A antecipação do 13º salário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou a movimentar a economia brasileira, beneficiando milhões de aposentados, pensionistas e segurados. Nesta sexta-feira, 25 de abril, os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) final 2, que recebem até um salário-mínimo (R$ 1.518), têm a primeira parcela do abono depositada em suas contas. A medida, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de abril, injetará R$ 73,3 bilhões na economia, alcançando cerca de 34,2 milhões de pessoas. O objetivo é proporcionar alívio financeiro para despesas essenciais, como contas, alimentação e medicamentos, especialmente no primeiro semestre do ano, período marcado por gastos sazonais.
O pagamento do 13º salário antecipado é uma estratégia adotada pelo governo federal desde 2020, inicialmente como resposta à crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. Desde então, a antecipação tornou-se uma prática recorrente, consolidada como lei durante o governo anterior e mantida em 2025 pelo atual governo. A iniciativa visa aquecer a economia, estimular o consumo e oferecer maior segurança financeira aos beneficiários do INSS, que representam uma parcela significativa da população brasileira. Em 2025, o calendário de pagamentos foi organizado para priorizar aqueles que recebem até um salário-mínimo, enquanto os segurados com benefícios acima desse valor terão os depósitos realizados a partir de 2 de maio.
A decisão de antecipar o 13º reflete o compromisso do governo com a proteção social e o fortalecimento do poder de compra dos aposentados e pensionistas. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, destacou que a medida beneficia não apenas os segurados, mas também os municípios, já que cerca de 70% das cidades brasileiras dependem economicamente dos recursos do INSS. Com a liberação dos valores, espera-se um impacto positivo em setores como comércio, serviços e saúde, que atendem diretamente às necessidades dos beneficiários.
Como funciona o pagamento do 13º antecipado
O 13º salário do INSS é pago em duas parcelas, sendo a primeira correspondente a 50% do valor do benefício, sem descontos, e a segunda, que pode incluir deduções como o Imposto de Renda, para quem é obrigado a pagar o tributo. Para os beneficiários que recebem até um salário-mínimo, os depósitos da primeira parcela começaram em 24 de abril e seguem até 8 de maio. Já os segurados com benefícios acima do piso nacional recebem entre 2 e 8 de maio. A segunda parcela será liberada entre 26 de maio e 6 de junho, seguindo o mesmo critério de escalonamento.
O calendário de pagamentos é determinado pelo número final do cartão de benefício, desconsiderando o dígito verificador que aparece após o traço. Por exemplo, um beneficiário com cartão terminado em 999.999.993-9 considera o número 3 para verificar a data de pagamento, que neste caso é 28 de abril para a primeira parcela. Essa organização facilita a gestão dos depósitos e garante que os valores cheguem aos beneficiários de forma ordenada.
- Primeira parcela: Paga 50% do valor do benefício, sem descontos.
- Segunda parcela: Inclui o restante do abono, com possível desconto de Imposto de Renda.
- Critério de pagamento: Baseado no número final do NIS e no valor do benefício (até ou acima de um salário-mínimo).
- Consulta: Disponível a partir de 17 de abril pelo aplicativo Meu INSS ou pela Central 135.
Quem tem direito ao 13º salário do INSS
Nem todos os beneficiários do INSS recebem o 13º salário. O abono é garantido a segurados que recebem aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão. No entanto, beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), voltado para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda, e da Renda Mensal Vitalícia (RMV) não têm direito ao pagamento, conforme determina a legislação previdenciária.
Para quem começou a receber o benefício após janeiro de 2025, o 13º salário é calculado proporcionalmente ao tempo de recebimento. Por exemplo, um segurado que passou a receber aposentadoria em junho de 2025, com benefício de R$ 1.518, terá direito a um abono proporcional de R$ 759, equivalente a seis meses de benefício. Essa regra assegura que todos os segurados, independentemente da data de concessão, sejam contemplados de forma justa.
Cerca de 28,68 milhões de beneficiários, equivalente a 70,5% do total, recebem até um salário-mínimo, enquanto 11,98 milhões têm benefícios acima do piso nacional, com 10,6 mil recebendo o teto previdenciário de R$ 8.157,41. Esses números, extraídos da folha de fevereiro de 2025, demonstram a abrangência do programa e sua relevância para diferentes faixas de renda.
Impacto econômico da antecipação
A liberação do 13º salário do INSS tem um efeito multiplicador na economia brasileira. Com R$ 73,3 bilhões injetados, a medida estimula o consumo em diversos setores, desde o varejo até os serviços de saúde e alimentação. A Região Sudeste concentra a maior fatia dos recursos, com R$ 36,2 bilhões, beneficiando 11,2 milhões de pessoas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O Nordeste recebe R$ 15,76 bilhões, seguido pela Região Sul, com R$ 13,6 bilhões. O Centro-Oeste e o Norte terão, respectivamente, R$ 4 bilhões e R$ 3,09 bilhões.
O impacto não se limita às grandes regiões. Cerca de 70% dos municípios brasileiros dependem diretamente dos recursos do INSS, que representam uma fonte estável de renda para aposentados e pensionistas. Pequenos comércios, farmácias e prestadores de serviços locais são diretamente beneficiados, especialmente em cidades onde a economia gira em torno dos benefícios previdenciários. A antecipação também ajuda a reduzir dívidas acumuladas no início do ano, como impostos e contas sazonais, proporcionando maior estabilidade financeira aos segurados.
- Sudeste: R$ 36,2 bilhões, 11,2 milhões de beneficiários.
- Nordeste: R$ 15,76 bilhões, ampla circulação em pequenos municípios.
- Sul: R$ 13,6 bilhões, com forte impacto no comércio local.
- Centro-Oeste: R$ 4 bilhões, apoio a economias regionais.
- Norte: R$ 3,09 bilhões, estímulo a áreas menos desenvolvidas.

Calendário detalhado dos pagamentos
O cronograma de pagamentos do 13º salário antecipado foi cuidadosamente planejado para garantir eficiência e organização. Abaixo, o calendário completo para beneficiários que recebem até um salário-mínimo e acima do piso nacional:
Para quem recebe até um salário-mínimo (R$ 1.518):
- Final 1: 24 de abril (primeira parcela), 26 de maio (segunda parcela).
- Final 2: 25 de abril, 27 de maio.
- Final 3: 28 de abril, 28 de maio.
- Final 4: 29 de abril, 29 de maio.
- Final 5: 30 de abril, 30 de maio.
- Final 6: 2 de maio, 2 de junho.
- Final 7: 5 de maio, 3 de junho.
- Final 8: 6 de maio, 4 de junho.
- Final 9: 7 de maio, 5 de junho.
- Final 0: 8 de maio, 6 de junho.
Para quem recebe acima de um salário-mínimo:
- Finais 1 e 6: 2 de maio, 2 de junho.
- Finais 2 e 7: 5 de maio, 3 de junho.
- Finais 3 e 8: 6 de maio, 4 de junho.
- Finais 4 e 9: 7 de maio, 5 de junho.
- Finais 5 e 0: 8 de maio, 6 de junho.
Os segurados podem consultar as datas e os valores exatos pelo aplicativo Meu INSS ou pela Central 135, que opera de segunda a sábado, das 7h às 22h. Para acessar as informações, é necessário informar o CPF e responder a perguntas de segurança, evitando fraudes.
Histórico da antecipação do 13º salário
A prática de antecipar o 13º salário do INSS começou em 2020, durante a pandemia de Covid-19, como uma medida emergencial para apoiar os segurados em um período de crise econômica. Naquele ano, as parcelas foram pagas entre abril e maio, repetindo-se em 2021 devido à continuidade da crise sanitária. Em 2022, ano eleitoral, a antecipação foi mantida, e a prática foi consolidada nos anos seguintes, com pagamentos em abril e maio de 2023 e 2024. Em 2025, a antecipação ocorre pelo sexto ano consecutivo, reforçando seu papel como ferramenta de estímulo econômico.
Antes da pandemia, o 13º era pago no segundo semestre, com a primeira parcela em agosto e a segunda em novembro ou dezembro. A mudança para o primeiro semestre foi bem recebida pelos beneficiários, que passaram a contar com os recursos em um período de maiores despesas, como impostos e custos escolares. A consolidação da antecipação como lei, durante o governo Bolsonaro, garantiu maior previsibilidade aos segurados, que agora planejam suas finanças com base nesse cronograma.
A decisão de manter a antecipação em 2025 foi formalizada por decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União em 4 de abril. O anúncio, feito por Lula durante o evento “O Brasil dando a volta por cima”, em Brasília, destacou a importância do INSS como o maior programa de distribuição de renda do país, beneficiando milhões de famílias e movimentando a economia local.
Como consultar o valor do 13º salário
A consulta ao valor do 13º salário está disponível desde 17 de abril, por meio do aplicativo Meu INSS ou da Central 135. O aplicativo, acessível em dispositivos Android e iOS, permite que o segurado verifique o extrato de pagamento com detalhes sobre o abono e o benefício mensal. Para acessar, é necessário fazer login com CPF e senha no portal Gov.br. A Central 135, por sua vez, oferece atendimento telefônico, exigindo a confirmação de dados cadastrais para garantir a segurança das informações.
Os beneficiários que recebem um salário-mínimo geralmente têm acesso às informações antes dos demais, devido à prioridade no calendário. Após o início dos pagamentos, o INSS disponibiliza um extrato atualizado, que pode ser baixado em PDF pelo aplicativo. A consulta é essencial para confirmar o valor depositado, especialmente na segunda parcela, que pode incluir descontos do Imposto de Renda.
- Meu INSS: Acesse com CPF e senha, selecione “Extrato de Pagamento”.
- Central 135: Atendimento de segunda a sábado, das 7h às 22h, com CPF e dados cadastrais.
- Dica de segurança: Não clique em links suspeitos ou compartilhe dados pessoais em mensagens não oficiais.
Alerta contra fake news
Informações falsas sobre o 13º salário do INSS têm circulado em redes sociais, especialmente sobre a existência de um suposto “14º salário” ou uma “folha extra” para beneficiários. O INSS esclarece que não há previsão legal para esses pagamentos e recomenda cautela com links ou mensagens que prometem benefícios inexistentes. A prática de espalhar fake news é recorrente, especialmente no final do ano, quando aumenta a expectativa por abonos adicionais.
Para evitar fraudes, os segurados devem buscar informações apenas em canais oficiais, como o site do INSS, o aplicativo Meu INSS ou a Central 135. Links suspeitos, enviados por mensagens ou redes sociais, podem direcionar a sites maliciosos que roubam dados pessoais ou financeiros. A orientação é nunca compartilhar informações como CPF, número do benefício ou senhas em plataformas não confiáveis.
Benefícios para a economia local
A injeção de R$ 73,3 bilhões na economia tem um impacto significativo em pequenos municípios, onde os benefícios do INSS muitas vezes representam a principal fonte de renda. Comércios locais, como supermercados, farmácias e lojas de roupas, registram aumento nas vendas durante o período de pagamento do 13º. Além disso, a antecipação ajuda a reduzir a inadimplência, já que muitos beneficiários utilizam o abono para quitar dívidas acumuladas no início do ano.
Em regiões como o Nordeste, onde os recursos do INSS sustentam a economia de cidades menores, o impacto é ainda mais pronunciado. A circulação de dinheiro estimula a criação de empregos temporários e fortalece a cadeia produtiva local. Em 2025, a expectativa é que a antecipação contribua para a recuperação econômica em áreas afetadas por desafios como inflação e desemprego.
Reajuste do salário-mínimo e impacto nos benefícios
A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário-mínimo foi reajustado em 7,5%, passando de R$ 1.412 para R$ 1.518. Esse aumento beneficia diretamente os aposentados e pensionistas que recebem o piso nacional, ampliando o valor do 13º salário e do benefício mensal. Para os segurados com benefícios acima do salário-mínimo, o reajuste é baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que corrige os valores para manter o poder de compra.
O reajuste do salário-mínimo também impacta a economia, já que eleva o poder de consumo dos beneficiários. Em 2025, o governo prevê que o aumento do piso nacional, combinado com a antecipação do 13º, gere um ciclo virtuoso de crescimento econômico, com benefícios para o comércio e os serviços. A política de valorização do salário-mínimo, retomada pelo governo Lula, é vista como uma ferramenta para reduzir desigualdades e estimular a economia.
- Salário-mínimo: R$ 1.518, reajuste de 7,5% em relação a 2024.
- Beneficiários impactados: 28,68 milhões com benefícios de até um salário-mínimo.
- Reajuste acima do mínimo: Baseado no INPC, aplicado a 11,98 milhões de segurados.
Empréstimo consignado: uma opção para beneficiários
Muitos aposentados e pensionistas recorrem ao empréstimo consignado para aproveitar o 13º salário como uma oportunidade de organizar as finanças. Essa modalidade, exclusiva para beneficiários do INSS e servidores públicos, oferece taxas de juros mais baixas e prazos de pagamento estendidos, com descontos diretos na folha de benefício. Em 2025, o prazo máximo para pagamento do consignado foi ampliado para até oito anos, facilitando o acesso ao crédito.
Os segurados podem contratar o empréstimo por meio de bancos autorizados ou plataformas digitais, como a oferecida pela empresa Meutudo, que permite simulações e contratações online. A modalidade é especialmente atrativa para quitar dívidas de curto prazo ou realizar investimentos pessoais, como reformas ou compra de bens duráveis. No entanto, especialistas recomendam planejamento financeiro para evitar o endividamento excessivo.
Perspectivas para o futuro do 13º salário
A antecipação do 13º salário do INSS em 2025 reforça a importância do programa para a economia e para a qualidade de vida dos segurados. Embora a medida tenha se tornado uma prática recorrente, sua manutenção nos próximos anos dependerá de decisões do governo federal e da situação econômica do país. A expectativa é que a antecipação continue sendo uma ferramenta de estímulo econômico, especialmente em períodos de recuperação pós-crise.
Organizações de aposentados e pensionistas têm defendido a criação de um 14º salário como uma medida adicional de apoio, mas o INSS e o governo já esclareceram que não há previsão legal para esse benefício. Enquanto isso, a antecipação do 13º segue como uma conquista significativa, garantindo recursos adicionais para milhões de brasileiros no início do ano.

A antecipação do 13º salário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou a movimentar a economia brasileira, beneficiando milhões de aposentados, pensionistas e segurados. Nesta sexta-feira, 25 de abril, os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) final 2, que recebem até um salário-mínimo (R$ 1.518), têm a primeira parcela do abono depositada em suas contas. A medida, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de abril, injetará R$ 73,3 bilhões na economia, alcançando cerca de 34,2 milhões de pessoas. O objetivo é proporcionar alívio financeiro para despesas essenciais, como contas, alimentação e medicamentos, especialmente no primeiro semestre do ano, período marcado por gastos sazonais.
O pagamento do 13º salário antecipado é uma estratégia adotada pelo governo federal desde 2020, inicialmente como resposta à crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. Desde então, a antecipação tornou-se uma prática recorrente, consolidada como lei durante o governo anterior e mantida em 2025 pelo atual governo. A iniciativa visa aquecer a economia, estimular o consumo e oferecer maior segurança financeira aos beneficiários do INSS, que representam uma parcela significativa da população brasileira. Em 2025, o calendário de pagamentos foi organizado para priorizar aqueles que recebem até um salário-mínimo, enquanto os segurados com benefícios acima desse valor terão os depósitos realizados a partir de 2 de maio.
A decisão de antecipar o 13º reflete o compromisso do governo com a proteção social e o fortalecimento do poder de compra dos aposentados e pensionistas. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, destacou que a medida beneficia não apenas os segurados, mas também os municípios, já que cerca de 70% das cidades brasileiras dependem economicamente dos recursos do INSS. Com a liberação dos valores, espera-se um impacto positivo em setores como comércio, serviços e saúde, que atendem diretamente às necessidades dos beneficiários.
Como funciona o pagamento do 13º antecipado
O 13º salário do INSS é pago em duas parcelas, sendo a primeira correspondente a 50% do valor do benefício, sem descontos, e a segunda, que pode incluir deduções como o Imposto de Renda, para quem é obrigado a pagar o tributo. Para os beneficiários que recebem até um salário-mínimo, os depósitos da primeira parcela começaram em 24 de abril e seguem até 8 de maio. Já os segurados com benefícios acima do piso nacional recebem entre 2 e 8 de maio. A segunda parcela será liberada entre 26 de maio e 6 de junho, seguindo o mesmo critério de escalonamento.
O calendário de pagamentos é determinado pelo número final do cartão de benefício, desconsiderando o dígito verificador que aparece após o traço. Por exemplo, um beneficiário com cartão terminado em 999.999.993-9 considera o número 3 para verificar a data de pagamento, que neste caso é 28 de abril para a primeira parcela. Essa organização facilita a gestão dos depósitos e garante que os valores cheguem aos beneficiários de forma ordenada.
- Primeira parcela: Paga 50% do valor do benefício, sem descontos.
- Segunda parcela: Inclui o restante do abono, com possível desconto de Imposto de Renda.
- Critério de pagamento: Baseado no número final do NIS e no valor do benefício (até ou acima de um salário-mínimo).
- Consulta: Disponível a partir de 17 de abril pelo aplicativo Meu INSS ou pela Central 135.
Quem tem direito ao 13º salário do INSS
Nem todos os beneficiários do INSS recebem o 13º salário. O abono é garantido a segurados que recebem aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão. No entanto, beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), voltado para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda, e da Renda Mensal Vitalícia (RMV) não têm direito ao pagamento, conforme determina a legislação previdenciária.
Para quem começou a receber o benefício após janeiro de 2025, o 13º salário é calculado proporcionalmente ao tempo de recebimento. Por exemplo, um segurado que passou a receber aposentadoria em junho de 2025, com benefício de R$ 1.518, terá direito a um abono proporcional de R$ 759, equivalente a seis meses de benefício. Essa regra assegura que todos os segurados, independentemente da data de concessão, sejam contemplados de forma justa.
Cerca de 28,68 milhões de beneficiários, equivalente a 70,5% do total, recebem até um salário-mínimo, enquanto 11,98 milhões têm benefícios acima do piso nacional, com 10,6 mil recebendo o teto previdenciário de R$ 8.157,41. Esses números, extraídos da folha de fevereiro de 2025, demonstram a abrangência do programa e sua relevância para diferentes faixas de renda.
Impacto econômico da antecipação
A liberação do 13º salário do INSS tem um efeito multiplicador na economia brasileira. Com R$ 73,3 bilhões injetados, a medida estimula o consumo em diversos setores, desde o varejo até os serviços de saúde e alimentação. A Região Sudeste concentra a maior fatia dos recursos, com R$ 36,2 bilhões, beneficiando 11,2 milhões de pessoas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O Nordeste recebe R$ 15,76 bilhões, seguido pela Região Sul, com R$ 13,6 bilhões. O Centro-Oeste e o Norte terão, respectivamente, R$ 4 bilhões e R$ 3,09 bilhões.
O impacto não se limita às grandes regiões. Cerca de 70% dos municípios brasileiros dependem diretamente dos recursos do INSS, que representam uma fonte estável de renda para aposentados e pensionistas. Pequenos comércios, farmácias e prestadores de serviços locais são diretamente beneficiados, especialmente em cidades onde a economia gira em torno dos benefícios previdenciários. A antecipação também ajuda a reduzir dívidas acumuladas no início do ano, como impostos e contas sazonais, proporcionando maior estabilidade financeira aos segurados.
- Sudeste: R$ 36,2 bilhões, 11,2 milhões de beneficiários.
- Nordeste: R$ 15,76 bilhões, ampla circulação em pequenos municípios.
- Sul: R$ 13,6 bilhões, com forte impacto no comércio local.
- Centro-Oeste: R$ 4 bilhões, apoio a economias regionais.
- Norte: R$ 3,09 bilhões, estímulo a áreas menos desenvolvidas.

Calendário detalhado dos pagamentos
O cronograma de pagamentos do 13º salário antecipado foi cuidadosamente planejado para garantir eficiência e organização. Abaixo, o calendário completo para beneficiários que recebem até um salário-mínimo e acima do piso nacional:
Para quem recebe até um salário-mínimo (R$ 1.518):
- Final 1: 24 de abril (primeira parcela), 26 de maio (segunda parcela).
- Final 2: 25 de abril, 27 de maio.
- Final 3: 28 de abril, 28 de maio.
- Final 4: 29 de abril, 29 de maio.
- Final 5: 30 de abril, 30 de maio.
- Final 6: 2 de maio, 2 de junho.
- Final 7: 5 de maio, 3 de junho.
- Final 8: 6 de maio, 4 de junho.
- Final 9: 7 de maio, 5 de junho.
- Final 0: 8 de maio, 6 de junho.
Para quem recebe acima de um salário-mínimo:
- Finais 1 e 6: 2 de maio, 2 de junho.
- Finais 2 e 7: 5 de maio, 3 de junho.
- Finais 3 e 8: 6 de maio, 4 de junho.
- Finais 4 e 9: 7 de maio, 5 de junho.
- Finais 5 e 0: 8 de maio, 6 de junho.
Os segurados podem consultar as datas e os valores exatos pelo aplicativo Meu INSS ou pela Central 135, que opera de segunda a sábado, das 7h às 22h. Para acessar as informações, é necessário informar o CPF e responder a perguntas de segurança, evitando fraudes.
Histórico da antecipação do 13º salário
A prática de antecipar o 13º salário do INSS começou em 2020, durante a pandemia de Covid-19, como uma medida emergencial para apoiar os segurados em um período de crise econômica. Naquele ano, as parcelas foram pagas entre abril e maio, repetindo-se em 2021 devido à continuidade da crise sanitária. Em 2022, ano eleitoral, a antecipação foi mantida, e a prática foi consolidada nos anos seguintes, com pagamentos em abril e maio de 2023 e 2024. Em 2025, a antecipação ocorre pelo sexto ano consecutivo, reforçando seu papel como ferramenta de estímulo econômico.
Antes da pandemia, o 13º era pago no segundo semestre, com a primeira parcela em agosto e a segunda em novembro ou dezembro. A mudança para o primeiro semestre foi bem recebida pelos beneficiários, que passaram a contar com os recursos em um período de maiores despesas, como impostos e custos escolares. A consolidação da antecipação como lei, durante o governo Bolsonaro, garantiu maior previsibilidade aos segurados, que agora planejam suas finanças com base nesse cronograma.
A decisão de manter a antecipação em 2025 foi formalizada por decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União em 4 de abril. O anúncio, feito por Lula durante o evento “O Brasil dando a volta por cima”, em Brasília, destacou a importância do INSS como o maior programa de distribuição de renda do país, beneficiando milhões de famílias e movimentando a economia local.
Como consultar o valor do 13º salário
A consulta ao valor do 13º salário está disponível desde 17 de abril, por meio do aplicativo Meu INSS ou da Central 135. O aplicativo, acessível em dispositivos Android e iOS, permite que o segurado verifique o extrato de pagamento com detalhes sobre o abono e o benefício mensal. Para acessar, é necessário fazer login com CPF e senha no portal Gov.br. A Central 135, por sua vez, oferece atendimento telefônico, exigindo a confirmação de dados cadastrais para garantir a segurança das informações.
Os beneficiários que recebem um salário-mínimo geralmente têm acesso às informações antes dos demais, devido à prioridade no calendário. Após o início dos pagamentos, o INSS disponibiliza um extrato atualizado, que pode ser baixado em PDF pelo aplicativo. A consulta é essencial para confirmar o valor depositado, especialmente na segunda parcela, que pode incluir descontos do Imposto de Renda.
- Meu INSS: Acesse com CPF e senha, selecione “Extrato de Pagamento”.
- Central 135: Atendimento de segunda a sábado, das 7h às 22h, com CPF e dados cadastrais.
- Dica de segurança: Não clique em links suspeitos ou compartilhe dados pessoais em mensagens não oficiais.
Alerta contra fake news
Informações falsas sobre o 13º salário do INSS têm circulado em redes sociais, especialmente sobre a existência de um suposto “14º salário” ou uma “folha extra” para beneficiários. O INSS esclarece que não há previsão legal para esses pagamentos e recomenda cautela com links ou mensagens que prometem benefícios inexistentes. A prática de espalhar fake news é recorrente, especialmente no final do ano, quando aumenta a expectativa por abonos adicionais.
Para evitar fraudes, os segurados devem buscar informações apenas em canais oficiais, como o site do INSS, o aplicativo Meu INSS ou a Central 135. Links suspeitos, enviados por mensagens ou redes sociais, podem direcionar a sites maliciosos que roubam dados pessoais ou financeiros. A orientação é nunca compartilhar informações como CPF, número do benefício ou senhas em plataformas não confiáveis.
Benefícios para a economia local
A injeção de R$ 73,3 bilhões na economia tem um impacto significativo em pequenos municípios, onde os benefícios do INSS muitas vezes representam a principal fonte de renda. Comércios locais, como supermercados, farmácias e lojas de roupas, registram aumento nas vendas durante o período de pagamento do 13º. Além disso, a antecipação ajuda a reduzir a inadimplência, já que muitos beneficiários utilizam o abono para quitar dívidas acumuladas no início do ano.
Em regiões como o Nordeste, onde os recursos do INSS sustentam a economia de cidades menores, o impacto é ainda mais pronunciado. A circulação de dinheiro estimula a criação de empregos temporários e fortalece a cadeia produtiva local. Em 2025, a expectativa é que a antecipação contribua para a recuperação econômica em áreas afetadas por desafios como inflação e desemprego.
Reajuste do salário-mínimo e impacto nos benefícios
A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário-mínimo foi reajustado em 7,5%, passando de R$ 1.412 para R$ 1.518. Esse aumento beneficia diretamente os aposentados e pensionistas que recebem o piso nacional, ampliando o valor do 13º salário e do benefício mensal. Para os segurados com benefícios acima do salário-mínimo, o reajuste é baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que corrige os valores para manter o poder de compra.
O reajuste do salário-mínimo também impacta a economia, já que eleva o poder de consumo dos beneficiários. Em 2025, o governo prevê que o aumento do piso nacional, combinado com a antecipação do 13º, gere um ciclo virtuoso de crescimento econômico, com benefícios para o comércio e os serviços. A política de valorização do salário-mínimo, retomada pelo governo Lula, é vista como uma ferramenta para reduzir desigualdades e estimular a economia.
- Salário-mínimo: R$ 1.518, reajuste de 7,5% em relação a 2024.
- Beneficiários impactados: 28,68 milhões com benefícios de até um salário-mínimo.
- Reajuste acima do mínimo: Baseado no INPC, aplicado a 11,98 milhões de segurados.
Empréstimo consignado: uma opção para beneficiários
Muitos aposentados e pensionistas recorrem ao empréstimo consignado para aproveitar o 13º salário como uma oportunidade de organizar as finanças. Essa modalidade, exclusiva para beneficiários do INSS e servidores públicos, oferece taxas de juros mais baixas e prazos de pagamento estendidos, com descontos diretos na folha de benefício. Em 2025, o prazo máximo para pagamento do consignado foi ampliado para até oito anos, facilitando o acesso ao crédito.
Os segurados podem contratar o empréstimo por meio de bancos autorizados ou plataformas digitais, como a oferecida pela empresa Meutudo, que permite simulações e contratações online. A modalidade é especialmente atrativa para quitar dívidas de curto prazo ou realizar investimentos pessoais, como reformas ou compra de bens duráveis. No entanto, especialistas recomendam planejamento financeiro para evitar o endividamento excessivo.
Perspectivas para o futuro do 13º salário
A antecipação do 13º salário do INSS em 2025 reforça a importância do programa para a economia e para a qualidade de vida dos segurados. Embora a medida tenha se tornado uma prática recorrente, sua manutenção nos próximos anos dependerá de decisões do governo federal e da situação econômica do país. A expectativa é que a antecipação continue sendo uma ferramenta de estímulo econômico, especialmente em períodos de recuperação pós-crise.
Organizações de aposentados e pensionistas têm defendido a criação de um 14º salário como uma medida adicional de apoio, mas o INSS e o governo já esclareceram que não há previsão legal para esse benefício. Enquanto isso, a antecipação do 13º segue como uma conquista significativa, garantindo recursos adicionais para milhões de brasileiros no início do ano.
