Breaking
24 Apr 2025, Thu

nova cor descoberta com laser ultrapassa limites da visão humana

Cor Olo


A percepção humana das cores, um fenômeno que fascina cientistas há séculos, acaba de ganhar um novo capítulo com a descoberta de uma tonalidade jamais vista: o olo. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, anunciaram em abril de 2025 um avanço que desafia os limites da visão humana. Utilizando pulsos de laser para estimular células específicas da retina, a equipe conseguiu fazer com que cinco voluntários enxergassem uma cor descrita como um azul-esverdeado extremamente saturado. A técnica, batizada de Oz, abre portas para novas possibilidades na ciência da visão e pode impactar desde tratamentos para daltonismo até o desenvolvimento de tecnologias visuais inovadoras. O estudo, publicado na revista Science Advances, gerou entusiasmo, mas também debates entre especialistas sobre a natureza dessa nova percepção.

O experimento envolveu o uso de lasers para ativar exclusivamente os cones M, responsáveis pela percepção do verde, sem interferência de outros tipos de cones na retina. Esse processo, segundo os pesquisadores, criou uma experiência visual única, impossível de ser replicada pela luz natural. Diferentemente das cores tradicionais, que resultam da combinação de estímulos em diferentes cones, o olo é percebido quando apenas um tipo de célula é ativado de forma isolada. A tonalidade foi comparada a um turquesa vibrante, semelhante ao tom 333U da escala Pantone, mas com uma saturação que excede qualquer cor observável no mundo real. Para os participantes, a experiência foi descrita como surpreendente, quase como enxergar algo além da realidade cotidiana.

Apesar do impacto inicial, a descoberta não está isenta de questionamentos. Alguns cientistas argumentam que o olo pode não ser uma nova cor, mas uma variação intensificada de tons já conhecidos. A complexidade do experimento, que exige equipamentos de alta precisão, também levanta dúvidas sobre sua aplicabilidade fora de laboratórios. Ainda assim, o estudo representa um marco na compreensão de como o cérebro processa cores e sugere que a percepção visual humana pode ser expandida com o auxílio da tecnologia.

Como o olo foi descoberto

A jornada para a descoberta do olo começou com um objetivo ambicioso: manipular a percepção de cores de forma controlada. Liderada por Ren Ng, a equipe de Berkeley desenvolveu a técnica Oz, inspirada na fictícia Cidade das Esmeraldas do livro O Mágico de Oz. O método utiliza um sistema de rastreamento ocular combinado com lasers de baixa intensidade para mapear e estimular os cones da retina com precisão cirúrgica. Diferentemente da luz natural, que ativa múltiplos tipos de cones simultaneamente, o laser permite isolar os cones M, criando um sinal único enviado ao cérebro.

O experimento envolveu cinco participantes, sendo três deles coautores do estudo, o que gerou críticas por possível viés. Os outros dois voluntários, embora ligados ao laboratório, não conheciam os objetivos do projeto. Durante as sessões, os participantes foram submetidos a pulsos de laser enquanto ajustavam uma tonalidade projetada para corresponder à percepção do olo. O resultado foi uma cor que, segundo os relatos, parecia mais vívida do que qualquer outra já experimentada. A escolha do nome “olo” reflete a ativação exclusiva dos cones M, representada pelo código binário 010.

  • Técnica Oz: Utiliza lasers para estimular cones M de forma isolada, algo impossível com luz natural.
  • Participantes: Cinco voluntários, incluindo três pesquisadores, relataram a percepção do olo.
  • Publicação: O estudo foi detalhado na revista Science Advances em abril de 2025.
  • Comparação: A cor é próxima ao turquesa 333U da Pantone, mas com saturação superior.

Limites da visão humana

A retina humana possui três tipos de cones, conhecidos como S, M e L, que detectam comprimentos de onda correspondentes ao azul, verde e vermelho, respectivamente. A combinação desses sinais permite que o cérebro interprete milhões de cores. No entanto, a luz natural sempre ativa múltiplos cones, limitando a percepção a combinações de estímulos. O experimento com o olo contorna essa barreira ao ativar apenas os cones M, gerando uma percepção que não ocorre na natureza.

Esse avanço levanta questões fundamentais sobre os limites da visão humana. Durante séculos, cientistas acreditavam que a percepção de cores estava restrita às capacidades biológicas da retina. A descoberta do olo sugere que, com intervenções tecnológicas, é possível expandir esse espectro. Ren Ng, um dos líderes do estudo, comparou a experiência a descobrir uma nova dimensão de cor, como se alguém que só conhecesse tons pastéis de repente enxergasse um vermelho intenso.

O impacto do estudo vai além da curiosidade científica. A possibilidade de manipular a percepção de cores pode abrir caminho para tratamentos de condições como daltonismo, uma deficiência que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres em todo o mundo. Além disso, tecnologias como realidade virtual e aumentada poderiam incorporar técnicas semelhantes para criar experiências visuais imersivas, levando os usuários a enxergar cores fora do espectro natural.

Críticas e controvérsias

Nem todos os especialistas estão convencidos de que o olo representa uma nova cor. John Barbur, cientista da City St George’s, Universidade de Londres, destacou que o experimento é um feito tecnológico impressionante, mas questionou se a percepção resultante pode ser classificada como uma cor inédita. Para ele, o olo pode ser apenas uma variação mais saturada de tons verdes ou azulados já conhecidos. A limitação do experimento a um ambiente controlado, com equipamentos avançados, também reduz seu impacto imediato.

Outro ponto de debate é a metodologia do estudo. A inclusão de três coautores como participantes levantou preocupações sobre a imparcialidade dos resultados. Embora os outros dois voluntários fossem externos aos objetivos do projeto, a amostra pequena dificulta generalizações. Críticos apontam que testes com um número maior de participantes seriam necessários para validar a descoberta.

  • Questionamento principal: Especialistas debatem se o olo é uma nova cor ou uma variação saturada de tons existentes.
  • Limitação tecnológica: A percepção do olo depende de lasers, inviabilizando sua reprodução em telas ou ambientes naturais.
  • Viés potencial: A participação de coautores no experimento gerou críticas sobre a objetividade dos resultados.
  • Escala do estudo: Apenas cinco voluntários participaram, o que limita a robustez das conclusões.

Aplicações práticas do olo

A descoberta do olo não se limita a expandir o entendimento da visão humana. Pesquisadores veem na técnica Oz um potencial transformador para a medicina e a tecnologia. Uma das aplicações mais promissoras está no tratamento de deficiências visuais. O daltonismo, por exemplo, resulta da incapacidade de certos cones de detectar comprimentos de onda específicos. Técnicas baseadas na estimulação seletiva da retina poderiam, no futuro, ajudar a restaurar ou ampliar a percepção de cores em pacientes com essa condição.

Na área da tecnologia, a manipulação da percepção visual pode revolucionar dispositivos de realidade virtual. Atualmente, telas de smartphones, TVs e óculos de realidade virtual estão limitadas ao espectro de cores visíveis pela luz natural. A integração de sistemas baseados em laser, embora ainda distante, poderia permitir que usuários experimentassem cores como o olo, criando experiências sensoriais inéditas. Além disso, o estudo pode inspirar avanços em campos como a neurociência, ajudando a mapear como o cérebro processa estímulos visuais.

O impacto cultural também não deve ser subestimado. A descoberta de uma nova cor desafia conceitos artísticos e filosóficos sobre a percepção. Artistas e designers, que há séculos exploram as cores para evocar emoções, podem encontrar no olo uma fonte de inspiração, mesmo que sua visualização dependa de tecnologia. A possibilidade de “enxergar o invisível” reacende debates sobre os limites da experiência humana e o papel da ciência em expandi-los.

Contexto histórico da percepção de cores

A ciência das cores tem uma longa história, marcada por avanços que transformaram o entendimento humano. No século XVII, Isaac Newton demonstrou que a luz branca pode ser decomposta em um espectro de cores, lançando as bases para a óptica moderna. No século XIX, Hermann von Helmholtz e Thomas Young desenvolveram a teoria tricromática, que explica como os três tipos de cones da retina permitem a percepção de cores. Esses marcos estabeleceram que a visão humana está limitada pelas propriedades biológicas do olho.

A descoberta do olo se insere nessa trajetória como um passo ousado. Diferentemente dos avanços anteriores, que descreviam fenômenos naturais, o experimento de Berkeley cria uma percepção artificial, desafiando a ideia de que a visão humana é imutável. A técnica Oz, ao manipular diretamente a retina, sugere que a tecnologia pode superar as barreiras biológicas, permitindo experiências sensoriais antes inimagináveis.

  • Século XVII: Newton decompõe a luz branca, revelando o espectro de cores.
  • Século XIX: Helmholtz e Young explicam a percepção de cores com a teoria tricromática.
  • 2025: Técnica Oz usa lasers para criar a percepção do olo, uma cor fora do espectro natural.
  • Impacto futuro: A descoberta pode influenciar medicina, tecnologia e artes visuais.

Desafios para o futuro

Expandir a descoberta do olo para além dos laboratórios enfrenta obstáculos significativos. A tecnologia usada no experimento é complexa e cara, exigindo equipamentos de precisão que não estão disponíveis comercialmente. Além disso, a segurança a longo prazo da exposição da retina a pulsos de laser ainda precisa ser avaliada. Embora o estudo tenha usado doses mínimas de luz, aplicações em larga escala demandariam rigorosos testes clínicos.

Outro desafio é a reprodução do olo em dispositivos acessíveis. Telas convencionais, que operam com combinações de vermelho, verde e azul, não podem simular a saturação única dessa cor. Mesmo tecnologias avançadas, como óculos de realidade virtual, estão longe de incorporar sistemas de laser com a precisão necessária. Essas barreiras sugerem que, por enquanto, o olo permanecerá restrito a experimentos científicos.

Apesar das limitações, os pesquisadores estão otimistas. A equipe de Berkeley planeja conduzir novos estudos com amostras maiores e explorar outras formas de estimulação da retina. O objetivo é não apenas consolidar a descoberta do olo, mas também investigar se outras cores inéditas podem ser criadas. Esses esforços podem redefinir o que significa enxergar, transformando a ciência da visão em um campo ainda mais dinâmico.

Implicações para a sociedade

A descoberta do olo transcende a ciência e toca questões filosóficas e culturais. Desde a antiguidade, as cores têm desempenhado papéis centrais nas artes, na religião e na comunicação. A introdução de uma cor que só pode ser vista com tecnologia levanta perguntas sobre a natureza da percepção e da realidade. Seria o olo uma cor “verdadeira” ou apenas um artefato tecnológico? Essas reflexões desafiam a forma como a humanidade define o que é natural.

Na medicina, o impacto potencial é animador. Além do daltonismo, condições como a retinite pigmentosa, que causa perda progressiva da visão, poderiam se beneficiar de técnicas derivadas do estudo. A capacidade de manipular a retina com precisão abre novas possibilidades para terapias visuais, especialmente em um momento em que a medicina personalizada ganha destaque. A longo prazo, essas inovações podem melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas.

No campo da educação, a descoberta pode inspirar novas gerações de cientistas. A ideia de criar algo tão fundamental quanto uma nova cor captura a imaginação e reforça o poder da ciência em desafiar o impossível. Escolas e universidades já começam a incluir o estudo do olo em disciplinas de biologia, física e neurociência, sinalizando seu impacto duradouro.

O que vem a seguir

Os próximos passos para a pesquisa do olo envolvem ampliar o alcance do experimento. A equipe de Berkeley planeja recrutar mais voluntários e testar variações da técnica Oz, incluindo a estimulação de outros tipos de cones. Esses estudos podem revelar se cores adicionais, além do olo, estão ao alcance da percepção humana. A colaboração com neurocientistas também será crucial para entender como o cérebro processa essas novas informações visuais.

Paralelamente, a descoberta já atraiu o interesse de empresas de tecnologia. Gigantes do setor, como aquelas que desenvolvem dispositivos de realidade aumentada, veem no olo uma oportunidade de criar produtos inovadores. Embora a integração de lasers em dispositivos comerciais seja um desafio, o potencial de mercado é significativo, especialmente em indústrias como jogos e entretenimento.

  • Novos experimentos: Testes com mais participantes e outros cones da retina estão planejados.
  • Interesse comercial: Empresas de tecnologia exploram aplicações em realidade aumentada.
  • Impacto educacional: O olo já é tema de estudo em universidades ao redor do mundo.
  • Desafios éticos: A segurança e a acessibilidade da técnica precisam ser garantidas.



A percepção humana das cores, um fenômeno que fascina cientistas há séculos, acaba de ganhar um novo capítulo com a descoberta de uma tonalidade jamais vista: o olo. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, anunciaram em abril de 2025 um avanço que desafia os limites da visão humana. Utilizando pulsos de laser para estimular células específicas da retina, a equipe conseguiu fazer com que cinco voluntários enxergassem uma cor descrita como um azul-esverdeado extremamente saturado. A técnica, batizada de Oz, abre portas para novas possibilidades na ciência da visão e pode impactar desde tratamentos para daltonismo até o desenvolvimento de tecnologias visuais inovadoras. O estudo, publicado na revista Science Advances, gerou entusiasmo, mas também debates entre especialistas sobre a natureza dessa nova percepção.

O experimento envolveu o uso de lasers para ativar exclusivamente os cones M, responsáveis pela percepção do verde, sem interferência de outros tipos de cones na retina. Esse processo, segundo os pesquisadores, criou uma experiência visual única, impossível de ser replicada pela luz natural. Diferentemente das cores tradicionais, que resultam da combinação de estímulos em diferentes cones, o olo é percebido quando apenas um tipo de célula é ativado de forma isolada. A tonalidade foi comparada a um turquesa vibrante, semelhante ao tom 333U da escala Pantone, mas com uma saturação que excede qualquer cor observável no mundo real. Para os participantes, a experiência foi descrita como surpreendente, quase como enxergar algo além da realidade cotidiana.

Apesar do impacto inicial, a descoberta não está isenta de questionamentos. Alguns cientistas argumentam que o olo pode não ser uma nova cor, mas uma variação intensificada de tons já conhecidos. A complexidade do experimento, que exige equipamentos de alta precisão, também levanta dúvidas sobre sua aplicabilidade fora de laboratórios. Ainda assim, o estudo representa um marco na compreensão de como o cérebro processa cores e sugere que a percepção visual humana pode ser expandida com o auxílio da tecnologia.

Como o olo foi descoberto

A jornada para a descoberta do olo começou com um objetivo ambicioso: manipular a percepção de cores de forma controlada. Liderada por Ren Ng, a equipe de Berkeley desenvolveu a técnica Oz, inspirada na fictícia Cidade das Esmeraldas do livro O Mágico de Oz. O método utiliza um sistema de rastreamento ocular combinado com lasers de baixa intensidade para mapear e estimular os cones da retina com precisão cirúrgica. Diferentemente da luz natural, que ativa múltiplos tipos de cones simultaneamente, o laser permite isolar os cones M, criando um sinal único enviado ao cérebro.

O experimento envolveu cinco participantes, sendo três deles coautores do estudo, o que gerou críticas por possível viés. Os outros dois voluntários, embora ligados ao laboratório, não conheciam os objetivos do projeto. Durante as sessões, os participantes foram submetidos a pulsos de laser enquanto ajustavam uma tonalidade projetada para corresponder à percepção do olo. O resultado foi uma cor que, segundo os relatos, parecia mais vívida do que qualquer outra já experimentada. A escolha do nome “olo” reflete a ativação exclusiva dos cones M, representada pelo código binário 010.

  • Técnica Oz: Utiliza lasers para estimular cones M de forma isolada, algo impossível com luz natural.
  • Participantes: Cinco voluntários, incluindo três pesquisadores, relataram a percepção do olo.
  • Publicação: O estudo foi detalhado na revista Science Advances em abril de 2025.
  • Comparação: A cor é próxima ao turquesa 333U da Pantone, mas com saturação superior.

Limites da visão humana

A retina humana possui três tipos de cones, conhecidos como S, M e L, que detectam comprimentos de onda correspondentes ao azul, verde e vermelho, respectivamente. A combinação desses sinais permite que o cérebro interprete milhões de cores. No entanto, a luz natural sempre ativa múltiplos cones, limitando a percepção a combinações de estímulos. O experimento com o olo contorna essa barreira ao ativar apenas os cones M, gerando uma percepção que não ocorre na natureza.

Esse avanço levanta questões fundamentais sobre os limites da visão humana. Durante séculos, cientistas acreditavam que a percepção de cores estava restrita às capacidades biológicas da retina. A descoberta do olo sugere que, com intervenções tecnológicas, é possível expandir esse espectro. Ren Ng, um dos líderes do estudo, comparou a experiência a descobrir uma nova dimensão de cor, como se alguém que só conhecesse tons pastéis de repente enxergasse um vermelho intenso.

O impacto do estudo vai além da curiosidade científica. A possibilidade de manipular a percepção de cores pode abrir caminho para tratamentos de condições como daltonismo, uma deficiência que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres em todo o mundo. Além disso, tecnologias como realidade virtual e aumentada poderiam incorporar técnicas semelhantes para criar experiências visuais imersivas, levando os usuários a enxergar cores fora do espectro natural.

Críticas e controvérsias

Nem todos os especialistas estão convencidos de que o olo representa uma nova cor. John Barbur, cientista da City St George’s, Universidade de Londres, destacou que o experimento é um feito tecnológico impressionante, mas questionou se a percepção resultante pode ser classificada como uma cor inédita. Para ele, o olo pode ser apenas uma variação mais saturada de tons verdes ou azulados já conhecidos. A limitação do experimento a um ambiente controlado, com equipamentos avançados, também reduz seu impacto imediato.

Outro ponto de debate é a metodologia do estudo. A inclusão de três coautores como participantes levantou preocupações sobre a imparcialidade dos resultados. Embora os outros dois voluntários fossem externos aos objetivos do projeto, a amostra pequena dificulta generalizações. Críticos apontam que testes com um número maior de participantes seriam necessários para validar a descoberta.

  • Questionamento principal: Especialistas debatem se o olo é uma nova cor ou uma variação saturada de tons existentes.
  • Limitação tecnológica: A percepção do olo depende de lasers, inviabilizando sua reprodução em telas ou ambientes naturais.
  • Viés potencial: A participação de coautores no experimento gerou críticas sobre a objetividade dos resultados.
  • Escala do estudo: Apenas cinco voluntários participaram, o que limita a robustez das conclusões.

Aplicações práticas do olo

A descoberta do olo não se limita a expandir o entendimento da visão humana. Pesquisadores veem na técnica Oz um potencial transformador para a medicina e a tecnologia. Uma das aplicações mais promissoras está no tratamento de deficiências visuais. O daltonismo, por exemplo, resulta da incapacidade de certos cones de detectar comprimentos de onda específicos. Técnicas baseadas na estimulação seletiva da retina poderiam, no futuro, ajudar a restaurar ou ampliar a percepção de cores em pacientes com essa condição.

Na área da tecnologia, a manipulação da percepção visual pode revolucionar dispositivos de realidade virtual. Atualmente, telas de smartphones, TVs e óculos de realidade virtual estão limitadas ao espectro de cores visíveis pela luz natural. A integração de sistemas baseados em laser, embora ainda distante, poderia permitir que usuários experimentassem cores como o olo, criando experiências sensoriais inéditas. Além disso, o estudo pode inspirar avanços em campos como a neurociência, ajudando a mapear como o cérebro processa estímulos visuais.

O impacto cultural também não deve ser subestimado. A descoberta de uma nova cor desafia conceitos artísticos e filosóficos sobre a percepção. Artistas e designers, que há séculos exploram as cores para evocar emoções, podem encontrar no olo uma fonte de inspiração, mesmo que sua visualização dependa de tecnologia. A possibilidade de “enxergar o invisível” reacende debates sobre os limites da experiência humana e o papel da ciência em expandi-los.

Contexto histórico da percepção de cores

A ciência das cores tem uma longa história, marcada por avanços que transformaram o entendimento humano. No século XVII, Isaac Newton demonstrou que a luz branca pode ser decomposta em um espectro de cores, lançando as bases para a óptica moderna. No século XIX, Hermann von Helmholtz e Thomas Young desenvolveram a teoria tricromática, que explica como os três tipos de cones da retina permitem a percepção de cores. Esses marcos estabeleceram que a visão humana está limitada pelas propriedades biológicas do olho.

A descoberta do olo se insere nessa trajetória como um passo ousado. Diferentemente dos avanços anteriores, que descreviam fenômenos naturais, o experimento de Berkeley cria uma percepção artificial, desafiando a ideia de que a visão humana é imutável. A técnica Oz, ao manipular diretamente a retina, sugere que a tecnologia pode superar as barreiras biológicas, permitindo experiências sensoriais antes inimagináveis.

  • Século XVII: Newton decompõe a luz branca, revelando o espectro de cores.
  • Século XIX: Helmholtz e Young explicam a percepção de cores com a teoria tricromática.
  • 2025: Técnica Oz usa lasers para criar a percepção do olo, uma cor fora do espectro natural.
  • Impacto futuro: A descoberta pode influenciar medicina, tecnologia e artes visuais.

Desafios para o futuro

Expandir a descoberta do olo para além dos laboratórios enfrenta obstáculos significativos. A tecnologia usada no experimento é complexa e cara, exigindo equipamentos de precisão que não estão disponíveis comercialmente. Além disso, a segurança a longo prazo da exposição da retina a pulsos de laser ainda precisa ser avaliada. Embora o estudo tenha usado doses mínimas de luz, aplicações em larga escala demandariam rigorosos testes clínicos.

Outro desafio é a reprodução do olo em dispositivos acessíveis. Telas convencionais, que operam com combinações de vermelho, verde e azul, não podem simular a saturação única dessa cor. Mesmo tecnologias avançadas, como óculos de realidade virtual, estão longe de incorporar sistemas de laser com a precisão necessária. Essas barreiras sugerem que, por enquanto, o olo permanecerá restrito a experimentos científicos.

Apesar das limitações, os pesquisadores estão otimistas. A equipe de Berkeley planeja conduzir novos estudos com amostras maiores e explorar outras formas de estimulação da retina. O objetivo é não apenas consolidar a descoberta do olo, mas também investigar se outras cores inéditas podem ser criadas. Esses esforços podem redefinir o que significa enxergar, transformando a ciência da visão em um campo ainda mais dinâmico.

Implicações para a sociedade

A descoberta do olo transcende a ciência e toca questões filosóficas e culturais. Desde a antiguidade, as cores têm desempenhado papéis centrais nas artes, na religião e na comunicação. A introdução de uma cor que só pode ser vista com tecnologia levanta perguntas sobre a natureza da percepção e da realidade. Seria o olo uma cor “verdadeira” ou apenas um artefato tecnológico? Essas reflexões desafiam a forma como a humanidade define o que é natural.

Na medicina, o impacto potencial é animador. Além do daltonismo, condições como a retinite pigmentosa, que causa perda progressiva da visão, poderiam se beneficiar de técnicas derivadas do estudo. A capacidade de manipular a retina com precisão abre novas possibilidades para terapias visuais, especialmente em um momento em que a medicina personalizada ganha destaque. A longo prazo, essas inovações podem melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas.

No campo da educação, a descoberta pode inspirar novas gerações de cientistas. A ideia de criar algo tão fundamental quanto uma nova cor captura a imaginação e reforça o poder da ciência em desafiar o impossível. Escolas e universidades já começam a incluir o estudo do olo em disciplinas de biologia, física e neurociência, sinalizando seu impacto duradouro.

O que vem a seguir

Os próximos passos para a pesquisa do olo envolvem ampliar o alcance do experimento. A equipe de Berkeley planeja recrutar mais voluntários e testar variações da técnica Oz, incluindo a estimulação de outros tipos de cones. Esses estudos podem revelar se cores adicionais, além do olo, estão ao alcance da percepção humana. A colaboração com neurocientistas também será crucial para entender como o cérebro processa essas novas informações visuais.

Paralelamente, a descoberta já atraiu o interesse de empresas de tecnologia. Gigantes do setor, como aquelas que desenvolvem dispositivos de realidade aumentada, veem no olo uma oportunidade de criar produtos inovadores. Embora a integração de lasers em dispositivos comerciais seja um desafio, o potencial de mercado é significativo, especialmente em indústrias como jogos e entretenimento.

  • Novos experimentos: Testes com mais participantes e outros cones da retina estão planejados.
  • Interesse comercial: Empresas de tecnologia exploram aplicações em realidade aumentada.
  • Impacto educacional: O olo já é tema de estudo em universidades ao redor do mundo.
  • Desafios éticos: A segurança e a acessibilidade da técnica precisam ser garantidas.



Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *