Um grave acidente na Rodovia Prefeito José André de Lima, conhecida como SP-340, no município de Mococa, interior de São Paulo, chocou a região na madrugada de 22 de abril. Rogério Gonçalves de Sousa e Alessandra Crisostomo da Silva Sousa, ambos de 45 anos, perderam a vida após o carro em que viajavam colidir contra uma defensa metálica e despencar em uma ribanceira de aproximadamente cinco metros de altura. A família, residente em Águas Claras, no Distrito Federal, retornava de uma viagem de lazer em Ilhabela, no litoral norte paulista, quando a tragédia ocorreu. O trajeto, que pode durar mais de 15 horas, atravessava o interior de São Paulo, uma rota frequentemente utilizada por turistas. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do acidente, registrado como morte suspeita, choque, lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e capotamento, mas as causas exatas ainda não foram esclarecidas.
Os filhos do casal, Davi Crisostomo de Sousa, de 20 anos, e Yan Crisostomo de Sousa, de apenas 7 anos, sobreviveram, mas sofreram ferimentos graves. Inicialmente socorridos e levados à Santa Casa de Mococa, os irmãos foram transferidos para unidades especializadas devido à gravidade de seus quadros. Davi foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Mogi-Mirim, enquanto Yan foi encaminhado ao Centro de Terapia Intensiva (CTI) pediátrico do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Dois cães da família, que também estavam no veículo, não resistiram ao impacto e morreram no local. A cena do acidente, com o carro completamente destruído, reflete a violência da colisão e o drama vivido pela família.
A notícia da morte de Rogério e Alessandra, bem como o estado crítico dos filhos, mobilizou familiares, amigos e a comunidade de Águas Claras. Nas redes sociais, mensagens de solidariedade e apoio começaram a circular, enquanto parentes do Distrito Federal organizavam a viagem ao interior paulista para acompanhar os desdobramentos. O caso também reacendeu debates sobre a segurança nas rodovias brasileiras, especialmente em trechos com curvas acentuadas e barreiras metálicas, como o do quilômetro 272 da SP-340.
Quem eram Rogério e Alessandra
Rogério Gonçalves de Sousa era um profissional reconhecido na área de tecnologia, atuando como executivo em Brasília. Apaixonado por ciclismo, ele frequentemente compartilhava em suas redes sociais momentos de lazer com a família, incluindo viagens à praia e passeios com os filhos. Nos últimos anos, Rogério também demonstrava interesse por leitura, publicando reflexões sobre livros que o marcavam. Sua dedicação ao trabalho e à família era evidente, e ele era descrito por amigos como uma pessoa carismática e comprometida.
Alessandra Crisostomo da Silva Sousa, por sua vez, encontrou na confeitaria sua paixão profissional. Proprietária de um negócio de bolos decorados e sobremesas, ela conquistava clientes com a qualidade e criatividade de suas criações. Em suas redes sociais, Alessandra destacava a importância da família, descrevendo-a como sua “fortaleza”. Uma publicação de março de 2022, quando preparou um bolo especial para o aniversário de 4 anos do filho Yan, ilustra seu carinho maternal: “Ver a felicidade nos olhinhos do nosso filho não tem dinheiro que pague”, escreveu. A empreendedora era admirada por sua dedicação e pelo cuidado que colocava em cada detalhe de seu trabalho.
- Rogério Gonçalves de Sousa: Executivo de tecnologia, entusiasta do ciclismo e amante de leitura.
- Alessandra Crisostomo da Silva Sousa: Confeiteira, especializada em bolos decorados, conhecida pelo amor à família.
- Vida em família: O casal compartilhava momentos de lazer em viagens e celebrações com os filhos, Davi e Yan.
- Impacto na comunidade: Amigos e clientes lamentaram a perda nas redes sociais, destacando a generosidade do casal.
Detalhes do acidente
A tragédia ocorreu por volta das 3h da madrugada, no quilômetro 272 da SP-340, um trecho que conecta Casa Branca a Mococa. O veículo, um Honda HR-V preto com placas de Brasília, trafegava no sentido Casa Branca-Mococa quando, por motivos ainda sob investigação, o condutor perdeu o controle. A colisão contra a defensa metálica foi seguida por uma queda abrupta em uma ribanceira de cerca de cinco metros, resultando no capotamento do carro. A força do impacto deixou o automóvel irreconhecível, com danos extensos que dificultaram o trabalho das equipes de resgate.
O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente e enfrentou desafios para acessar o local, devido à profundidade da ribanceira e à condição do veículo. A Polícia Científica também esteve presente, coletando evidências para determinar as causas do acidente. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), responsável pela administração da rodovia, confirmou a perda de controle do condutor, mas detalhes como a velocidade do veículo ou possíveis falhas mecânicas ainda estão sendo analisados. O trecho foi interditado por algumas horas para o atendimento da ocorrência, impactando o tráfego na região.
A violência do acidente impressionou os moradores de Mococa, que relataram o trecho como perigoso, especialmente durante a noite. A rodovia SP-340 é uma das principais vias do interior paulista, ligando cidades importantes e servindo como rota para turistas. No entanto, curvas acentuadas e a presença de ribanceiras em alguns pontos têm sido alvo de críticas por parte de motoristas e associações de segurança viária.
Estado de saúde dos filhos
Davi Crisostomo de Sousa, de 20 anos, e Yan Crisostomo de Sousa, de 7 anos, enfrentam um quadro crítico após o acidente. Ambos sofreram politraumatismos e outras lesões graves, exigindo cuidados intensivos. Na manhã do dia 22, os irmãos foram estabilizados na Santa Casa de Mococa, mas a gravidade de seus ferimentos demandou transferência para hospitais com maior estrutura. Davi foi levado à Santa Casa de Mogi-Mirim, onde permanece na UTI, sob monitoramento constante. Yan, por sua vez, foi internado no CTI pediátrico do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, referência em atendimento de alta complexidade.
As equipes médicas têm mantido sigilo sobre os detalhes dos quadros clínicos, seguindo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A Santa Casa de Mogi-Mirim informou apenas que Davi segue em estado grave, enquanto o Hospital das Clínicas confirmou a internação de Yan, sem fornecer atualizações adicionais. Familiares do Distrito Federal estão se deslocando para São Paulo para acompanhar os jovens, e amigos da família organizam correntes de oração nas redes sociais, pedindo pela recuperação dos irmãos.
- Davi Crisostomo de Sousa: 20 anos, internado na UTI da Santa Casa de Mogi-Mirim, em estado grave.
- Yan Crisostomo de Sousa: 7 anos, internado no CTI pediátrico do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
- Cuidados intensivos: Ambos sofrem de politraumatismos e recebem tratamento especializado.
- Apoio familiar: Parentes viajam de Brasília para acompanhar os jovens nos hospitais.
Segurança viária em foco
O acidente na SP-340 reacendeu discussões sobre a segurança nas rodovias brasileiras. A via, que corta o interior de São Paulo, é essencial para o transporte de cargas e o turismo, mas também registra um número significativo de acidentes. Dados do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de São Paulo indicam que, em 2024, as rodovias estaduais foram palco de mais de 12 mil acidentes, com cerca de 1.200 mortes. Trechos com curvas fechadas, falta de sinalização adequada e barreiras de contenção insuficientes estão entre os fatores apontados como agravantes.
Especialistas em segurança viária destacam a importância de medidas preventivas, como a instalação de guard-rails mais robustos, melhoria na iluminação noturna e campanhas de conscientização para motoristas. A fadiga ao volante, especialmente em viagens longas como a que a família realizava, também é um fator de risco. A viagem de Ilhabela a Brasília, com mais de 15 horas, exige paradas frequentes e planejamento, algo que pode ter influenciado o acidente, embora não haja confirmação oficial.
A comunidade local de Mococa tem cobrado melhorias no trecho do quilômetro 272, onde outros acidentes já foram registrados. Moradores relatam que a combinação de curvas e ribanceiras torna a área perigosa, especialmente em condições de baixa visibilidade. A Artesp informou que monitora a rodovia e realiza manutenções periódicas, mas não anunciou planos específicos para alterações no local do acidente.
Cronologia dos acontecimentos
O acidente e seus desdobramentos seguem uma sequência de eventos que marcaram a manhã de 22 de abril. Abaixo, uma linha do tempo detalha os principais momentos:
- 3h da madrugada: O Honda HR-V colide contra a defensa metálica no quilômetro 272 da SP-340 e cai em uma ribanceira.
- 3h30: Corpo de Bombeiros e equipes de resgate chegam ao local, iniciando o atendimento às vítimas.
- 4h: Rogério e Alessandra são declarados mortos no local; Davi e Yan são socorridos e levados à Santa Casa de Mococa.
- Manhã do dia 22: Os corpos do casal são encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) em São João da Boa Vista.
- Tarde do dia 22: Davi é transferido para a Santa Casa de Mogi-Mirim; Yan, para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
- Dia 23: Familiares começam a chegar ao interior de São Paulo para acompanhar os jovens e organizar os trâmites dos falecimentos.
Impacto na comunidade de Águas Claras
A notícia da tragédia abalou a comunidade de Águas Claras, onde Rogério e Alessandra eram figuras conhecidas. Vizinhos e amigos do casal expressaram choque e tristeza, destacando o papel ativo que ambos desempenhavam na região. Alessandra, com seu negócio de confeitaria, atendia a diversos eventos locais, enquanto Rogério participava de grupos de ciclismo e eventos comunitários. A perda repentina deixou um vazio, especialmente entre aqueles que acompanhavam a rotina da família pelas redes sociais.
Escolas frequentadas por Davi e Yan também manifestaram apoio, com professores e colegas enviando mensagens de solidariedade. A mobilização nas redes sociais inclui pedidos de doações de sangue para os hospitais onde os jovens estão internados, além de correntes de oração. A comunidade espera atualizações sobre o estado de saúde dos irmãos, enquanto se prepara para prestar homenagens ao casal.
A ausência de informações sobre o velório e o sepultamento, até o momento, reflete a complexidade do momento para os familiares, que lidam com a distância entre Brasília e São Paulo e a gravidade do estado dos jovens. A expectativa é que os trâmites sejam definidos nos próximos dias, com a chegada de parentes ao interior paulista.
Reflexos nas rodovias paulistas
A SP-340, uma das rodovias mais movimentadas do interior de São Paulo, tem sido alvo de atenção após o acidente. A via conecta cidades como Campinas, Mogi-Mirim e Mococa, servindo como corredor para o transporte de mercadorias e o turismo. No entanto, a alta incidência de acidentes em trechos específicos levanta questionamentos sobre a infraestrutura e a fiscalização. Em 2024, o governo estadual anunciou investimentos de R$ 2 bilhões em melhorias nas rodovias, incluindo a SP-340, mas as mudanças ainda não foram totalmente implementadas.
A concessionária que administra o trecho onde ocorreu o acidente realiza manutenções regulares, mas a pressão por soluções mais eficazes cresce. Motoristas que utilizam a rodovia relatam que a sinalização em alguns pontos é insuficiente, e a presença de ribanceiras representa um risco adicional. A tragédia envolvendo a família de Brasília pode acelerar debates sobre a necessidade de intervenções urgentes, como a instalação de barreiras mais seguras e a ampliação de faixas em trechos críticos.
A Polícia Rodoviária Estadual intensificou a fiscalização na região após o acidente, com foco na prevenção de novos incidentes. Blitz educativas e orientações sobre direção defensiva estão sendo realizadas, especialmente em períodos de maior movimento, como feriados e fins de semana. A expectativa é que as investigações sobre o acidente tragam esclarecimentos que auxiliem na formulação de políticas públicas para a segurança viária.
Próximos passos da investigação
A Polícia Civil de Mococa segue apurando as circunstâncias do acidente. Perícias no veículo e no local da colisão estão em andamento, com o objetivo de identificar possíveis falhas mecânicas, condições da pista ou fatores humanos, como fadiga do condutor. Testemunhas que trafegavam pela rodovia no momento do acidente também estão sendo ouvidas, embora o horário reduzido o número de relatos disponíveis.
O laudo pericial, esperado para as próximas semanas, será crucial para determinar as responsabilidades e orientar medidas preventivas. Enquanto isso, a Artesp mantém contato com a concessionária da rodovia para avaliar a necessidade de intervenções imediatas no trecho. A investigação também considera o histórico de acidentes na SP-340, que pode influenciar decisões sobre melhorias na infraestrutura.
A tragédia deixou marcas profundas na família e na comunidade, mas também serve como alerta para a importância da segurança nas estradas. Enquanto Davi e Yan lutam pela vida, a memória de Rogério e Alessandra permanece viva nas mensagens de carinho e nas histórias compartilhadas por aqueles que os conheciam.

Um grave acidente na Rodovia Prefeito José André de Lima, conhecida como SP-340, no município de Mococa, interior de São Paulo, chocou a região na madrugada de 22 de abril. Rogério Gonçalves de Sousa e Alessandra Crisostomo da Silva Sousa, ambos de 45 anos, perderam a vida após o carro em que viajavam colidir contra uma defensa metálica e despencar em uma ribanceira de aproximadamente cinco metros de altura. A família, residente em Águas Claras, no Distrito Federal, retornava de uma viagem de lazer em Ilhabela, no litoral norte paulista, quando a tragédia ocorreu. O trajeto, que pode durar mais de 15 horas, atravessava o interior de São Paulo, uma rota frequentemente utilizada por turistas. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do acidente, registrado como morte suspeita, choque, lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e capotamento, mas as causas exatas ainda não foram esclarecidas.
Os filhos do casal, Davi Crisostomo de Sousa, de 20 anos, e Yan Crisostomo de Sousa, de apenas 7 anos, sobreviveram, mas sofreram ferimentos graves. Inicialmente socorridos e levados à Santa Casa de Mococa, os irmãos foram transferidos para unidades especializadas devido à gravidade de seus quadros. Davi foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Mogi-Mirim, enquanto Yan foi encaminhado ao Centro de Terapia Intensiva (CTI) pediátrico do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Dois cães da família, que também estavam no veículo, não resistiram ao impacto e morreram no local. A cena do acidente, com o carro completamente destruído, reflete a violência da colisão e o drama vivido pela família.
A notícia da morte de Rogério e Alessandra, bem como o estado crítico dos filhos, mobilizou familiares, amigos e a comunidade de Águas Claras. Nas redes sociais, mensagens de solidariedade e apoio começaram a circular, enquanto parentes do Distrito Federal organizavam a viagem ao interior paulista para acompanhar os desdobramentos. O caso também reacendeu debates sobre a segurança nas rodovias brasileiras, especialmente em trechos com curvas acentuadas e barreiras metálicas, como o do quilômetro 272 da SP-340.
Quem eram Rogério e Alessandra
Rogério Gonçalves de Sousa era um profissional reconhecido na área de tecnologia, atuando como executivo em Brasília. Apaixonado por ciclismo, ele frequentemente compartilhava em suas redes sociais momentos de lazer com a família, incluindo viagens à praia e passeios com os filhos. Nos últimos anos, Rogério também demonstrava interesse por leitura, publicando reflexões sobre livros que o marcavam. Sua dedicação ao trabalho e à família era evidente, e ele era descrito por amigos como uma pessoa carismática e comprometida.
Alessandra Crisostomo da Silva Sousa, por sua vez, encontrou na confeitaria sua paixão profissional. Proprietária de um negócio de bolos decorados e sobremesas, ela conquistava clientes com a qualidade e criatividade de suas criações. Em suas redes sociais, Alessandra destacava a importância da família, descrevendo-a como sua “fortaleza”. Uma publicação de março de 2022, quando preparou um bolo especial para o aniversário de 4 anos do filho Yan, ilustra seu carinho maternal: “Ver a felicidade nos olhinhos do nosso filho não tem dinheiro que pague”, escreveu. A empreendedora era admirada por sua dedicação e pelo cuidado que colocava em cada detalhe de seu trabalho.
- Rogério Gonçalves de Sousa: Executivo de tecnologia, entusiasta do ciclismo e amante de leitura.
- Alessandra Crisostomo da Silva Sousa: Confeiteira, especializada em bolos decorados, conhecida pelo amor à família.
- Vida em família: O casal compartilhava momentos de lazer em viagens e celebrações com os filhos, Davi e Yan.
- Impacto na comunidade: Amigos e clientes lamentaram a perda nas redes sociais, destacando a generosidade do casal.
Detalhes do acidente
A tragédia ocorreu por volta das 3h da madrugada, no quilômetro 272 da SP-340, um trecho que conecta Casa Branca a Mococa. O veículo, um Honda HR-V preto com placas de Brasília, trafegava no sentido Casa Branca-Mococa quando, por motivos ainda sob investigação, o condutor perdeu o controle. A colisão contra a defensa metálica foi seguida por uma queda abrupta em uma ribanceira de cerca de cinco metros, resultando no capotamento do carro. A força do impacto deixou o automóvel irreconhecível, com danos extensos que dificultaram o trabalho das equipes de resgate.
O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente e enfrentou desafios para acessar o local, devido à profundidade da ribanceira e à condição do veículo. A Polícia Científica também esteve presente, coletando evidências para determinar as causas do acidente. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), responsável pela administração da rodovia, confirmou a perda de controle do condutor, mas detalhes como a velocidade do veículo ou possíveis falhas mecânicas ainda estão sendo analisados. O trecho foi interditado por algumas horas para o atendimento da ocorrência, impactando o tráfego na região.
A violência do acidente impressionou os moradores de Mococa, que relataram o trecho como perigoso, especialmente durante a noite. A rodovia SP-340 é uma das principais vias do interior paulista, ligando cidades importantes e servindo como rota para turistas. No entanto, curvas acentuadas e a presença de ribanceiras em alguns pontos têm sido alvo de críticas por parte de motoristas e associações de segurança viária.
Estado de saúde dos filhos
Davi Crisostomo de Sousa, de 20 anos, e Yan Crisostomo de Sousa, de 7 anos, enfrentam um quadro crítico após o acidente. Ambos sofreram politraumatismos e outras lesões graves, exigindo cuidados intensivos. Na manhã do dia 22, os irmãos foram estabilizados na Santa Casa de Mococa, mas a gravidade de seus ferimentos demandou transferência para hospitais com maior estrutura. Davi foi levado à Santa Casa de Mogi-Mirim, onde permanece na UTI, sob monitoramento constante. Yan, por sua vez, foi internado no CTI pediátrico do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, referência em atendimento de alta complexidade.
As equipes médicas têm mantido sigilo sobre os detalhes dos quadros clínicos, seguindo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A Santa Casa de Mogi-Mirim informou apenas que Davi segue em estado grave, enquanto o Hospital das Clínicas confirmou a internação de Yan, sem fornecer atualizações adicionais. Familiares do Distrito Federal estão se deslocando para São Paulo para acompanhar os jovens, e amigos da família organizam correntes de oração nas redes sociais, pedindo pela recuperação dos irmãos.
- Davi Crisostomo de Sousa: 20 anos, internado na UTI da Santa Casa de Mogi-Mirim, em estado grave.
- Yan Crisostomo de Sousa: 7 anos, internado no CTI pediátrico do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
- Cuidados intensivos: Ambos sofrem de politraumatismos e recebem tratamento especializado.
- Apoio familiar: Parentes viajam de Brasília para acompanhar os jovens nos hospitais.
Segurança viária em foco
O acidente na SP-340 reacendeu discussões sobre a segurança nas rodovias brasileiras. A via, que corta o interior de São Paulo, é essencial para o transporte de cargas e o turismo, mas também registra um número significativo de acidentes. Dados do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de São Paulo indicam que, em 2024, as rodovias estaduais foram palco de mais de 12 mil acidentes, com cerca de 1.200 mortes. Trechos com curvas fechadas, falta de sinalização adequada e barreiras de contenção insuficientes estão entre os fatores apontados como agravantes.
Especialistas em segurança viária destacam a importância de medidas preventivas, como a instalação de guard-rails mais robustos, melhoria na iluminação noturna e campanhas de conscientização para motoristas. A fadiga ao volante, especialmente em viagens longas como a que a família realizava, também é um fator de risco. A viagem de Ilhabela a Brasília, com mais de 15 horas, exige paradas frequentes e planejamento, algo que pode ter influenciado o acidente, embora não haja confirmação oficial.
A comunidade local de Mococa tem cobrado melhorias no trecho do quilômetro 272, onde outros acidentes já foram registrados. Moradores relatam que a combinação de curvas e ribanceiras torna a área perigosa, especialmente em condições de baixa visibilidade. A Artesp informou que monitora a rodovia e realiza manutenções periódicas, mas não anunciou planos específicos para alterações no local do acidente.
Cronologia dos acontecimentos
O acidente e seus desdobramentos seguem uma sequência de eventos que marcaram a manhã de 22 de abril. Abaixo, uma linha do tempo detalha os principais momentos:
- 3h da madrugada: O Honda HR-V colide contra a defensa metálica no quilômetro 272 da SP-340 e cai em uma ribanceira.
- 3h30: Corpo de Bombeiros e equipes de resgate chegam ao local, iniciando o atendimento às vítimas.
- 4h: Rogério e Alessandra são declarados mortos no local; Davi e Yan são socorridos e levados à Santa Casa de Mococa.
- Manhã do dia 22: Os corpos do casal são encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) em São João da Boa Vista.
- Tarde do dia 22: Davi é transferido para a Santa Casa de Mogi-Mirim; Yan, para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
- Dia 23: Familiares começam a chegar ao interior de São Paulo para acompanhar os jovens e organizar os trâmites dos falecimentos.
Impacto na comunidade de Águas Claras
A notícia da tragédia abalou a comunidade de Águas Claras, onde Rogério e Alessandra eram figuras conhecidas. Vizinhos e amigos do casal expressaram choque e tristeza, destacando o papel ativo que ambos desempenhavam na região. Alessandra, com seu negócio de confeitaria, atendia a diversos eventos locais, enquanto Rogério participava de grupos de ciclismo e eventos comunitários. A perda repentina deixou um vazio, especialmente entre aqueles que acompanhavam a rotina da família pelas redes sociais.
Escolas frequentadas por Davi e Yan também manifestaram apoio, com professores e colegas enviando mensagens de solidariedade. A mobilização nas redes sociais inclui pedidos de doações de sangue para os hospitais onde os jovens estão internados, além de correntes de oração. A comunidade espera atualizações sobre o estado de saúde dos irmãos, enquanto se prepara para prestar homenagens ao casal.
A ausência de informações sobre o velório e o sepultamento, até o momento, reflete a complexidade do momento para os familiares, que lidam com a distância entre Brasília e São Paulo e a gravidade do estado dos jovens. A expectativa é que os trâmites sejam definidos nos próximos dias, com a chegada de parentes ao interior paulista.
Reflexos nas rodovias paulistas
A SP-340, uma das rodovias mais movimentadas do interior de São Paulo, tem sido alvo de atenção após o acidente. A via conecta cidades como Campinas, Mogi-Mirim e Mococa, servindo como corredor para o transporte de mercadorias e o turismo. No entanto, a alta incidência de acidentes em trechos específicos levanta questionamentos sobre a infraestrutura e a fiscalização. Em 2024, o governo estadual anunciou investimentos de R$ 2 bilhões em melhorias nas rodovias, incluindo a SP-340, mas as mudanças ainda não foram totalmente implementadas.
A concessionária que administra o trecho onde ocorreu o acidente realiza manutenções regulares, mas a pressão por soluções mais eficazes cresce. Motoristas que utilizam a rodovia relatam que a sinalização em alguns pontos é insuficiente, e a presença de ribanceiras representa um risco adicional. A tragédia envolvendo a família de Brasília pode acelerar debates sobre a necessidade de intervenções urgentes, como a instalação de barreiras mais seguras e a ampliação de faixas em trechos críticos.
A Polícia Rodoviária Estadual intensificou a fiscalização na região após o acidente, com foco na prevenção de novos incidentes. Blitz educativas e orientações sobre direção defensiva estão sendo realizadas, especialmente em períodos de maior movimento, como feriados e fins de semana. A expectativa é que as investigações sobre o acidente tragam esclarecimentos que auxiliem na formulação de políticas públicas para a segurança viária.
Próximos passos da investigação
A Polícia Civil de Mococa segue apurando as circunstâncias do acidente. Perícias no veículo e no local da colisão estão em andamento, com o objetivo de identificar possíveis falhas mecânicas, condições da pista ou fatores humanos, como fadiga do condutor. Testemunhas que trafegavam pela rodovia no momento do acidente também estão sendo ouvidas, embora o horário reduzido o número de relatos disponíveis.
O laudo pericial, esperado para as próximas semanas, será crucial para determinar as responsabilidades e orientar medidas preventivas. Enquanto isso, a Artesp mantém contato com a concessionária da rodovia para avaliar a necessidade de intervenções imediatas no trecho. A investigação também considera o histórico de acidentes na SP-340, que pode influenciar decisões sobre melhorias na infraestrutura.
A tragédia deixou marcas profundas na família e na comunidade, mas também serve como alerta para a importância da segurança nas estradas. Enquanto Davi e Yan lutam pela vida, a memória de Rogério e Alessandra permanece viva nas mensagens de carinho e nas histórias compartilhadas por aqueles que os conheciam.
