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27 Apr 2025, Sun

quem tem direito a receber até R$ 1.518 a partir de 15/05

PIS, FGTS


A partir de 15 de maio de 2025, milhões de trabalhadores brasileiros que atuaram com carteira assinada ou como servidores públicos em 2023 poderão sacar o abono salarial PIS/Pasep, com valores que podem chegar a R$ 1.518. O benefício, pago anualmente pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil, é destinado a quem trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias no ano-base e recebeu até dois salários mínimos. Com um orçamento estimado em R$ 30,7 bilhões, o programa contemplará cerca de 25,8 milhões de pessoas ao longo do ano. O calendário de pagamentos, unificado pelo mês de nascimento, já está definido, e os depósitos seguem até 29 de dezembro.

O programa PIS/Pasep é uma iniciativa histórica do governo federal, criada para complementar a renda de trabalhadores de baixa renda. Em 2025, o abono salarial mantém sua relevância como um suporte financeiro essencial, especialmente para aqueles que dependem do benefício para equilibrar o orçamento familiar. A unificação do calendário, implementada nos últimos anos, simplificou o acesso ao pagamento, permitindo que trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos saibam exatamente quando receberão, com base no mês de nascimento.

Para garantir o recebimento, é fundamental que o empregador tenha informado corretamente os dados do trabalhador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial até as datas limites de 2024. Além disso, a consulta para verificar a elegibilidade já está disponível desde 5 de fevereiro de 2025, por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital, do portal Gov.br ou da central de atendimento Alô Trabalho, pelo número 158.

Entenda o abono salarial PIS/Pasep

O abono salarial é um benefício garantido pela Constituição Federal, instituído para promover a integração social e a formação de patrimônio dos trabalhadores. Dividido em dois programas distintos, o PIS (Programa de Integração Social) atende trabalhadores da iniciativa privada, enquanto o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) é voltado para servidores públicos. Apesar das diferenças no público-alvo, os critérios de elegibilidade e o cálculo do valor são os mesmos para ambos.

Para 2025, o governo federal destinou R$ 30,7 bilhões ao pagamento do abono, um aumento significativo em relação aos R$ 27 bilhões liberados em 2024. A expectativa é que 25,8 milhões de trabalhadores sejam beneficiados, sendo 24,4 milhões da iniciativa privada (PIS) e 1,4 milhão de servidores públicos (Pasep). O valor máximo do benefício, equivalente a um salário mínimo (R$ 1.518), é pago a quem trabalhou os 12 meses do ano-base de 2023.

  • Critérios de elegibilidade:
    • Ter trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2023, consecutivos ou não.
    • Receber remuneração mensal média de até dois salários mínimos (R$ 2.640 em 2023).
    • Estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos.
    • Ter os dados corretamente informados pelo empregador na Rais (até 15 de maio de 2024) ou no eSocial (até 19 de agosto de 2024).

Como funciona o cálculo do abono

O valor do abono salarial é proporcional ao tempo de trabalho no ano-base. Cada mês trabalhado corresponde a 1/12 do salário mínimo vigente no ano do pagamento, que em 2025 será de R$ 1.518. Assim, quem trabalhou apenas um mês receberá R$ 126,50, enquanto quem atuou durante todo o ano terá direito ao valor integral. Períodos de 15 dias ou mais são contabilizados como um mês completo.

Essa proporcionalidade garante que o benefício seja justo, refletindo o esforço do trabalhador ao longo do ano. Por exemplo, um profissional que atuou por seis meses em 2023 receberá R$ 759, enquanto quem trabalhou três meses terá direito a R$ 379,50. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil utilizam sistemas automatizados para calcular o valor exato, com base nas informações fornecidas pelos empregadores.

A precisão dos dados é crucial. Caso o empregador tenha enviado informações incorretas ou fora do prazo, o trabalhador pode não receber o abono no exercício de 2025, sendo necessário aguardar o próximo ciclo. Por isso, é recomendável que os trabalhadores verifiquem regularmente suas informações no aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou entrem em contato com o empregador para confirmar a regularidade dos registros.

Calendário de pagamentos 2025

O calendário de pagamento do abono salarial para 2025 foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) em dezembro de 2024, por meio da Resolução nº 1.011. Os depósitos são escalonados conforme o mês de nascimento do trabalhador, começando em 17 de fevereiro e encerrando em 15 de agosto. O prazo final para saque é 29 de dezembro de 2025.

  • Datas de pagamento por mês de nascimento:
    • Janeiro: a partir de 17 de fevereiro.
    • Fevereiro: a partir de 17 de março.
    • Março e abril: a partir de 15 de abril.
    • Maio e junho: a partir de 15 de maio.
    • Julho e agosto: a partir de 16 de junho.
    • Setembro e outubro: a partir de 15 de julho.
    • Novembro e dezembro: a partir de 15 de agosto.

Os trabalhadores que não sacarem o benefício até o prazo final perderão o direito aos valores, que serão devolvidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Em 2024, cerca de 239 mil trabalhadores deixaram de sacar R$ 218,9 milhões, reforçando a importância de acompanhar as datas e consultar a elegibilidade com antecedência.

Como consultar o direito ao benefício

A consulta ao abono salarial é simples e pode ser feita por canais digitais ou telefônicos. Desde 5 de fevereiro de 2025, os trabalhadores podem verificar se têm direito ao benefício e o valor a receber. As principais opções incluem o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o portal Gov.br e a central Alô Trabalho (158), que opera de segunda a sábado, das 7h às 22h.

Para trabalhadores do setor privado, o aplicativo Caixa Trabalhador também oferece informações detalhadas, como o calendário de pagamentos e o status do benefício. Já os servidores públicos podem consultar o Pasep pelo site do Banco do Brasil ou pelos números 4004-0001 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800-729-0001 (demais localidades).

O processo de consulta é intuitivo. No aplicativo Carteira de Trabalho Digital, basta fazer login com CPF e senha, acessar a seção “Benefícios” e selecionar “Abono Salarial”. A tela exibirá se o trabalhador está habilitado e, se for o caso, o valor e a data de pagamento. Caso haja inconsistências nos dados, é necessário entrar em contato com o empregador ou com o Ministério do Trabalho para regularização.

Formas de pagamento e saque

O pagamento do abono salarial é realizado de forma prática, priorizando canais digitais para facilitar o acesso. Para o PIS, a Caixa Econômica Federal deposita o valor diretamente em contas correntes, poupanças ou contas digitais de seus clientes. Caso o trabalhador não tenha conta no banco, o valor é creditado em uma poupança social digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem.

Os saques podem ser feitos em caixas eletrônicos, lotéricas ou agências da Caixa, utilizando o Cartão do Cidadão e a senha cadastrada. Outra opção é transferir o valor via Pix para outra conta bancária, o que agiliza o acesso ao dinheiro. Para o Pasep, o Banco do Brasil realiza o crédito em conta para correntistas e permite transferências via TED ou saques presenciais nas agências, mediante apresentação de documento de identidade.

  • Canais de saque do PIS:
    • Aplicativo Caixa Tem (transferência via Pix ou movimentação da poupança digital).
    • Caixas eletrônicos da Caixa com o Cartão do Cidadão.
    • Lotéricas e correspondentes Caixa Aqui.
    • Agências da Caixa Econômica Federal.
  • Canais de saque do Pasep:
    • Crédito em conta para correntistas do Banco do Brasil.
    • Transferência via TED por caixas eletrônicos ou site do banco.
    • Saque presencial nas agências do Banco do Brasil.

Importância do abono para os trabalhadores

O abono salarial representa um alívio financeiro significativo para milhões de brasileiros, especialmente em um contexto de alta nos preços de bens e serviços. Para muitos, o valor de até R$ 1.518 é uma oportunidade de quitar dívidas, investir em necessidades básicas ou planejar pequenas melhorias no orçamento familiar. Em 2025, a expectativa é que o benefício injete R$ 30,7 bilhões na economia, aquecendo o comércio e os serviços em diversas regiões do país.

Além do impacto econômico, o programa reforça a importância da formalização do trabalho. Ao exigir que o trabalhador esteja registrado e que o empregador informe corretamente os dados, o PIS/Pasep incentiva a regularização das relações trabalhistas, garantindo direitos como seguro-desemprego e aposentadoria. Esse aspecto é particularmente relevante em um mercado de trabalho que ainda enfrenta desafios com a informalidade.

A unificação do calendário, adotada desde 2024, trouxe maior previsibilidade aos pagamentos. Antes, o PIS seguia o mês de nascimento, enquanto o Pasep era organizado pelo número final de inscrição, o que gerava confusão entre os beneficiários. Agora, com um cronograma único, os trabalhadores podem se planejar com mais facilidade, sabendo exatamente quando o depósito estará disponível.

Desafios e cuidados para receber o benefício

Embora o processo de pagamento seja bem estruturado, alguns trabalhadores enfrentam dificuldades para receber o abono. Um dos principais problemas é a inconsistência nos dados fornecidos pelos empregadores. Em 2024, milhares de trabalhadores deixaram de receber o benefício porque as informações na Rais ou no eSocial foram enviadas com erros ou fora do prazo. Para evitar isso, é essencial que o trabalhador acompanhe suas informações trabalhistas regularmente.

Outro desafio é a falta de informação. Muitos trabalhadores desconhecem o direito ao abono ou não sabem como consultar sua elegibilidade. Campanhas de conscientização, promovidas pelo Ministério do Trabalho e pelas instituições financeiras, buscam reduzir esse problema, mas a responsabilidade também recai sobre o próprio trabalhador, que deve utilizar os canais oficiais para verificar sua situação.

  • Dicas para garantir o recebimento:
    • Verifique se seus dados estão corretos no aplicativo Carteira de Trabalho Digital.
    • Confirme com o empregador se as informações foram enviadas à Rais ou ao eSocial.
    • Consulte a elegibilidade a partir de 5 de fevereiro de 2025.
    • Fique atento ao calendário de pagamentos e ao prazo final de saque (29 de dezembro).

Histórico e evolução do PIS/Pasep

O PIS e o Pasep foram criados pelas Leis Complementares nº 7/1970 e nº 8/1970, respectivamente, com o objetivo de integrar os trabalhadores à vida econômica do país. Inicialmente, os programas funcionavam como fundos de poupança, nos quais empresas e órgãos públicos depositavam contribuições em nome dos trabalhadores. Com o tempo, o foco passou a ser o pagamento do abono salarial, que se tornou um dos principais benefícios trabalhistas do Brasil.

Ao longo das décadas, o programa passou por diversas reformulações. Até 2020, os pagamentos do abono eram realizados entre julho do ano corrente e junho do ano seguinte. A partir de 2021, o calendário foi ajustado para começar em fevereiro, refletindo o ano-base dois anos antes. A unificação do calendário, implementada em 2024, foi uma das mudanças mais recentes, trazendo maior clareza e organização ao processo.

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que financia o PIS/Pasep, também desempenha um papel crucial em outros programas sociais, como o seguro-desemprego. Essa integração reforça a relevância do abono salarial no contexto das políticas públicas brasileiras, que buscam combinar proteção social com estímulo à economia.

Impacto econômico do abono em 2025

O pagamento de R$ 30,7 bilhões em abonos salariais ao longo de 2025 terá um impacto significativo na economia brasileira. Em um cenário de recuperação econômica, os recursos injetados pelo programa devem impulsionar o consumo, especialmente em setores como varejo, alimentação e serviços. Regiões com maior número de trabalhadores formais, como Sudeste e Sul, tendem a sentir os efeitos de forma mais intensa.

Os trabalhadores beneficiados, por sua vez, utilizam o abono para diferentes finalidades. Para alguns, o valor serve para cobrir despesas essenciais, como contas de luz, água ou alimentação. Outros optam por investir em bens duráveis, como eletrodomésticos, ou poupar para objetivos de longo prazo. Essa diversidade de usos demonstra a versatilidade do benefício e sua importância como ferramenta de suporte financeiro.

Saque pagamento pis pasep acredita
Saque – Foto: rafastockbr/shutterstock.com

O impacto do abono também é sentido no mercado de trabalho. Ao incentivar a formalização, o programa contribui para a redução da informalidade, que ainda afeta cerca de 40% da força de trabalho brasileira, segundo dados do IBGE. Trabalhadores formais têm acesso a direitos trabalhistas e previdenciários, o que aumenta a segurança financeira e a estabilidade no longo prazo.

Canais de atendimento e suporte

Para esclarecer dúvidas ou resolver problemas relacionados ao abono, os trabalhadores contam com diversos canais de atendimento. O Ministério do Trabalho mantém a central Alô Trabalho (158), que oferece suporte gratuito de segunda a sábado, das 7h às 22h. As Superintendências Regionais do Trabalho também prestam atendimento presencial, mediante agendamento.

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil disponibilizam centrais telefônicas e canais digitais para consultas específicas sobre o PIS e o Pasep. O aplicativo Caixa Tem, por exemplo, permite não apenas consultar o saldo do abono, mas também realizar transferências e pagamentos diretamente pelo celular. Já o site do Banco do Brasil oferece uma interface simplificada para servidores públicos acompanharem o status do Pasep.

Perspectivas para o futuro do programa

O abono salarial PIS/Pasep deve continuar sendo um pilar das políticas trabalhistas brasileiras nos próximos anos. Com um orçamento robusto e uma estrutura consolidada, o programa tem potencial para alcançar ainda mais trabalhadores, desde que os desafios relacionados à informação e à regularização de dados sejam superados.

O aumento do salário mínimo, previsto para R$ 1.518 em 2025, também eleva o valor máximo do abono, beneficiando diretamente os trabalhadores que atuaram por 12 meses no ano-base. Essa valorização reflete o compromisso do governo em manter o poder de compra do benefício, mesmo em um contexto de pressões inflacionárias.

A digitalização dos processos, com o uso de aplicativos como Carteira de Trabalho Digital e Caixa Tem, é outro fator que deve facilitar o acesso ao abono no futuro. A expectativa é que, com o avanço da inclusão digital, mais trabalhadores consigam consultar e sacar o benefício de forma autônoma, reduzindo a dependência de atendimentos presenciais.

Curiosidades sobre o PIS/Pasep

O programa PIS/Pasep tem uma trajetória rica e algumas particularidades que poucos conhecem. Além de seu papel como benefício trabalhista, ele também está ligado a outros aspectos da economia e da história brasileira.

  • Fatos interessantes:
    • O PIS foi criado em 1970, inicialmente como um fundo de poupança para trabalhadores do setor privado.
    • O Pasep, voltado para servidores públicos, surgiu no mesmo ano, com foco na formação de patrimônio.
    • Até 1988, os valores depositados no PIS/Pasep geravam cotas, que ainda podem ser sacadas por trabalhadores ou herdeiros de quem atuou entre 1971 e 1988.
    • O Fundo de Amparo ao Trabalhador, que financia o abono, também é responsável pelo pagamento do seguro-desemprego e pelo financiamento de programas de qualificação profissional.



A partir de 15 de maio de 2025, milhões de trabalhadores brasileiros que atuaram com carteira assinada ou como servidores públicos em 2023 poderão sacar o abono salarial PIS/Pasep, com valores que podem chegar a R$ 1.518. O benefício, pago anualmente pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil, é destinado a quem trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias no ano-base e recebeu até dois salários mínimos. Com um orçamento estimado em R$ 30,7 bilhões, o programa contemplará cerca de 25,8 milhões de pessoas ao longo do ano. O calendário de pagamentos, unificado pelo mês de nascimento, já está definido, e os depósitos seguem até 29 de dezembro.

O programa PIS/Pasep é uma iniciativa histórica do governo federal, criada para complementar a renda de trabalhadores de baixa renda. Em 2025, o abono salarial mantém sua relevância como um suporte financeiro essencial, especialmente para aqueles que dependem do benefício para equilibrar o orçamento familiar. A unificação do calendário, implementada nos últimos anos, simplificou o acesso ao pagamento, permitindo que trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos saibam exatamente quando receberão, com base no mês de nascimento.

Para garantir o recebimento, é fundamental que o empregador tenha informado corretamente os dados do trabalhador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial até as datas limites de 2024. Além disso, a consulta para verificar a elegibilidade já está disponível desde 5 de fevereiro de 2025, por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital, do portal Gov.br ou da central de atendimento Alô Trabalho, pelo número 158.

Entenda o abono salarial PIS/Pasep

O abono salarial é um benefício garantido pela Constituição Federal, instituído para promover a integração social e a formação de patrimônio dos trabalhadores. Dividido em dois programas distintos, o PIS (Programa de Integração Social) atende trabalhadores da iniciativa privada, enquanto o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) é voltado para servidores públicos. Apesar das diferenças no público-alvo, os critérios de elegibilidade e o cálculo do valor são os mesmos para ambos.

Para 2025, o governo federal destinou R$ 30,7 bilhões ao pagamento do abono, um aumento significativo em relação aos R$ 27 bilhões liberados em 2024. A expectativa é que 25,8 milhões de trabalhadores sejam beneficiados, sendo 24,4 milhões da iniciativa privada (PIS) e 1,4 milhão de servidores públicos (Pasep). O valor máximo do benefício, equivalente a um salário mínimo (R$ 1.518), é pago a quem trabalhou os 12 meses do ano-base de 2023.

  • Critérios de elegibilidade:
    • Ter trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2023, consecutivos ou não.
    • Receber remuneração mensal média de até dois salários mínimos (R$ 2.640 em 2023).
    • Estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos.
    • Ter os dados corretamente informados pelo empregador na Rais (até 15 de maio de 2024) ou no eSocial (até 19 de agosto de 2024).

Como funciona o cálculo do abono

O valor do abono salarial é proporcional ao tempo de trabalho no ano-base. Cada mês trabalhado corresponde a 1/12 do salário mínimo vigente no ano do pagamento, que em 2025 será de R$ 1.518. Assim, quem trabalhou apenas um mês receberá R$ 126,50, enquanto quem atuou durante todo o ano terá direito ao valor integral. Períodos de 15 dias ou mais são contabilizados como um mês completo.

Essa proporcionalidade garante que o benefício seja justo, refletindo o esforço do trabalhador ao longo do ano. Por exemplo, um profissional que atuou por seis meses em 2023 receberá R$ 759, enquanto quem trabalhou três meses terá direito a R$ 379,50. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil utilizam sistemas automatizados para calcular o valor exato, com base nas informações fornecidas pelos empregadores.

A precisão dos dados é crucial. Caso o empregador tenha enviado informações incorretas ou fora do prazo, o trabalhador pode não receber o abono no exercício de 2025, sendo necessário aguardar o próximo ciclo. Por isso, é recomendável que os trabalhadores verifiquem regularmente suas informações no aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou entrem em contato com o empregador para confirmar a regularidade dos registros.

Calendário de pagamentos 2025

O calendário de pagamento do abono salarial para 2025 foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) em dezembro de 2024, por meio da Resolução nº 1.011. Os depósitos são escalonados conforme o mês de nascimento do trabalhador, começando em 17 de fevereiro e encerrando em 15 de agosto. O prazo final para saque é 29 de dezembro de 2025.

  • Datas de pagamento por mês de nascimento:
    • Janeiro: a partir de 17 de fevereiro.
    • Fevereiro: a partir de 17 de março.
    • Março e abril: a partir de 15 de abril.
    • Maio e junho: a partir de 15 de maio.
    • Julho e agosto: a partir de 16 de junho.
    • Setembro e outubro: a partir de 15 de julho.
    • Novembro e dezembro: a partir de 15 de agosto.

Os trabalhadores que não sacarem o benefício até o prazo final perderão o direito aos valores, que serão devolvidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Em 2024, cerca de 239 mil trabalhadores deixaram de sacar R$ 218,9 milhões, reforçando a importância de acompanhar as datas e consultar a elegibilidade com antecedência.

Como consultar o direito ao benefício

A consulta ao abono salarial é simples e pode ser feita por canais digitais ou telefônicos. Desde 5 de fevereiro de 2025, os trabalhadores podem verificar se têm direito ao benefício e o valor a receber. As principais opções incluem o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o portal Gov.br e a central Alô Trabalho (158), que opera de segunda a sábado, das 7h às 22h.

Para trabalhadores do setor privado, o aplicativo Caixa Trabalhador também oferece informações detalhadas, como o calendário de pagamentos e o status do benefício. Já os servidores públicos podem consultar o Pasep pelo site do Banco do Brasil ou pelos números 4004-0001 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800-729-0001 (demais localidades).

O processo de consulta é intuitivo. No aplicativo Carteira de Trabalho Digital, basta fazer login com CPF e senha, acessar a seção “Benefícios” e selecionar “Abono Salarial”. A tela exibirá se o trabalhador está habilitado e, se for o caso, o valor e a data de pagamento. Caso haja inconsistências nos dados, é necessário entrar em contato com o empregador ou com o Ministério do Trabalho para regularização.

Formas de pagamento e saque

O pagamento do abono salarial é realizado de forma prática, priorizando canais digitais para facilitar o acesso. Para o PIS, a Caixa Econômica Federal deposita o valor diretamente em contas correntes, poupanças ou contas digitais de seus clientes. Caso o trabalhador não tenha conta no banco, o valor é creditado em uma poupança social digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem.

Os saques podem ser feitos em caixas eletrônicos, lotéricas ou agências da Caixa, utilizando o Cartão do Cidadão e a senha cadastrada. Outra opção é transferir o valor via Pix para outra conta bancária, o que agiliza o acesso ao dinheiro. Para o Pasep, o Banco do Brasil realiza o crédito em conta para correntistas e permite transferências via TED ou saques presenciais nas agências, mediante apresentação de documento de identidade.

  • Canais de saque do PIS:
    • Aplicativo Caixa Tem (transferência via Pix ou movimentação da poupança digital).
    • Caixas eletrônicos da Caixa com o Cartão do Cidadão.
    • Lotéricas e correspondentes Caixa Aqui.
    • Agências da Caixa Econômica Federal.
  • Canais de saque do Pasep:
    • Crédito em conta para correntistas do Banco do Brasil.
    • Transferência via TED por caixas eletrônicos ou site do banco.
    • Saque presencial nas agências do Banco do Brasil.

Importância do abono para os trabalhadores

O abono salarial representa um alívio financeiro significativo para milhões de brasileiros, especialmente em um contexto de alta nos preços de bens e serviços. Para muitos, o valor de até R$ 1.518 é uma oportunidade de quitar dívidas, investir em necessidades básicas ou planejar pequenas melhorias no orçamento familiar. Em 2025, a expectativa é que o benefício injete R$ 30,7 bilhões na economia, aquecendo o comércio e os serviços em diversas regiões do país.

Além do impacto econômico, o programa reforça a importância da formalização do trabalho. Ao exigir que o trabalhador esteja registrado e que o empregador informe corretamente os dados, o PIS/Pasep incentiva a regularização das relações trabalhistas, garantindo direitos como seguro-desemprego e aposentadoria. Esse aspecto é particularmente relevante em um mercado de trabalho que ainda enfrenta desafios com a informalidade.

A unificação do calendário, adotada desde 2024, trouxe maior previsibilidade aos pagamentos. Antes, o PIS seguia o mês de nascimento, enquanto o Pasep era organizado pelo número final de inscrição, o que gerava confusão entre os beneficiários. Agora, com um cronograma único, os trabalhadores podem se planejar com mais facilidade, sabendo exatamente quando o depósito estará disponível.

Desafios e cuidados para receber o benefício

Embora o processo de pagamento seja bem estruturado, alguns trabalhadores enfrentam dificuldades para receber o abono. Um dos principais problemas é a inconsistência nos dados fornecidos pelos empregadores. Em 2024, milhares de trabalhadores deixaram de receber o benefício porque as informações na Rais ou no eSocial foram enviadas com erros ou fora do prazo. Para evitar isso, é essencial que o trabalhador acompanhe suas informações trabalhistas regularmente.

Outro desafio é a falta de informação. Muitos trabalhadores desconhecem o direito ao abono ou não sabem como consultar sua elegibilidade. Campanhas de conscientização, promovidas pelo Ministério do Trabalho e pelas instituições financeiras, buscam reduzir esse problema, mas a responsabilidade também recai sobre o próprio trabalhador, que deve utilizar os canais oficiais para verificar sua situação.

  • Dicas para garantir o recebimento:
    • Verifique se seus dados estão corretos no aplicativo Carteira de Trabalho Digital.
    • Confirme com o empregador se as informações foram enviadas à Rais ou ao eSocial.
    • Consulte a elegibilidade a partir de 5 de fevereiro de 2025.
    • Fique atento ao calendário de pagamentos e ao prazo final de saque (29 de dezembro).

Histórico e evolução do PIS/Pasep

O PIS e o Pasep foram criados pelas Leis Complementares nº 7/1970 e nº 8/1970, respectivamente, com o objetivo de integrar os trabalhadores à vida econômica do país. Inicialmente, os programas funcionavam como fundos de poupança, nos quais empresas e órgãos públicos depositavam contribuições em nome dos trabalhadores. Com o tempo, o foco passou a ser o pagamento do abono salarial, que se tornou um dos principais benefícios trabalhistas do Brasil.

Ao longo das décadas, o programa passou por diversas reformulações. Até 2020, os pagamentos do abono eram realizados entre julho do ano corrente e junho do ano seguinte. A partir de 2021, o calendário foi ajustado para começar em fevereiro, refletindo o ano-base dois anos antes. A unificação do calendário, implementada em 2024, foi uma das mudanças mais recentes, trazendo maior clareza e organização ao processo.

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que financia o PIS/Pasep, também desempenha um papel crucial em outros programas sociais, como o seguro-desemprego. Essa integração reforça a relevância do abono salarial no contexto das políticas públicas brasileiras, que buscam combinar proteção social com estímulo à economia.

Impacto econômico do abono em 2025

O pagamento de R$ 30,7 bilhões em abonos salariais ao longo de 2025 terá um impacto significativo na economia brasileira. Em um cenário de recuperação econômica, os recursos injetados pelo programa devem impulsionar o consumo, especialmente em setores como varejo, alimentação e serviços. Regiões com maior número de trabalhadores formais, como Sudeste e Sul, tendem a sentir os efeitos de forma mais intensa.

Os trabalhadores beneficiados, por sua vez, utilizam o abono para diferentes finalidades. Para alguns, o valor serve para cobrir despesas essenciais, como contas de luz, água ou alimentação. Outros optam por investir em bens duráveis, como eletrodomésticos, ou poupar para objetivos de longo prazo. Essa diversidade de usos demonstra a versatilidade do benefício e sua importância como ferramenta de suporte financeiro.

Saque pagamento pis pasep acredita
Saque – Foto: rafastockbr/shutterstock.com

O impacto do abono também é sentido no mercado de trabalho. Ao incentivar a formalização, o programa contribui para a redução da informalidade, que ainda afeta cerca de 40% da força de trabalho brasileira, segundo dados do IBGE. Trabalhadores formais têm acesso a direitos trabalhistas e previdenciários, o que aumenta a segurança financeira e a estabilidade no longo prazo.

Canais de atendimento e suporte

Para esclarecer dúvidas ou resolver problemas relacionados ao abono, os trabalhadores contam com diversos canais de atendimento. O Ministério do Trabalho mantém a central Alô Trabalho (158), que oferece suporte gratuito de segunda a sábado, das 7h às 22h. As Superintendências Regionais do Trabalho também prestam atendimento presencial, mediante agendamento.

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil disponibilizam centrais telefônicas e canais digitais para consultas específicas sobre o PIS e o Pasep. O aplicativo Caixa Tem, por exemplo, permite não apenas consultar o saldo do abono, mas também realizar transferências e pagamentos diretamente pelo celular. Já o site do Banco do Brasil oferece uma interface simplificada para servidores públicos acompanharem o status do Pasep.

Perspectivas para o futuro do programa

O abono salarial PIS/Pasep deve continuar sendo um pilar das políticas trabalhistas brasileiras nos próximos anos. Com um orçamento robusto e uma estrutura consolidada, o programa tem potencial para alcançar ainda mais trabalhadores, desde que os desafios relacionados à informação e à regularização de dados sejam superados.

O aumento do salário mínimo, previsto para R$ 1.518 em 2025, também eleva o valor máximo do abono, beneficiando diretamente os trabalhadores que atuaram por 12 meses no ano-base. Essa valorização reflete o compromisso do governo em manter o poder de compra do benefício, mesmo em um contexto de pressões inflacionárias.

A digitalização dos processos, com o uso de aplicativos como Carteira de Trabalho Digital e Caixa Tem, é outro fator que deve facilitar o acesso ao abono no futuro. A expectativa é que, com o avanço da inclusão digital, mais trabalhadores consigam consultar e sacar o benefício de forma autônoma, reduzindo a dependência de atendimentos presenciais.

Curiosidades sobre o PIS/Pasep

O programa PIS/Pasep tem uma trajetória rica e algumas particularidades que poucos conhecem. Além de seu papel como benefício trabalhista, ele também está ligado a outros aspectos da economia e da história brasileira.

  • Fatos interessantes:
    • O PIS foi criado em 1970, inicialmente como um fundo de poupança para trabalhadores do setor privado.
    • O Pasep, voltado para servidores públicos, surgiu no mesmo ano, com foco na formação de patrimônio.
    • Até 1988, os valores depositados no PIS/Pasep geravam cotas, que ainda podem ser sacadas por trabalhadores ou herdeiros de quem atuou entre 1971 e 1988.
    • O Fundo de Amparo ao Trabalhador, que financia o abono, também é responsável pelo pagamento do seguro-desemprego e pelo financiamento de programas de qualificação profissional.



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