R$ 13,6 bilhões. As regiões Norte e Centro-Oeste, embora com menos segurados, também serão beneficiadas, com valores proporcionais à quantidade de beneficiários.
Essa injeção de recursos tem um impacto social significativo, especialmente em cidades menores, onde os benefícios do INSS muitas vezes representam a principal fonte de renda das famílias. Pequenos comerciantes, farmácias e prestadores de serviços locais costumam registrar aumento nas vendas durante o período de pagamento do 13º, o que reforça a importância da antecipação para a economia regional.
Além disso, a antecipação ajuda a reduzir a dependência de crédito e empréstimos entre os beneficiários, que podem usar o 13º para quitar dívidas acumuladas ou planejar investimentos de longo prazo, como reformas em suas residências. Esse alívio financeiro é particularmente relevante para idosos, que frequentemente enfrentam despesas médicas elevadas.

Cuidados contra fraudes e desinformação
O INSS tem alertado os beneficiários sobre a circulação de informações falsas, como a promessa de um “14º salário” ou de benefícios extras no fim do ano. Essas mensagens, que muitas vezes aparecem em redes sociais ou aplicativos de mensagem, são fraudes destinadas a capturar dados pessoais ou induzir os segurados a realizar pagamentos indevidos. O órgão esclarece que não há previsão de nenhum pagamento adicional além do 13º salário antecipado.
Para evitar golpes, os beneficiários devem:
- Consultar informações apenas em canais oficiais, como o site gov.br/meuinss, o aplicativo Meu INSS ou a Central 135.
- Desconfiar de mensagens que solicitam dados pessoais, como CPF, número do benefício ou senhas.
- Evitar clicar em links enviados por mensagens ou e-mails não solicitados.
- Confirmar qualquer informação diretamente com o INSS antes de tomar providências.
A transparência na divulgação do calendário e dos valores do 13º salário é uma das estratégias do INSS para combater a desinformação. A liberação antecipada da consulta, desde 17 de abril, permite que os segurados verifiquem os dados com antecedência e planejem seus gastos com segurança.
Planejamento financeiro com o 13º salário
A antecipação do 13º salário oferece aos beneficiários uma oportunidade única de planejar suas finanças com antecedência. Muitos aposentados e pensionistas utilizam o valor para cobrir despesas essenciais, como contas de luz, água e gás, que tendem a acumular no início do ano. Outros destinam o recurso para compras importantes, como eletrodomésticos, móveis ou até mesmo presentes para a família.
Especialistas em finanças recomendam que os segurados priorizem o pagamento de dívidas com juros altos, como cartão de crédito ou cheque especial, para evitar encargos adicionais. Outra sugestão é reservar uma parte do 13º para criar uma reserva de emergência, que pode ser útil em imprevistos, como despesas médicas ou consertos domésticos. Para quem tem condições, investir em melhorias na qualidade de vida, como cursos ou atividades de lazer, também é uma opção válida.
O INSS incentiva os beneficiários a usar o aplicativo Meu INSS para acompanhar seus extratos e planejar os gastos com base nos valores confirmados. A consulta regular ao extrato também ajuda a identificar eventuais irregularidades, como descontos indevidos, que podem ser corrigidos diretamente com o órgão.
Perspectivas para o futuro
A continuidade da antecipação do 13º salário do INSS dependerá de decisões políticas e econômicas nos próximos anos. A prática, que se tornou recorrente desde 2020, exige planejamento fiscal por parte do governo, já que a liberação antecipada dos recursos impacta o orçamento federal. A aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) é um fator determinante, e eventuais atrasos no Congresso podem influenciar o calendário de pagamentos no futuro.
Apesar dos desafios, a antecipação tem se mostrado uma medida eficaz para apoiar os beneficiários e estimular a economia. A expectativa é que o governo mantenha a política nos próximos anos, ajustando o calendário conforme as necessidades econômicas e sociais. Para os segurados, a garantia de receber o 13º salário no primeiro semestre representa uma segurança financeira importante, especialmente em um contexto de inflação e aumento do custo de vida.
A iniciativa também reforça a relevância do INSS como um pilar do sistema de proteção social no Brasil. Com mais de 40 milhões de benefícios pagos mensalmente, o órgão desempenha um papel central na redução da desigualdade e na garantia de renda para milhões de brasileiros, especialmente idosos e pessoas com deficiência.
Dicas para aproveitar o 13º salário com segurança
Para garantir que o 13º salário seja usado de forma eficiente e segura, os beneficiários podem seguir algumas orientações práticas:
- Planeje os gastos: Faça uma lista de prioridades, incluindo despesas essenciais e dívidas pendentes, antes de gastar o valor.
- Evite compras impulsivas: Avalie a real necessidade de adquirir bens ou serviços, especialmente itens de alto custo.
- Consulte o extrato regularmente: Verifique o valor exato do pagamento no Meu INSS para evitar surpresas.
- Proteja seus dados: Não compartilhe informações pessoais com terceiros e evite acessar links suspeitos.
- Considere investimentos: Se possível, reserve uma parte do 13º para poupança ou aplicações de baixo risco.
Essas medidas ajudam a maximizar o impacto positivo do 13º salário, garantindo que o recurso seja usado de forma consciente e sustentável.

A antecipação do 13º salário para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está movimentando o cenário econômico brasileiro. Em 2025, cerca de 34,2 milhões de pessoas terão acesso à primeira parcela do benefício entre 24 de abril e 8 de maio, com a segunda parcela programada para 26 de maio a 6 de junho. A medida, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve injetar aproximadamente R$ 73,3 bilhões na economia, trazendo alívio financeiro para milhões de famílias e aquecendo setores como comércio e serviços. A consulta ao valor da primeira parcela já está disponível desde 17 de abril, por meio do aplicativo Meu INSS, site oficial ou pela Central 135.
Essa iniciativa marca o sexto ano consecutivo em que o governo federal opta por antecipar o pagamento do 13º salário do INSS, uma prática que começou em 2020 devido à pandemia de covid-19 e foi mantida nos anos seguintes. A antecipação, segundo o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, reflete o compromisso do governo em apoiar os beneficiários do INSS, que muitas vezes dependem desses recursos para cobrir despesas essenciais, como saúde, alimentação e pagamento de dívidas. A decisão também foi formalizada por um decreto presidencial publicado em 4 de abril no Diário Oficial da União, garantindo a liberação dos valores no primeiro semestre.
Para facilitar o acesso às informações, o INSS liberou a consulta antecipada ao valor da primeira parcela, permitindo que os segurados planejem melhor suas finanças. Os beneficiários que recebem até um salário-mínimo, cerca de 70,5% do total, terão prioridade no pagamento, enquanto aqueles com benefícios acima do piso nacional seguirão um calendário específico. A medida beneficia diretamente aposentados, pensionistas e segurados de auxílios como auxílio-doença, auxílio-acidente e auxílio-reclusão, mas exclui grupos como os contemplados pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Calendário detalhado da primeira parcela
O pagamento da primeira parcela do 13º salário do INSS segue um cronograma baseado no número final do cartão de benefício, sem considerar o dígito verificador após o traço. Abaixo, confira as datas para cada grupo:
- Para quem ganha até um salário-mínimo (R$ 1.518):
- Final 1: 24 de abril
- Final 2: 25 de abril
- Final 3: 28 de abril
- Final 4: 29 de abril
- Final 5: 30 de abril
- Final 6: 2 de maio
- Final 7: 5 de maio
- Final 8: 6 de maio
- Final 9: 7 de maio
- Final 0: 8 de maio
- Para quem ganha acima do salário-mínimo:
- Finais 1 e 6: 2 de maio
- Finais 2 e 7: 5 de maio
- Finais 3 e 8: 6 de maio
- Finais 4 e 9: 7 de maio
- Finais 5 e 0: 8 de maio
Esse calendário foi estruturado para garantir uma distribuição organizada, priorizando os beneficiários de menor renda. A primeira parcela corresponde a 50% do valor do benefício, sem descontos, enquanto a segunda parcela, paga em maio e junho, pode incluir deduções de Imposto de Renda para os segurados obrigados a contribuir.
Impacto econômico da antecipação
A liberação de R$ 73,3 bilhões na economia brasileira com a antecipação do 13º salário do INSS representa um impulso significativo para diversos setores. O montante beneficia diretamente 34,2 milhões de pessoas, das quais 28,68 milhões recebem até um salário-mínimo e 11,98 milhões têm benefícios acima do piso nacional, incluindo 10,6 mil segurados que recebem o teto previdenciário de R$ 8.157,41. Essa injeção de recursos deve estimular o consumo, especialmente em áreas como varejo, farmácias e serviços essenciais, onde os beneficiários costumam direcionar boa parte de seus gastos.
A antecipação também reflete uma estratégia do governo para aquecer a economia no primeiro semestre, período em que o consumo tende a ser mais tímido após as despesas de fim de ano. Segundo o ministro Carlos Lupi, cada pagamento feito pelos beneficiários, seja em contas de mercado, farmácias ou quitação de dívidas, gera um ciclo virtuoso que retorna aos cofres públicos na forma de impostos. A Região Sudeste, que concentra a maior parte dos segurados, receberá R$ 36,2 bilhões, seguida pelo Nordeste, com R$ 15,76 bilhões, e pelo Sul, com R$ 13,6 bilhões.
Além do impacto macroeconômico, a medida traz alívio financeiro direto para as famílias. Muitos aposentados e pensionistas dependem do 13º salário para cobrir despesas extras, como tratamentos médicos, reformas domésticas ou até mesmo lazer. A antecipação permite que esses gastos sejam planejados com antecedência, reduzindo a pressão financeira no segundo semestre, quando tradicionalmente o benefício era pago, em agosto e novembro.
Quem tem direito ao 13º salário do INSS
Nem todos os beneficiários do INSS recebem o 13º salário, e é importante esclarecer quem está incluído e quem fica de fora. O benefício é garantido aos seguintes grupos:
- Aposentados de todos os tipos (por idade, tempo de contribuição, invalidez ou especial).
- Pensionistas por morte.
- Beneficiários de auxílio-doença (atualmente chamado de auxílio por incapacidade temporária).
- Segurados que recebem auxílio-acidente.
- Beneficiários de auxílio-reclusão.
- Pessoas em gozo de salário-maternidade, desde que o benefício esteja ativo.
Por outro lado, alguns grupos não têm direito ao 13º salário, mesmo sendo atendidos pelo INSS. O Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda, é um benefício assistencial, não previdenciário, e, por isso, não inclui o abono anual. Da mesma forma, a Renda Mensal Vitalícia (RMV), um benefício extinto mas ainda pago a alguns segurados, também não dá direito ao 13º.
Como consultar o valor e as datas de pagamento
A consulta ao valor da primeira parcela do 13º salário está disponível desde 17 de abril, e os beneficiários podem acessar as informações de forma prática e segura. As opções incluem:
- Aplicativo Meu INSS: Disponível para Android e iOS, permite verificar o extrato de pagamento com login via CPF e senha.
- Site oficial: Acesse gov.br/meuinss, faça login e selecione a opção “Extrato de Contribuição” para baixar o comprovante em PDF.
- Central 135: Atendimento telefônico de segunda a sábado, das 7h às 22h. É necessário informar o CPF e responder a perguntas de segurança para confirmar a identidade.
Esses canais também permitem acompanhar o calendário de pagamentos e esclarecer dúvidas sobre o benefício. O INSS recomenda que os segurados evitem compartilhar dados pessoais em canais não oficiais, já que circulam mensagens falsas sobre um suposto “14º salário” ou outros benefícios inexistentes.
Histórico da antecipação do 13º salário
A prática de antecipar o 13º salário do INSS começou em 2020, durante a pandemia de covid-19, como uma medida para mitigar os impactos econômicos da crise sanitária. Naquele ano, o governo liberou os pagamentos entre abril e junho, beneficiando milhões de brasileiros que enfrentavam dificuldades financeiras. A iniciativa foi repetida em 2021, também em resposta à pandemia, e consolidou-se nos anos seguintes como uma estratégia para estimular a economia e apoiar os segurados.
Em 2022 e 2023, as parcelas foram pagas em maio e junho, enquanto em 2024 e 2025 o governo optou por abril e maio, ajustando o calendário para antecipar ainda mais os repasses. Essa mudança reflete a prioridade do governo em garantir que os beneficiários tenham acesso aos recursos no início do ano, quando muitas famílias enfrentam despesas acumuladas, como impostos e matrículas escolares. A formalização da antecipação em 2025, por meio de decreto presidencial, reforça o compromisso com a continuidade dessa política.
A decisão de antecipar o 13º salário também depende de fatores como a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Em 2025, a votação da LOA enfrentou atrasos no Congresso Nacional, mas a liberação do benefício foi garantida após intensas negociações. Esse contexto destaca a importância de planejamento fiscal para viabilizar medidas de impacto social como essa.
Cálculo do 13º salário e proporcionalidade
O valor do 13º salário do INSS é calculado com base no tempo de recebimento do benefício ao longo do ano. Para quem já era segurado em janeiro de 2025, o abono corresponde ao valor integral do benefício mensal, dividido em duas parcelas de 50%. Por exemplo, um aposentado que recebe R$ 2.000 por mês terá R$ 1.000 na primeira parcela e o restante na segunda, que pode incluir desconto de Imposto de Renda, se aplicável.
Para quem começou a receber o benefício após janeiro, o 13º é proporcional ao número de meses em que o segurado esteve ativo. Um beneficiário que se aposentou em julho, por exemplo, receberá 6/12 do valor total, ou seja, metade do abono. No caso de benefícios temporários, como o auxílio-doença, o valor também é ajustado conforme a duração do pagamento. Se o benefício for encerrado antes de 31 de dezembro, o INSS realiza um “encontro de contas” para ajustar o valor pago.
Essa proporcionalidade garante justiça no pagamento, mas pode gerar dúvidas entre os segurados. Por isso, o INSS recomenda a consulta ao extrato de pagamento, que detalha o valor exato a ser recebido. A transparência no processo é essencial para evitar fraudes e desinformação, especialmente em um contexto em que mensagens falsas sobre benefícios adicionais circulam nas redes sociais.
Benefícios regionais e impacto social
A distribuição dos R$ 73,3 bilhões do 13º salário do INSS tem impactos variados nas diferentes regiões do Brasil. A Região Sudeste, que concentra o maior número de beneficiários, receberá a maior fatia dos recursos, totalizando R$ 36,2 bilhões. O Nordeste, com sua grande população de aposentados e pensionistas, terá R$ 15,76 bilhões, enquanto o Sul receberá R$ 13,6 bilhões. As regiões Norte e Centro-Oeste, embora com menos segurados, também serão beneficiadas, com valores proporcionais à quantidade de beneficiários.
Essa injeção de recursos tem um impacto social significativo, especialmente em cidades menores, onde os benefícios do INSS muitas vezes representam a principal fonte de renda das famílias. Pequenos comerciantes, farmácias e prestadores de serviços locais costumam registrar aumento nas vendas durante o período de pagamento do 13º, o que reforça a importância da antecipação para a economia regional.
Além disso, a antecipação ajuda a reduzir a dependência de crédito e empréstimos entre os beneficiários, que podem usar o 13º para quitar dívidas acumuladas ou planejar investimentos de longo prazo, como reformas em suas residências. Esse alívio financeiro é particularmente relevante para idosos, que frequentemente enfrentam despesas médicas elevadas.

Cuidados contra fraudes e desinformação
O INSS tem alertado os beneficiários sobre a circulação de informações falsas, como a promessa de um “14º salário” ou de benefícios extras no fim do ano. Essas mensagens, que muitas vezes aparecem em redes sociais ou aplicativos de mensagem, são fraudes destinadas a capturar dados pessoais ou induzir os segurados a realizar pagamentos indevidos. O órgão esclarece que não há previsão de nenhum pagamento adicional além do 13º salário antecipado.
Para evitar golpes, os beneficiários devem:
- Consultar informações apenas em canais oficiais, como o site gov.br/meuinss, o aplicativo Meu INSS ou a Central 135.
- Desconfiar de mensagens que solicitam dados pessoais, como CPF, número do benefício ou senhas.
- Evitar clicar em links enviados por mensagens ou e-mails não solicitados.
- Confirmar qualquer informação diretamente com o INSS antes de tomar providências.
A transparência na divulgação do calendário e dos valores do 13º salário é uma das estratégias do INSS para combater a desinformação. A liberação antecipada da consulta, desde 17 de abril, permite que os segurados verifiquem os dados com antecedência e planejem seus gastos com segurança.
Planejamento financeiro com o 13º salário
A antecipação do 13º salário oferece aos beneficiários uma oportunidade única de planejar suas finanças com antecedência. Muitos aposentados e pensionistas utilizam o valor para cobrir despesas essenciais, como contas de luz, água e gás, que tendem a acumular no início do ano. Outros destinam o recurso para compras importantes, como eletrodomésticos, móveis ou até mesmo presentes para a família.
Especialistas em finanças recomendam que os segurados priorizem o pagamento de dívidas com juros altos, como cartão de crédito ou cheque especial, para evitar encargos adicionais. Outra sugestão é reservar uma parte do 13º para criar uma reserva de emergência, que pode ser útil em imprevistos, como despesas médicas ou consertos domésticos. Para quem tem condições, investir em melhorias na qualidade de vida, como cursos ou atividades de lazer, também é uma opção válida.
O INSS incentiva os beneficiários a usar o aplicativo Meu INSS para acompanhar seus extratos e planejar os gastos com base nos valores confirmados. A consulta regular ao extrato também ajuda a identificar eventuais irregularidades, como descontos indevidos, que podem ser corrigidos diretamente com o órgão.
Perspectivas para o futuro
A continuidade da antecipação do 13º salário do INSS dependerá de decisões políticas e econômicas nos próximos anos. A prática, que se tornou recorrente desde 2020, exige planejamento fiscal por parte do governo, já que a liberação antecipada dos recursos impacta o orçamento federal. A aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) é um fator determinante, e eventuais atrasos no Congresso podem influenciar o calendário de pagamentos no futuro.
Apesar dos desafios, a antecipação tem se mostrado uma medida eficaz para apoiar os beneficiários e estimular a economia. A expectativa é que o governo mantenha a política nos próximos anos, ajustando o calendário conforme as necessidades econômicas e sociais. Para os segurados, a garantia de receber o 13º salário no primeiro semestre representa uma segurança financeira importante, especialmente em um contexto de inflação e aumento do custo de vida.
A iniciativa também reforça a relevância do INSS como um pilar do sistema de proteção social no Brasil. Com mais de 40 milhões de benefícios pagos mensalmente, o órgão desempenha um papel central na redução da desigualdade e na garantia de renda para milhões de brasileiros, especialmente idosos e pessoas com deficiência.
Dicas para aproveitar o 13º salário com segurança
Para garantir que o 13º salário seja usado de forma eficiente e segura, os beneficiários podem seguir algumas orientações práticas:
- Planeje os gastos: Faça uma lista de prioridades, incluindo despesas essenciais e dívidas pendentes, antes de gastar o valor.
- Evite compras impulsivas: Avalie a real necessidade de adquirir bens ou serviços, especialmente itens de alto custo.
- Consulte o extrato regularmente: Verifique o valor exato do pagamento no Meu INSS para evitar surpresas.
- Proteja seus dados: Não compartilhe informações pessoais com terceiros e evite acessar links suspeitos.
- Considere investimentos: Se possível, reserve uma parte do 13º para poupança ou aplicações de baixo risco.
Essas medidas ajudam a maximizar o impacto positivo do 13º salário, garantindo que o recurso seja usado de forma consciente e sustentável.
