O Benefício de Prestação Continuada (BPC) representa uma rede de segurança essencial para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade. Destinado a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência sem meios de sustento, o auxílio, gerido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), assegura um salário mínimo mensal, atualmente fixado em R$ 1.518. Apesar de sua relevância, muitos beneficiários enfrentam o risco de perder o benefício devido ao descumprimento de regras básicas, como a movimentação obrigatória do valor depositado em até 60 dias. A medida, que visa combater fraudes e garantir o uso adequado dos recursos, exige atenção redobrada dos beneficiários para evitar a suspensão do pagamento.
A falta de movimentação dentro do prazo estipulado pode levar ao bloqueio automático do benefício. Quando isso ocorre, os valores não sacados são devolvidos ao INSS, e o beneficiário precisa regularizar a situação para retomar os pagamentos. Esse procedimento, embora simples, pode gerar transtornos, especialmente para quem depende exclusivamente do BPC como fonte de renda.
Manter os dados cadastrais atualizados e acompanhar o cronograma de pagamentos são ações fundamentais para evitar problemas. O INSS disponibiliza ferramentas digitais, como o portal Meu INSS e o aplicativo, além da Central 135, para facilitar o acesso a informações e a resolução de pendências, mas a responsabilidade de cumprir as exigências recai sobre o beneficiário.
Por que o BPC pode ser bloqueado?
A suspensão do BPC ocorre principalmente quando o beneficiário não movimenta o valor depositado dentro de 60 dias após o crédito na conta bancária. Essa regra foi estabelecida como uma medida de segurança para prevenir fraudes, como saques indevidos em nome de beneficiários falecidos ou situações de uso irregular. A devolução automática dos valores não movimentados ao INSS garante que os recursos sejam direcionados apenas a quem realmente necessita do auxílio.
Além disso, a falta de atualização cadastral pode agravar o problema. Alterações como mudança de endereço, telefone ou conta bancária precisam ser comunicadas imediatamente ao INSS e à instituição financeira responsável pelo pagamento. Dados desatualizados podem dificultar o acesso ao benefício e até levar à suspensão por inconsistências no cadastro.
O INSS reforça que o bloqueio não é uma punição, mas uma forma de proteger o sistema e assegurar que o benefício chegue aos destinatários corretos. Para os beneficiários, no entanto, a interrupção do pagamento pode significar dificuldades financeiras imediatas, especialmente em um contexto de aumento do custo de vida e inflação persistente.
Como evitar a suspensão do benefício?
Evitar o bloqueio do BPC exige organização e vigilância por parte dos beneficiários. O primeiro passo é garantir que o valor depositado seja sacado ou movimentado dentro do prazo de 60 dias. Acompanhar as datas de pagamento, divulgadas mensalmente pelo INSS, é igualmente importante para não perder o controle dos prazos.
Outra medida essencial é manter os dados cadastrais atualizados. Qualquer mudança, como alteração de endereço ou conta bancária, deve ser informada imediatamente ao INSS e ao banco responsável pelo depósito. Essa precaução evita problemas como depósitos em contas encerradas ou dificuldades de contato em caso de pendências.
- Dicas para proteger o BPC:
- Consulte regularmente o extrato bancário para confirmar os depósitos.
- Acesse o portal Meu INSS para verificar o status do benefício.
- Entre em contato com a Central 135 em caso de dúvidas ou irregularidades.
- Mantenha o cadastro atualizado com informações corretas de contato e conta bancária.
O que fazer em caso de bloqueio?
Quando o BPC é bloqueado, o beneficiário deve agir rapidamente para regularizar a situação. O processo pode ser iniciado pelo portal Meu INSS ou pelo aplicativo, utilizando a conta Gov.br. Na plataforma, a opção “Solicitar Emissão de Pagamento não Recebido” permite enviar a solicitação de desbloqueio de forma prática e gratuita.
Outra alternativa é o atendimento telefônico pela Central 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h. As chamadas são gratuitas, seja de telefone fixo ou celular, facilitando o acesso para quem não tem familiaridade com ferramentas digitais. Durante o atendimento, é necessário fornecer informações pessoais e do benefício para comprovar a identidade e iniciar o processo de regularização.
A agilidade na resolução do bloqueio é crucial, especialmente para famílias que dependem do BPC como única fonte de renda. Após a regularização, os valores retidos podem ser liberados, mas o processo pode levar alguns dias, reforçando a importância de prevenir a suspensão.

Quem tem direito ao BPC?
O Benefício de Prestação Continuada é direcionado a dois públicos principais: idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que enfrentam impedimentos de longo prazo, sejam de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Para ser elegível, é necessário comprovar que a renda familiar per capita não ultrapassa um quarto do salário mínimo, equivalente a R$ 379,50 em 2025.
A solicitação do BPC envolve uma análise rigorosa por parte do INSS. No caso de pessoas com deficiência, é realizada uma avaliação médica e social para confirmar os impedimentos declarados. A documentação exigida inclui comprovantes de renda, identidade, CPF e, quando aplicável, laudos médicos.
Esse critério de elegibilidade busca assegurar que o benefício alcance apenas aqueles em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O BPC não exige contribuição prévia ao INSS, diferentemente de aposentadorias, o que o torna uma ferramenta essencial de inclusão social para milhões de brasileiros.
Cronograma de pagamentos de abril
O INSS organiza os pagamentos do BPC com base no número final do cartão de benefício, sem considerar o dígito verificador. Em abril de 2025, o calendário abrange dez dias úteis, começando no dia 24 e se estendendo até 8 de maio. Abaixo, as datas para cada final:
- Final 1: 24 de abril
- Final 2: 25 de abril
- Final 3: 28 de abril
- Final 4: 29 de abril
- Final 5: 30 de abril
- Final 6: 2 de maio
- Final 7: 5 de maio
- Final 8: 6 de maio
- Final 9: 7 de maio
- Final 0: 8 de maio
Acompanhar essas datas é fundamental para planejar saques e evitar a devolução dos valores ao INSS. Beneficiários que recebem em contas digitais ou poupança podem verificar os depósitos diretamente nos aplicativos bancários, enquanto os que utilizam cartões magnéticos devem se dirigir às agências ou caixas eletrônicos.
Impacto do BPC na vida dos brasileiros
O BPC desempenha um papel transformador para milhões de famílias brasileiras, especialmente em regiões marcadas pela desigualdade social. Para idosos que não têm acesso a aposentadoria e pessoas com deficiência sem condições de trabalhar, o benefício representa a diferença entre a subsistência e a miséria. Em 2024, cerca de 5,5 milhões de pessoas receberam o BPC, com um orçamento anual superior a R$ 80 bilhões, segundo dados do governo federal.
A garantia de um salário mínimo mensal permite que beneficiários cubram despesas básicas, como alimentação, medicamentos e moradia. Em muitos casos, o BPC é a única fonte de renda de uma família, sustentando não apenas o beneficiário, mas também seus dependentes. Esse impacto é ainda mais significativo em áreas rurais e periferias urbanas, onde o acesso a outros programas sociais pode ser limitado.
Apesar de sua importância, o benefício enfrenta desafios, como a necessidade de maior divulgação sobre as regras de manutenção. Muitos beneficiários, especialmente idosos com baixa escolaridade ou pessoas com deficiência em situação de isolamento, desconhecem os prazos e procedimentos, o que aumenta o risco de bloqueios.
Desafios na gestão do benefício
A administração do BPC exige um equilíbrio entre acessibilidade e controle rigoroso para evitar fraudes. O INSS investe em tecnologia para facilitar o acesso, com plataformas digitais como o Meu INSS, mas ainda enfrenta barreiras relacionadas à inclusão digital. Muitos beneficiários, especialmente em áreas remotas, dependem de atendimento presencial ou de terceiros para gerenciar seus benefícios, o que pode gerar atrasos e erros.
Outro desafio é a atualização cadastral. A falta de comunicação de mudanças, como óbitos ou alterações de endereço, pode levar a bloqueios desnecessários ou até ao pagamento indevido de benefícios. Para combater isso, o INSS realiza cruzamentos de dados com outros órgãos, como cartórios e Receita Federal, mas o processo ainda não é infalível.
A burocracia na solicitação inicial do BPC também é um obstáculo. A análise documental e as avaliações médicas podem levar meses, deixando pessoas em situação de vulnerabilidade sem apoio imediato. Organizações da sociedade civil têm cobrado agilidade e maior transparência nesse processo, destacando a urgência de atender quem depende do benefício para sobreviver.
Importância da educação financeira
A gestão adequada do BPC vai além do cumprimento de prazos. A educação financeira é essencial para que os beneficiários utilizem o auxílio de forma sustentável, garantindo que os recursos atendam às necessidades prioritárias. Programas de orientação financeira, embora ainda pouco difundidos, poderiam ajudar a maximizar o impacto do benefício.
Para muitas famílias, o BPC é a base do orçamento doméstico, mas a falta de planejamento pode levar a gastos desnecessários ou ao endividamento. Iniciativas de apoio, como oficinas comunitárias ou materiais educativos, poderiam capacitar beneficiários a gerirem melhor seus recursos, especialmente em um cenário de alta nos preços de itens essenciais.
- Estratégias para gerenciar o BPC:
- Priorize despesas essenciais, como alimentação e medicamentos.
- Evite empréstimos consignados com juros altos.
- Planeje o saque dentro do prazo de 60 dias para evitar bloqueios.
- Busque orientação em centros de assistência social, se necessário.
Perspectivas para o futuro do BPC
O Benefício de Prestação Continuada enfrenta pressões crescentes devido ao envelhecimento da população brasileira e ao aumento da demanda por políticas de inclusão. Projeções indicam que, até 2030, o número de idosos no Brasil ultrapassará 30 milhões, o que pode ampliar a procura pelo BPC. Ao mesmo tempo, avanços na medicina e na acessibilidade têm permitido que mais pessoas com deficiência reivindiquem o benefício.
Para atender a essa demanda, o governo precisa investir em infraestrutura, como a ampliação do atendimento digital e presencial, e em campanhas de conscientização sobre as regras do programa. A integração de dados entre órgãos públicos também pode agilizar a concessão e a manutenção dos benefícios, reduzindo a burocracia.
A sustentabilidade financeira do BPC é outro ponto de atenção. Com um orçamento bilionário, o programa exige planejamento para garantir sua continuidade sem comprometer outros serviços públicos. Debates sobre ajustes nos critérios de elegibilidade ou na gestão dos recursos têm ocorrido, mas qualquer mudança deve priorizar a proteção dos mais vulneráveis.
Como se preparar para os próximos pagamentos
Com o calendário de abril em andamento, os beneficiários do BPC devem se organizar para os próximos meses. O INSS divulga os cronogramas com antecedência, permitindo que os beneficiários planejem saques e movimentações. Além disso, a consulta regular ao portal Meu INSS ou à Central 135 pode evitar surpresas, como bloqueios por inconsistências cadastrais.
A preparação também envolve o diálogo com instituições bancárias. Beneficiários que enfrentam dificuldades para acessar contas ou realizar saques devem buscar apoio imediato, seja no banco ou em centros de assistência social. Em muitas cidades, organizações comunitárias oferecem suporte gratuito para idosos e pessoas com deficiência, ajudando a navegar o sistema do INSS.
Manter a documentação em dia é igualmente importante. Comprovantes de residência, identidade e laudos médicos, quando aplicável, devem estar atualizados para facilitar eventuais regularizações. Essa organização prévia pode fazer a diferença entre a continuidade do benefício e interrupções inesperadas.
Papel do BPC na redução da desigualdade
O BPC é mais do que um programa social; é uma ferramenta de combate à desigualdade e à exclusão. Em um país marcado por disparidades econômicas, o benefício oferece dignidade a milhões de brasileiros que, de outra forma, estariam desamparados. Seu impacto vai além do beneficiário, alcançando famílias inteiras que dependem do auxílio para sobreviver.
Em comunidades vulneráveis, o BPC estimula a economia local, já que os valores pagos são frequentemente gastos em comércios de bairro. Essa circulação de recursos fortalece pequenos negócios e contribui para a dinamização de áreas menos favorecidas.
Apesar de seus benefícios, o programa ainda enfrenta críticas por sua cobertura limitada. Milhares de pedidos são negados anualmente por falhas na documentação ou por renda familiar ligeiramente acima do limite. Ampliar o acesso, sem comprometer a sustentabilidade do programa, é um desafio que exige diálogo entre governo, sociedade civil e especialistas.

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) representa uma rede de segurança essencial para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade. Destinado a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência sem meios de sustento, o auxílio, gerido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), assegura um salário mínimo mensal, atualmente fixado em R$ 1.518. Apesar de sua relevância, muitos beneficiários enfrentam o risco de perder o benefício devido ao descumprimento de regras básicas, como a movimentação obrigatória do valor depositado em até 60 dias. A medida, que visa combater fraudes e garantir o uso adequado dos recursos, exige atenção redobrada dos beneficiários para evitar a suspensão do pagamento.
A falta de movimentação dentro do prazo estipulado pode levar ao bloqueio automático do benefício. Quando isso ocorre, os valores não sacados são devolvidos ao INSS, e o beneficiário precisa regularizar a situação para retomar os pagamentos. Esse procedimento, embora simples, pode gerar transtornos, especialmente para quem depende exclusivamente do BPC como fonte de renda.
Manter os dados cadastrais atualizados e acompanhar o cronograma de pagamentos são ações fundamentais para evitar problemas. O INSS disponibiliza ferramentas digitais, como o portal Meu INSS e o aplicativo, além da Central 135, para facilitar o acesso a informações e a resolução de pendências, mas a responsabilidade de cumprir as exigências recai sobre o beneficiário.
Por que o BPC pode ser bloqueado?
A suspensão do BPC ocorre principalmente quando o beneficiário não movimenta o valor depositado dentro de 60 dias após o crédito na conta bancária. Essa regra foi estabelecida como uma medida de segurança para prevenir fraudes, como saques indevidos em nome de beneficiários falecidos ou situações de uso irregular. A devolução automática dos valores não movimentados ao INSS garante que os recursos sejam direcionados apenas a quem realmente necessita do auxílio.
Além disso, a falta de atualização cadastral pode agravar o problema. Alterações como mudança de endereço, telefone ou conta bancária precisam ser comunicadas imediatamente ao INSS e à instituição financeira responsável pelo pagamento. Dados desatualizados podem dificultar o acesso ao benefício e até levar à suspensão por inconsistências no cadastro.
O INSS reforça que o bloqueio não é uma punição, mas uma forma de proteger o sistema e assegurar que o benefício chegue aos destinatários corretos. Para os beneficiários, no entanto, a interrupção do pagamento pode significar dificuldades financeiras imediatas, especialmente em um contexto de aumento do custo de vida e inflação persistente.
Como evitar a suspensão do benefício?
Evitar o bloqueio do BPC exige organização e vigilância por parte dos beneficiários. O primeiro passo é garantir que o valor depositado seja sacado ou movimentado dentro do prazo de 60 dias. Acompanhar as datas de pagamento, divulgadas mensalmente pelo INSS, é igualmente importante para não perder o controle dos prazos.
Outra medida essencial é manter os dados cadastrais atualizados. Qualquer mudança, como alteração de endereço ou conta bancária, deve ser informada imediatamente ao INSS e ao banco responsável pelo depósito. Essa precaução evita problemas como depósitos em contas encerradas ou dificuldades de contato em caso de pendências.
- Dicas para proteger o BPC:
- Consulte regularmente o extrato bancário para confirmar os depósitos.
- Acesse o portal Meu INSS para verificar o status do benefício.
- Entre em contato com a Central 135 em caso de dúvidas ou irregularidades.
- Mantenha o cadastro atualizado com informações corretas de contato e conta bancária.
O que fazer em caso de bloqueio?
Quando o BPC é bloqueado, o beneficiário deve agir rapidamente para regularizar a situação. O processo pode ser iniciado pelo portal Meu INSS ou pelo aplicativo, utilizando a conta Gov.br. Na plataforma, a opção “Solicitar Emissão de Pagamento não Recebido” permite enviar a solicitação de desbloqueio de forma prática e gratuita.
Outra alternativa é o atendimento telefônico pela Central 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h. As chamadas são gratuitas, seja de telefone fixo ou celular, facilitando o acesso para quem não tem familiaridade com ferramentas digitais. Durante o atendimento, é necessário fornecer informações pessoais e do benefício para comprovar a identidade e iniciar o processo de regularização.
A agilidade na resolução do bloqueio é crucial, especialmente para famílias que dependem do BPC como única fonte de renda. Após a regularização, os valores retidos podem ser liberados, mas o processo pode levar alguns dias, reforçando a importância de prevenir a suspensão.

Quem tem direito ao BPC?
O Benefício de Prestação Continuada é direcionado a dois públicos principais: idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que enfrentam impedimentos de longo prazo, sejam de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Para ser elegível, é necessário comprovar que a renda familiar per capita não ultrapassa um quarto do salário mínimo, equivalente a R$ 379,50 em 2025.
A solicitação do BPC envolve uma análise rigorosa por parte do INSS. No caso de pessoas com deficiência, é realizada uma avaliação médica e social para confirmar os impedimentos declarados. A documentação exigida inclui comprovantes de renda, identidade, CPF e, quando aplicável, laudos médicos.
Esse critério de elegibilidade busca assegurar que o benefício alcance apenas aqueles em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O BPC não exige contribuição prévia ao INSS, diferentemente de aposentadorias, o que o torna uma ferramenta essencial de inclusão social para milhões de brasileiros.
Cronograma de pagamentos de abril
O INSS organiza os pagamentos do BPC com base no número final do cartão de benefício, sem considerar o dígito verificador. Em abril de 2025, o calendário abrange dez dias úteis, começando no dia 24 e se estendendo até 8 de maio. Abaixo, as datas para cada final:
- Final 1: 24 de abril
- Final 2: 25 de abril
- Final 3: 28 de abril
- Final 4: 29 de abril
- Final 5: 30 de abril
- Final 6: 2 de maio
- Final 7: 5 de maio
- Final 8: 6 de maio
- Final 9: 7 de maio
- Final 0: 8 de maio
Acompanhar essas datas é fundamental para planejar saques e evitar a devolução dos valores ao INSS. Beneficiários que recebem em contas digitais ou poupança podem verificar os depósitos diretamente nos aplicativos bancários, enquanto os que utilizam cartões magnéticos devem se dirigir às agências ou caixas eletrônicos.
Impacto do BPC na vida dos brasileiros
O BPC desempenha um papel transformador para milhões de famílias brasileiras, especialmente em regiões marcadas pela desigualdade social. Para idosos que não têm acesso a aposentadoria e pessoas com deficiência sem condições de trabalhar, o benefício representa a diferença entre a subsistência e a miséria. Em 2024, cerca de 5,5 milhões de pessoas receberam o BPC, com um orçamento anual superior a R$ 80 bilhões, segundo dados do governo federal.
A garantia de um salário mínimo mensal permite que beneficiários cubram despesas básicas, como alimentação, medicamentos e moradia. Em muitos casos, o BPC é a única fonte de renda de uma família, sustentando não apenas o beneficiário, mas também seus dependentes. Esse impacto é ainda mais significativo em áreas rurais e periferias urbanas, onde o acesso a outros programas sociais pode ser limitado.
Apesar de sua importância, o benefício enfrenta desafios, como a necessidade de maior divulgação sobre as regras de manutenção. Muitos beneficiários, especialmente idosos com baixa escolaridade ou pessoas com deficiência em situação de isolamento, desconhecem os prazos e procedimentos, o que aumenta o risco de bloqueios.
Desafios na gestão do benefício
A administração do BPC exige um equilíbrio entre acessibilidade e controle rigoroso para evitar fraudes. O INSS investe em tecnologia para facilitar o acesso, com plataformas digitais como o Meu INSS, mas ainda enfrenta barreiras relacionadas à inclusão digital. Muitos beneficiários, especialmente em áreas remotas, dependem de atendimento presencial ou de terceiros para gerenciar seus benefícios, o que pode gerar atrasos e erros.
Outro desafio é a atualização cadastral. A falta de comunicação de mudanças, como óbitos ou alterações de endereço, pode levar a bloqueios desnecessários ou até ao pagamento indevido de benefícios. Para combater isso, o INSS realiza cruzamentos de dados com outros órgãos, como cartórios e Receita Federal, mas o processo ainda não é infalível.
A burocracia na solicitação inicial do BPC também é um obstáculo. A análise documental e as avaliações médicas podem levar meses, deixando pessoas em situação de vulnerabilidade sem apoio imediato. Organizações da sociedade civil têm cobrado agilidade e maior transparência nesse processo, destacando a urgência de atender quem depende do benefício para sobreviver.
Importância da educação financeira
A gestão adequada do BPC vai além do cumprimento de prazos. A educação financeira é essencial para que os beneficiários utilizem o auxílio de forma sustentável, garantindo que os recursos atendam às necessidades prioritárias. Programas de orientação financeira, embora ainda pouco difundidos, poderiam ajudar a maximizar o impacto do benefício.
Para muitas famílias, o BPC é a base do orçamento doméstico, mas a falta de planejamento pode levar a gastos desnecessários ou ao endividamento. Iniciativas de apoio, como oficinas comunitárias ou materiais educativos, poderiam capacitar beneficiários a gerirem melhor seus recursos, especialmente em um cenário de alta nos preços de itens essenciais.
- Estratégias para gerenciar o BPC:
- Priorize despesas essenciais, como alimentação e medicamentos.
- Evite empréstimos consignados com juros altos.
- Planeje o saque dentro do prazo de 60 dias para evitar bloqueios.
- Busque orientação em centros de assistência social, se necessário.
Perspectivas para o futuro do BPC
O Benefício de Prestação Continuada enfrenta pressões crescentes devido ao envelhecimento da população brasileira e ao aumento da demanda por políticas de inclusão. Projeções indicam que, até 2030, o número de idosos no Brasil ultrapassará 30 milhões, o que pode ampliar a procura pelo BPC. Ao mesmo tempo, avanços na medicina e na acessibilidade têm permitido que mais pessoas com deficiência reivindiquem o benefício.
Para atender a essa demanda, o governo precisa investir em infraestrutura, como a ampliação do atendimento digital e presencial, e em campanhas de conscientização sobre as regras do programa. A integração de dados entre órgãos públicos também pode agilizar a concessão e a manutenção dos benefícios, reduzindo a burocracia.
A sustentabilidade financeira do BPC é outro ponto de atenção. Com um orçamento bilionário, o programa exige planejamento para garantir sua continuidade sem comprometer outros serviços públicos. Debates sobre ajustes nos critérios de elegibilidade ou na gestão dos recursos têm ocorrido, mas qualquer mudança deve priorizar a proteção dos mais vulneráveis.
Como se preparar para os próximos pagamentos
Com o calendário de abril em andamento, os beneficiários do BPC devem se organizar para os próximos meses. O INSS divulga os cronogramas com antecedência, permitindo que os beneficiários planejem saques e movimentações. Além disso, a consulta regular ao portal Meu INSS ou à Central 135 pode evitar surpresas, como bloqueios por inconsistências cadastrais.
A preparação também envolve o diálogo com instituições bancárias. Beneficiários que enfrentam dificuldades para acessar contas ou realizar saques devem buscar apoio imediato, seja no banco ou em centros de assistência social. Em muitas cidades, organizações comunitárias oferecem suporte gratuito para idosos e pessoas com deficiência, ajudando a navegar o sistema do INSS.
Manter a documentação em dia é igualmente importante. Comprovantes de residência, identidade e laudos médicos, quando aplicável, devem estar atualizados para facilitar eventuais regularizações. Essa organização prévia pode fazer a diferença entre a continuidade do benefício e interrupções inesperadas.
Papel do BPC na redução da desigualdade
O BPC é mais do que um programa social; é uma ferramenta de combate à desigualdade e à exclusão. Em um país marcado por disparidades econômicas, o benefício oferece dignidade a milhões de brasileiros que, de outra forma, estariam desamparados. Seu impacto vai além do beneficiário, alcançando famílias inteiras que dependem do auxílio para sobreviver.
Em comunidades vulneráveis, o BPC estimula a economia local, já que os valores pagos são frequentemente gastos em comércios de bairro. Essa circulação de recursos fortalece pequenos negócios e contribui para a dinamização de áreas menos favorecidas.
Apesar de seus benefícios, o programa ainda enfrenta críticas por sua cobertura limitada. Milhares de pedidos são negados anualmente por falhas na documentação ou por renda familiar ligeiramente acima do limite. Ampliar o acesso, sem comprometer a sustentabilidade do programa, é um desafio que exige diálogo entre governo, sociedade civil e especialistas.
