Alok Achkar Peres Petrillo, conhecido globalmente como Alok, é mais do que um dos maiores DJs do mundo. Sua trajetória, marcada por uma ascensão meteórica desde os 12 anos, revela um artista que encontrou na música, na ancestralidade e nas causas socioambientais um caminho para superar a depressão e transformar vidas. Em 2015, enfrentando um vazio existencial, ele visitou aldeias indígenas na Amazônia, uma experiência que mudou sua visão de mundo e deu origem a projetos como o Instituto Alok, focado em pautas como antirracismo, acesso à água potável e apoio a comunidades tradicionais. Hoje, aos 33 anos, Alok usa a tecnologia como aliada para conectar pessoas, promover cura emocional e construir pontes entre culturas, sem perder de vista o impacto social de suas ações.
Nascido em Goiânia, Alok começou sua carreira ainda criança, influenciado pelos pais, Juarez Petrillo e Ekanta Jake, ambos DJs pioneiros no cenário eletrônico brasileiro. Aos 12 anos, já se apresentava ao lado do irmão gêmeo, Bhaskar, no projeto Lógica. A adolescência foi marcada por uma vida pouco convencional, incluindo uma temporada na Holanda, onde viveu em uma ocupação artística. Essa liberdade moldou sua visão criativa, mas também trouxe desafios. Aos 24 anos, já consagrado como o maior DJ do Brasil, ele enfrentou uma depressão que o levou a questionar o sentido de sua carreira. A virada veio com a imersão em comunidades indígenas, que o inspiraram a criar música com propósito.
A conexão com a ancestralidade não é apenas um discurso para Alok. Em 2021, durante a pandemia, ele lançou o álbum “Futuro Ancestral”, gravado com artistas indígenas como Mapu Huni Kuin e membros da etnia Yawanawá. O projeto, desafiador pela necessidade de adaptar cânticos tradicionais a formatos eletrônicos, reflete sua crença de que o futuro está na valorização das raízes culturais. A música eletrônica, segundo ele, permite essa fusão única, unindo ritmos ancestrais a batidas contemporâneas e alcançando milhões de ouvintes em plataformas como Spotify e palcos internacionais.
Uma carreira guiada por conexões humanas
A habilidade de Alok para conectar pessoas é um dos pilares de sua carreira. Suas apresentações, que já reuniram meio milhão de pessoas, são descritas por ele como um “oceano” de energia, onde a tecnologia amplifica emoções. Em 2017, o lançamento de “Hear Me Now”, em parceria com Bruno Martini e Zeeba, marcou sua transição do nicho eletrônico para o pop global, alcançando o topo das paradas em mais de 15 países. Dois anos depois, sua identidade brasileira ganhou destaque, consolidando-o como um dos maiores artistas do país.
Além dos palcos, Alok usa sua influência para promover causas sociais. O Instituto Alok, fundado em 2017, apoia iniciativas que vão desde a instalação de postos de água potável em 20 cidades brasileiras até a criação de uma escola antirracista em parceria com o jogador Vinícius Jr. A escolha das pautas reflete a versatilidade do instituto, que atua como um “jet ski”, segundo Alok, navegando rapidamente entre diferentes causas, como microcrédito, apoio a povos indígenas e combate à fome. A mortalidade infantil por consumo de água não tratada, por exemplo, é uma das questões que mobilizam suas ações.
O impacto de suas iniciativas é mensurável. Em 2023, o Instituto Alok beneficiou mais de 10 mil pessoas diretamente com projetos de infraestrutura e educação. A parceria com Vinícius Jr., anunciada em 2024, prevê a construção de uma escola em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, com foco em educação antirracista para crianças e jovens. A escolha por causas diversas reflete a visão de Alok de que pequenas ações, amplificadas por visibilidade e recursos, podem transformar realidades.
- Projetos do Instituto Alok:
- Instalação de 20 postos de água potável em comunidades carentes.
- Apoio a iniciativas de microcrédito para empreendedores marginalizados.
- Parceria com Vinícius Jr. para escola antirracista no Rio de Janeiro.
- Financiamento de projetos culturais indígenas, como festivais e documentários.
A tecnologia como aliada da natureza
A relação de Alok com a tecnologia vai além da produção musical. Ele enxerga na inovação uma ferramenta para integrar o ser humano à natureza, desafiando a visão futurista de cidades apocalípticas com carros voadores. Em suas palavras, a verdadeira tecnologia está na harmonia com o meio ambiente, como o uso de avanços científicos para despoluir rios ou preservar florestas. Essa filosofia guia projetos como o documentário “Futuro Ancestral”, previsto para 2025, que explora a conexão entre inovação e sabedoria indígena.
Nos palcos, a tecnologia é sua principal aliada. Alok utiliza softwares avançados para criar remixes que misturam Ascendência, como sua colaboração com Fagner, ícone da música nordestina, em 2023. A flexibilidade da música eletrônica permite que ele experimente com gêneros diversos, do hip-hop ao forró, sempre buscando ampliar o alcance de sua arte. Durante a pandemia, sua live global, transmitida em 2020, alcançou mais de 30 milhões de visualizações, unindo famílias em um momento de isolamento social.
A inovação também está presente em sua participação em jogos como “Free Fire”, onde seu avatar, inspirado na cura, reflete os valores que descobriu nas aldeias indígenas. Desde sua introdução em 2021, o personagem se tornou um dos mais populares do game, com milhões de jogadores escolhendo suas habilidades de regeneração. Esse projeto mostra como Alok usa plataformas digitais para disseminar mensagens de positividade e cura.
Um mergulho na ancestralidade
A experiência de Alok nas aldeias indígenas foi um divisor de águas. Em 2015, após enfrentar uma depressão severa, ele decidiu buscar respostas fora do circuito urbano. A jornada para uma aldeia na Amazônia foi árdua: três voos, 13 horas de carro e nove horas de canoa sob chuva. No caminho, ele testemunhou a luta de indígenas contra a construção de uma rodovia que atravessava suas terras, uma realidade de marginalização que o marcou profundamente.
Chegando à aldeia, Alok foi recebido com cânticos que não visavam fama, mas a preservação da cultura e a cura espiritual. Essa vivência o levou a repensar sua música. Em vez de buscar o topo das paradas, ele passou a criar com a intenção de transmitir positividade. O álbum “Futuro Ancestral” é um marco desse processo, unindo vozes indígenas a batidas eletrônicas em um trabalho que respeita a essência de cada cultura.
A produção do álbum exigiu adaptações. Cânticos como os de Mapu Huni Kuin, que duravam até 15 minutos, precisavam ser ajustados a formatos comerciais sem perder sua autenticidade. O processo, realizado em estúdio durante a pandemia, envolveu duas semanas de quarentena para garantir a segurança dos participantes. O resultado foi um disco que alcançou milhões de streams e abriu portas para colaborações com artistas de diferentes gêneros.
- Marcos da trajetória de Alok com a ancestralidade:
- 2015: Primeira visita a uma aldeia indígena na Amazônia.
- 2021: Lançamento do álbum “Futuro Ancestral” com artistas indígenas.
- 2023: Anúncio do documentário “Futuro Ancestral” para 2025.
- 2024: Apoio a festivais culturais indígenas pelo Instituto Alok.
Equilíbrio entre carreira e vida pessoal
Apesar do sucesso, Alok enfrenta desafios para equilibrar sua carreira intensa com a vida pessoal. Pai de Ravi, de 5 anos, e Raika, de 3 anos, ele prioriza momentos com a família, muitas vezes levando-os em suas viagens. Sua esposa, Romana Novais, médica, é uma parceira essencial, especialmente após o nascimento prematuro de Raika em 2020, quando ambos enfrentaram a Covid-19. O parto, ocorrido na 28ª semana de gestação, foi um dos momentos mais difíceis de sua vida, marcado pela impotência diante da internação de Romana e Raika na UTI.
Essa experiência reforçou sua fé e o tornou mais aberto sobre suas fragilidades. Em cartas abertas nas redes sociais, Alok compartilha episódios de ansiedade e depressão, conectando-se com fãs que enfrentam questões semelhantes. Sua sinceridade humaniza sua imagem, mostrando que, por trás do sucesso, há um homem lidando com os mesmos desafios que seus seguidores.
A rotina de Alok é marcada por um ritmo acelerado. Ele admite ser ansioso e workaholic, características que o impulsionaram na carreira, mas também o levaram a momentos de explosividade no passado. Com o tempo, aprendeu a buscar calma, especialmente após perceber que reações impulsivas traziam mais prejuízos do que benefícios. Exercícios físicos e brincadeiras com os filhos são suas formas de relaxar, enquanto ele evita festas para preservar sua energia.
Impacto social e parcerias estratégicas
O Instituto Alok é uma extensão do propósito que ele encontrou nas aldeias indígenas. Desde sua criação, a organização já apoiou mais de 50 projetos, beneficiando comunidades em áreas como educação, saúde e cultura. A parceria com Vinícius Jr., por exemplo, é um dos destaques recentes. A escola antirracista, com inauguração prevista para 2026, oferecerá cursos de tecnologia, esportes e artes para jovens de São Gonçalo, promovendo inclusão e combate ao preconceito.
Outro foco do instituto é o acesso à água potável, uma causa que ganhou força após Alok descobrir que a contaminação hídrica é uma das principais causas de mortalidade infantil no Brasil. Os 20 postos de água instalados até 2024 atendem cerca de 5 mil pessoas diariamente, com planos de expansão para mais 10 cidades até o fim de 2025. Além disso, o instituto financia festivais indígenas, como o Yby, que celebra a cultura de povos como os Guarani e os Pataxó.
Alok também valoriza parcerias musicais para ampliar o alcance de sua mensagem. Sua colaboração com Fagner, após uma polêmica em que o cantor questionou a relevância dos DJs, resultou em uma música que uniu eletrônica e forró, apresentada em shows no Nordeste. Ele planeja novas parcerias, incluindo um possível projeto com o Coldplay, e pretende convidar mais artistas regionais para seus shows no Brasil.
Um olhar para o futuro
Aos 33 anos, Alok não planeja desacelerar. Seus projetos para os próximos anos incluem turnês internacionais, o lançamento do documentário “Futuro Ancestral” e a expansão das ações do Instituto Alok. Ele também quer consolidar sua presença no exterior, onde já se apresentou em festivais como o Tomorrowland, enquanto leva a cultura brasileira para novos públicos.
Sua visão de futuro é otimista, mas não utópica. Ele acredita que a tecnologia, quando usada com responsabilidade, pode ajudar a resolver problemas como a poluição e a desigualdade. Projetos como a despoluição de rios, que ele apoia por meio de parcerias com ONGs, são exemplos dessa abordagem. Para Alok, o futuro não é uma distopia tecnológica, mas um equilíbrio entre inovação e respeito pela natureza.
A música continua sendo sua principal ferramenta de conexão. Seja em um show para milhares de pessoas ou em uma live para milhões, Alok busca criar experiências que emocionem e inspirem. Sua trajetória, marcada por altos e baixos, é um lembrete de que o sucesso não elimina os desafios, mas pode ser usado para transformar vidas.
- Prioridades de Alok para 2025:
- Lançamento do documentário “Futuro Ancestral”.
- Expansão dos postos de água potável para 10 novas cidades.
- Turnês internacionais com artistas regionais brasileiros.
- Consolidação da escola antifracista com Vinícius Jr.

Alok Achkar Peres Petrillo, conhecido globalmente como Alok, é mais do que um dos maiores DJs do mundo. Sua trajetória, marcada por uma ascensão meteórica desde os 12 anos, revela um artista que encontrou na música, na ancestralidade e nas causas socioambientais um caminho para superar a depressão e transformar vidas. Em 2015, enfrentando um vazio existencial, ele visitou aldeias indígenas na Amazônia, uma experiência que mudou sua visão de mundo e deu origem a projetos como o Instituto Alok, focado em pautas como antirracismo, acesso à água potável e apoio a comunidades tradicionais. Hoje, aos 33 anos, Alok usa a tecnologia como aliada para conectar pessoas, promover cura emocional e construir pontes entre culturas, sem perder de vista o impacto social de suas ações.
Nascido em Goiânia, Alok começou sua carreira ainda criança, influenciado pelos pais, Juarez Petrillo e Ekanta Jake, ambos DJs pioneiros no cenário eletrônico brasileiro. Aos 12 anos, já se apresentava ao lado do irmão gêmeo, Bhaskar, no projeto Lógica. A adolescência foi marcada por uma vida pouco convencional, incluindo uma temporada na Holanda, onde viveu em uma ocupação artística. Essa liberdade moldou sua visão criativa, mas também trouxe desafios. Aos 24 anos, já consagrado como o maior DJ do Brasil, ele enfrentou uma depressão que o levou a questionar o sentido de sua carreira. A virada veio com a imersão em comunidades indígenas, que o inspiraram a criar música com propósito.
A conexão com a ancestralidade não é apenas um discurso para Alok. Em 2021, durante a pandemia, ele lançou o álbum “Futuro Ancestral”, gravado com artistas indígenas como Mapu Huni Kuin e membros da etnia Yawanawá. O projeto, desafiador pela necessidade de adaptar cânticos tradicionais a formatos eletrônicos, reflete sua crença de que o futuro está na valorização das raízes culturais. A música eletrônica, segundo ele, permite essa fusão única, unindo ritmos ancestrais a batidas contemporâneas e alcançando milhões de ouvintes em plataformas como Spotify e palcos internacionais.
Uma carreira guiada por conexões humanas
A habilidade de Alok para conectar pessoas é um dos pilares de sua carreira. Suas apresentações, que já reuniram meio milhão de pessoas, são descritas por ele como um “oceano” de energia, onde a tecnologia amplifica emoções. Em 2017, o lançamento de “Hear Me Now”, em parceria com Bruno Martini e Zeeba, marcou sua transição do nicho eletrônico para o pop global, alcançando o topo das paradas em mais de 15 países. Dois anos depois, sua identidade brasileira ganhou destaque, consolidando-o como um dos maiores artistas do país.
Além dos palcos, Alok usa sua influência para promover causas sociais. O Instituto Alok, fundado em 2017, apoia iniciativas que vão desde a instalação de postos de água potável em 20 cidades brasileiras até a criação de uma escola antirracista em parceria com o jogador Vinícius Jr. A escolha das pautas reflete a versatilidade do instituto, que atua como um “jet ski”, segundo Alok, navegando rapidamente entre diferentes causas, como microcrédito, apoio a povos indígenas e combate à fome. A mortalidade infantil por consumo de água não tratada, por exemplo, é uma das questões que mobilizam suas ações.
O impacto de suas iniciativas é mensurável. Em 2023, o Instituto Alok beneficiou mais de 10 mil pessoas diretamente com projetos de infraestrutura e educação. A parceria com Vinícius Jr., anunciada em 2024, prevê a construção de uma escola em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, com foco em educação antirracista para crianças e jovens. A escolha por causas diversas reflete a visão de Alok de que pequenas ações, amplificadas por visibilidade e recursos, podem transformar realidades.
- Projetos do Instituto Alok:
- Instalação de 20 postos de água potável em comunidades carentes.
- Apoio a iniciativas de microcrédito para empreendedores marginalizados.
- Parceria com Vinícius Jr. para escola antirracista no Rio de Janeiro.
- Financiamento de projetos culturais indígenas, como festivais e documentários.
A tecnologia como aliada da natureza
A relação de Alok com a tecnologia vai além da produção musical. Ele enxerga na inovação uma ferramenta para integrar o ser humano à natureza, desafiando a visão futurista de cidades apocalípticas com carros voadores. Em suas palavras, a verdadeira tecnologia está na harmonia com o meio ambiente, como o uso de avanços científicos para despoluir rios ou preservar florestas. Essa filosofia guia projetos como o documentário “Futuro Ancestral”, previsto para 2025, que explora a conexão entre inovação e sabedoria indígena.
Nos palcos, a tecnologia é sua principal aliada. Alok utiliza softwares avançados para criar remixes que misturam Ascendência, como sua colaboração com Fagner, ícone da música nordestina, em 2023. A flexibilidade da música eletrônica permite que ele experimente com gêneros diversos, do hip-hop ao forró, sempre buscando ampliar o alcance de sua arte. Durante a pandemia, sua live global, transmitida em 2020, alcançou mais de 30 milhões de visualizações, unindo famílias em um momento de isolamento social.
A inovação também está presente em sua participação em jogos como “Free Fire”, onde seu avatar, inspirado na cura, reflete os valores que descobriu nas aldeias indígenas. Desde sua introdução em 2021, o personagem se tornou um dos mais populares do game, com milhões de jogadores escolhendo suas habilidades de regeneração. Esse projeto mostra como Alok usa plataformas digitais para disseminar mensagens de positividade e cura.
Um mergulho na ancestralidade
A experiência de Alok nas aldeias indígenas foi um divisor de águas. Em 2015, após enfrentar uma depressão severa, ele decidiu buscar respostas fora do circuito urbano. A jornada para uma aldeia na Amazônia foi árdua: três voos, 13 horas de carro e nove horas de canoa sob chuva. No caminho, ele testemunhou a luta de indígenas contra a construção de uma rodovia que atravessava suas terras, uma realidade de marginalização que o marcou profundamente.
Chegando à aldeia, Alok foi recebido com cânticos que não visavam fama, mas a preservação da cultura e a cura espiritual. Essa vivência o levou a repensar sua música. Em vez de buscar o topo das paradas, ele passou a criar com a intenção de transmitir positividade. O álbum “Futuro Ancestral” é um marco desse processo, unindo vozes indígenas a batidas eletrônicas em um trabalho que respeita a essência de cada cultura.
A produção do álbum exigiu adaptações. Cânticos como os de Mapu Huni Kuin, que duravam até 15 minutos, precisavam ser ajustados a formatos comerciais sem perder sua autenticidade. O processo, realizado em estúdio durante a pandemia, envolveu duas semanas de quarentena para garantir a segurança dos participantes. O resultado foi um disco que alcançou milhões de streams e abriu portas para colaborações com artistas de diferentes gêneros.
- Marcos da trajetória de Alok com a ancestralidade:
- 2015: Primeira visita a uma aldeia indígena na Amazônia.
- 2021: Lançamento do álbum “Futuro Ancestral” com artistas indígenas.
- 2023: Anúncio do documentário “Futuro Ancestral” para 2025.
- 2024: Apoio a festivais culturais indígenas pelo Instituto Alok.
Equilíbrio entre carreira e vida pessoal
Apesar do sucesso, Alok enfrenta desafios para equilibrar sua carreira intensa com a vida pessoal. Pai de Ravi, de 5 anos, e Raika, de 3 anos, ele prioriza momentos com a família, muitas vezes levando-os em suas viagens. Sua esposa, Romana Novais, médica, é uma parceira essencial, especialmente após o nascimento prematuro de Raika em 2020, quando ambos enfrentaram a Covid-19. O parto, ocorrido na 28ª semana de gestação, foi um dos momentos mais difíceis de sua vida, marcado pela impotência diante da internação de Romana e Raika na UTI.
Essa experiência reforçou sua fé e o tornou mais aberto sobre suas fragilidades. Em cartas abertas nas redes sociais, Alok compartilha episódios de ansiedade e depressão, conectando-se com fãs que enfrentam questões semelhantes. Sua sinceridade humaniza sua imagem, mostrando que, por trás do sucesso, há um homem lidando com os mesmos desafios que seus seguidores.
A rotina de Alok é marcada por um ritmo acelerado. Ele admite ser ansioso e workaholic, características que o impulsionaram na carreira, mas também o levaram a momentos de explosividade no passado. Com o tempo, aprendeu a buscar calma, especialmente após perceber que reações impulsivas traziam mais prejuízos do que benefícios. Exercícios físicos e brincadeiras com os filhos são suas formas de relaxar, enquanto ele evita festas para preservar sua energia.
Impacto social e parcerias estratégicas
O Instituto Alok é uma extensão do propósito que ele encontrou nas aldeias indígenas. Desde sua criação, a organização já apoiou mais de 50 projetos, beneficiando comunidades em áreas como educação, saúde e cultura. A parceria com Vinícius Jr., por exemplo, é um dos destaques recentes. A escola antirracista, com inauguração prevista para 2026, oferecerá cursos de tecnologia, esportes e artes para jovens de São Gonçalo, promovendo inclusão e combate ao preconceito.
Outro foco do instituto é o acesso à água potável, uma causa que ganhou força após Alok descobrir que a contaminação hídrica é uma das principais causas de mortalidade infantil no Brasil. Os 20 postos de água instalados até 2024 atendem cerca de 5 mil pessoas diariamente, com planos de expansão para mais 10 cidades até o fim de 2025. Além disso, o instituto financia festivais indígenas, como o Yby, que celebra a cultura de povos como os Guarani e os Pataxó.
Alok também valoriza parcerias musicais para ampliar o alcance de sua mensagem. Sua colaboração com Fagner, após uma polêmica em que o cantor questionou a relevância dos DJs, resultou em uma música que uniu eletrônica e forró, apresentada em shows no Nordeste. Ele planeja novas parcerias, incluindo um possível projeto com o Coldplay, e pretende convidar mais artistas regionais para seus shows no Brasil.
Um olhar para o futuro
Aos 33 anos, Alok não planeja desacelerar. Seus projetos para os próximos anos incluem turnês internacionais, o lançamento do documentário “Futuro Ancestral” e a expansão das ações do Instituto Alok. Ele também quer consolidar sua presença no exterior, onde já se apresentou em festivais como o Tomorrowland, enquanto leva a cultura brasileira para novos públicos.
Sua visão de futuro é otimista, mas não utópica. Ele acredita que a tecnologia, quando usada com responsabilidade, pode ajudar a resolver problemas como a poluição e a desigualdade. Projetos como a despoluição de rios, que ele apoia por meio de parcerias com ONGs, são exemplos dessa abordagem. Para Alok, o futuro não é uma distopia tecnológica, mas um equilíbrio entre inovação e respeito pela natureza.
A música continua sendo sua principal ferramenta de conexão. Seja em um show para milhares de pessoas ou em uma live para milhões, Alok busca criar experiências que emocionem e inspirem. Sua trajetória, marcada por altos e baixos, é um lembrete de que o sucesso não elimina os desafios, mas pode ser usado para transformar vidas.
- Prioridades de Alok para 2025:
- Lançamento do documentário “Futuro Ancestral”.
- Expansão dos postos de água potável para 10 novas cidades.
- Turnês internacionais com artistas regionais brasileiros.
- Consolidação da escola antifracista com Vinícius Jr.
