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23 Apr 2025, Wed

Como o Arsenal pode guiar o Botafogo a salvar Renato Paiva com reforços e continuidade

Renato Paiva Botafogo


A temporada de 2025 mal começou, e o Botafogo já vive um momento de tensão. Renato Paiva, treinador português contratado há apenas um mês para liderar o atual campeão brasileiro e sul-americano, enfrenta uma pressão crescente. Com apenas 38% de aproveitamento em sete jogos, o técnico vê seu cargo ameaçado, especialmente com desafios cruciais à frente, como o confronto contra o Estudiantes, pela Libertadores, e o clássico contra o Fluminense, pelo Brasileirão. A situação, porém, não é nova no futebol brasileiro, onde a demissão de treinadores é frequentemente a solução adotada. No entanto, o exemplo do Arsenal, clube inglês que apostou na continuidade de Mikel Arteta, pode oferecer um caminho alternativo para o alvinegro carioca. Ajustar o elenco às ideias do treinador, em vez de optar pela troca no comando, tem se mostrado uma estratégia eficaz no futebol europeu.

Renato Paiva chegou ao Botafogo com a missão de manter o clube no topo após uma temporada vitoriosa. O português, conhecido por seu trabalho no Independiente del Valle, onde conquistou a Copa Sul-Americana em 2022, enfrenta dificuldades para implementar sua filosofia de jogo. O elenco, montado antes de sua chegada, não parece alinhado com suas ideias táticas, o que tem gerado resultados abaixo do esperado. A torcida, acostumada aos sucessos recentes, já demonstra impaciência, enquanto a diretoria, liderada pelo americano John Textor, busca soluções para evitar um colapso precoce na temporada.

O exemplo do Arsenal, destacado pelo ex-gestor Edu Gaspar, serve como inspiração. Após o vice-campeonato da Premier League na temporada 2023/24, o clube inglês optou por renovar o contrato de Mikel Arteta e investir em ajustes no elenco, em vez de demiti-lo. A decisão trouxe resultados: o Arsenal alcançou as semifinais da Liga dos Campeões em 2025, enfrentando o PSG, e consolidou-se como um dos principais times da Inglaterra. A continuidade do trabalho de Arteta, aliada a contratações estratégicas, transformou o clube em um modelo de gestão esportiva.

  • Filosofia de jogo: Arteta implementou um estilo baseado em posse de bola e intensidade, adaptado ao elenco.
  • Reforços pontuais: Jogadores como Declan Rice e Kai Havertz foram contratados para suprir lacunas específicas.
  • Paciência da diretoria: A confiança no projeto de longo prazo evitou decisões precipitadas.

Pressão no Botafogo e o peso das expectativas

O Botafogo vive um momento delicado. A campanha irregular nas primeiras semanas da temporada 2025 reacendeu debates sobre a cultura imediatista do futebol brasileiro. Renato Paiva, apesar do curto tempo no comando, já enfrenta críticas por resultados como empates contra adversários considerados acessíveis e uma derrota inesperada na Libertadores. O jogo contra o Estudiantes, em La Plata, é visto como um divisor de águas. Uma derrota pode ampliar a crise, enquanto uma vitória pode dar fôlego ao treinador.

John Textor, proprietário do clube, tem adotado um discurso de apoio a Paiva. Em recente declaração, o americano destacou que a temporada ainda está no início e que o “pânico” é uma tradição ultrapassada no futebol brasileiro. Textor, que já demonstrou visão estratégica ao trazer reforços como Luiz Henrique, Thiago Almada e Alex Telles na temporada passada, parece inclinado a seguir o modelo do Arsenal. A ideia é ajustar o elenco às necessidades do treinador, em vez de recorrer à demissão.

A pressão sobre Paiva também reflete as altas expectativas criadas pelo sucesso do Botafogo em 2024. O título brasileiro e a conquista da Libertadores elevaram o patamar do clube, que agora é cobrado por resultados consistentes em todas as competições. A torcida, embora apaixonada, tem pouca paciência para tropeços, especialmente em um elenco que conta com jogadores de alto nível, como Júnior Santos e o recém-contratado Thiago Almada.

Lições do Arsenal: continuidade versus imediatismo

O sucesso do Arsenal sob o comando de Mikel Arteta não veio sem desafios. Quando assumiu o clube em 2019, o treinador espanhol enfrentou críticas por resultados inconsistentes e um estilo de jogo que demorou a se consolidar. A diretoria, no entanto, optou por confiar no projeto de longo prazo. Em seis anos, Arteta conquistou a Copa da Inglaterra (2019/20), duas Supercopas (2020/21 e 2023/24) e dois vice-campeonatos da Premier League. Em 2025, o Arsenal segue competitivo, ocupando a vice-liderança da Premier League, a 13 pontos do Liverpool, e disputando as semifinais da Liga dos Campeões.

A estratégia do Arsenal contrasta com a realidade do futebol brasileiro, onde a rotatividade de treinadores é alta. Dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apontam que, em média, um técnico da Série A permanece no cargo por menos de seis meses. Clubes como Flamengo, Palmeiras e Corinthians já trocaram de treinador pelo menos uma vez em 2024, evidenciando a falta de paciência com projetos de longo prazo. No Botafogo, a situação de Renato Paiva pode seguir o mesmo caminho, caso os resultados não melhorem rapidamente.

A experiência de Arteta no Arsenal mostra que o sucesso exige tempo e ajustes. Após o vice-campeonato da Premier League em 2023/24, o clube inglês identificou lacunas no elenco e trouxe jogadores que se encaixassem no sistema tático do treinador. A aposta na continuidade permitiu que o Arsenal desenvolvesse uma identidade de jogo clara, com ênfase na posse de bola, transições rápidas e solidez defensiva.

  • Contratações estratégicas: Jogadores como Gabriel Magalhães e Martin Ødegaard fortaleceram o elenco.
  • Desenvolvimento de jovens: Talentos como Bukayo Saka foram lapidados sob o comando de Arteta.
  • Adaptação tática: O treinador ajustou o sistema de jogo para maximizar o desempenho do time.

Desafios de Renato Paiva no Botafogo

Renato Paiva enfrenta um cenário complexo no Botafogo. O treinador, que não participou da montagem do elenco, precisa adaptar jogadores contratados para outro sistema tático às suas ideias. A falta de entrosamento e a pressão por resultados imediatos dificultam o trabalho. Além disso, a Libertadores, competição em que o Botafogo é o atual campeão, exige desempenho de alto nível, especialmente em jogos fora de casa, como o confronto contra o Estudiantes.

O clássico contra o Fluminense, marcado para o próximo sábado, também será decisivo. Uma vitória pode aliviar a pressão e dar confiança ao elenco, enquanto um tropeço pode intensificar as críticas. Paiva tem buscado implementar um estilo de jogo baseado em transições rápidas e pressão alta, mas a falta de peças adequadas tem comprometido o desempenho. Jogadores como Luiz Henrique, que brilhou na temporada passada, ainda não encontraram seu melhor momento em 2025.

John Textor, ciente dos desafios, tem defendido a permanência de Paiva. O americano acredita que ajustes no elenco, como os feitos na temporada passada, podem corrigir os rumos do time. A janela de transferências do meio do ano será uma oportunidade para trazer reforços que se encaixem na filosofia do treinador, como volantes mais dinâmicos e meias criativos.

O impacto da gestão de John Textor

A chegada de John Textor ao Botafogo, em 2022, marcou uma nova era para o clube. O americano trouxe uma visão empresarial ao futebol, com investimentos em infraestrutura, contratações de peso e uma abordagem mais profissional à gestão esportiva. Em 2024, o Botafogo conquistou o Brasileirão e a Libertadores, resultados que consolidaram a credibilidade de Textor. No entanto, a temporada de 2025 tem mostrado que o sucesso não é garantido, mesmo com recursos financeiros.

Textor tem se inspirado em modelos europeus, como o do Arsenal, para gerir o Botafogo. A contratação de jogadores como Thiago Almada, ex-Atlanta United, e Alex Telles, com passagem pelo Manchester United, reflete a ambição do clube. No entanto, a falta de alinhamento entre o elenco e o treinador tem sido um obstáculo. A solução, segundo Textor, está em ajustes pontuais, como os feitos pelo Arsenal, e não em mudanças drásticas no comando.

O proprietário também enfrenta o desafio de lidar com a cultura do futebol brasileiro, onde a pressão por resultados imediatos é intensa. A frase de Textor, “a temporada ainda é nova, mas a tradição do pânico é velha”, resume o conflito entre a mentalidade de longo prazo que ele deseja implementar e a realidade do futebol local. A torcida, embora reconheça os avanços do clube sob a gestão de Textor, exige vitórias imediatas.

O que o Botafogo pode aprender com o Arsenal

O exemplo do Arsenal oferece lições claras para o Botafogo. A primeira é a importância de alinhar o elenco às ideias do treinador. No caso de Renato Paiva, isso significa identificar jogadores que se adaptem ao seu estilo de jogo, como meias ofensivos e laterais com capacidade de apoiar o ataque. A segunda lição é a necessidade de paciência. O sucesso de Mikel Arteta no Arsenal só veio após anos de ajustes e confiança da diretoria.

Outra lição é a valorização de uma identidade tática. O Arsenal de Arteta é reconhecido por sua consistência tática, com um sistema que combina posse de bola, pressão alta e transições rápidas. No Botafogo, Paiva ainda busca consolidar sua filosofia, mas a falta de tempo e a pressão por resultados dificultam o processo. A diretoria, liderada por Textor, pode desempenhar um papel crucial ao dar respaldo ao treinador.

  • Alinhamento do elenco: Contratações devem priorizar jogadores que se encaixem no sistema tático.
  • Paciência estratégica: A diretoria precisa resistir à pressão por mudanças imediatas.
  • Identidade de jogo: Um estilo claro ajuda a conquistar a confiança da torcida e dos jogadores.

Calendário decisivo para Renato Paiva

Os próximos jogos serão cruciais para o futuro de Renato Paiva no Botafogo. A partida contra o Estudiantes, pela Libertadores, é uma oportunidade para mostrar que o time pode competir em alto nível. O clássico contra o Fluminense, pelo Brasileirão, será outro teste importante, especialmente pelo peso emocional de enfrentar um rival. Além disso, o Botafogo terá confrontos contra equipes como Athletico-PR e São Paulo nas próximas semanas, que podem definir o rumo da temporada.

  • 23 de abril: Estudiantes x Botafogo (Libertadores)
  • 26 de abril: Fluminense x Botafogo (Brasileirão)
  • 30 de abril: Botafogo x Athletico-PR (Brasileirão)
  • 4 de maio: São Paulo x Botafogo (Brasileirão)

Perspectivas para o futuro do Botafogo

O Botafogo tem potencial para superar a crise atual, mas isso dependerá de decisões estratégicas. A continuidade de Renato Paiva, aliada a ajustes no elenco, pode ser o caminho para recuperar o desempenho de 2024. A experiência do Arsenal mostra que a paciência e o planejamento são essenciais para construir um projeto vencedor. No entanto, o contexto do futebol brasileiro, com sua cultura imediatista, exige que o clube equilibre resultados de curto prazo com uma visão de longo prazo.

A torcida alvinegra, conhecida por seu apoio apaixonado, também terá um papel importante. O respaldo dos torcedores pode dar confiança ao elenco e ao treinador, enquanto a pressão excessiva pode agravar a crise. John Textor, com sua visão inovadora, tem a oportunidade de transformar o Botafogo em um exemplo de gestão no futebol brasileiro, assim como o Arsenal se tornou na Inglaterra.

O desafio de Renato Paiva é grande, mas não intransponível. Com o apoio da diretoria e ajustes no elenco, o treinador português pode consolidar seu trabalho e levar o Botafogo de volta ao caminho das vitórias. A temporada de 2025, embora desafiadora, ainda oferece muitas oportunidades para o clube mostrar sua força.



A temporada de 2025 mal começou, e o Botafogo já vive um momento de tensão. Renato Paiva, treinador português contratado há apenas um mês para liderar o atual campeão brasileiro e sul-americano, enfrenta uma pressão crescente. Com apenas 38% de aproveitamento em sete jogos, o técnico vê seu cargo ameaçado, especialmente com desafios cruciais à frente, como o confronto contra o Estudiantes, pela Libertadores, e o clássico contra o Fluminense, pelo Brasileirão. A situação, porém, não é nova no futebol brasileiro, onde a demissão de treinadores é frequentemente a solução adotada. No entanto, o exemplo do Arsenal, clube inglês que apostou na continuidade de Mikel Arteta, pode oferecer um caminho alternativo para o alvinegro carioca. Ajustar o elenco às ideias do treinador, em vez de optar pela troca no comando, tem se mostrado uma estratégia eficaz no futebol europeu.

Renato Paiva chegou ao Botafogo com a missão de manter o clube no topo após uma temporada vitoriosa. O português, conhecido por seu trabalho no Independiente del Valle, onde conquistou a Copa Sul-Americana em 2022, enfrenta dificuldades para implementar sua filosofia de jogo. O elenco, montado antes de sua chegada, não parece alinhado com suas ideias táticas, o que tem gerado resultados abaixo do esperado. A torcida, acostumada aos sucessos recentes, já demonstra impaciência, enquanto a diretoria, liderada pelo americano John Textor, busca soluções para evitar um colapso precoce na temporada.

O exemplo do Arsenal, destacado pelo ex-gestor Edu Gaspar, serve como inspiração. Após o vice-campeonato da Premier League na temporada 2023/24, o clube inglês optou por renovar o contrato de Mikel Arteta e investir em ajustes no elenco, em vez de demiti-lo. A decisão trouxe resultados: o Arsenal alcançou as semifinais da Liga dos Campeões em 2025, enfrentando o PSG, e consolidou-se como um dos principais times da Inglaterra. A continuidade do trabalho de Arteta, aliada a contratações estratégicas, transformou o clube em um modelo de gestão esportiva.

  • Filosofia de jogo: Arteta implementou um estilo baseado em posse de bola e intensidade, adaptado ao elenco.
  • Reforços pontuais: Jogadores como Declan Rice e Kai Havertz foram contratados para suprir lacunas específicas.
  • Paciência da diretoria: A confiança no projeto de longo prazo evitou decisões precipitadas.

Pressão no Botafogo e o peso das expectativas

O Botafogo vive um momento delicado. A campanha irregular nas primeiras semanas da temporada 2025 reacendeu debates sobre a cultura imediatista do futebol brasileiro. Renato Paiva, apesar do curto tempo no comando, já enfrenta críticas por resultados como empates contra adversários considerados acessíveis e uma derrota inesperada na Libertadores. O jogo contra o Estudiantes, em La Plata, é visto como um divisor de águas. Uma derrota pode ampliar a crise, enquanto uma vitória pode dar fôlego ao treinador.

John Textor, proprietário do clube, tem adotado um discurso de apoio a Paiva. Em recente declaração, o americano destacou que a temporada ainda está no início e que o “pânico” é uma tradição ultrapassada no futebol brasileiro. Textor, que já demonstrou visão estratégica ao trazer reforços como Luiz Henrique, Thiago Almada e Alex Telles na temporada passada, parece inclinado a seguir o modelo do Arsenal. A ideia é ajustar o elenco às necessidades do treinador, em vez de recorrer à demissão.

A pressão sobre Paiva também reflete as altas expectativas criadas pelo sucesso do Botafogo em 2024. O título brasileiro e a conquista da Libertadores elevaram o patamar do clube, que agora é cobrado por resultados consistentes em todas as competições. A torcida, embora apaixonada, tem pouca paciência para tropeços, especialmente em um elenco que conta com jogadores de alto nível, como Júnior Santos e o recém-contratado Thiago Almada.

Lições do Arsenal: continuidade versus imediatismo

O sucesso do Arsenal sob o comando de Mikel Arteta não veio sem desafios. Quando assumiu o clube em 2019, o treinador espanhol enfrentou críticas por resultados inconsistentes e um estilo de jogo que demorou a se consolidar. A diretoria, no entanto, optou por confiar no projeto de longo prazo. Em seis anos, Arteta conquistou a Copa da Inglaterra (2019/20), duas Supercopas (2020/21 e 2023/24) e dois vice-campeonatos da Premier League. Em 2025, o Arsenal segue competitivo, ocupando a vice-liderança da Premier League, a 13 pontos do Liverpool, e disputando as semifinais da Liga dos Campeões.

A estratégia do Arsenal contrasta com a realidade do futebol brasileiro, onde a rotatividade de treinadores é alta. Dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apontam que, em média, um técnico da Série A permanece no cargo por menos de seis meses. Clubes como Flamengo, Palmeiras e Corinthians já trocaram de treinador pelo menos uma vez em 2024, evidenciando a falta de paciência com projetos de longo prazo. No Botafogo, a situação de Renato Paiva pode seguir o mesmo caminho, caso os resultados não melhorem rapidamente.

A experiência de Arteta no Arsenal mostra que o sucesso exige tempo e ajustes. Após o vice-campeonato da Premier League em 2023/24, o clube inglês identificou lacunas no elenco e trouxe jogadores que se encaixassem no sistema tático do treinador. A aposta na continuidade permitiu que o Arsenal desenvolvesse uma identidade de jogo clara, com ênfase na posse de bola, transições rápidas e solidez defensiva.

  • Contratações estratégicas: Jogadores como Gabriel Magalhães e Martin Ødegaard fortaleceram o elenco.
  • Desenvolvimento de jovens: Talentos como Bukayo Saka foram lapidados sob o comando de Arteta.
  • Adaptação tática: O treinador ajustou o sistema de jogo para maximizar o desempenho do time.

Desafios de Renato Paiva no Botafogo

Renato Paiva enfrenta um cenário complexo no Botafogo. O treinador, que não participou da montagem do elenco, precisa adaptar jogadores contratados para outro sistema tático às suas ideias. A falta de entrosamento e a pressão por resultados imediatos dificultam o trabalho. Além disso, a Libertadores, competição em que o Botafogo é o atual campeão, exige desempenho de alto nível, especialmente em jogos fora de casa, como o confronto contra o Estudiantes.

O clássico contra o Fluminense, marcado para o próximo sábado, também será decisivo. Uma vitória pode aliviar a pressão e dar confiança ao elenco, enquanto um tropeço pode intensificar as críticas. Paiva tem buscado implementar um estilo de jogo baseado em transições rápidas e pressão alta, mas a falta de peças adequadas tem comprometido o desempenho. Jogadores como Luiz Henrique, que brilhou na temporada passada, ainda não encontraram seu melhor momento em 2025.

John Textor, ciente dos desafios, tem defendido a permanência de Paiva. O americano acredita que ajustes no elenco, como os feitos na temporada passada, podem corrigir os rumos do time. A janela de transferências do meio do ano será uma oportunidade para trazer reforços que se encaixem na filosofia do treinador, como volantes mais dinâmicos e meias criativos.

O impacto da gestão de John Textor

A chegada de John Textor ao Botafogo, em 2022, marcou uma nova era para o clube. O americano trouxe uma visão empresarial ao futebol, com investimentos em infraestrutura, contratações de peso e uma abordagem mais profissional à gestão esportiva. Em 2024, o Botafogo conquistou o Brasileirão e a Libertadores, resultados que consolidaram a credibilidade de Textor. No entanto, a temporada de 2025 tem mostrado que o sucesso não é garantido, mesmo com recursos financeiros.

Textor tem se inspirado em modelos europeus, como o do Arsenal, para gerir o Botafogo. A contratação de jogadores como Thiago Almada, ex-Atlanta United, e Alex Telles, com passagem pelo Manchester United, reflete a ambição do clube. No entanto, a falta de alinhamento entre o elenco e o treinador tem sido um obstáculo. A solução, segundo Textor, está em ajustes pontuais, como os feitos pelo Arsenal, e não em mudanças drásticas no comando.

O proprietário também enfrenta o desafio de lidar com a cultura do futebol brasileiro, onde a pressão por resultados imediatos é intensa. A frase de Textor, “a temporada ainda é nova, mas a tradição do pânico é velha”, resume o conflito entre a mentalidade de longo prazo que ele deseja implementar e a realidade do futebol local. A torcida, embora reconheça os avanços do clube sob a gestão de Textor, exige vitórias imediatas.

O que o Botafogo pode aprender com o Arsenal

O exemplo do Arsenal oferece lições claras para o Botafogo. A primeira é a importância de alinhar o elenco às ideias do treinador. No caso de Renato Paiva, isso significa identificar jogadores que se adaptem ao seu estilo de jogo, como meias ofensivos e laterais com capacidade de apoiar o ataque. A segunda lição é a necessidade de paciência. O sucesso de Mikel Arteta no Arsenal só veio após anos de ajustes e confiança da diretoria.

Outra lição é a valorização de uma identidade tática. O Arsenal de Arteta é reconhecido por sua consistência tática, com um sistema que combina posse de bola, pressão alta e transições rápidas. No Botafogo, Paiva ainda busca consolidar sua filosofia, mas a falta de tempo e a pressão por resultados dificultam o processo. A diretoria, liderada por Textor, pode desempenhar um papel crucial ao dar respaldo ao treinador.

  • Alinhamento do elenco: Contratações devem priorizar jogadores que se encaixem no sistema tático.
  • Paciência estratégica: A diretoria precisa resistir à pressão por mudanças imediatas.
  • Identidade de jogo: Um estilo claro ajuda a conquistar a confiança da torcida e dos jogadores.

Calendário decisivo para Renato Paiva

Os próximos jogos serão cruciais para o futuro de Renato Paiva no Botafogo. A partida contra o Estudiantes, pela Libertadores, é uma oportunidade para mostrar que o time pode competir em alto nível. O clássico contra o Fluminense, pelo Brasileirão, será outro teste importante, especialmente pelo peso emocional de enfrentar um rival. Além disso, o Botafogo terá confrontos contra equipes como Athletico-PR e São Paulo nas próximas semanas, que podem definir o rumo da temporada.

  • 23 de abril: Estudiantes x Botafogo (Libertadores)
  • 26 de abril: Fluminense x Botafogo (Brasileirão)
  • 30 de abril: Botafogo x Athletico-PR (Brasileirão)
  • 4 de maio: São Paulo x Botafogo (Brasileirão)

Perspectivas para o futuro do Botafogo

O Botafogo tem potencial para superar a crise atual, mas isso dependerá de decisões estratégicas. A continuidade de Renato Paiva, aliada a ajustes no elenco, pode ser o caminho para recuperar o desempenho de 2024. A experiência do Arsenal mostra que a paciência e o planejamento são essenciais para construir um projeto vencedor. No entanto, o contexto do futebol brasileiro, com sua cultura imediatista, exige que o clube equilibre resultados de curto prazo com uma visão de longo prazo.

A torcida alvinegra, conhecida por seu apoio apaixonado, também terá um papel importante. O respaldo dos torcedores pode dar confiança ao elenco e ao treinador, enquanto a pressão excessiva pode agravar a crise. John Textor, com sua visão inovadora, tem a oportunidade de transformar o Botafogo em um exemplo de gestão no futebol brasileiro, assim como o Arsenal se tornou na Inglaterra.

O desafio de Renato Paiva é grande, mas não intransponível. Com o apoio da diretoria e ajustes no elenco, o treinador português pode consolidar seu trabalho e levar o Botafogo de volta ao caminho das vitórias. A temporada de 2025, embora desafiadora, ainda oferece muitas oportunidades para o clube mostrar sua força.



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