O programa Minha Casa Minha Vida, iniciativa histórica do Governo Federal, ganhou um novo capítulo em abril de 2025 com a inclusão de pessoas em situação de rua entre os beneficiários de moradias gratuitas. A medida, anunciada pelo Ministério das Cidades, reserva 3% das unidades habitacionais financiadas pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) para esse público, com o governo arcando com 100% dos custos. A ação prioriza 38 municípios brasileiros, incluindo todas as capitais e cidades com mais de mil pessoas registradas como “sem moradia” no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). A iniciativa representa um marco na política habitacional, visando oferecer dignidade e segurança a uma das populações mais vulneráveis do país.
A decisão de incorporar pessoas em situação de rua ao programa reflete um esforço do governo para combater o déficit habitacional, que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008, atingia cerca de 7,9 milhões de imóveis. Embora números mais recentes apontem para uma redução, a desigualdade no acesso à moradia permanece um desafio. O Minha Casa Minha Vida, desde sua criação em 2009, já beneficiou mais de 7 milhões de brasileiros, mas a nova modalidade busca atender um grupo historicamente negligenciado. A prioridade inicial será dada a cidades com alta concentração de pessoas sem moradia, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, mas a meta é expandir o alcance nos próximos anos.
Além de financiar integralmente as moradias, o governo estabeleceu critérios claros para a seleção dos beneficiários. Todos devem estar inscritos no CadÚnico, sistema que mapeia famílias de baixa renda e é a porta de entrada para programas sociais como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC). A exigência reforça a importância de manter os dados atualizados, já que informações desatualizadas podem impedir o acesso ao benefício. O processo de inscrição e atualização ocorre nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), disponíveis em todos os municípios brasileiros.
Critérios para acessar a moradia gratuita
A inclusão de pessoas em situação de rua no Minha Casa Minha Vida segue diretrizes específicas para garantir que o benefício chegue a quem mais precisa. O programa exige que os candidatos estejam registrados no CadÚnico, com informações atualizadas, e não possuam outro imóvel residencial ou financiamento ativo pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH). A medida também prioriza grupos em maior vulnerabilidade, como mulheres chefes de família, idosos e pessoas com deficiência.
- Inscrição no CadÚnico: Obrigatória para todos os candidatos, realizada em unidades do CRAS ou prefeituras.
- Ausência de imóvel próprio: Os beneficiários não podem ter imóveis registrados em seu nome ou financiamentos habitacionais ativos.
- Prioridade para vulneráveis: Mulheres chefes de família, idosos, pessoas com deficiência e famílias em áreas de risco têm preferência.
- Sorteio em caso de alta demanda: Quando o número de interessados superar a oferta de moradias, um sorteio será realizado para definir os contemplados.
O processo de seleção é coordenado pela Caixa Econômica Federal, que analisa a documentação e verifica a conformidade com os critérios. Após a aprovação, os beneficiários são convocados para assinar os contratos e receber as chaves. A iniciativa também prevê acompanhamento social para apoiar a integração dos novos moradores às comunidades.
Impacto esperado da iniciativa
A reserva de 3% das unidades do Minha Casa Minha Vida para pessoas em situação de rua é um passo significativo para reduzir a exclusão social. Em cidades como São Paulo, onde estima-se que mais de 30 mil pessoas vivam nas ruas, a medida pode transformar vidas. O programa não apenas oferece um teto, mas também acesso a infraestrutura básica, como saneamento, energia elétrica e segurança. A expectativa é que, ao longo de 2025, milhares de famílias sejam beneficiadas, com potencial para expandir o alcance em anos seguintes.
A ação também dialoga com outras políticas públicas voltadas para a população vulnerável. Além do Minha Casa Minha Vida, o CadÚnico dá acesso a benefícios como Bolsa Família, Auxílio Gás e Tarifa Social de Energia Elétrica. A integração dessas iniciativas fortalece a rede de proteção social, permitindo que os beneficiários reconstruam suas vidas com mais estabilidade. No entanto, especialistas destacam que o sucesso da medida depende da articulação entre governo federal, estados e municípios, além de investimentos contínuos em assistência social.
O ministro das Cidades, Jader Filho, enfatizou o caráter transformador do programa. A iniciativa, segundo ele, é apenas o primeiro passo para garantir moradia digna a todos os brasileiros em situação de vulnerabilidade. A meta é que, até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o déficit habitacional seja significativamente reduzido, com foco nas populações mais marginalizadas.
Como se inscrever no programa
O processo para acessar a moradia gratuita pelo Minha Casa Minha Vida é relativamente simples, mas exige atenção aos detalhes. As famílias ou indivíduos interessados devem procurar a prefeitura de seu município ou o CRAS mais próximo para realizar ou atualizar o cadastro no CadÚnico. A inscrição é gratuita e deve ser feita por um responsável familiar com pelo menos 16 anos, preferencialmente uma mulher.
Após o cadastro, os dados são enviados para análise, e a Caixa Econômica Federal verifica se os critérios do programa foram atendidos. Em cidades com alta demanda, como Recife ou Belo Horizonte, os candidatos podem ser submetidos a um sorteio. O prazo para regulamentação da isenção de pagamento é de até 30 dias após a solicitação, período em que a documentação é avaliada.
- Documentos necessários: CPF, RG, certidão de nascimento ou casamento, comprovante de residência (se disponível) e Número de Identificação Social (NIS).
- Atualização cadastral: Deve ser feita a cada dois anos ou sempre que houver mudanças na composição familiar, renda ou endereço.
- Acompanhamento: Após a aprovação, os beneficiários recebem orientações sobre o uso do imóvel e integração à comunidade.
- Canais de atendimento: Informações adicionais podem ser obtidas pelo telefone 0800 707 2003 ou no site do Ministério das Cidades.

Desafios e perspectivas futuras
Implementar um programa de tamanha complexidade não está isento de desafios. A identificação de pessoas em situação de rua, muitas vezes sem documentos ou endereço fixo, exige esforços adicionais dos municípios. Além disso, a construção de novas unidades habitacionais deve acompanhar a demanda, o que depende de recursos federais e parcerias com o setor privado. Em 2025, o governo anunciou a seleção de 187,5 mil novas unidades para o Minha Casa Minha Vida, mas a execução dessas obras será crucial para o sucesso da iniciativa.
Outro ponto de atenção é a integração dos beneficiários às novas comunidades. Pessoas em situação de rua frequentemente enfrentam estigma social, o que pode dificultar sua adaptação. Programas de assistência social, como os oferecidos pelos CRAS, serão fundamentais para apoiar essa transição, oferecendo acompanhamento psicológico, capacitação profissional e acesso a serviços públicos.
Apesar dos obstáculos, a iniciativa tem sido recebida com otimismo por organizações da sociedade civil e movimentos de moradia. A reserva de unidades para pessoas em situação de rua é vista como um avanço na garantia de direitos humanos, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que incluem o acesso universal à moradia adequada até 2030.
Benefícios adicionais do CadÚnico
Além da moradia gratuita, o CadÚnico abre portas para outros benefícios que complementam a segurança habitacional. Famílias inscritas podem acessar programas sociais que aliviam o orçamento doméstico e promovem inclusão social.
- Bolsa Família: Transferência de renda para famílias com renda per capita de até meio salário mínimo.
- Auxílio Gás: Pagamento bimestral equivalente ao preço de um botijão de 13 kg.
- Tarifa Social de Energia Elétrica: Descontos de até 65% na conta de luz para consumos de até 220 kWh/mês.
- Internet Brasil: Distribuição de chips e celulares para estudantes e professores, ampliando o acesso à tecnologia.
Esses benefícios, combinados com a moradia gratuita, criam um ciclo virtuoso de inclusão, permitindo que as famílias atendidas pelo Minha Casa Minha Vida construam uma vida mais estável e digna.
Cronograma de implementação
A implementação da nova modalidade do Minha Casa Minha Vida seguirá um calendário estruturado para garantir eficiência e transparência.
- Abril de 2025: Início da reserva de 3% das unidades do FAR para pessoas em situação de rua.
- Maio a julho de 2025: Capacitação de equipes municipais para identificar e cadastrar beneficiários.
- Agosto de 2025: Primeiras entregas de moradias em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
- Dezembro de 2025: Avaliação inicial do programa, com possibilidade de expansão para outros municípios.
Expansão do programa e impacto social
A inclusão de pessoas em situação de rua no Minha Casa Minha Vida é apenas uma das frentes do programa, que continua a beneficiar outras faixas de renda. Para famílias com renda mensal de até R$ 2.640 (Faixa 1), o programa oferece subsídios de até 95% do valor do imóvel, com prestações simbólicas. Já para as faixas de renda mais altas, até R$ 12 mil, há financiamentos com juros reduzidos e prazos de até 420 meses.
A reformulação do programa em 2023 trouxe avanços significativos, como a ampliação do teto de renda e a possibilidade de aquisição de imóveis usados. Essas mudanças tornaram o Minha Casa Minha Vida mais acessível, especialmente em áreas urbanas, onde o custo da habitação é elevado. Em 2025, o governo prevê um investimento robusto no programa, com foco na construção de novas unidades e na melhoria da infraestrutura dos empreendimentos.
O impacto social da iniciativa vai além da entrega de moradias. Ao oferecer um lar, o programa contribui para a redução da desigualdade, a promoção da saúde e o fortalecimento da cidadania. Para pessoas em situação de rua, a moradia representa uma oportunidade de recomeço, com acesso a direitos básicos que muitas vezes lhes foram negados.
Prioridade para 38 municípios
Os 38 municípios selecionados para a primeira fase do programa foram escolhidos com base em dados do CadÚnico, que identificaram cidades com alta concentração de pessoas em situação de rua. A lista inclui todas as capitais brasileiras e cidades como Campinas, Guarulhos e Uberlândia, que enfrentam desafios significativos no combate à exclusão habitacional.
Cada município terá autonomia para adaptar o processo de seleção às suas realidades locais, mas todos devem seguir as diretrizes do governo federal. A expectativa é que, ao longo de 2025, pelo menos 5 mil unidades sejam destinadas a pessoas em situação de rua, com potencial para beneficiar dezenas de milhares de pessoas nos próximos anos.
Papel das prefeituras e da Caixa Econômica Federal
As prefeituras desempenham um papel central na implementação do programa, sendo responsáveis pelo cadastramento dos beneficiários e pela articulação com a Caixa Econômica Federal. O banco, por sua vez, gerencia os recursos do FAR e realiza a análise de crédito e documentação. A parceria entre os entes federativos é essencial para agilizar a entrega das moradias e garantir que o programa alcance os objetivos traçados.
A Caixa também oferece canais de atendimento para esclarecer dúvidas e orientar os interessados. Além do site oficial e do telefone 0800, os cidadãos podem buscar informações diretamente nas agências bancárias. A transparência no processo é uma prioridade, com auditorias regulares para evitar fraudes e garantir que as moradias cheguem aos beneficiários legítimos.
Um passo rumo à dignidade
A reserva de moradias para pessoas em situação de rua marca um avanço histórico na política habitacional brasileira. Ao financiar 100% das unidades, o governo demonstra compromisso com a redução da desigualdade e a promoção de direitos humanos. A iniciativa, embora inicial, tem o potencial de transformar a vida de milhares de brasileiros, oferecendo não apenas um lar, mas a chance de reconstruir trajetórias marcadas pela exclusão.
O Minha Casa Minha Vida, com essa nova modalidade, reforça sua relevância como um dos principais programas sociais do país. A integração com o CadÚnico e outros benefícios sociais cria uma rede de apoio robusta, capaz de atender às necessidades de diferentes públicos. Para as pessoas em situação de rua, o programa representa uma esperança concreta de mudança, com a promessa de um futuro mais digno e seguro.

O programa Minha Casa Minha Vida, iniciativa histórica do Governo Federal, ganhou um novo capítulo em abril de 2025 com a inclusão de pessoas em situação de rua entre os beneficiários de moradias gratuitas. A medida, anunciada pelo Ministério das Cidades, reserva 3% das unidades habitacionais financiadas pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) para esse público, com o governo arcando com 100% dos custos. A ação prioriza 38 municípios brasileiros, incluindo todas as capitais e cidades com mais de mil pessoas registradas como “sem moradia” no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). A iniciativa representa um marco na política habitacional, visando oferecer dignidade e segurança a uma das populações mais vulneráveis do país.
A decisão de incorporar pessoas em situação de rua ao programa reflete um esforço do governo para combater o déficit habitacional, que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008, atingia cerca de 7,9 milhões de imóveis. Embora números mais recentes apontem para uma redução, a desigualdade no acesso à moradia permanece um desafio. O Minha Casa Minha Vida, desde sua criação em 2009, já beneficiou mais de 7 milhões de brasileiros, mas a nova modalidade busca atender um grupo historicamente negligenciado. A prioridade inicial será dada a cidades com alta concentração de pessoas sem moradia, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, mas a meta é expandir o alcance nos próximos anos.
Além de financiar integralmente as moradias, o governo estabeleceu critérios claros para a seleção dos beneficiários. Todos devem estar inscritos no CadÚnico, sistema que mapeia famílias de baixa renda e é a porta de entrada para programas sociais como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC). A exigência reforça a importância de manter os dados atualizados, já que informações desatualizadas podem impedir o acesso ao benefício. O processo de inscrição e atualização ocorre nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), disponíveis em todos os municípios brasileiros.
Critérios para acessar a moradia gratuita
A inclusão de pessoas em situação de rua no Minha Casa Minha Vida segue diretrizes específicas para garantir que o benefício chegue a quem mais precisa. O programa exige que os candidatos estejam registrados no CadÚnico, com informações atualizadas, e não possuam outro imóvel residencial ou financiamento ativo pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH). A medida também prioriza grupos em maior vulnerabilidade, como mulheres chefes de família, idosos e pessoas com deficiência.
- Inscrição no CadÚnico: Obrigatória para todos os candidatos, realizada em unidades do CRAS ou prefeituras.
- Ausência de imóvel próprio: Os beneficiários não podem ter imóveis registrados em seu nome ou financiamentos habitacionais ativos.
- Prioridade para vulneráveis: Mulheres chefes de família, idosos, pessoas com deficiência e famílias em áreas de risco têm preferência.
- Sorteio em caso de alta demanda: Quando o número de interessados superar a oferta de moradias, um sorteio será realizado para definir os contemplados.
O processo de seleção é coordenado pela Caixa Econômica Federal, que analisa a documentação e verifica a conformidade com os critérios. Após a aprovação, os beneficiários são convocados para assinar os contratos e receber as chaves. A iniciativa também prevê acompanhamento social para apoiar a integração dos novos moradores às comunidades.
Impacto esperado da iniciativa
A reserva de 3% das unidades do Minha Casa Minha Vida para pessoas em situação de rua é um passo significativo para reduzir a exclusão social. Em cidades como São Paulo, onde estima-se que mais de 30 mil pessoas vivam nas ruas, a medida pode transformar vidas. O programa não apenas oferece um teto, mas também acesso a infraestrutura básica, como saneamento, energia elétrica e segurança. A expectativa é que, ao longo de 2025, milhares de famílias sejam beneficiadas, com potencial para expandir o alcance em anos seguintes.
A ação também dialoga com outras políticas públicas voltadas para a população vulnerável. Além do Minha Casa Minha Vida, o CadÚnico dá acesso a benefícios como Bolsa Família, Auxílio Gás e Tarifa Social de Energia Elétrica. A integração dessas iniciativas fortalece a rede de proteção social, permitindo que os beneficiários reconstruam suas vidas com mais estabilidade. No entanto, especialistas destacam que o sucesso da medida depende da articulação entre governo federal, estados e municípios, além de investimentos contínuos em assistência social.
O ministro das Cidades, Jader Filho, enfatizou o caráter transformador do programa. A iniciativa, segundo ele, é apenas o primeiro passo para garantir moradia digna a todos os brasileiros em situação de vulnerabilidade. A meta é que, até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o déficit habitacional seja significativamente reduzido, com foco nas populações mais marginalizadas.
Como se inscrever no programa
O processo para acessar a moradia gratuita pelo Minha Casa Minha Vida é relativamente simples, mas exige atenção aos detalhes. As famílias ou indivíduos interessados devem procurar a prefeitura de seu município ou o CRAS mais próximo para realizar ou atualizar o cadastro no CadÚnico. A inscrição é gratuita e deve ser feita por um responsável familiar com pelo menos 16 anos, preferencialmente uma mulher.
Após o cadastro, os dados são enviados para análise, e a Caixa Econômica Federal verifica se os critérios do programa foram atendidos. Em cidades com alta demanda, como Recife ou Belo Horizonte, os candidatos podem ser submetidos a um sorteio. O prazo para regulamentação da isenção de pagamento é de até 30 dias após a solicitação, período em que a documentação é avaliada.
- Documentos necessários: CPF, RG, certidão de nascimento ou casamento, comprovante de residência (se disponível) e Número de Identificação Social (NIS).
- Atualização cadastral: Deve ser feita a cada dois anos ou sempre que houver mudanças na composição familiar, renda ou endereço.
- Acompanhamento: Após a aprovação, os beneficiários recebem orientações sobre o uso do imóvel e integração à comunidade.
- Canais de atendimento: Informações adicionais podem ser obtidas pelo telefone 0800 707 2003 ou no site do Ministério das Cidades.

Desafios e perspectivas futuras
Implementar um programa de tamanha complexidade não está isento de desafios. A identificação de pessoas em situação de rua, muitas vezes sem documentos ou endereço fixo, exige esforços adicionais dos municípios. Além disso, a construção de novas unidades habitacionais deve acompanhar a demanda, o que depende de recursos federais e parcerias com o setor privado. Em 2025, o governo anunciou a seleção de 187,5 mil novas unidades para o Minha Casa Minha Vida, mas a execução dessas obras será crucial para o sucesso da iniciativa.
Outro ponto de atenção é a integração dos beneficiários às novas comunidades. Pessoas em situação de rua frequentemente enfrentam estigma social, o que pode dificultar sua adaptação. Programas de assistência social, como os oferecidos pelos CRAS, serão fundamentais para apoiar essa transição, oferecendo acompanhamento psicológico, capacitação profissional e acesso a serviços públicos.
Apesar dos obstáculos, a iniciativa tem sido recebida com otimismo por organizações da sociedade civil e movimentos de moradia. A reserva de unidades para pessoas em situação de rua é vista como um avanço na garantia de direitos humanos, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que incluem o acesso universal à moradia adequada até 2030.
Benefícios adicionais do CadÚnico
Além da moradia gratuita, o CadÚnico abre portas para outros benefícios que complementam a segurança habitacional. Famílias inscritas podem acessar programas sociais que aliviam o orçamento doméstico e promovem inclusão social.
- Bolsa Família: Transferência de renda para famílias com renda per capita de até meio salário mínimo.
- Auxílio Gás: Pagamento bimestral equivalente ao preço de um botijão de 13 kg.
- Tarifa Social de Energia Elétrica: Descontos de até 65% na conta de luz para consumos de até 220 kWh/mês.
- Internet Brasil: Distribuição de chips e celulares para estudantes e professores, ampliando o acesso à tecnologia.
Esses benefícios, combinados com a moradia gratuita, criam um ciclo virtuoso de inclusão, permitindo que as famílias atendidas pelo Minha Casa Minha Vida construam uma vida mais estável e digna.
Cronograma de implementação
A implementação da nova modalidade do Minha Casa Minha Vida seguirá um calendário estruturado para garantir eficiência e transparência.
- Abril de 2025: Início da reserva de 3% das unidades do FAR para pessoas em situação de rua.
- Maio a julho de 2025: Capacitação de equipes municipais para identificar e cadastrar beneficiários.
- Agosto de 2025: Primeiras entregas de moradias em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
- Dezembro de 2025: Avaliação inicial do programa, com possibilidade de expansão para outros municípios.
Expansão do programa e impacto social
A inclusão de pessoas em situação de rua no Minha Casa Minha Vida é apenas uma das frentes do programa, que continua a beneficiar outras faixas de renda. Para famílias com renda mensal de até R$ 2.640 (Faixa 1), o programa oferece subsídios de até 95% do valor do imóvel, com prestações simbólicas. Já para as faixas de renda mais altas, até R$ 12 mil, há financiamentos com juros reduzidos e prazos de até 420 meses.
A reformulação do programa em 2023 trouxe avanços significativos, como a ampliação do teto de renda e a possibilidade de aquisição de imóveis usados. Essas mudanças tornaram o Minha Casa Minha Vida mais acessível, especialmente em áreas urbanas, onde o custo da habitação é elevado. Em 2025, o governo prevê um investimento robusto no programa, com foco na construção de novas unidades e na melhoria da infraestrutura dos empreendimentos.
O impacto social da iniciativa vai além da entrega de moradias. Ao oferecer um lar, o programa contribui para a redução da desigualdade, a promoção da saúde e o fortalecimento da cidadania. Para pessoas em situação de rua, a moradia representa uma oportunidade de recomeço, com acesso a direitos básicos que muitas vezes lhes foram negados.
Prioridade para 38 municípios
Os 38 municípios selecionados para a primeira fase do programa foram escolhidos com base em dados do CadÚnico, que identificaram cidades com alta concentração de pessoas em situação de rua. A lista inclui todas as capitais brasileiras e cidades como Campinas, Guarulhos e Uberlândia, que enfrentam desafios significativos no combate à exclusão habitacional.
Cada município terá autonomia para adaptar o processo de seleção às suas realidades locais, mas todos devem seguir as diretrizes do governo federal. A expectativa é que, ao longo de 2025, pelo menos 5 mil unidades sejam destinadas a pessoas em situação de rua, com potencial para beneficiar dezenas de milhares de pessoas nos próximos anos.
Papel das prefeituras e da Caixa Econômica Federal
As prefeituras desempenham um papel central na implementação do programa, sendo responsáveis pelo cadastramento dos beneficiários e pela articulação com a Caixa Econômica Federal. O banco, por sua vez, gerencia os recursos do FAR e realiza a análise de crédito e documentação. A parceria entre os entes federativos é essencial para agilizar a entrega das moradias e garantir que o programa alcance os objetivos traçados.
A Caixa também oferece canais de atendimento para esclarecer dúvidas e orientar os interessados. Além do site oficial e do telefone 0800, os cidadãos podem buscar informações diretamente nas agências bancárias. A transparência no processo é uma prioridade, com auditorias regulares para evitar fraudes e garantir que as moradias cheguem aos beneficiários legítimos.
Um passo rumo à dignidade
A reserva de moradias para pessoas em situação de rua marca um avanço histórico na política habitacional brasileira. Ao financiar 100% das unidades, o governo demonstra compromisso com a redução da desigualdade e a promoção de direitos humanos. A iniciativa, embora inicial, tem o potencial de transformar a vida de milhares de brasileiros, oferecendo não apenas um lar, mas a chance de reconstruir trajetórias marcadas pela exclusão.
O Minha Casa Minha Vida, com essa nova modalidade, reforça sua relevância como um dos principais programas sociais do país. A integração com o CadÚnico e outros benefícios sociais cria uma rede de apoio robusta, capaz de atender às necessidades de diferentes públicos. Para as pessoas em situação de rua, o programa representa uma esperança concreta de mudança, com a promessa de um futuro mais digno e seguro.
