A final da Copa do Rei de 2025, disputada no Estádio La Cartuja, em Sevilha, começou com intensidade e emoção, mas sem gols até os 21 minutos do primeiro tempo. Barcelona e Real Madrid, dois gigantes do futebol espanhol, protagonizam um confronto equilibrado, com destaque para o jovem Lamine Yamal, que quase abriu o placar com um chute perigoso. O jogo, que marca o primeiro encontro dos rivais em uma final da competição desde 2014, mantém os torcedores de ambas as equipes na expectativa. A atmosfera no estádio é eletrizante, com 26.031 torcedores de cada lado, ocupando 40% da capacidade do local. Apesar da pressão inicial do Barcelona, o Real Madrid se defende bem e busca contra-ataques, enquanto polêmicas extracampo e lesões de jogadores importantes moldam o cenário da partida.
O Barcelona começou o jogo com uma postura ofensiva, apostando na velocidade de seus atacantes e na famosa linha alta de defesa, que já neutralizou uma tentativa de contra-ataque do Real Madrid logo nos primeiros minutos. Lamine Yamal, aos 18 minutos, foi o protagonista do lance mais perigoso até agora, recebendo pela direita, cortando para dentro e chutando rasteiro, com a bola passando rente à trave de Thibaut Courtois. A jogada levantou a torcida blaugrana, que vê no jovem de 17 anos uma das grandes esperanças para conquistar o 32º título da Copa do Rei. O Real Madrid, por sua vez, se mantém compacto, com Federico Valverde e Aurélien Tchouaméni garantindo solidez no meio-campo, enquanto aposta em saídas rápidas com Vinícius Júnior e Rodrygo.
A ausência de Robert Lewandowski, lesionado, é sentida pelo Barcelona, que depende de Ferran Torres no comando do ataque. Torres, aliás, esteve perto de marcar aos 15 minutos, quando recebeu um cruzamento rasteiro de Raphinha, mas foi interceptado por Valverde na pequena área. O Real Madrid, sem Kylian Mbappé no time titular devido a um problema no tornozelo, enfrenta dificuldades para criar chances claras, mas mantém a organização defensiva. A partida, que começou às 17h (horário de Brasília), é transmitida ao vivo por Televisão Espanhola, Movistar Plus e TV3, alcançando mais de 135 países.
⚠️ 𝙎𝘾𝙊𝙍𝙄𝙉𝙂 𝘾𝙃𝘼𝙉𝘾𝙀! Lamine Yamal rolls one juuuuuuust wide! 😳#ElClásico #CopaBarça pic.twitter.com/SgCg6l2fCy
— FC Barcelona (@FCBarcelona) April 26, 2025
Polêmicas e tensões antes do apito inicial
A final da Copa do Rei não começou apenas dentro das quatro linhas. Na véspera do jogo, uma polêmica envolvendo a arbitragem tomou conta dos noticiários. Ricardo de Burgos Bengoetxea, árbitro escalado para a partida, deu uma entrevista coletiva emocionada, na qual lamentou as críticas feitas pelo Real Madrid à sua atuação em jogos anteriores. O clube merengue, por meio de sua TV oficial, questionou a imparcialidade do juiz, apontando supostos erros em partidas envolvendo o Barcelona. A situação escalou a ponto de o Real Madrid emitir um comunicado oficial negando rumores de que boicotaria a final, reafirmando sua presença no confronto.
Além disso, a ausência de representantes do Real Madrid no jantar oficial promovido pela Federação Espanhola de Futebol, na sexta-feira, aumentou a tensão. O técnico Carlo Ancelotti e os jogadores do clube também não participaram da entrevista coletiva pré-jogo, uma decisão que gerou críticas na imprensa espanhola. Enquanto isso, o Barcelona, comandado por Hansi Flick, manteve o foco na preparação, com o treinador alemão destacando a importância de dedicar uma possível vitória aos 26.031 torcedores que viajaram a Sevilha, muitos deles em trens (3.300) e ônibus (1.022).
Fora do campo, a rivalidade entre as torcidas também marcou o dia. Um confronto entre ultras do Barcelona e a polícia local resultou na prisão de um torcedor, enquanto torcedores do Real Madrid também se envolveram em confusões nas proximidades do estádio. As autoridades reforçaram a segurança no entorno de La Cartuja, que tem capacidade para 57.600 pessoas, mas foi configurado para receber cerca de 65.000 espectadores nesta final, com fan zones específicas para cada torcida: a do Barcelona na bancada sul, próxima à Avenida Carlos III, e a do Real Madrid no estacionamento do Parque do Alamillo.
Lesões moldam as estratégias dos times
As lesões têm sido um fator determinante para ambas as equipes nesta final. Pelo lado do Barcelona, a ausência de Robert Lewandowski, lesionado na coxa esquerda durante a vitória por 4 a 3 sobre o Celta Vigo, é um golpe significativo. O atacante polonês, artilheiro da La Liga com 25 gols na temporada, ficará fora por cerca de três semanas, forçando Hansi Flick a apostar em Ferran Torres como referência no ataque. Além disso, Alejandro Balde, Marc Casado e Marc Bernal também estão fora, o que limita as opções do treinador no setor defensivo e no meio-campo.
O Real Madrid também enfrenta problemas. Kylian Mbappé, principal contratação da temporada, começa a partida no banco de reservas devido a uma lesão no tornozelo sofrida na eliminação para o Arsenal na Liga dos Campeões. Ferland Mendy, outro jogador importante, pediu substituição aos 8 minutos do primeiro tempo, sentindo dores na virilha, e foi substituído por Fran García. A lista de desfalques merengues ainda inclui David Alaba e Eduardo Camavinga, ambos lesionados na vitória por 1 a 0 sobre o Getafe, na última rodada da La Liga. Essas baixas obrigam Carlo Ancelotti a improvisar, com Federico Valverde atuando em uma posição mais recuada e Raúl Asencio ganhando espaço na zaga.
Apesar das ausências, ambos os times escalaram formações competitivas. O Barcelona entrou em campo com Wojciech Szczesny; Jules Koundé, Ronald Araujo, Pau Cubarsí, Gerard Martín; Frenkie de Jong, Pedri, Fermín López; Lamine Yamal, Raphinha e Ferran Torres. Já o Real Madrid alinhou Thibaut Courtois; Lucas Vázquez, Antonio Rüdiger, Raúl Asencio, Fran García; Federico Valverde, Aurélien Tchouaméni; Rodrygo, Jude Bellingham, Vinícius Júnior; e Kylian Mbappé, inicialmente no banco.
- Principais desfalques do Barcelona: Robert Lewandowski (lesão na coxa), Alejandro Balde (lesionado), Marc Casado (lesionado), Marc Bernal (lesionado).
- Principais desfalques do Real Madrid: Kylian Mbappé (no banco, lesão no tornozelo), David Alaba (lesionado), Eduardo Camavinga (lesionado), Ferland Mendy (substituído aos 8 minutos).
- Impacto tático: O Barcelona aposta na velocidade de Yamal e Raphinha, enquanto o Real confia na solidez de Tchouaméni e na criatividade de Bellingham.
Minuto a minuto: os lances que marcaram o início da final
A partida começou com o Barcelona impondo seu ritmo, enquanto o Real Madrid adotou uma postura mais cautelosa. Abaixo, os principais momentos dos primeiros 21 minutos:
- 1’: Ferran Torres invade a área pela esquerda e tenta cruzar para Raphinha, mas Tchouaméni corta para escanteio.
- 2’: Dani Olmo cobra escanteio, e Koundé cabeceia por cima do gol, sem perigo.
- 8’: Ferland Mendy sente dores na virilha e pede substituição. Fran García entra em seu lugar.
- 15’: Raphinha cruza rasteiro para Ferran Torres, mas Valverde intercepta na pequena área. No lance, a bola toca a mão de Valverde, mas o árbitro considera o braço em posição natural e não marca pênalti.
- 18’: Lamine Yamal recebe pela direita, corta para dentro e chuta rasteiro, com a bola passando rente à trave de Courtois, levantando a torcida do Barcelona.
O caminho até a final: uma jornada de superação
O Barcelona chegou à final após uma campanha sólida na Copa do Rei. Na semifinal, enfrentou o Atlético de Madrid em dois jogos intensos. No primeiro, empatou em 4 a 4 no Camp Nou, em uma partida repleta de gols e reviravoltas. No jogo de volta, no Estádio Metropolitano, uma vitória por 1 a 0, com gol de Ferran Torres, garantiu a classificação. A equipe de Hansi Flick demonstrou resiliência, especialmente considerando as lesões que afetaram o elenco ao longo da temporada. A vitória sobre o Atlético marcou a volta do Barcelona a uma final da Copa do Rei após quatro anos, desde o título de 2021 contra o Athletic Bilbao.
O Real Madrid, por sua vez, teve um caminho igualmente desafiador. Na semifinal, enfrentou a Real Sociedad em dois confrontos equilibrados. No jogo de ida, venceu por 1 a 0, mas o empate em 4 a 4 no jogo de volta, em San Sebastián, exigiu uma atuação sólida de Thibaut Courtois e gols decisivos de Vinícius Júnior e Rodrygo. A classificação para a final reforçou a confiança do time, que busca seu 21º título na competição, mas a eliminação na Liga dos Campeões para o Arsenal e as críticas ao desempenho de Carlo Ancelotti aumentaram a pressão sobre os merengues.
Ambas as equipes já se enfrentaram duas vezes nesta temporada, com domínio do Barcelona. Na Supercopa da Espanha, em janeiro, os catalães venceram por 5 a 2, com grande atuação de Lamine Yamal e Dani Olmo. Em outubro, pela La Liga, o Barcelona aplicou uma goleada de 4 a 0 no Santiago Bernabéu, resultado que colocou Hansi Flick como favorito para a final. No entanto, Ancelotti destacou em entrevistas que “finais são diferentes” e que o Real Madrid tem tradição em crescer em momentos decisivos.
A rivalidade histórica na Copa do Rei
Barcelona e Real Madrid já se enfrentaram 18 vezes em finais da Copa do Rei, com vantagem para os merengues, que venceram 11 confrontos contra 7 dos catalães. A última final entre os dois ocorreu em 2014, quando o Real Madrid venceu por 2 a 1, com gols de Ángel Di María e Gareth Bale. O Barcelona, no entanto, é o maior vencedor da competição, com 31 títulos, seguido pelo Athletic Bilbao (24) e pelo próprio Real Madrid (20).
A rivalidade, conhecida como El Clásico, transcende o futebol e carrega uma carga histórica e cultural. Para o Barcelona, conquistar a Copa do Rei seria um passo rumo ao chamado “Triplete” (La Liga, Copa do Rei e Liga dos Campeões), um feito alcançado pelo clube em 2009 e 2015. Já o Real Madrid vê na final uma chance de salvar a temporada, que tem sido marcada por altos e baixos, incluindo a eliminação precoce na Liga dos Campeões.
- Histórico em finais da Copa do Rei: Real Madrid 11 x 7 Barcelona.
- Última final entre os dois: 2014, vitória do Real Madrid por 2 a 1.
- Maiores vencedores: Barcelona (31 títulos), Athletic Bilbao (24), Real Madrid (20).
Expectativas para o restante da partida
Com apenas 21 minutos jogados, a final da Copa do Rei segue aberta. O Barcelona mantém a posse de bola e cria as melhores chances, mas a solidez defensiva do Real Madrid e a possibilidade de contra-ataques liderados por Vinícius Júnior e Jude Bellingham mantêm o jogo equilibrado. A entrada de Fran García no lugar de Mendy pode ser um ponto de atenção para os merengues, já que o lateral terá a difícil missão de conter Lamine Yamal, que já demonstrou estar inspirado.
Para o Barcelona, a ausência de Lewandowski exige que Ferran Torres e Raphinha assumam a responsabilidade no ataque, enquanto Dani Olmo, que começou a temporada como uma das principais contratações, pode ser decisivo com sua movimentação e visão de jogo. No Real Madrid, a possível entrada de Kylian Mbappé no segundo tempo é uma arma que Ancelotti guarda para tentar mudar o rumo da partida. O francês, mesmo sem estar 100% fisicamente, tem 32 gols na temporada e é uma ameaça constante.
A torcida, dividida igualmente no estádio, cria um espetáculo à parte. Os ingressos, com preços entre 72 e 270 euros, esgotaram rapidamente, e a expectativa é de que a atmosfera permaneça intensa até o apito final. A final da Copa do Rei não é apenas uma disputa por um troféu, mas um capítulo a mais na rivalidade mais famosa do futebol mundial, com implicações que vão além do resultado em campo.
O impacto do jogo no cenário espanhol
A final da Copa do Rei tem peso significativo para o futebol espanhol. Para o Barcelona, uma vitória consolidaria a recuperação do clube sob o comando de Hansi Flick, que assumiu o time em um momento de crise financeira e transformou a equipe em uma das mais competitivas da Europa. A liderança na La Liga, com 66 pontos, e a classificação para as semifinais da Liga dos Campeões reforçam o momento positivo dos catalães.
Já o Real Madrid, que ocupa a segunda posição na La Liga com 63 pontos, precisa da vitória para recuperar a confiança da torcida e da diretoria. A temporada tem sido marcada por críticas ao desempenho de Carlo Ancelotti, e uma derrota para o maior rival poderia intensificar os rumores sobre sua saída. Além disso, o título seria o terceiro do Real Madrid na temporada, após as conquistas da Supercopa da UEFA e da Copa Intercontinental da FIFA.
O jogo também tem implicações para a próxima rodada da La Liga, quando Barcelona e Real Madrid voltam a se enfrentar, no dia 11 de maio, no Estádio Montjuïc. O resultado da final pode influenciar o aspecto psicológico desse confronto, que pode ser decisivo para o título espanhol. Com apenas três pontos separando os dois times na tabela, cada detalhe importa.
Curiosidades sobre a final da Copa do Rei
A final de 2025 é repleta de histórias e peculiaridades que enriquecem o confronto:
- Estádio La Cartuja: O local já sediou a final da Copa do Rei em 2024, quando o Athletic Bilbao venceu o Mallorca nos pênaltis.
- Transmissão global: A partida é transmitida para mais de 135 países, consolidando a Copa do Rei como um dos torneios de maior audiência no mundo.
- Jovem talento: Lamine Yamal, com apenas 17 anos, é o jogador mais jovem em campo e já acumula 10 gols e 3 assistências na temporada.
- Rivalidade aquecida: Esta é a 260ª partida oficial entre Barcelona e Real Madrid, com 105 vitórias para o Real, 102 para o Barcelona e 52 empates.
- Polêmica arbitral: A crítica do Real Madrid a Ricardo de Burgos Bengoetxea reacendeu o debate sobre a influência dos clubes na arbitragem espanhola.
O que esperar dos próximos minutos
O jogo segue em ritmo acelerado, com o Barcelona mantendo a iniciativa e o Real Madrid buscando espaços para contra-atacar. A pressão sobre Ferran Torres aumenta, já que o atacante precisa suprir a ausência de Lewandowski e converter as chances criadas por Yamal e Raphinha. No lado merengue, Jude Bellingham, com sua capacidade de mudar jogos, é uma peça-chave para conectar o meio-campo ao ataque.
A arbitragem, sob o comando de Ricardo de Burgos Bengoetxea, também está no centro das atenções. O lance envolvendo a mão de Valverde, aos 15 minutos, gerou reclamações do lado do Barcelona, mas a decisão de não marcar pênalti foi mantida. Qualquer erro arbitral nos próximos minutos pode reacender a polêmica que marcou a véspera da final.
Com o placar ainda em 0 a 0, a expectativa é de que o jogo ganhe ainda mais intensidade. A final da Copa do Rei é um momento de glória ou decepção, e tanto Barcelona quanto Real Madrid sabem que cada lance pode ser decisivo. A torcida, o estádio e a história do confronto criam um cenário perfeito para um espetáculo que ainda promete muitas emoções.
REAL MADRID CLUB DE FÚTBOL pic.twitter.com/SzQr1ZfMFw
— Real Madrid C.F. (@realmadrid) April 26, 2025

A final da Copa do Rei de 2025, disputada no Estádio La Cartuja, em Sevilha, começou com intensidade e emoção, mas sem gols até os 21 minutos do primeiro tempo. Barcelona e Real Madrid, dois gigantes do futebol espanhol, protagonizam um confronto equilibrado, com destaque para o jovem Lamine Yamal, que quase abriu o placar com um chute perigoso. O jogo, que marca o primeiro encontro dos rivais em uma final da competição desde 2014, mantém os torcedores de ambas as equipes na expectativa. A atmosfera no estádio é eletrizante, com 26.031 torcedores de cada lado, ocupando 40% da capacidade do local. Apesar da pressão inicial do Barcelona, o Real Madrid se defende bem e busca contra-ataques, enquanto polêmicas extracampo e lesões de jogadores importantes moldam o cenário da partida.
O Barcelona começou o jogo com uma postura ofensiva, apostando na velocidade de seus atacantes e na famosa linha alta de defesa, que já neutralizou uma tentativa de contra-ataque do Real Madrid logo nos primeiros minutos. Lamine Yamal, aos 18 minutos, foi o protagonista do lance mais perigoso até agora, recebendo pela direita, cortando para dentro e chutando rasteiro, com a bola passando rente à trave de Thibaut Courtois. A jogada levantou a torcida blaugrana, que vê no jovem de 17 anos uma das grandes esperanças para conquistar o 32º título da Copa do Rei. O Real Madrid, por sua vez, se mantém compacto, com Federico Valverde e Aurélien Tchouaméni garantindo solidez no meio-campo, enquanto aposta em saídas rápidas com Vinícius Júnior e Rodrygo.
A ausência de Robert Lewandowski, lesionado, é sentida pelo Barcelona, que depende de Ferran Torres no comando do ataque. Torres, aliás, esteve perto de marcar aos 15 minutos, quando recebeu um cruzamento rasteiro de Raphinha, mas foi interceptado por Valverde na pequena área. O Real Madrid, sem Kylian Mbappé no time titular devido a um problema no tornozelo, enfrenta dificuldades para criar chances claras, mas mantém a organização defensiva. A partida, que começou às 17h (horário de Brasília), é transmitida ao vivo por Televisão Espanhola, Movistar Plus e TV3, alcançando mais de 135 países.
⚠️ 𝙎𝘾𝙊𝙍𝙄𝙉𝙂 𝘾𝙃𝘼𝙉𝘾𝙀! Lamine Yamal rolls one juuuuuuust wide! 😳#ElClásico #CopaBarça pic.twitter.com/SgCg6l2fCy
— FC Barcelona (@FCBarcelona) April 26, 2025
Polêmicas e tensões antes do apito inicial
A final da Copa do Rei não começou apenas dentro das quatro linhas. Na véspera do jogo, uma polêmica envolvendo a arbitragem tomou conta dos noticiários. Ricardo de Burgos Bengoetxea, árbitro escalado para a partida, deu uma entrevista coletiva emocionada, na qual lamentou as críticas feitas pelo Real Madrid à sua atuação em jogos anteriores. O clube merengue, por meio de sua TV oficial, questionou a imparcialidade do juiz, apontando supostos erros em partidas envolvendo o Barcelona. A situação escalou a ponto de o Real Madrid emitir um comunicado oficial negando rumores de que boicotaria a final, reafirmando sua presença no confronto.
Além disso, a ausência de representantes do Real Madrid no jantar oficial promovido pela Federação Espanhola de Futebol, na sexta-feira, aumentou a tensão. O técnico Carlo Ancelotti e os jogadores do clube também não participaram da entrevista coletiva pré-jogo, uma decisão que gerou críticas na imprensa espanhola. Enquanto isso, o Barcelona, comandado por Hansi Flick, manteve o foco na preparação, com o treinador alemão destacando a importância de dedicar uma possível vitória aos 26.031 torcedores que viajaram a Sevilha, muitos deles em trens (3.300) e ônibus (1.022).
Fora do campo, a rivalidade entre as torcidas também marcou o dia. Um confronto entre ultras do Barcelona e a polícia local resultou na prisão de um torcedor, enquanto torcedores do Real Madrid também se envolveram em confusões nas proximidades do estádio. As autoridades reforçaram a segurança no entorno de La Cartuja, que tem capacidade para 57.600 pessoas, mas foi configurado para receber cerca de 65.000 espectadores nesta final, com fan zones específicas para cada torcida: a do Barcelona na bancada sul, próxima à Avenida Carlos III, e a do Real Madrid no estacionamento do Parque do Alamillo.
Lesões moldam as estratégias dos times
As lesões têm sido um fator determinante para ambas as equipes nesta final. Pelo lado do Barcelona, a ausência de Robert Lewandowski, lesionado na coxa esquerda durante a vitória por 4 a 3 sobre o Celta Vigo, é um golpe significativo. O atacante polonês, artilheiro da La Liga com 25 gols na temporada, ficará fora por cerca de três semanas, forçando Hansi Flick a apostar em Ferran Torres como referência no ataque. Além disso, Alejandro Balde, Marc Casado e Marc Bernal também estão fora, o que limita as opções do treinador no setor defensivo e no meio-campo.
O Real Madrid também enfrenta problemas. Kylian Mbappé, principal contratação da temporada, começa a partida no banco de reservas devido a uma lesão no tornozelo sofrida na eliminação para o Arsenal na Liga dos Campeões. Ferland Mendy, outro jogador importante, pediu substituição aos 8 minutos do primeiro tempo, sentindo dores na virilha, e foi substituído por Fran García. A lista de desfalques merengues ainda inclui David Alaba e Eduardo Camavinga, ambos lesionados na vitória por 1 a 0 sobre o Getafe, na última rodada da La Liga. Essas baixas obrigam Carlo Ancelotti a improvisar, com Federico Valverde atuando em uma posição mais recuada e Raúl Asencio ganhando espaço na zaga.
Apesar das ausências, ambos os times escalaram formações competitivas. O Barcelona entrou em campo com Wojciech Szczesny; Jules Koundé, Ronald Araujo, Pau Cubarsí, Gerard Martín; Frenkie de Jong, Pedri, Fermín López; Lamine Yamal, Raphinha e Ferran Torres. Já o Real Madrid alinhou Thibaut Courtois; Lucas Vázquez, Antonio Rüdiger, Raúl Asencio, Fran García; Federico Valverde, Aurélien Tchouaméni; Rodrygo, Jude Bellingham, Vinícius Júnior; e Kylian Mbappé, inicialmente no banco.
- Principais desfalques do Barcelona: Robert Lewandowski (lesão na coxa), Alejandro Balde (lesionado), Marc Casado (lesionado), Marc Bernal (lesionado).
- Principais desfalques do Real Madrid: Kylian Mbappé (no banco, lesão no tornozelo), David Alaba (lesionado), Eduardo Camavinga (lesionado), Ferland Mendy (substituído aos 8 minutos).
- Impacto tático: O Barcelona aposta na velocidade de Yamal e Raphinha, enquanto o Real confia na solidez de Tchouaméni e na criatividade de Bellingham.
Minuto a minuto: os lances que marcaram o início da final
A partida começou com o Barcelona impondo seu ritmo, enquanto o Real Madrid adotou uma postura mais cautelosa. Abaixo, os principais momentos dos primeiros 21 minutos:
- 1’: Ferran Torres invade a área pela esquerda e tenta cruzar para Raphinha, mas Tchouaméni corta para escanteio.
- 2’: Dani Olmo cobra escanteio, e Koundé cabeceia por cima do gol, sem perigo.
- 8’: Ferland Mendy sente dores na virilha e pede substituição. Fran García entra em seu lugar.
- 15’: Raphinha cruza rasteiro para Ferran Torres, mas Valverde intercepta na pequena área. No lance, a bola toca a mão de Valverde, mas o árbitro considera o braço em posição natural e não marca pênalti.
- 18’: Lamine Yamal recebe pela direita, corta para dentro e chuta rasteiro, com a bola passando rente à trave de Courtois, levantando a torcida do Barcelona.
O caminho até a final: uma jornada de superação
O Barcelona chegou à final após uma campanha sólida na Copa do Rei. Na semifinal, enfrentou o Atlético de Madrid em dois jogos intensos. No primeiro, empatou em 4 a 4 no Camp Nou, em uma partida repleta de gols e reviravoltas. No jogo de volta, no Estádio Metropolitano, uma vitória por 1 a 0, com gol de Ferran Torres, garantiu a classificação. A equipe de Hansi Flick demonstrou resiliência, especialmente considerando as lesões que afetaram o elenco ao longo da temporada. A vitória sobre o Atlético marcou a volta do Barcelona a uma final da Copa do Rei após quatro anos, desde o título de 2021 contra o Athletic Bilbao.
O Real Madrid, por sua vez, teve um caminho igualmente desafiador. Na semifinal, enfrentou a Real Sociedad em dois confrontos equilibrados. No jogo de ida, venceu por 1 a 0, mas o empate em 4 a 4 no jogo de volta, em San Sebastián, exigiu uma atuação sólida de Thibaut Courtois e gols decisivos de Vinícius Júnior e Rodrygo. A classificação para a final reforçou a confiança do time, que busca seu 21º título na competição, mas a eliminação na Liga dos Campeões para o Arsenal e as críticas ao desempenho de Carlo Ancelotti aumentaram a pressão sobre os merengues.
Ambas as equipes já se enfrentaram duas vezes nesta temporada, com domínio do Barcelona. Na Supercopa da Espanha, em janeiro, os catalães venceram por 5 a 2, com grande atuação de Lamine Yamal e Dani Olmo. Em outubro, pela La Liga, o Barcelona aplicou uma goleada de 4 a 0 no Santiago Bernabéu, resultado que colocou Hansi Flick como favorito para a final. No entanto, Ancelotti destacou em entrevistas que “finais são diferentes” e que o Real Madrid tem tradição em crescer em momentos decisivos.
A rivalidade histórica na Copa do Rei
Barcelona e Real Madrid já se enfrentaram 18 vezes em finais da Copa do Rei, com vantagem para os merengues, que venceram 11 confrontos contra 7 dos catalães. A última final entre os dois ocorreu em 2014, quando o Real Madrid venceu por 2 a 1, com gols de Ángel Di María e Gareth Bale. O Barcelona, no entanto, é o maior vencedor da competição, com 31 títulos, seguido pelo Athletic Bilbao (24) e pelo próprio Real Madrid (20).
A rivalidade, conhecida como El Clásico, transcende o futebol e carrega uma carga histórica e cultural. Para o Barcelona, conquistar a Copa do Rei seria um passo rumo ao chamado “Triplete” (La Liga, Copa do Rei e Liga dos Campeões), um feito alcançado pelo clube em 2009 e 2015. Já o Real Madrid vê na final uma chance de salvar a temporada, que tem sido marcada por altos e baixos, incluindo a eliminação precoce na Liga dos Campeões.
- Histórico em finais da Copa do Rei: Real Madrid 11 x 7 Barcelona.
- Última final entre os dois: 2014, vitória do Real Madrid por 2 a 1.
- Maiores vencedores: Barcelona (31 títulos), Athletic Bilbao (24), Real Madrid (20).
Expectativas para o restante da partida
Com apenas 21 minutos jogados, a final da Copa do Rei segue aberta. O Barcelona mantém a posse de bola e cria as melhores chances, mas a solidez defensiva do Real Madrid e a possibilidade de contra-ataques liderados por Vinícius Júnior e Jude Bellingham mantêm o jogo equilibrado. A entrada de Fran García no lugar de Mendy pode ser um ponto de atenção para os merengues, já que o lateral terá a difícil missão de conter Lamine Yamal, que já demonstrou estar inspirado.
Para o Barcelona, a ausência de Lewandowski exige que Ferran Torres e Raphinha assumam a responsabilidade no ataque, enquanto Dani Olmo, que começou a temporada como uma das principais contratações, pode ser decisivo com sua movimentação e visão de jogo. No Real Madrid, a possível entrada de Kylian Mbappé no segundo tempo é uma arma que Ancelotti guarda para tentar mudar o rumo da partida. O francês, mesmo sem estar 100% fisicamente, tem 32 gols na temporada e é uma ameaça constante.
A torcida, dividida igualmente no estádio, cria um espetáculo à parte. Os ingressos, com preços entre 72 e 270 euros, esgotaram rapidamente, e a expectativa é de que a atmosfera permaneça intensa até o apito final. A final da Copa do Rei não é apenas uma disputa por um troféu, mas um capítulo a mais na rivalidade mais famosa do futebol mundial, com implicações que vão além do resultado em campo.
O impacto do jogo no cenário espanhol
A final da Copa do Rei tem peso significativo para o futebol espanhol. Para o Barcelona, uma vitória consolidaria a recuperação do clube sob o comando de Hansi Flick, que assumiu o time em um momento de crise financeira e transformou a equipe em uma das mais competitivas da Europa. A liderança na La Liga, com 66 pontos, e a classificação para as semifinais da Liga dos Campeões reforçam o momento positivo dos catalães.
Já o Real Madrid, que ocupa a segunda posição na La Liga com 63 pontos, precisa da vitória para recuperar a confiança da torcida e da diretoria. A temporada tem sido marcada por críticas ao desempenho de Carlo Ancelotti, e uma derrota para o maior rival poderia intensificar os rumores sobre sua saída. Além disso, o título seria o terceiro do Real Madrid na temporada, após as conquistas da Supercopa da UEFA e da Copa Intercontinental da FIFA.
O jogo também tem implicações para a próxima rodada da La Liga, quando Barcelona e Real Madrid voltam a se enfrentar, no dia 11 de maio, no Estádio Montjuïc. O resultado da final pode influenciar o aspecto psicológico desse confronto, que pode ser decisivo para o título espanhol. Com apenas três pontos separando os dois times na tabela, cada detalhe importa.
Curiosidades sobre a final da Copa do Rei
A final de 2025 é repleta de histórias e peculiaridades que enriquecem o confronto:
- Estádio La Cartuja: O local já sediou a final da Copa do Rei em 2024, quando o Athletic Bilbao venceu o Mallorca nos pênaltis.
- Transmissão global: A partida é transmitida para mais de 135 países, consolidando a Copa do Rei como um dos torneios de maior audiência no mundo.
- Jovem talento: Lamine Yamal, com apenas 17 anos, é o jogador mais jovem em campo e já acumula 10 gols e 3 assistências na temporada.
- Rivalidade aquecida: Esta é a 260ª partida oficial entre Barcelona e Real Madrid, com 105 vitórias para o Real, 102 para o Barcelona e 52 empates.
- Polêmica arbitral: A crítica do Real Madrid a Ricardo de Burgos Bengoetxea reacendeu o debate sobre a influência dos clubes na arbitragem espanhola.
O que esperar dos próximos minutos
O jogo segue em ritmo acelerado, com o Barcelona mantendo a iniciativa e o Real Madrid buscando espaços para contra-atacar. A pressão sobre Ferran Torres aumenta, já que o atacante precisa suprir a ausência de Lewandowski e converter as chances criadas por Yamal e Raphinha. No lado merengue, Jude Bellingham, com sua capacidade de mudar jogos, é uma peça-chave para conectar o meio-campo ao ataque.
A arbitragem, sob o comando de Ricardo de Burgos Bengoetxea, também está no centro das atenções. O lance envolvendo a mão de Valverde, aos 15 minutos, gerou reclamações do lado do Barcelona, mas a decisão de não marcar pênalti foi mantida. Qualquer erro arbitral nos próximos minutos pode reacender a polêmica que marcou a véspera da final.
Com o placar ainda em 0 a 0, a expectativa é de que o jogo ganhe ainda mais intensidade. A final da Copa do Rei é um momento de glória ou decepção, e tanto Barcelona quanto Real Madrid sabem que cada lance pode ser decisivo. A torcida, o estádio e a história do confronto criam um cenário perfeito para um espetáculo que ainda promete muitas emoções.
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— Real Madrid C.F. (@realmadrid) April 26, 2025
