3×3 contra o Nacional foi o melhor jogo até aqui desta Libertadores Aquele que na teoria era o jogo mais fácil para o Internacional na fase de grupos da Libertadores se revelou totalmente diferente. O Colorado sofreu três gols do Nacional em 42 minutos, mas mostrou trabalho e calma para se reorganizar na 2ª etapa e chegar muito perto de uma virada que seria épica. O Nacional mostrou evolução em relação a rodada passada e deve acirrar ainda mais o Grupo F.
A partida no Beira-Rio foi rica em variáveis táticas e estratégias definidas pelos dois treinadores. O Tricolor explorou de forma perfeita um problema de recomposição pelo lado esquerdo da defesa brasileira, mas sucumbiu quando o Internacional passou a ter mais um jogador atacando a última linha de defesa e resolveu a fragilidade apresentada nas transições defensivas.
Escalações
Roger Machado contou com o retorno de Victor Gabriel na zaga. Surpreendeu ao escalar Gabriel Carvalho e não Vitinho pela esquerda. Pablo Peirano, assim como já ocorrera contra o Bahia, escalou o Nacional com linha de cinco na defesa. O zagueiro Calione entrou na equipe. O ex-colorado Nico López foi o homem mais avançado.
Como Internacional e Nacional iniciaram o duelo válido pela 3ª rodada do Grupo F da Libertadores 2025
Rodrigo Coutinho
O jogo
O colorado que entrou um pouco atrasado no Beira-Rio deve ter achado que o placar do estádio apresentava algum problema. Ele marcava 2×0 para o Nacional com apenas dez minutos de jogo. Mas não se tratava de um equívoco. O time uruguaio fez um início de partida perfeito, e abriu a vantagem diante de um atônito e passivo Internacional.
Postado em um 5-4-1 no momento defensivo, o Bolso não dava espaços entre os setores. Tentava não recuar tanto a última linha. Desta forma conseguia desarmar em regiões mais propícias para encaixar contragolpes, sua principal estratégia. E ela foi executada com perfeição, principalmente com a afobação colorada para trocar passes e as transições defensivas letárgicas da equipe.
Villalba foi o homem mais acionado pela direita, mas Jeremia Recoba também chegou a fazer uma boa jogada em transição rápida logo aos três minutos. Ancheta e Báez, os alas do time uruguaio, mudavam de atitude de forma agressiva quando o Nacional roubava a bola. Rapidamente se apresentavam pelos flancos, verticalizavam o passe para um dos três homens mais avançados.
Internacional x Nacional
Divulgação/Conmebol
Com Bernabei bastante projetado pela esquerda, o Inter sofreu demais para recompor neste setor. Por ali surgiram as jogadas dos dois gols. Primeiro em desarme sofrido por Gabriel Carvalho, e depois em erro de passe de Alan Patrick. Estas foram as origens dos contragolpes que ocasionaram os tentos uruguaios.
No primeiro gol, Bernabei ainda demorou a sair na linha de impedimento e deu condições para Millan marcar em bela conclusão, ao completar rebatida de Oliva em rebote de escanteio. O volante Boggio marcou o segundo logo depois, aproveitando assistência de Villalba em contra-ataque que ele mesmo iniciou.
Nico López ainda assustaria em dois lances antes do experiente Coates marcar o terceiro, já na reta final da 1ª etapa, ao aproveitar falha conjunta de Enner Valência e Anthoni em escanteio cobrado na primeira trave. Um caos! Roger trocou os lados de Gabriel Carvalho e Wesley perto dos 30 minutos.
O Inter ganhou um novo argumento ofensivo com os lançamentos de Vitão para Wesley pela esquerda. Ele chegou a sofrer um pênalti assim, mas que acabou anulado por impedimento. A ”banheira” também tirou o gol que o próprio Wesley havia marcado ao concluir cobrança rápida de falta de Aguirre.
Millán em Internacional x Nacional
Divulgação/Nacional
Ao longo dos 54 minutos do 1º tempo, foram poucas as jogadas desenvolvidas pela faixa central. Havia pouco espaço e muita coordenação dos volantes para fechar o meio. Basicamente na primeira trama coletiva no setor, Wesley sofreu outro pênalti de Ancheta, após trama interessante entre Enner Valência, Alan Patrick e Bruno Henrique. O camisa 10 converteu a penalidade nos acréscimos!
A inteligência de Alan Patrick para se mover foi fundamental para o Colorado melhorar o seu trabalho ofensivo. Conseguiu receber algumas bolas como a que antecedeu o cruzamento que terminou em finalização de Bernabei na trave. Um ponto que prejudicou o Inter na 1ª etapa foi a quantidade de paralisações no jogo. Três longas para checagem no VAR, sem contar as demoras para repor a bola.
Roger colocou Borré no intervalo. Gabriel Carvalho, que não teve boa atuação, foi sacado. O time ganhou mais movimentos em cima da última linha adversária. Bernabei e Aguirre se projetaram bastante pelos flancos. Mas Wesley seguia sendo o jogador que melhor lidava com a forte marcação uruguaia.
Como as equipes ficaram dispostas em campo depois das mexidas feitas na primeira metade do 2º tempo
Rodrigo Coutinho
Aos 15 minutos da 2ª etapa o comandante do time vermelho acresentou mais ofensividade com as entradas de Óscar Romero e Vitinho nos lugares de Bruno Henrique e Aguirre. Não demorou tanto para funcionar. O paraguaio fez um lançamento primoroso nas costas da zaga e Bernabei bateu na saída do goleiro para diminuir ainda mais o placar.
O Inter já conseguia manejar melhor o sistema defensivo uruguaio. Circulava a bola com velocidade e critério. Se mexia com intensidade. Tinha Fernando mais fixo entre os zagueiros, agressividade pelos flancos com Bernabei e Vitinho. Capacidade de passe e articulação com Alan Patrick e Romero na intermediária.
Naturalmente chegou ao empate. Fernando concluiu o escanteio cobrado por Alan Patrick na segunda trave com uma cabeçada fulminante. Ainda restava pouco mais de 20 minutos e a virada era perfeitamente possível, já que o Nacional não conseguia mais controlar os avanços colorados e mal chegava ao ataque.
Roger fez suas últimas duas mexidas na reta final do jogo. Nathan e Ramon entraram nos lugares de Wesley e Bernabei, que vinham muito bem na 2ª etapa. Vitinho foi adiantado. Apesar de pressionar, o time acabou perdendo capacidade de entrar na defesa oponente e não conseguiu marcar o quarto gol.
3×3 contra o Nacional foi o melhor jogo até aqui desta Libertadores Aquele que na teoria era o jogo mais fácil para o Internacional na fase de grupos da Libertadores se revelou totalmente diferente. O Colorado sofreu três gols do Nacional em 42 minutos, mas mostrou trabalho e calma para se reorganizar na 2ª etapa e chegar muito perto de uma virada que seria épica. O Nacional mostrou evolução em relação a rodada passada e deve acirrar ainda mais o Grupo F.
A partida no Beira-Rio foi rica em variáveis táticas e estratégias definidas pelos dois treinadores. O Tricolor explorou de forma perfeita um problema de recomposição pelo lado esquerdo da defesa brasileira, mas sucumbiu quando o Internacional passou a ter mais um jogador atacando a última linha de defesa e resolveu a fragilidade apresentada nas transições defensivas.
Escalações
Roger Machado contou com o retorno de Victor Gabriel na zaga. Surpreendeu ao escalar Gabriel Carvalho e não Vitinho pela esquerda. Pablo Peirano, assim como já ocorrera contra o Bahia, escalou o Nacional com linha de cinco na defesa. O zagueiro Calione entrou na equipe. O ex-colorado Nico López foi o homem mais avançado.
Como Internacional e Nacional iniciaram o duelo válido pela 3ª rodada do Grupo F da Libertadores 2025
Rodrigo Coutinho
O jogo
O colorado que entrou um pouco atrasado no Beira-Rio deve ter achado que o placar do estádio apresentava algum problema. Ele marcava 2×0 para o Nacional com apenas dez minutos de jogo. Mas não se tratava de um equívoco. O time uruguaio fez um início de partida perfeito, e abriu a vantagem diante de um atônito e passivo Internacional.
Postado em um 5-4-1 no momento defensivo, o Bolso não dava espaços entre os setores. Tentava não recuar tanto a última linha. Desta forma conseguia desarmar em regiões mais propícias para encaixar contragolpes, sua principal estratégia. E ela foi executada com perfeição, principalmente com a afobação colorada para trocar passes e as transições defensivas letárgicas da equipe.
Villalba foi o homem mais acionado pela direita, mas Jeremia Recoba também chegou a fazer uma boa jogada em transição rápida logo aos três minutos. Ancheta e Báez, os alas do time uruguaio, mudavam de atitude de forma agressiva quando o Nacional roubava a bola. Rapidamente se apresentavam pelos flancos, verticalizavam o passe para um dos três homens mais avançados.
Internacional x Nacional
Divulgação/Conmebol
Com Bernabei bastante projetado pela esquerda, o Inter sofreu demais para recompor neste setor. Por ali surgiram as jogadas dos dois gols. Primeiro em desarme sofrido por Gabriel Carvalho, e depois em erro de passe de Alan Patrick. Estas foram as origens dos contragolpes que ocasionaram os tentos uruguaios.
No primeiro gol, Bernabei ainda demorou a sair na linha de impedimento e deu condições para Millan marcar em bela conclusão, ao completar rebatida de Oliva em rebote de escanteio. O volante Boggio marcou o segundo logo depois, aproveitando assistência de Villalba em contra-ataque que ele mesmo iniciou.
Nico López ainda assustaria em dois lances antes do experiente Coates marcar o terceiro, já na reta final da 1ª etapa, ao aproveitar falha conjunta de Enner Valência e Anthoni em escanteio cobrado na primeira trave. Um caos! Roger trocou os lados de Gabriel Carvalho e Wesley perto dos 30 minutos.
O Inter ganhou um novo argumento ofensivo com os lançamentos de Vitão para Wesley pela esquerda. Ele chegou a sofrer um pênalti assim, mas que acabou anulado por impedimento. A ”banheira” também tirou o gol que o próprio Wesley havia marcado ao concluir cobrança rápida de falta de Aguirre.
Millán em Internacional x Nacional
Divulgação/Nacional
Ao longo dos 54 minutos do 1º tempo, foram poucas as jogadas desenvolvidas pela faixa central. Havia pouco espaço e muita coordenação dos volantes para fechar o meio. Basicamente na primeira trama coletiva no setor, Wesley sofreu outro pênalti de Ancheta, após trama interessante entre Enner Valência, Alan Patrick e Bruno Henrique. O camisa 10 converteu a penalidade nos acréscimos!
A inteligência de Alan Patrick para se mover foi fundamental para o Colorado melhorar o seu trabalho ofensivo. Conseguiu receber algumas bolas como a que antecedeu o cruzamento que terminou em finalização de Bernabei na trave. Um ponto que prejudicou o Inter na 1ª etapa foi a quantidade de paralisações no jogo. Três longas para checagem no VAR, sem contar as demoras para repor a bola.
Roger colocou Borré no intervalo. Gabriel Carvalho, que não teve boa atuação, foi sacado. O time ganhou mais movimentos em cima da última linha adversária. Bernabei e Aguirre se projetaram bastante pelos flancos. Mas Wesley seguia sendo o jogador que melhor lidava com a forte marcação uruguaia.
Como as equipes ficaram dispostas em campo depois das mexidas feitas na primeira metade do 2º tempo
Rodrigo Coutinho
Aos 15 minutos da 2ª etapa o comandante do time vermelho acresentou mais ofensividade com as entradas de Óscar Romero e Vitinho nos lugares de Bruno Henrique e Aguirre. Não demorou tanto para funcionar. O paraguaio fez um lançamento primoroso nas costas da zaga e Bernabei bateu na saída do goleiro para diminuir ainda mais o placar.
O Inter já conseguia manejar melhor o sistema defensivo uruguaio. Circulava a bola com velocidade e critério. Se mexia com intensidade. Tinha Fernando mais fixo entre os zagueiros, agressividade pelos flancos com Bernabei e Vitinho. Capacidade de passe e articulação com Alan Patrick e Romero na intermediária.
Naturalmente chegou ao empate. Fernando concluiu o escanteio cobrado por Alan Patrick na segunda trave com uma cabeçada fulminante. Ainda restava pouco mais de 20 minutos e a virada era perfeitamente possível, já que o Nacional não conseguia mais controlar os avanços colorados e mal chegava ao ataque.
Roger fez suas últimas duas mexidas na reta final do jogo. Nathan e Ramon entraram nos lugares de Wesley e Bernabei, que vinham muito bem na 2ª etapa. Vitinho foi adiantado. Apesar de pressionar, o time acabou perdendo capacidade de entrar na defesa oponente e não conseguiu marcar o quarto gol.