O Flamengo enfrenta a LDU nesta terça-feira, às 19h (de Brasília), no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, pela terceira rodada do Grupo C da Copa Libertadores 2025. Com a altitude de 2.850 metros como um dos principais desafios, o clube rubro-negro mudou sua abordagem para o confronto, buscando adaptar-se ao ambiente equatoriano e recuperar pontos após a derrota surpreendente para o Central Córdoba na última rodada. A delegação desembarcou na capital equatoriana no domingo, dois dias antes da partida, com o objetivo de aclimatar os jogadores ao ar rarefeito e garantir um desempenho competitivo. A estratégia, liderada pelo técnico Filipe Luís, também conta com a experiência do equatoriano Gonzalo Plata, que conhece bem o estádio e promete ser peça-chave no esquema tático.
A decisão de chegar a Quito com antecedência marca uma mudança significativa em relação a experiências anteriores do Flamengo em jogos na altitude. Em 2024, por exemplo, o clube optou por viajar no dia da partida contra o Bolívar, em La Paz, desembarcando primeiro em Santa Cruz de la Sierra, ao nível do mar, para minimizar os efeitos do ar rarefeito. Desta vez, a comissão técnica acredita que a adaptação prévia pode melhorar o rendimento físico dos atletas, especialmente em um jogo que é visto como decisivo para as pretensões do time na competição. O treino marcado para segunda-feira, às 17h30, no Estádio Atahualpa, será o último ajuste antes do confronto, com foco em posse de bola e controle do ritmo para lidar com a dificuldade de recuperação física na altitude.
Além da logística, o Flamengo enfrenta desafios internos. A ausência de jogadores importantes, como Allan e De La Cruz, foi uma decisão estratégica para preservar a saúde dos atletas em condições adversas. Allan, que possui traços falcêmicos, condição que pode comprometer o desempenho em altitudes elevadas, ficou fora da lista de relacionados, assim como ocorreu no duelo contra o Bolívar no ano passado. De La Cruz, por sua vez, foi poupado devido a um histórico de mal-estar em ambientes de grande altitude, como o registrado durante a convocação para a seleção uruguaia em março. O lateral-esquerdo Alex Sandro, com um edema na coxa esquerda, também não viajou, aumentando a pressão sobre o elenco disponível.
Principais desfalques do Flamengo para o confronto
- Allan: Não relacionado devido a traços falcêmicos, que afetam a performance em altitude.
- De La Cruz: Preservado por histórico de mal-estar em jogos disputados em grandes altitudes.
- Alex Sandro: Fora por edema na coxa esquerda, sem condições de viajar com a delegação.
Estratégia de Filipe Luís para o jogo na altitude
Filipe Luís, em sua primeira temporada completa como treinador do Flamengo, enfrenta um teste crucial em Quito. O ex-lateral, conhecido por sua inteligência tática como jogador, tem implementado um estilo de jogo baseado em posse de bola, pressão alta e transições rápidas. No entanto, a altitude exige ajustes, já que a recuperação física dos jogadores é mais lenta em condições de ar rarefeito. O técnico destacou a importância de controlar o ritmo do jogo, evitando esforços desnecessários que possam comprometer o desempenho na segunda etapa. A ideia é manter a posse de bola para reduzir a intensidade das ações defensivas e explorar as brechas na defesa da LDU, que costuma se beneficiar da altitude para pressionar os adversários.
O treinador também aposta na versatilidade do elenco para suprir as ausências. Jogadores como Arrascaeta, Gerson e Bruno Henrique são vistos como fundamentais para liderar o time em campo, enquanto Gonzalo Plata, equatoriano de nascimento, ganha destaque pela familiaridade com o estádio e o ambiente. Plata, que já atuou no Rodrigo Paz Delgado pela seleção equatoriana, é uma das principais armas ofensivas do Flamengo, com sua capacidade de dribles, passes decisivos e finalizações. Sua presença no time titular é praticamente certa, e ele deve atuar pelo lado direito, explorando a velocidade para desequilibrar a defesa adversária.
A preparação do Flamengo começou semanas antes, com a comissão técnica estudando os efeitos da altitude e ajustando os treinos no Rio de Janeiro. Sessões específicas de resistência e simulações de jogos em ritmo mais lento foram incorporadas ao planejamento, visando preparar o elenco para as condições de Quito. A escolha do Estádio Atahualpa para o treino de segunda-feira também reflete a preocupação com a adaptação, já que o local está situado a uma altitude semelhante à do estádio da partida. Essa logística detalhada demonstra o cuidado do clube em evitar os erros de temporadas anteriores, quando a falta de planejamento em jogos na altitude resultou em atuações abaixo do esperado.
Histórico de confrontos e desafios em Quito
O Flamengo já enfrentou a LDU em quatro ocasiões pela Libertadores, com um retrospecto equilibrado: duas vitórias, um empate e uma derrota. Em 2019, o Rubro-Negro venceu por 3 a 1 no Maracanã, mas perdeu por 2 a 1 em Quito. Em 2021, a equipe carioca triunfou por 3 a 2 no Equador e empatou por 2 a 2 no Rio de Janeiro. Esses jogos mostram a dificuldade de atuar no Estádio Rodrigo Paz Delgado, onde a LDU aproveita a altitude para impor um ritmo intenso nos minutos iniciais. A equipe equatoriana, campeã da Libertadores em 2008, tem tradição no torneio e conta com jogadores experientes, como o atacante paraguaio Alex Arce, que marcou 35 gols em 44 jogos em 2024.
A LDU chega ao confronto em boa fase. Atual bicampeã equatoriana, a equipe de Pablo Sánchez venceu o Aucas por 3 a 1 no último fim de semana, mesmo utilizando um time misto. O resultado reforça a confiança dos equatorianos, que lideram o Grupo C com quatro pontos, empatados com o Central Córdoba. O Flamengo, com três pontos, precisa de pelo menos um empate para se manter na briga pela classificação, mas uma vitória seria fundamental para ultrapassar a LDU e ganhar moral antes dos próximos jogos fora de casa. A derrota para o Central Córdoba no Maracanã, na segunda rodada, aumentou a pressão sobre o elenco, que agora tem uma margem de erro reduzida na competição.
Como a altitude influencia o desempenho
Jogar a 2.850 metros acima do nível do mar não é uma tarefa simples. A menor concentração de oxigênio no ar reduz a capacidade aeróbica dos atletas, dificultando a manutenção de um ritmo intenso durante os 90 minutos. Estudos apontam que jogadores não adaptados à altitude podem sofrer com fadiga precoce, dores de cabeça e até tonturas. Para minimizar esses efeitos, o Flamengo investiu em uma preparação detalhada, incluindo a chegada antecipada e treinos específicos. A estratégia de chegar dois dias antes é baseada em recomendações de especialistas, que sugerem que um período de 24 a 48 horas pode ajudar na aclimatação, embora a adaptação completa leve dias ou semanas.
A LDU, por sua vez, está acostumada a explorar a altitude como vantagem. O time equatoriano costuma pressionar os adversários nos primeiros minutos, aproveitando a dificuldade dos visitantes em se adaptar ao ritmo. Jogadores como Gabriel Villamil e Lisandro Alzugaray são peças-chave no meio-campo, enquanto Alex Arce é a principal ameaça no ataque. A ausência do goleiro Alexander Domínguez, suspenso por seis jogos pela Conmebol, pode ser um ponto a favor do Flamengo, mas o substituto Gonzalo Valle tem mostrado segurança nas últimas partidas.
Lista de fatores que o Flamengo considera na altitude
- Chegada antecipada: Desembarque dois dias antes para adaptação ao ar rarefeito.
- Treino estratégico: Sessão no Estádio Atahualpa para ajustes táticos e físicos.
- Controle de ritmo: Posse de bola para evitar desgaste excessivo na defesa.
- Escolha de elenco: Exclusão de jogadores com risco de mal-estar em altitude.
A importância de Gonzalo Plata no esquema tático
Gonzalo Plata é uma das grandes esperanças do Flamengo para o jogo em Quito. O meia-atacante, de 24 anos, nasceu no Equador e tem experiência em jogos no Estádio Rodrigo Paz Delgado, onde já atuou pela seleção nacional. Sua habilidade em conduzir a bola em velocidade, criar jogadas e finalizar de média distância o torna uma peça essencial no esquema de Filipe Luís. Na Libertadores 2025, Plata já se destacou na primeira rodada, contra o Deportivo Táchira, com assistências e participações diretas em gols. Sua familiaridade com o ambiente equatoriano pode ser um diferencial, especialmente em um jogo que exige inteligência tática para superar as adversidades.
Além de Plata, o Flamengo conta com outros nomes de peso no ataque. Pedro, artilheiro do time na temporada, é a referência no comando ofensivo, enquanto Bruno Henrique e Everton Cebolinha oferecem velocidade pelos lados. Arrascaeta, maestro do meio-campo, será responsável por ditar o ritmo e encontrar espaços na defesa adversária. A combinação desses jogadores pode ser decisiva, mas a execução do plano dependerá da capacidade do time de se adaptar às condições do jogo e manter a concentração durante os 90 minutos.
O contexto do Grupo C na Libertadores
O Grupo C da Libertadores 2025 está embolado. A LDU lidera com quatro pontos, empatada com o Central Córdoba, que enfrenta o Deportivo Táchira na mesma rodada. O Flamengo, com três pontos, ocupa a terceira posição, enquanto o Táchira é o lanterna, com zero. Uma vitória em Quito colocaria o Rubro-Negro na liderança provisória, mas um tropeço pode complicar a classificação, especialmente com dois jogos fora de casa nas próximas rodadas. A derrota para o Central Córdoba, na segunda rodada, foi um alerta para o Flamengo, que agora precisa recuperar pontos longe do Maracanã para evitar depender de resultados paralelos.
O calendário do Flamengo na Libertadores inclui confrontos decisivos nas próximas semanas. Após o jogo contra a LDU, o time enfrenta o Deportivo Táchira, na Venezuela, e o Central Córdoba, na Argentina, antes de voltar a jogar no Maracanã. A sequência de partidas fora de casa aumenta a importância de um bom resultado em Quito, que pode dar confiança ao elenco e aliviar a pressão sobre Filipe Luís. O técnico, que conquistou a Copa do Brasil em 2024, sabe que a Libertadores é o grande objetivo da temporada e está disposto a arriscar para alcançar a vitória.
Calendário do Flamengo na fase de grupos
- 1ª rodada (2 a 3/04): Deportivo Táchira 0 x 2 Flamengo (Venezuela)
- 2ª rodada (8 a 10/04): Flamengo 1 x 2 Central Córdoba (Maracanã)
- 3ª rodada (22 a 24/04): LDU x Flamengo (Quito)
- 4ª rodada (6 a 8/05): Deportivo Táchira x Flamengo (Venezuela)
- 5ª rodada (13 a 15/05): Flamengo x Central Córdoba (Maracanã)
- 6ª rodada (27 a 29/05): Flamengo x LDU (Maracanã)
A força da LDU em casa
A LDU é conhecida por sua força no Estádio Rodrigo Paz Delgado, onde a altitude e o apoio da torcida criam um ambiente intimidador. Desde 2016, o clube equatoriano enfrentou times brasileiros em todas as temporadas, com um retrospecto impressionante em casa: oito vitórias, dois empates e quatro derrotas contra equipes do Brasil. Em 2024, a LDU foi vice-campeã da Recopa Sul-Americana, perdendo para o Fluminense no Maracanã, e eliminou o Botafogo na fase de grupos da Libertadores. Esses resultados mostram a capacidade do time de Pablo Sánchez de complicar a vida de adversários sul-americanos, especialmente em Quito.
O técnico argentino, que assumiu a LDU no segundo semestre de 2024, trouxe organização tática e consistência ao elenco. Jogadores como Ricardo Adé, zagueiro haitiano, e Leonel Quiñónez, lateral-esquerdo, formam uma defesa sólida, enquanto Alex Arce é a principal arma ofensiva. A LDU também conta com a experiência de Gabriel Villamil, meio-campista que se destaca pela visão de jogo e capacidade de marcar gols de longa distância. A combinação desses elementos torna o confronto um desafio para o Flamengo, que precisará de disciplina tática para neutralizar os pontos fortes do adversário.
A pressão por resultados na Libertadores
A Libertadores é a competição mais importante do calendário do Flamengo, e a torcida espera uma campanha sólida em 2025. O clube, tricampeão do torneio (1981, 2019 e 2022), tem um elenco estrelado e um orçamento que o coloca entre os favoritos ao título. No entanto, a derrota para o Central Córdoba na segunda rodada gerou críticas e aumentou a pressão sobre Filipe Luís. A torcida, que lotou o Maracanã no último jogo, vaiou o time após o apito final, exigindo uma resposta imediata. O jogo contra a LDU é uma oportunidade para o Flamengo mostrar que pode superar adversidades e recuperar a confiança.
A preparação do Flamengo para a Libertadores começou ainda na pré-temporada, com contratações pontuais e a manutenção de peças-chave do elenco. A chegada de Filipe Luís ao comando técnico, após a saída de Tite, trouxe um novo fôlego ao time, mas também desafios. O treinador, que fez história como jogador no clube, precisa provar que pode liderar o Flamengo em uma competição tão exigente quanto a Libertadores. A partida em Quito será um teste de fogo, não apenas pelas condições adversas, mas também pela necessidade de um resultado positivo para manter o time na briga pela classificação.
O impacto de um bom resultado
Uma vitória contra a LDU teria um impacto significativo no Flamengo, tanto em termos de classificação quanto de moral. Além de ultrapassar o adversário na tabela, o resultado daria ao time uma vantagem psicológica para os próximos jogos fora de casa. A sequência de partidas longe do Maracanã será decisiva para as pretensões do clube na fase de grupos, e um triunfo em Quito poderia ser o ponto de virada após o tropeço contra o Central Córdoba. Para os jogadores, o jogo é uma chance de mostrar resiliência e compromisso com as ambições do clube na competição.
A torcida rubro-negra, conhecida por seu apoio incondicional, acompanha o confronto com expectativa. Apesar da distância, milhares de torcedores devem assistir à partida pelo Disney+, que transmite o jogo com exclusividade. A Nação, como é chamada a torcida do Flamengo, espera ver um time aguerrido, capaz de superar a altitude e trazer os três pontos de volta ao Rio de Janeiro. A presença de Gonzalo Plata, um jogador que carrega a esperança de desequilibrar, aumenta o otimismo, mas o desafio é grande, e o Flamengo precisará de uma atuação impecável para sair vitorioso.
A experiência de Filipe Luís como diferencial
Filipe Luís, aos 39 anos, é um dos técnicos mais jovens da Libertadores, mas sua experiência como jogador o coloca em uma posição privilegiada. Com passagens por clubes como Atlético de Madrid e Chelsea, além de três títulos da Libertadores como atleta, o treinador conhece bem os desafios do torneio. Sua capacidade de ler o jogo e fazer ajustes táticos durante as partidas tem sido elogiada, mas a pressão por resultados imediatos é alta. Em Quito, ele terá a chance de mostrar que pode unir sua visão moderna de futebol com a pragmatismo necessário para vencer em condições adversas.
O técnico também tem lidado com a gestão de um elenco repleto de estrelas. Jogadores como Arrascaeta, Pedro e Bruno Henrique exigem um equilíbrio entre liberdade criativa e disciplina tática, algo que Filipe Luís tem buscado implementar desde o início da temporada. A escolha de deixar Allan e De La Cruz no Rio de Janeiro reflete sua preocupação com o bem-estar dos atletas, mas também aumenta a responsabilidade de outros jogadores, como Erick Pulgar e Gerson, no meio-campo. A escalação para o jogo deve priorizar a solidez defensiva, com Léo Pereira e Léo Ortiz formando a dupla de zaga, e a velocidade no ataque, com Plata e Bruno Henrique como protagonistas.
O que esperar do confronto
O jogo entre LDU e Flamengo promete ser um dos mais disputados da terceira rodada da Libertadores. A LDU, com a vantagem da altitude e o apoio da torcida, deve adotar uma postura agressiva nos primeiros minutos, buscando abrir o placar cedo. O Flamengo, por sua vez, precisará de paciência para controlar o ritmo e evitar o desgaste físico. A posse de bola será crucial, assim como a eficiência nas finalizações, já que as chances de gol podem ser escassas em um confronto tão equilibrado. A experiência de jogadores como Arrascaeta e a energia de Plata serão determinantes para o sucesso do Rubro-Negro.
A expectativa é de um jogo tenso, com poucos gols, mas muita intensidade. O Flamengo tem qualidade para sair com a vitória, mas precisará superar não apenas a LDU, mas também as condições adversas de Quito. A estratégia de Filipe Luís, aliada à preparação logística do clube, pode ser o diferencial para um resultado positivo. Independentemente do placar, o confronto será um marco na campanha do Flamengo na Libertadores 2025, definindo o tom para as próximas rodadas e testando a capacidade do time de lidar com os desafios do torneio mais importante da América do Sul.

O Flamengo enfrenta a LDU nesta terça-feira, às 19h (de Brasília), no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, pela terceira rodada do Grupo C da Copa Libertadores 2025. Com a altitude de 2.850 metros como um dos principais desafios, o clube rubro-negro mudou sua abordagem para o confronto, buscando adaptar-se ao ambiente equatoriano e recuperar pontos após a derrota surpreendente para o Central Córdoba na última rodada. A delegação desembarcou na capital equatoriana no domingo, dois dias antes da partida, com o objetivo de aclimatar os jogadores ao ar rarefeito e garantir um desempenho competitivo. A estratégia, liderada pelo técnico Filipe Luís, também conta com a experiência do equatoriano Gonzalo Plata, que conhece bem o estádio e promete ser peça-chave no esquema tático.
A decisão de chegar a Quito com antecedência marca uma mudança significativa em relação a experiências anteriores do Flamengo em jogos na altitude. Em 2024, por exemplo, o clube optou por viajar no dia da partida contra o Bolívar, em La Paz, desembarcando primeiro em Santa Cruz de la Sierra, ao nível do mar, para minimizar os efeitos do ar rarefeito. Desta vez, a comissão técnica acredita que a adaptação prévia pode melhorar o rendimento físico dos atletas, especialmente em um jogo que é visto como decisivo para as pretensões do time na competição. O treino marcado para segunda-feira, às 17h30, no Estádio Atahualpa, será o último ajuste antes do confronto, com foco em posse de bola e controle do ritmo para lidar com a dificuldade de recuperação física na altitude.
Além da logística, o Flamengo enfrenta desafios internos. A ausência de jogadores importantes, como Allan e De La Cruz, foi uma decisão estratégica para preservar a saúde dos atletas em condições adversas. Allan, que possui traços falcêmicos, condição que pode comprometer o desempenho em altitudes elevadas, ficou fora da lista de relacionados, assim como ocorreu no duelo contra o Bolívar no ano passado. De La Cruz, por sua vez, foi poupado devido a um histórico de mal-estar em ambientes de grande altitude, como o registrado durante a convocação para a seleção uruguaia em março. O lateral-esquerdo Alex Sandro, com um edema na coxa esquerda, também não viajou, aumentando a pressão sobre o elenco disponível.
Principais desfalques do Flamengo para o confronto
- Allan: Não relacionado devido a traços falcêmicos, que afetam a performance em altitude.
- De La Cruz: Preservado por histórico de mal-estar em jogos disputados em grandes altitudes.
- Alex Sandro: Fora por edema na coxa esquerda, sem condições de viajar com a delegação.
Estratégia de Filipe Luís para o jogo na altitude
Filipe Luís, em sua primeira temporada completa como treinador do Flamengo, enfrenta um teste crucial em Quito. O ex-lateral, conhecido por sua inteligência tática como jogador, tem implementado um estilo de jogo baseado em posse de bola, pressão alta e transições rápidas. No entanto, a altitude exige ajustes, já que a recuperação física dos jogadores é mais lenta em condições de ar rarefeito. O técnico destacou a importância de controlar o ritmo do jogo, evitando esforços desnecessários que possam comprometer o desempenho na segunda etapa. A ideia é manter a posse de bola para reduzir a intensidade das ações defensivas e explorar as brechas na defesa da LDU, que costuma se beneficiar da altitude para pressionar os adversários.
O treinador também aposta na versatilidade do elenco para suprir as ausências. Jogadores como Arrascaeta, Gerson e Bruno Henrique são vistos como fundamentais para liderar o time em campo, enquanto Gonzalo Plata, equatoriano de nascimento, ganha destaque pela familiaridade com o estádio e o ambiente. Plata, que já atuou no Rodrigo Paz Delgado pela seleção equatoriana, é uma das principais armas ofensivas do Flamengo, com sua capacidade de dribles, passes decisivos e finalizações. Sua presença no time titular é praticamente certa, e ele deve atuar pelo lado direito, explorando a velocidade para desequilibrar a defesa adversária.
A preparação do Flamengo começou semanas antes, com a comissão técnica estudando os efeitos da altitude e ajustando os treinos no Rio de Janeiro. Sessões específicas de resistência e simulações de jogos em ritmo mais lento foram incorporadas ao planejamento, visando preparar o elenco para as condições de Quito. A escolha do Estádio Atahualpa para o treino de segunda-feira também reflete a preocupação com a adaptação, já que o local está situado a uma altitude semelhante à do estádio da partida. Essa logística detalhada demonstra o cuidado do clube em evitar os erros de temporadas anteriores, quando a falta de planejamento em jogos na altitude resultou em atuações abaixo do esperado.
Histórico de confrontos e desafios em Quito
O Flamengo já enfrentou a LDU em quatro ocasiões pela Libertadores, com um retrospecto equilibrado: duas vitórias, um empate e uma derrota. Em 2019, o Rubro-Negro venceu por 3 a 1 no Maracanã, mas perdeu por 2 a 1 em Quito. Em 2021, a equipe carioca triunfou por 3 a 2 no Equador e empatou por 2 a 2 no Rio de Janeiro. Esses jogos mostram a dificuldade de atuar no Estádio Rodrigo Paz Delgado, onde a LDU aproveita a altitude para impor um ritmo intenso nos minutos iniciais. A equipe equatoriana, campeã da Libertadores em 2008, tem tradição no torneio e conta com jogadores experientes, como o atacante paraguaio Alex Arce, que marcou 35 gols em 44 jogos em 2024.
A LDU chega ao confronto em boa fase. Atual bicampeã equatoriana, a equipe de Pablo Sánchez venceu o Aucas por 3 a 1 no último fim de semana, mesmo utilizando um time misto. O resultado reforça a confiança dos equatorianos, que lideram o Grupo C com quatro pontos, empatados com o Central Córdoba. O Flamengo, com três pontos, precisa de pelo menos um empate para se manter na briga pela classificação, mas uma vitória seria fundamental para ultrapassar a LDU e ganhar moral antes dos próximos jogos fora de casa. A derrota para o Central Córdoba no Maracanã, na segunda rodada, aumentou a pressão sobre o elenco, que agora tem uma margem de erro reduzida na competição.
Como a altitude influencia o desempenho
Jogar a 2.850 metros acima do nível do mar não é uma tarefa simples. A menor concentração de oxigênio no ar reduz a capacidade aeróbica dos atletas, dificultando a manutenção de um ritmo intenso durante os 90 minutos. Estudos apontam que jogadores não adaptados à altitude podem sofrer com fadiga precoce, dores de cabeça e até tonturas. Para minimizar esses efeitos, o Flamengo investiu em uma preparação detalhada, incluindo a chegada antecipada e treinos específicos. A estratégia de chegar dois dias antes é baseada em recomendações de especialistas, que sugerem que um período de 24 a 48 horas pode ajudar na aclimatação, embora a adaptação completa leve dias ou semanas.
A LDU, por sua vez, está acostumada a explorar a altitude como vantagem. O time equatoriano costuma pressionar os adversários nos primeiros minutos, aproveitando a dificuldade dos visitantes em se adaptar ao ritmo. Jogadores como Gabriel Villamil e Lisandro Alzugaray são peças-chave no meio-campo, enquanto Alex Arce é a principal ameaça no ataque. A ausência do goleiro Alexander Domínguez, suspenso por seis jogos pela Conmebol, pode ser um ponto a favor do Flamengo, mas o substituto Gonzalo Valle tem mostrado segurança nas últimas partidas.
Lista de fatores que o Flamengo considera na altitude
- Chegada antecipada: Desembarque dois dias antes para adaptação ao ar rarefeito.
- Treino estratégico: Sessão no Estádio Atahualpa para ajustes táticos e físicos.
- Controle de ritmo: Posse de bola para evitar desgaste excessivo na defesa.
- Escolha de elenco: Exclusão de jogadores com risco de mal-estar em altitude.
A importância de Gonzalo Plata no esquema tático
Gonzalo Plata é uma das grandes esperanças do Flamengo para o jogo em Quito. O meia-atacante, de 24 anos, nasceu no Equador e tem experiência em jogos no Estádio Rodrigo Paz Delgado, onde já atuou pela seleção nacional. Sua habilidade em conduzir a bola em velocidade, criar jogadas e finalizar de média distância o torna uma peça essencial no esquema de Filipe Luís. Na Libertadores 2025, Plata já se destacou na primeira rodada, contra o Deportivo Táchira, com assistências e participações diretas em gols. Sua familiaridade com o ambiente equatoriano pode ser um diferencial, especialmente em um jogo que exige inteligência tática para superar as adversidades.
Além de Plata, o Flamengo conta com outros nomes de peso no ataque. Pedro, artilheiro do time na temporada, é a referência no comando ofensivo, enquanto Bruno Henrique e Everton Cebolinha oferecem velocidade pelos lados. Arrascaeta, maestro do meio-campo, será responsável por ditar o ritmo e encontrar espaços na defesa adversária. A combinação desses jogadores pode ser decisiva, mas a execução do plano dependerá da capacidade do time de se adaptar às condições do jogo e manter a concentração durante os 90 minutos.
O contexto do Grupo C na Libertadores
O Grupo C da Libertadores 2025 está embolado. A LDU lidera com quatro pontos, empatada com o Central Córdoba, que enfrenta o Deportivo Táchira na mesma rodada. O Flamengo, com três pontos, ocupa a terceira posição, enquanto o Táchira é o lanterna, com zero. Uma vitória em Quito colocaria o Rubro-Negro na liderança provisória, mas um tropeço pode complicar a classificação, especialmente com dois jogos fora de casa nas próximas rodadas. A derrota para o Central Córdoba, na segunda rodada, foi um alerta para o Flamengo, que agora precisa recuperar pontos longe do Maracanã para evitar depender de resultados paralelos.
O calendário do Flamengo na Libertadores inclui confrontos decisivos nas próximas semanas. Após o jogo contra a LDU, o time enfrenta o Deportivo Táchira, na Venezuela, e o Central Córdoba, na Argentina, antes de voltar a jogar no Maracanã. A sequência de partidas fora de casa aumenta a importância de um bom resultado em Quito, que pode dar confiança ao elenco e aliviar a pressão sobre Filipe Luís. O técnico, que conquistou a Copa do Brasil em 2024, sabe que a Libertadores é o grande objetivo da temporada e está disposto a arriscar para alcançar a vitória.
Calendário do Flamengo na fase de grupos
- 1ª rodada (2 a 3/04): Deportivo Táchira 0 x 2 Flamengo (Venezuela)
- 2ª rodada (8 a 10/04): Flamengo 1 x 2 Central Córdoba (Maracanã)
- 3ª rodada (22 a 24/04): LDU x Flamengo (Quito)
- 4ª rodada (6 a 8/05): Deportivo Táchira x Flamengo (Venezuela)
- 5ª rodada (13 a 15/05): Flamengo x Central Córdoba (Maracanã)
- 6ª rodada (27 a 29/05): Flamengo x LDU (Maracanã)
A força da LDU em casa
A LDU é conhecida por sua força no Estádio Rodrigo Paz Delgado, onde a altitude e o apoio da torcida criam um ambiente intimidador. Desde 2016, o clube equatoriano enfrentou times brasileiros em todas as temporadas, com um retrospecto impressionante em casa: oito vitórias, dois empates e quatro derrotas contra equipes do Brasil. Em 2024, a LDU foi vice-campeã da Recopa Sul-Americana, perdendo para o Fluminense no Maracanã, e eliminou o Botafogo na fase de grupos da Libertadores. Esses resultados mostram a capacidade do time de Pablo Sánchez de complicar a vida de adversários sul-americanos, especialmente em Quito.
O técnico argentino, que assumiu a LDU no segundo semestre de 2024, trouxe organização tática e consistência ao elenco. Jogadores como Ricardo Adé, zagueiro haitiano, e Leonel Quiñónez, lateral-esquerdo, formam uma defesa sólida, enquanto Alex Arce é a principal arma ofensiva. A LDU também conta com a experiência de Gabriel Villamil, meio-campista que se destaca pela visão de jogo e capacidade de marcar gols de longa distância. A combinação desses elementos torna o confronto um desafio para o Flamengo, que precisará de disciplina tática para neutralizar os pontos fortes do adversário.
A pressão por resultados na Libertadores
A Libertadores é a competição mais importante do calendário do Flamengo, e a torcida espera uma campanha sólida em 2025. O clube, tricampeão do torneio (1981, 2019 e 2022), tem um elenco estrelado e um orçamento que o coloca entre os favoritos ao título. No entanto, a derrota para o Central Córdoba na segunda rodada gerou críticas e aumentou a pressão sobre Filipe Luís. A torcida, que lotou o Maracanã no último jogo, vaiou o time após o apito final, exigindo uma resposta imediata. O jogo contra a LDU é uma oportunidade para o Flamengo mostrar que pode superar adversidades e recuperar a confiança.
A preparação do Flamengo para a Libertadores começou ainda na pré-temporada, com contratações pontuais e a manutenção de peças-chave do elenco. A chegada de Filipe Luís ao comando técnico, após a saída de Tite, trouxe um novo fôlego ao time, mas também desafios. O treinador, que fez história como jogador no clube, precisa provar que pode liderar o Flamengo em uma competição tão exigente quanto a Libertadores. A partida em Quito será um teste de fogo, não apenas pelas condições adversas, mas também pela necessidade de um resultado positivo para manter o time na briga pela classificação.
O impacto de um bom resultado
Uma vitória contra a LDU teria um impacto significativo no Flamengo, tanto em termos de classificação quanto de moral. Além de ultrapassar o adversário na tabela, o resultado daria ao time uma vantagem psicológica para os próximos jogos fora de casa. A sequência de partidas longe do Maracanã será decisiva para as pretensões do clube na fase de grupos, e um triunfo em Quito poderia ser o ponto de virada após o tropeço contra o Central Córdoba. Para os jogadores, o jogo é uma chance de mostrar resiliência e compromisso com as ambições do clube na competição.
A torcida rubro-negra, conhecida por seu apoio incondicional, acompanha o confronto com expectativa. Apesar da distância, milhares de torcedores devem assistir à partida pelo Disney+, que transmite o jogo com exclusividade. A Nação, como é chamada a torcida do Flamengo, espera ver um time aguerrido, capaz de superar a altitude e trazer os três pontos de volta ao Rio de Janeiro. A presença de Gonzalo Plata, um jogador que carrega a esperança de desequilibrar, aumenta o otimismo, mas o desafio é grande, e o Flamengo precisará de uma atuação impecável para sair vitorioso.
A experiência de Filipe Luís como diferencial
Filipe Luís, aos 39 anos, é um dos técnicos mais jovens da Libertadores, mas sua experiência como jogador o coloca em uma posição privilegiada. Com passagens por clubes como Atlético de Madrid e Chelsea, além de três títulos da Libertadores como atleta, o treinador conhece bem os desafios do torneio. Sua capacidade de ler o jogo e fazer ajustes táticos durante as partidas tem sido elogiada, mas a pressão por resultados imediatos é alta. Em Quito, ele terá a chance de mostrar que pode unir sua visão moderna de futebol com a pragmatismo necessário para vencer em condições adversas.
O técnico também tem lidado com a gestão de um elenco repleto de estrelas. Jogadores como Arrascaeta, Pedro e Bruno Henrique exigem um equilíbrio entre liberdade criativa e disciplina tática, algo que Filipe Luís tem buscado implementar desde o início da temporada. A escolha de deixar Allan e De La Cruz no Rio de Janeiro reflete sua preocupação com o bem-estar dos atletas, mas também aumenta a responsabilidade de outros jogadores, como Erick Pulgar e Gerson, no meio-campo. A escalação para o jogo deve priorizar a solidez defensiva, com Léo Pereira e Léo Ortiz formando a dupla de zaga, e a velocidade no ataque, com Plata e Bruno Henrique como protagonistas.
O que esperar do confronto
O jogo entre LDU e Flamengo promete ser um dos mais disputados da terceira rodada da Libertadores. A LDU, com a vantagem da altitude e o apoio da torcida, deve adotar uma postura agressiva nos primeiros minutos, buscando abrir o placar cedo. O Flamengo, por sua vez, precisará de paciência para controlar o ritmo e evitar o desgaste físico. A posse de bola será crucial, assim como a eficiência nas finalizações, já que as chances de gol podem ser escassas em um confronto tão equilibrado. A experiência de jogadores como Arrascaeta e a energia de Plata serão determinantes para o sucesso do Rubro-Negro.
A expectativa é de um jogo tenso, com poucos gols, mas muita intensidade. O Flamengo tem qualidade para sair com a vitória, mas precisará superar não apenas a LDU, mas também as condições adversas de Quito. A estratégia de Filipe Luís, aliada à preparação logística do clube, pode ser o diferencial para um resultado positivo. Independentemente do placar, o confronto será um marco na campanha do Flamengo na Libertadores 2025, definindo o tom para as próximas rodadas e testando a capacidade do time de lidar com os desafios do torneio mais importante da América do Sul.
