O pagamento do décimo terceiro salário em 2025 promete movimentar a economia brasileira com uma injeção de R$ 320 bilhões, beneficiando cerca de 85 milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas do INSS. Com prazos ajustados para 28 de novembro (primeira parcela) e 19 de dezembro (segunda parcela), o benefício chega em dias úteis, garantindo circulação de recursos antes das festas de Natal e Ano Novo. O aumento do salário mínimo para R$ 1.518 e a criação de 2 milhões de empregos formais nos últimos dois anos amplificam o impacto, especialmente em setores como varejo, turismo e serviços. Pequenos negócios, que empregam a maioria dos trabalhadores, enfrentam desafios para cumprir os prazos, mas o aquecimento do consumo compensa os esforços, consolidando o décimo terceiro como um pilar do último trimestre.
A antecipação dos depósitos reflete uma adaptação ao calendário bancário, permitindo que trabalhadores planejem gastos sazonais, como compras natalinas, quitação de dívidas ou reservas para despesas de início de ano, como IPVA e material escolar. Em 2024, cerca de 40% do valor foi gasto imediatamente, enquanto 25% foram poupados, um padrão que deve se repetir em 2025. O varejo projeta crescimento de 5% nas vendas de fim de ano, com destaque para alimentos, eletrônicos e vestuário, enquanto o turismo espera até 20% mais visitantes em destinos como Salvador, Recife e Gramado.

Empresas, por outro lado, ajustam o planejamento financeiro para cumprir os prazos, especialmente pequenos negócios, que enfrentam pressão no fluxo de caixa. Multas de R$ 170,25 por empregado em caso de atraso reforçam a necessidade de organização, principalmente em setores como varejo e construção civil, que lidam com contratações sazonais. A primeira parcela, equivalente a 50% do salário bruto e sem descontos, exige provisionamento antecipado, enquanto a segunda, com retenções de INSS e Imposto de Renda, aumenta a complexidade da gestão.
Impacto econômico do décimo terceiro
O volume de R$ 320 bilhões previsto para 2025 representa um aumento em relação aos R$ 300 bilhões de 2024, quando 83 milhões de pessoas receberam o benefício. Esse crescimento decorre do reajuste de 6% no salário mínimo, fixado em R$ 1.518, e da formalização de novos empregos, especialmente em setores como tecnologia, serviços e indústria. Regiões como o Nordeste, onde o piso salarial predomina, esperam um impacto ainda mais significativo no comércio local, com feiras, lojas de bairro e serviços registrando alta de até 20% no faturamento em dezembro.
O décimo terceiro equivale a cerca de 2,5% do PIB anual, com efeitos concentrados no último trimestre. Supermercados já ampliam estoques de itens sazonais, como panetones, carnes e bebidas, enquanto o comércio eletrônico planeja campanhas agressivas para capturar o aumento projetado de 10% nas vendas online. Cidades menores, onde aposentados e servidores públicos sustentam a economia, também sentem o efeito multiplicador, com o benefício impulsionando o consumo de bens essenciais e serviços locais.
Setores que ganham com o benefício
O varejo é um dos maiores beneficiados pelo décimo terceiro, com projeções de crescimento de 5% nas vendas de fim de ano. Lojas de departamentos ampliam a oferta de eletrodomésticos, enquanto o setor de vestuário investe em coleções natalinas. Em 2024, o comércio eletrônico registrou alta de 10% em dezembro, e a expectativa para 2025 é de um desempenho ainda mais robusto, impulsionado por promoções que começam já em novembro.
O turismo também ganha fôlego com a antecipação dos pagamentos. Hotéis no Nordeste e no Sul projetam ocupação 4% maior que no ano anterior, com pacotes promocionais voltados para famílias. Destinos como Recife, Salvador e Gramado registram aumento de até 20% nas reservas, enquanto restaurantes se beneficiam com a alta na procura por ceias e eventos de fim de ano.
- Varejo: Crescimento de 5% nas vendas, com destaque para eletrônicos e roupas.
- Turismo: Alta de até 20% nas reservas em destinos como Recife e Florianópolis.
- Serviços: Restaurantes e eventos sazonais projetam aumento de 4% na receita.
- Comércio local: Pequenos negócios absorvem 40% do valor em cidades menores.
Desafios para pequenas empresas
Cumprir os prazos do décimo terceiro exige planejamento rigoroso, especialmente para micro e pequenas empresas, que empregam cerca de 60% dos trabalhadores formais. Em 2024, 15% desses negócios recorreram a empréstimos para pagar o benefício, enfrentando juros médios 2% acima da média anual. Essa tendência deve se repetir em 2025, pressionando o fluxo de caixa em um período de alta demanda.
Setores como construção civil, que contratam trabalhadores temporários no fim do ano, enfrentam custos adicionais com o pagamento proporcional do benefício. A multa por atraso, fixada em R$ 170,25 por empregado, pode gerar custos significativos para negócios com muitos funcionários, especialmente em setores com alta rotatividade. Grandes empresas, com reservas financeiras, conseguem cumprir 90% dos prazos, mas pequenos empregadores muitas vezes precisam adiar pagamentos a fornecedores para priorizar os salários.
Aposentados e o papel do INSS
Aposentados e pensionistas do INSS representam uma parcela significativa dos beneficiados, com cerca de 34,2 milhões de pessoas aguardando o pagamento. Em 2024, a antecipação do décimo terceiro para o primeiro semestre injetou R$ 67,6 bilhões na economia, aliviando o orçamento de idosos que dependem do benefício para despesas como remédios e contas atrasadas. A prática, adotada desde 2020, pode se repetir em 2025, embora a decisão ainda não tenha sido confirmada.
Beneficiários que recebem o salário mínimo terão um valor líquido próximo de R$ 1.404,15, enquanto aqueles com rendas maiores enfrentam descontos proporcionais. Cidades menores, onde aposentados sustentam o comércio local, registram alta de até 4% nas vendas de itens básicos durante os pagamentos, com impacto em farmácias, clínicas e lojas de bairro.
Calendário de pagamentos em 2025
Os prazos de 2025 foram ajustados para garantir a circulação do dinheiro antes das festas de fim de ano. Abaixo, os principais marcos do pagamento:
- 28 de novembro: Primeira parcela ou pagamento único, sem descontos.
- 19 de dezembro: Segunda parcela, com retenções de INSS e Imposto de Renda.
- 20 de dezembro: Opção para pagamento em espécie, se acordado com o empregado.
Empresas que descumprirem os prazos enfrentam multas de R$ 170,25 por funcionário, valor que dobra em caso de reincidência. Em 2024, cerca de 5% dos negócios atrasaram os depósitos, gerando R$ 1,5 bilhão em penalidades. Setores como varejo e construção civil, que contratam muitos trabalhadores temporários, precisam de agilidade na gestão da folha de pagamento para evitar penalidades.
Descontos e planejamento financeiro
Receber o décimo terceiro alivia o orçamento, mas os descontos aplicados na segunda parcela exigem planejamento. O INSS, com alíquotas entre 7,5% e 14%, é obrigatório, enquanto o Imposto de Renda incide sobre salários acima de R$ 2.824. Um trabalhador com salário bruto de R$ 3.500, por exemplo, pode receber cerca de R$ 3.027,50 líquidos após retenções de R$ 315 no INSS e R$ 157,50 no IR.
Trabalhadores de baixa renda, que formam a maioria dos beneficiados, sentem o impacto do aumento do salário mínimo. Um empregado com salário de R$ 1.518 terá cerca de R$ 1.404,15 líquidos, dependendo das deduções. Empresas precisam detalhar os descontos nos contracheques para evitar confusões, especialmente em setores com alta rotatividade, onde erros são comuns.
Consumo reflete prioridades dos brasileiros
Cerca de 30% dos brasileiros utilizam o décimo terceiro para quitar dívidas, enquanto 20% destinam o valor a compras natalinas, como presentes e alimentos. Outros 25% reservam o dinheiro para despesas de início de ano, como impostos e material escolar. O consumo imediato, que responde por 40% do total, aquece setores como alimentação, vestuário e eletrônicos, com supermercados projetando alta na venda de itens sazonais, como carnes e bebidas.
Em cidades menores, o comércio local absorve grande parte dos gastos, especialmente em regiões onde o salário mínimo predomina. Feiras e lojas de bairro registram picos de vendas, enquanto serviços sazonais, como salões de beleza e eventos, experimentam alta de até 15% no faturamento em dezembro. O impacto também se estende ao comércio eletrônico, que planeja promoções agressivas para capturar o aumento projetado de 10% nas vendas online.
História e evolução do benefício
O décimo terceiro salário foi instituído em 1962, com a Lei 4.090, sancionada pelo presidente João Goulart. Antes disso, gratificações de fim de ano eram raras e dependiam da iniciativa de grandes empregadores, excluindo a maioria dos trabalhadores. A formalização do benefício marcou um avanço nos direitos trabalhistas, garantindo um salário extra anual para empregados formais.
A Constituição de 1988 ampliou sua abrangência, incluindo servidores públicos, empregados domésticos e rurais. Hoje, o benefício alcança cerca de 85 milhões de pessoas, consolidando-se como um pilar da economia brasileira, especialmente no último trimestre. Países como Argentina e México têm benefícios similares, mas com regras distintas. Na Argentina, o pagamento é dividido em duas parcelas, enquanto no México, o “aguinaldo” é pago em uma única vez, geralmente antes do Natal.
Turismo impulsionado pelo décimo terceiro
Destinos turísticos já se preparam para um fim de ano movimentado, com cidades como Recife, Salvador e Gramado registrando 15% mais reservas em 2024 e projetando aumento de até 20% em 2025. Hotéis ampliam a oferta de pacotes familiares, enquanto restaurantes investem em ceias e eventos sazonais. O Nordeste lidera a procura, com pacotes para Natal e Fortaleza entre os mais vendidos, enquanto no Sul, cidades como Florianópolis e Porto Alegre apostam em programações culturais.
- Nordeste: Alta de 20% nas reservas, com destaque para Salvador e Recife.
- Sul: Gramado e Florianópolis projetam aumento de 15% no turismo.
- Hotéis: Ocupação deve crescer 4%, puxada por pacotes promocionais.
- Restaurantes: Receita pode subir 4% com eventos de fim de ano.
Formalização do trabalho amplia beneficiados
A entrada de 2 milhões de novos trabalhadores no mercado formal nos últimos dois anos eleva o número de beneficiados em 2025. Setores como tecnologia, serviços e indústria têm absorvido mão de obra, reforçando a expansão do décimo terceiro. Regiões como o Nordeste, onde a formalização avança lentamente, veem no benefício uma oportunidade de reduzir desigualdades locais, com o aumento do salário mínimo ampliando o valor médio pago.
O impacto econômico vai além do consumo imediato, com a arrecadação de impostos crescendo junto ao aquecimento das vendas. A geração de empregos sazonais também ganha força, especialmente no varejo e no turismo, onde contratações temporárias impulsionam a economia no último trimestre.
Tecnologia agiliza acesso ao benefício
A tecnologia tem simplificado o acesso ao décimo terceiro, especialmente para aposentados do INSS. Aplicativos como o Meu INSS permitem consultas em tempo real, reduzindo filas e erros. Em 2024, 60% dos segurados verificaram seus extratos digitalmente, e a tendência é de maior adesão em 2025, sobretudo entre novos beneficiários.
Bancos também oferecem plataformas para acompanhar os depósitos, com alertas sobre datas e valores. Essa digitalização agiliza o planejamento financeiro, permitindo que trabalhadores e aposentados organizem seus gastos com antecedência. A transparência nos cálculos, com empresas detalhando os descontos nos contracheques, ajuda a esclarecer o valor líquido, especialmente para empregados sujeitos ao Imposto de Renda.
Regiões com impactos diferenciados
O décimo terceiro afeta cidades de diferentes portes de maneira única. Em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, o varejo de bens duráveis, como eletrodomésticos, lidera os gastos. Em municípios menores, especialmente no Nordeste e no Sul, o comércio local ganha força com a compra de alimentos, roupas e itens básicos.
No Nordeste, o turismo é um dos setores mais beneficiados, com cidades como Fortaleza e Recife registrando alta na procura por pacotes promocionais e hotéis projetando ocupação acima de 85% em dezembro. No Sul, eventos sazonais, como feiras natalinas em Gramado, atraem famílias dispostas a gastar parte do benefício em experiências. Pequenos negócios em cidades do interior absorvem 40% do valor circulante, reforçando a importância do décimo terceiro para economias locais.
Curiosidades sobre o décimo terceiro
O décimo terceiro salário carrega particularidades que destacam sua relevância na economia e na cultura brasileira:
- Instituído em 1962, o benefício transformou gratificações esporádicas em um direito universal.
- Cerca de 20% dos brasileiros usam o valor para compras natalinas, enquanto 30% quitam dívidas.
- Países como Chile e Uruguai têm sistemas semelhantes, mas com cálculos baseados em regras locais.
- Em 2024, o comércio eletrônico cresceu 10% em dezembro, impulsionado pelo benefício.
Gestão financeira para empresas
Pequenas e médias empresas, que empregam 70% dos trabalhadores formais, enfrentam dificuldades para cumprir os prazos do décimo terceiro. Muitas recorrem a linhas de crédito, mas os custos de financiamento subiram 2% em 2024, pressionando o orçamento. Setores como construção civil, com alta rotatividade, precisam calcular o benefício para temporários, o que exige agilidade na folha de pagamento.
Grandes empresas, com reservas planejadas, enfrentam menos obstáculos, com 95% delas cumprindo os prazos em 2024. A expectativa para 2025 é de 90%, devido aos ajustes no calendário. A emissão antecipada de contracheques e a coordenação com bancos são passos essenciais para evitar penalidades e garantir a conformidade com as regras trabalhistas.
Perspectivas para o consumo em 2025
O décimo terceiro de 2025 deve consolidar sua importância como motor do consumo sazonal, com setores como varejo, turismo e serviços se preparando para um fim de ano aquecido. A antecipação dos pagamentos, aliada ao aumento do salário mínimo e à formalização de novos empregos, cria um cenário favorável para o crescimento econômico, especialmente em regiões onde o benefício representa uma parcela significativa da renda local.
Comerciantes apostam em promoções agressivas para atrair consumidores, enquanto o turismo interno ganha força com a procura por destinos nacionais. O impacto do benefício também se estende a serviços sazonais, como eventos e salões de beleza, que registram picos de demanda em dezembro. A organização financeira, tanto para empresas quanto para trabalhadores, será crucial para maximizar os benefícios do décimo terceiro em 2025.

O pagamento do décimo terceiro salário em 2025 promete movimentar a economia brasileira com uma injeção de R$ 320 bilhões, beneficiando cerca de 85 milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas do INSS. Com prazos ajustados para 28 de novembro (primeira parcela) e 19 de dezembro (segunda parcela), o benefício chega em dias úteis, garantindo circulação de recursos antes das festas de Natal e Ano Novo. O aumento do salário mínimo para R$ 1.518 e a criação de 2 milhões de empregos formais nos últimos dois anos amplificam o impacto, especialmente em setores como varejo, turismo e serviços. Pequenos negócios, que empregam a maioria dos trabalhadores, enfrentam desafios para cumprir os prazos, mas o aquecimento do consumo compensa os esforços, consolidando o décimo terceiro como um pilar do último trimestre.
A antecipação dos depósitos reflete uma adaptação ao calendário bancário, permitindo que trabalhadores planejem gastos sazonais, como compras natalinas, quitação de dívidas ou reservas para despesas de início de ano, como IPVA e material escolar. Em 2024, cerca de 40% do valor foi gasto imediatamente, enquanto 25% foram poupados, um padrão que deve se repetir em 2025. O varejo projeta crescimento de 5% nas vendas de fim de ano, com destaque para alimentos, eletrônicos e vestuário, enquanto o turismo espera até 20% mais visitantes em destinos como Salvador, Recife e Gramado.

Empresas, por outro lado, ajustam o planejamento financeiro para cumprir os prazos, especialmente pequenos negócios, que enfrentam pressão no fluxo de caixa. Multas de R$ 170,25 por empregado em caso de atraso reforçam a necessidade de organização, principalmente em setores como varejo e construção civil, que lidam com contratações sazonais. A primeira parcela, equivalente a 50% do salário bruto e sem descontos, exige provisionamento antecipado, enquanto a segunda, com retenções de INSS e Imposto de Renda, aumenta a complexidade da gestão.
Impacto econômico do décimo terceiro
O volume de R$ 320 bilhões previsto para 2025 representa um aumento em relação aos R$ 300 bilhões de 2024, quando 83 milhões de pessoas receberam o benefício. Esse crescimento decorre do reajuste de 6% no salário mínimo, fixado em R$ 1.518, e da formalização de novos empregos, especialmente em setores como tecnologia, serviços e indústria. Regiões como o Nordeste, onde o piso salarial predomina, esperam um impacto ainda mais significativo no comércio local, com feiras, lojas de bairro e serviços registrando alta de até 20% no faturamento em dezembro.
O décimo terceiro equivale a cerca de 2,5% do PIB anual, com efeitos concentrados no último trimestre. Supermercados já ampliam estoques de itens sazonais, como panetones, carnes e bebidas, enquanto o comércio eletrônico planeja campanhas agressivas para capturar o aumento projetado de 10% nas vendas online. Cidades menores, onde aposentados e servidores públicos sustentam a economia, também sentem o efeito multiplicador, com o benefício impulsionando o consumo de bens essenciais e serviços locais.
Setores que ganham com o benefício
O varejo é um dos maiores beneficiados pelo décimo terceiro, com projeções de crescimento de 5% nas vendas de fim de ano. Lojas de departamentos ampliam a oferta de eletrodomésticos, enquanto o setor de vestuário investe em coleções natalinas. Em 2024, o comércio eletrônico registrou alta de 10% em dezembro, e a expectativa para 2025 é de um desempenho ainda mais robusto, impulsionado por promoções que começam já em novembro.
O turismo também ganha fôlego com a antecipação dos pagamentos. Hotéis no Nordeste e no Sul projetam ocupação 4% maior que no ano anterior, com pacotes promocionais voltados para famílias. Destinos como Recife, Salvador e Gramado registram aumento de até 20% nas reservas, enquanto restaurantes se beneficiam com a alta na procura por ceias e eventos de fim de ano.
- Varejo: Crescimento de 5% nas vendas, com destaque para eletrônicos e roupas.
- Turismo: Alta de até 20% nas reservas em destinos como Recife e Florianópolis.
- Serviços: Restaurantes e eventos sazonais projetam aumento de 4% na receita.
- Comércio local: Pequenos negócios absorvem 40% do valor em cidades menores.
Desafios para pequenas empresas
Cumprir os prazos do décimo terceiro exige planejamento rigoroso, especialmente para micro e pequenas empresas, que empregam cerca de 60% dos trabalhadores formais. Em 2024, 15% desses negócios recorreram a empréstimos para pagar o benefício, enfrentando juros médios 2% acima da média anual. Essa tendência deve se repetir em 2025, pressionando o fluxo de caixa em um período de alta demanda.
Setores como construção civil, que contratam trabalhadores temporários no fim do ano, enfrentam custos adicionais com o pagamento proporcional do benefício. A multa por atraso, fixada em R$ 170,25 por empregado, pode gerar custos significativos para negócios com muitos funcionários, especialmente em setores com alta rotatividade. Grandes empresas, com reservas financeiras, conseguem cumprir 90% dos prazos, mas pequenos empregadores muitas vezes precisam adiar pagamentos a fornecedores para priorizar os salários.
Aposentados e o papel do INSS
Aposentados e pensionistas do INSS representam uma parcela significativa dos beneficiados, com cerca de 34,2 milhões de pessoas aguardando o pagamento. Em 2024, a antecipação do décimo terceiro para o primeiro semestre injetou R$ 67,6 bilhões na economia, aliviando o orçamento de idosos que dependem do benefício para despesas como remédios e contas atrasadas. A prática, adotada desde 2020, pode se repetir em 2025, embora a decisão ainda não tenha sido confirmada.
Beneficiários que recebem o salário mínimo terão um valor líquido próximo de R$ 1.404,15, enquanto aqueles com rendas maiores enfrentam descontos proporcionais. Cidades menores, onde aposentados sustentam o comércio local, registram alta de até 4% nas vendas de itens básicos durante os pagamentos, com impacto em farmácias, clínicas e lojas de bairro.
Calendário de pagamentos em 2025
Os prazos de 2025 foram ajustados para garantir a circulação do dinheiro antes das festas de fim de ano. Abaixo, os principais marcos do pagamento:
- 28 de novembro: Primeira parcela ou pagamento único, sem descontos.
- 19 de dezembro: Segunda parcela, com retenções de INSS e Imposto de Renda.
- 20 de dezembro: Opção para pagamento em espécie, se acordado com o empregado.
Empresas que descumprirem os prazos enfrentam multas de R$ 170,25 por funcionário, valor que dobra em caso de reincidência. Em 2024, cerca de 5% dos negócios atrasaram os depósitos, gerando R$ 1,5 bilhão em penalidades. Setores como varejo e construção civil, que contratam muitos trabalhadores temporários, precisam de agilidade na gestão da folha de pagamento para evitar penalidades.
Descontos e planejamento financeiro
Receber o décimo terceiro alivia o orçamento, mas os descontos aplicados na segunda parcela exigem planejamento. O INSS, com alíquotas entre 7,5% e 14%, é obrigatório, enquanto o Imposto de Renda incide sobre salários acima de R$ 2.824. Um trabalhador com salário bruto de R$ 3.500, por exemplo, pode receber cerca de R$ 3.027,50 líquidos após retenções de R$ 315 no INSS e R$ 157,50 no IR.
Trabalhadores de baixa renda, que formam a maioria dos beneficiados, sentem o impacto do aumento do salário mínimo. Um empregado com salário de R$ 1.518 terá cerca de R$ 1.404,15 líquidos, dependendo das deduções. Empresas precisam detalhar os descontos nos contracheques para evitar confusões, especialmente em setores com alta rotatividade, onde erros são comuns.
Consumo reflete prioridades dos brasileiros
Cerca de 30% dos brasileiros utilizam o décimo terceiro para quitar dívidas, enquanto 20% destinam o valor a compras natalinas, como presentes e alimentos. Outros 25% reservam o dinheiro para despesas de início de ano, como impostos e material escolar. O consumo imediato, que responde por 40% do total, aquece setores como alimentação, vestuário e eletrônicos, com supermercados projetando alta na venda de itens sazonais, como carnes e bebidas.
Em cidades menores, o comércio local absorve grande parte dos gastos, especialmente em regiões onde o salário mínimo predomina. Feiras e lojas de bairro registram picos de vendas, enquanto serviços sazonais, como salões de beleza e eventos, experimentam alta de até 15% no faturamento em dezembro. O impacto também se estende ao comércio eletrônico, que planeja promoções agressivas para capturar o aumento projetado de 10% nas vendas online.
História e evolução do benefício
O décimo terceiro salário foi instituído em 1962, com a Lei 4.090, sancionada pelo presidente João Goulart. Antes disso, gratificações de fim de ano eram raras e dependiam da iniciativa de grandes empregadores, excluindo a maioria dos trabalhadores. A formalização do benefício marcou um avanço nos direitos trabalhistas, garantindo um salário extra anual para empregados formais.
A Constituição de 1988 ampliou sua abrangência, incluindo servidores públicos, empregados domésticos e rurais. Hoje, o benefício alcança cerca de 85 milhões de pessoas, consolidando-se como um pilar da economia brasileira, especialmente no último trimestre. Países como Argentina e México têm benefícios similares, mas com regras distintas. Na Argentina, o pagamento é dividido em duas parcelas, enquanto no México, o “aguinaldo” é pago em uma única vez, geralmente antes do Natal.
Turismo impulsionado pelo décimo terceiro
Destinos turísticos já se preparam para um fim de ano movimentado, com cidades como Recife, Salvador e Gramado registrando 15% mais reservas em 2024 e projetando aumento de até 20% em 2025. Hotéis ampliam a oferta de pacotes familiares, enquanto restaurantes investem em ceias e eventos sazonais. O Nordeste lidera a procura, com pacotes para Natal e Fortaleza entre os mais vendidos, enquanto no Sul, cidades como Florianópolis e Porto Alegre apostam em programações culturais.
- Nordeste: Alta de 20% nas reservas, com destaque para Salvador e Recife.
- Sul: Gramado e Florianópolis projetam aumento de 15% no turismo.
- Hotéis: Ocupação deve crescer 4%, puxada por pacotes promocionais.
- Restaurantes: Receita pode subir 4% com eventos de fim de ano.
Formalização do trabalho amplia beneficiados
A entrada de 2 milhões de novos trabalhadores no mercado formal nos últimos dois anos eleva o número de beneficiados em 2025. Setores como tecnologia, serviços e indústria têm absorvido mão de obra, reforçando a expansão do décimo terceiro. Regiões como o Nordeste, onde a formalização avança lentamente, veem no benefício uma oportunidade de reduzir desigualdades locais, com o aumento do salário mínimo ampliando o valor médio pago.
O impacto econômico vai além do consumo imediato, com a arrecadação de impostos crescendo junto ao aquecimento das vendas. A geração de empregos sazonais também ganha força, especialmente no varejo e no turismo, onde contratações temporárias impulsionam a economia no último trimestre.
Tecnologia agiliza acesso ao benefício
A tecnologia tem simplificado o acesso ao décimo terceiro, especialmente para aposentados do INSS. Aplicativos como o Meu INSS permitem consultas em tempo real, reduzindo filas e erros. Em 2024, 60% dos segurados verificaram seus extratos digitalmente, e a tendência é de maior adesão em 2025, sobretudo entre novos beneficiários.
Bancos também oferecem plataformas para acompanhar os depósitos, com alertas sobre datas e valores. Essa digitalização agiliza o planejamento financeiro, permitindo que trabalhadores e aposentados organizem seus gastos com antecedência. A transparência nos cálculos, com empresas detalhando os descontos nos contracheques, ajuda a esclarecer o valor líquido, especialmente para empregados sujeitos ao Imposto de Renda.
Regiões com impactos diferenciados
O décimo terceiro afeta cidades de diferentes portes de maneira única. Em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, o varejo de bens duráveis, como eletrodomésticos, lidera os gastos. Em municípios menores, especialmente no Nordeste e no Sul, o comércio local ganha força com a compra de alimentos, roupas e itens básicos.
No Nordeste, o turismo é um dos setores mais beneficiados, com cidades como Fortaleza e Recife registrando alta na procura por pacotes promocionais e hotéis projetando ocupação acima de 85% em dezembro. No Sul, eventos sazonais, como feiras natalinas em Gramado, atraem famílias dispostas a gastar parte do benefício em experiências. Pequenos negócios em cidades do interior absorvem 40% do valor circulante, reforçando a importância do décimo terceiro para economias locais.
Curiosidades sobre o décimo terceiro
O décimo terceiro salário carrega particularidades que destacam sua relevância na economia e na cultura brasileira:
- Instituído em 1962, o benefício transformou gratificações esporádicas em um direito universal.
- Cerca de 20% dos brasileiros usam o valor para compras natalinas, enquanto 30% quitam dívidas.
- Países como Chile e Uruguai têm sistemas semelhantes, mas com cálculos baseados em regras locais.
- Em 2024, o comércio eletrônico cresceu 10% em dezembro, impulsionado pelo benefício.
Gestão financeira para empresas
Pequenas e médias empresas, que empregam 70% dos trabalhadores formais, enfrentam dificuldades para cumprir os prazos do décimo terceiro. Muitas recorrem a linhas de crédito, mas os custos de financiamento subiram 2% em 2024, pressionando o orçamento. Setores como construção civil, com alta rotatividade, precisam calcular o benefício para temporários, o que exige agilidade na folha de pagamento.
Grandes empresas, com reservas planejadas, enfrentam menos obstáculos, com 95% delas cumprindo os prazos em 2024. A expectativa para 2025 é de 90%, devido aos ajustes no calendário. A emissão antecipada de contracheques e a coordenação com bancos são passos essenciais para evitar penalidades e garantir a conformidade com as regras trabalhistas.
Perspectivas para o consumo em 2025
O décimo terceiro de 2025 deve consolidar sua importância como motor do consumo sazonal, com setores como varejo, turismo e serviços se preparando para um fim de ano aquecido. A antecipação dos pagamentos, aliada ao aumento do salário mínimo e à formalização de novos empregos, cria um cenário favorável para o crescimento econômico, especialmente em regiões onde o benefício representa uma parcela significativa da renda local.
Comerciantes apostam em promoções agressivas para atrair consumidores, enquanto o turismo interno ganha força com a procura por destinos nacionais. O impacto do benefício também se estende a serviços sazonais, como eventos e salões de beleza, que registram picos de demanda em dezembro. A organização financeira, tanto para empresas quanto para trabalhadores, será crucial para maximizar os benefícios do décimo terceiro em 2025.
