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24 Apr 2025, Thu


Arthur Jampa, Dell e Ruan Pablo foram campeões do Sul-Americano Sub-17 –

Após se destacarem na conquista do Sul-Americano Sub-17 com a camisa da Seleção Brasileira, os torcedores do Bahia podem ficar tranquilos: para tirar os três ‘Pivetes de Aço’ do CT Evaristo de Macedo será preciso abrir o cofre, e sem pena.

Artilheiro da equipe canarinha, o atacante Ruan Pablo — que entrou no segundo tempo do jogo contra o Ceará — possui uma multa rescisória bilionária. O Bahia, que tem hoje o futebol gerido pelo Grupo City, fixou o valor em 200 milhões de euros, o equivalente a aproximadamente R$ 1,2 bilhão, para transferência internacional.

Atacante Ruan Pablo foi o artilheiro da competição

Atacante Ruan Pablo foi o artilheiro da competição | Foto: Nelson Terme/CBF

Seu companheiro de ataque, Dell, apelidado de ‘Haaland do Sertão‘, em referência ao centroavante norueguês do Manchester City, assinou contrato profissional até 2027. Sua multa está avaliada em R$ 640 milhões, para transferência internacional.

Dell cobrou o último pênalti e garantiu o título do Brasil

Dell cobrou o último pênalti e garantiu o título do Brasil | Foto: Nelson Terme/CBF

Fechando o ‘trio de ouro’, está o goleiro Arthur Jampa. Presença frequente na Seleção Brasileira de base, o arqueiro foi decisivo ao defender um pênalti na final do Sul-Americano Sub-17 contra a Colômbia. Reconhecendo o seu potencial desde cedo, o Bahia estipulou uma multa de R$ 600 milhões, para transferência internacional.

Goleiro Arthur Jampa defendeu o pênalti decisivo

Goleiro Arthur Jampa defendeu o pênalti decisivo | Foto: Nelson Terme/CBF

Os valores das multas de Ruan Pablo, Dell e Jampa para transferência nacional não foram divulgos pelo clube.

Leia Também:

Apesar dos valores não serem confirmados pelo clube, esses números impressionam e levantam uma série de questionamentos. Por que estipular multas tão altas? Para responder a essa e outras dúvidas, o jornal A TARDE ouviu o especialista Milton Jordão — Mestre em Políticas Sociais e Cidadania pela UCSAL, mestrando em Direito Desportivo pela Universidade de Lleida (Espanha), presidente do Instituto de Direito Desportivo da Bahia (IDDBA) e vice-presidente da Comissão Especial de Direito dos Jogos Esportivos, Lotéricos e Entretenimento da OAB Nacional.

Na prática, a multa rescisória funciona como uma compensação financeira.

Milton Jordão, – advogado

“Na prática, a multa rescisória funciona como uma compensação financeira: se o jogador decide romper o vínculo antes do término acordado, ele — ou o clube interessado em sua contratação — deve pagar ao clube atual o valor previamente estipulado em contrato”, explica Jordão.

Transferências nacionais e internacionais

“Para transferências nacionais, a Lei Geral do Esporte estabelece um limite para essa multa: até 2.000 vezes o valor do salário mensal do atleta. Assim, o cálculo da cláusula leva em conta diretamente o salário do jogador — quanto maior o salário, maior pode ser o valor da multa, sempre dentro do teto legal.”, detalha o advogado.

Quanto maior o salário, maior pode ser o valor da multa, sempre dentro do teto legal.

Milton Jordão, – advogado

Atualmente, a Lei Geral do Esporte permite que o primeiro contrato profissional de um atleta seja firmado a partir dos 16 anos, com duração de até três anos, conforme as diretrizes da FIFA.

Além de buscar retorno financeiro para o clube formador — especialmente considerando que nem todos os atletas da base serão vendidos —, essas cláusulas rescisórias têm papel estratégico.

“Elas valorizam os jogadores no mercado nacional e internacional e servem como mecanismo de proteção patrimonial para o clube. Enquanto os salários acompanham essa valorização, o clube garante uma compensação relevante caso haja uma saída precoce”, conclui Milton Jordão.

Trio do Bahia tem se destacado

Trio do Bahia tem se destacado | Foto: Divulgação / EC Bahia

Multa milionária? Entenda como são calculadas as rescisões dos jogadores de futebol

Quando a gente ouve que um jogador tem multa de centenas de milhões de reais, pode parecer exagero… mas tem um cálculo por trás! Abaixo, explicamos de forma simples como isso funciona nos contratos dos atletas, principalmente no futebol brasileiro.

Todo jogador tem multa contratual?

Sim. Os contratos costumam ter duas multas diferentes: uma válida para transferências nacionais (entre clubes brasileiros) e outra, geralmente mais alta, para transferências internacionais.

Como é feito o cálculo da multa para clubes brasileiros?

É mais simples do que parece. Veja só:
– Começa com o salário mensal do jogador.
– Multiplica esse valor por 13,3 (isso inclui 12 salários, o 13º e o terço de férias).
– O resultado é multiplicado por 100 – valor padrão estipulado pela Fifa.

Exemplo:

Se o atleta ganha R$ 450 mil por mês:
– R$ 450.000 × 13,3 = R$ 5.985.000
– R$ 5.985.000 × 100 = R$ 598.500.000
– Ou seja, R$ 598,5 milhões de multa contratual.

Esse valor muda com o tempo?

Sim. Quanto mais próximo do fim do contrato, menor o valor da multa. Existe uma redução progressiva:
– 10% a menos após 1 ano
– 20% após 2 anos
– 40% após 3 anos
– 80% após 4 anos
Por isso, muitos jogadores são vendidos por valores mais baixos perto do fim do contrato — ou saem de graça ao final.

E o que diz a Lei Pelé sobre tudo isso?

A Lei Pelé define que:
– Contratos não podem ser menores que 3 meses nem maiores que 5 anos.
– O atleta pode assinar um pré-contrato com outro clube faltando 6 meses para o fim do vínculo atual.

Relembre atletas com multas milionárias e não vingaram:

Felipe

Início: Santos
Como começou: Titular do time de Neymar e Ganso em 2010, campeão paulista.
Curiosidade: Perdeu espaço após polêmica com torcedor e virou dono de pet shop.

Rafael Galhardo

Início: Flamengo
Como começou: Promissor substituto de Léo Moura e base da Seleção em 2011.
Trajetória: Passou por vários clubes, mas nunca se firmou como titular absoluto.

Aislan

Início: São Paulo
Como começou: Promessa de zagueiro comparado a Lugano, campeão brasileiro em 2008.
Trajetória: Rodou por Guarani, Vasco, Náutico e outros.

Bruno Uvini

Início: São Paulo
Como começou: Zagueiro promissor, chegou à Seleção e foi para o Napoli.
Trajetória: Jogou no Oriente Médio, Santos, Grêmio e atualmente está no Vitória.

Diogo

Início: São Paulo
Como começou: Lateral-esquerdo visto como solução para a posição.
Curiosidade: Entrou na Justiça contra o clube e prejudicou sua carreira.

Boquita

Início: Corinthians
Como começou: Destaque na Copinha 2009, subiu ao profissional com moral.
Trajetória: Foi emprestado diversas vezes até deixar o clube.

Jean Chera

Início: Santos
Como começou: Supervalorizado na base, mais badalado que Neymar.
Curiosidade: Saiu após exigências salariais do pai e nunca brilhou no profissional.

Lulinha

Início: Corinthians
Como começou: Fenômeno na base, com números impressionantes.
Curiosidade: Nunca confirmou o potencial e virou sinônimo de promessa frustrada.

Adryan

Início: Flamengo
Como começou: Apontado como “Novo Zico”, destaque da Copinha 2011.
Curiosidade: Teve multa de R$ 30 mi, mas não brilhou nem no Brasil nem na Europa.

Negueba

Início: Flamengo
Como começou: Ponta veloz e driblador, destaque na base.
Curiosidade: Lesão grave no São Paulo atrapalhou trajetória; rodou por clubes do Brasil e Ásia.

Henrique Almeida

Início: São Paulo
Como começou: Artilheiro e melhor jogador do Mundial Sub-20 em 2011.
Curiosidade: Saiu do SPFC por empréstimos frequentes; passou por vários clubes sem se firmar.

Jean Pyerre

Início: Grêmio
Como começou: Tratado como herdeiro da camisa 10 do clube gaúcho.
Curiosidade: Sofreu com pressão e problemas médicos; chegou a se aposentar e tentou voltar sem sucesso.



Arthur Jampa, Dell e Ruan Pablo foram campeões do Sul-Americano Sub-17 –

Após se destacarem na conquista do Sul-Americano Sub-17 com a camisa da Seleção Brasileira, os torcedores do Bahia podem ficar tranquilos: para tirar os três ‘Pivetes de Aço’ do CT Evaristo de Macedo será preciso abrir o cofre, e sem pena.

Artilheiro da equipe canarinha, o atacante Ruan Pablo — que entrou no segundo tempo do jogo contra o Ceará — possui uma multa rescisória bilionária. O Bahia, que tem hoje o futebol gerido pelo Grupo City, fixou o valor em 200 milhões de euros, o equivalente a aproximadamente R$ 1,2 bilhão, para transferência internacional.

Atacante Ruan Pablo foi o artilheiro da competição

Atacante Ruan Pablo foi o artilheiro da competição | Foto: Nelson Terme/CBF

Seu companheiro de ataque, Dell, apelidado de ‘Haaland do Sertão‘, em referência ao centroavante norueguês do Manchester City, assinou contrato profissional até 2027. Sua multa está avaliada em R$ 640 milhões, para transferência internacional.

Dell cobrou o último pênalti e garantiu o título do Brasil

Dell cobrou o último pênalti e garantiu o título do Brasil | Foto: Nelson Terme/CBF

Fechando o ‘trio de ouro’, está o goleiro Arthur Jampa. Presença frequente na Seleção Brasileira de base, o arqueiro foi decisivo ao defender um pênalti na final do Sul-Americano Sub-17 contra a Colômbia. Reconhecendo o seu potencial desde cedo, o Bahia estipulou uma multa de R$ 600 milhões, para transferência internacional.

Goleiro Arthur Jampa defendeu o pênalti decisivo

Goleiro Arthur Jampa defendeu o pênalti decisivo | Foto: Nelson Terme/CBF

Os valores das multas de Ruan Pablo, Dell e Jampa para transferência nacional não foram divulgos pelo clube.

Leia Também:

Apesar dos valores não serem confirmados pelo clube, esses números impressionam e levantam uma série de questionamentos. Por que estipular multas tão altas? Para responder a essa e outras dúvidas, o jornal A TARDE ouviu o especialista Milton Jordão — Mestre em Políticas Sociais e Cidadania pela UCSAL, mestrando em Direito Desportivo pela Universidade de Lleida (Espanha), presidente do Instituto de Direito Desportivo da Bahia (IDDBA) e vice-presidente da Comissão Especial de Direito dos Jogos Esportivos, Lotéricos e Entretenimento da OAB Nacional.

Na prática, a multa rescisória funciona como uma compensação financeira.

Milton Jordão, – advogado

“Na prática, a multa rescisória funciona como uma compensação financeira: se o jogador decide romper o vínculo antes do término acordado, ele — ou o clube interessado em sua contratação — deve pagar ao clube atual o valor previamente estipulado em contrato”, explica Jordão.

Transferências nacionais e internacionais

“Para transferências nacionais, a Lei Geral do Esporte estabelece um limite para essa multa: até 2.000 vezes o valor do salário mensal do atleta. Assim, o cálculo da cláusula leva em conta diretamente o salário do jogador — quanto maior o salário, maior pode ser o valor da multa, sempre dentro do teto legal.”, detalha o advogado.

Quanto maior o salário, maior pode ser o valor da multa, sempre dentro do teto legal.

Milton Jordão, – advogado

Atualmente, a Lei Geral do Esporte permite que o primeiro contrato profissional de um atleta seja firmado a partir dos 16 anos, com duração de até três anos, conforme as diretrizes da FIFA.

Além de buscar retorno financeiro para o clube formador — especialmente considerando que nem todos os atletas da base serão vendidos —, essas cláusulas rescisórias têm papel estratégico.

“Elas valorizam os jogadores no mercado nacional e internacional e servem como mecanismo de proteção patrimonial para o clube. Enquanto os salários acompanham essa valorização, o clube garante uma compensação relevante caso haja uma saída precoce”, conclui Milton Jordão.

Trio do Bahia tem se destacado

Trio do Bahia tem se destacado | Foto: Divulgação / EC Bahia

Multa milionária? Entenda como são calculadas as rescisões dos jogadores de futebol

Quando a gente ouve que um jogador tem multa de centenas de milhões de reais, pode parecer exagero… mas tem um cálculo por trás! Abaixo, explicamos de forma simples como isso funciona nos contratos dos atletas, principalmente no futebol brasileiro.

Todo jogador tem multa contratual?

Sim. Os contratos costumam ter duas multas diferentes: uma válida para transferências nacionais (entre clubes brasileiros) e outra, geralmente mais alta, para transferências internacionais.

Como é feito o cálculo da multa para clubes brasileiros?

É mais simples do que parece. Veja só:
– Começa com o salário mensal do jogador.
– Multiplica esse valor por 13,3 (isso inclui 12 salários, o 13º e o terço de férias).
– O resultado é multiplicado por 100 – valor padrão estipulado pela Fifa.

Exemplo:

Se o atleta ganha R$ 450 mil por mês:
– R$ 450.000 × 13,3 = R$ 5.985.000
– R$ 5.985.000 × 100 = R$ 598.500.000
– Ou seja, R$ 598,5 milhões de multa contratual.

Esse valor muda com o tempo?

Sim. Quanto mais próximo do fim do contrato, menor o valor da multa. Existe uma redução progressiva:
– 10% a menos após 1 ano
– 20% após 2 anos
– 40% após 3 anos
– 80% após 4 anos
Por isso, muitos jogadores são vendidos por valores mais baixos perto do fim do contrato — ou saem de graça ao final.

E o que diz a Lei Pelé sobre tudo isso?

A Lei Pelé define que:
– Contratos não podem ser menores que 3 meses nem maiores que 5 anos.
– O atleta pode assinar um pré-contrato com outro clube faltando 6 meses para o fim do vínculo atual.

Relembre atletas com multas milionárias e não vingaram:

Felipe

Início: Santos
Como começou: Titular do time de Neymar e Ganso em 2010, campeão paulista.
Curiosidade: Perdeu espaço após polêmica com torcedor e virou dono de pet shop.

Rafael Galhardo

Início: Flamengo
Como começou: Promissor substituto de Léo Moura e base da Seleção em 2011.
Trajetória: Passou por vários clubes, mas nunca se firmou como titular absoluto.

Aislan

Início: São Paulo
Como começou: Promessa de zagueiro comparado a Lugano, campeão brasileiro em 2008.
Trajetória: Rodou por Guarani, Vasco, Náutico e outros.

Bruno Uvini

Início: São Paulo
Como começou: Zagueiro promissor, chegou à Seleção e foi para o Napoli.
Trajetória: Jogou no Oriente Médio, Santos, Grêmio e atualmente está no Vitória.

Diogo

Início: São Paulo
Como começou: Lateral-esquerdo visto como solução para a posição.
Curiosidade: Entrou na Justiça contra o clube e prejudicou sua carreira.

Boquita

Início: Corinthians
Como começou: Destaque na Copinha 2009, subiu ao profissional com moral.
Trajetória: Foi emprestado diversas vezes até deixar o clube.

Jean Chera

Início: Santos
Como começou: Supervalorizado na base, mais badalado que Neymar.
Curiosidade: Saiu após exigências salariais do pai e nunca brilhou no profissional.

Lulinha

Início: Corinthians
Como começou: Fenômeno na base, com números impressionantes.
Curiosidade: Nunca confirmou o potencial e virou sinônimo de promessa frustrada.

Adryan

Início: Flamengo
Como começou: Apontado como “Novo Zico”, destaque da Copinha 2011.
Curiosidade: Teve multa de R$ 30 mi, mas não brilhou nem no Brasil nem na Europa.

Negueba

Início: Flamengo
Como começou: Ponta veloz e driblador, destaque na base.
Curiosidade: Lesão grave no São Paulo atrapalhou trajetória; rodou por clubes do Brasil e Ásia.

Henrique Almeida

Início: São Paulo
Como começou: Artilheiro e melhor jogador do Mundial Sub-20 em 2011.
Curiosidade: Saiu do SPFC por empréstimos frequentes; passou por vários clubes sem se firmar.

Jean Pyerre

Início: Grêmio
Como começou: Tratado como herdeiro da camisa 10 do clube gaúcho.
Curiosidade: Sofreu com pressão e problemas médicos; chegou a se aposentar e tentou voltar sem sucesso.



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