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28 Apr 2025, Mon

“Maldição da Série B” entre clubes pequenos do RJ ameaça o Volta Redonda; veja retrospecto




Outros três times chegaram na Série B neste século, mas tiveram trajetórias curtas e quedas vertiginosas: “Foram sumindo. Hoje é só história”, lembra treinador Técnico do Volta Redonda desabafa em coletiva: “Clube não estava preparado para Série B”
Americano, Duque de Caxias e Macaé… Você se lembra desses times na Série B do Brasileirão? Em 2025, o Volta Redonda entrou para esta seleta lista de clubes de menor investimento do Rio de Janeiro que disputaram a Segundona neste século. O problema é que todos eles tiveram vida curta na competição, despencaram e hoje estão bem longe de campeonatos nacionais.
O panorama do “trio de Série B do RJ” não só é ruim como também foi seguido de quedas vertiginosas até no cenário estadual do futebol. Um deles está inativo e não disputa competições oficiais, mesmo tendo frequentado a Série B há somente 10 anos.
Paulo Roberto (Americano), Somália (Duque de Caxias), Pipico (Macaé) e Wellington Silva (Volta Redonda)
Reprodução/Redes Sociais
O Macaé foi campeão da Série C do Brasileirão em 2014 e disputou a Série B no ano seguinte. O clube, atualmente, está de licença e não vai disputar nem a quinta divisão do Campeonato Carioca em 2025.
Já o Duque de Caxias e o Americano conseguiram a façanha de permanecer, por mais de uma temporada na Série B, mas também acabaram sumindo do cenário nacional e fomentando a “Maldição da Série B”. Paulo Campos, técnico que já foi auxiliar no Real Madrid e passou por diversos clubes de menor investimento, treinou o Duque de Caxias antes da derrocada.
O futebol carioca, infelizmente, foi caindo. Somente os quatro gigantes mantiveram a tradição, por causa de torcida, público pagante maravilhoso… Infelizmente, os clubes de menor investimento não tiveram o carinho, vamos dizer, da Federação Carioca
Com isso, nas últimas 24 temporadas, a Série B contou com clubes de menor investimento do Rio de Janeiro em 7 oportunidades, através de quatro clubes diferentes. A titulo de comparação, em 2024 a competição contou com 7 clubes paulistas, sendo um deles o Santos.
Clubes de menor investimento do RJ na Série B no séc. XXI
Confira a trajetória dos “insurgentes” do RJ que disputaram a Série B:
Americano (2001 – 2002)
A primeira participação do ‘Cano’ na Série B neste século foi em 2001. A equipe esteve no grupo B da fase inicial, com 14 times, e acabou não conseguindo avançar, mas, em contrapartida, se livrou do rebaixamento.
Torcida do Americano-RJ
Carlos Grevi
A campanha não foi boa, mas como alento, o Americano ficou na Série B para o ano seguinte. Só que não teve a mesma sorte em 2002. Em um formato que tinha, na primeira fase, 26 times se enfrentando em sistema de pontos corridos, o Cano acabou ficando em 20º, com a sétima pior campanha. O problema é que caíam sete clubes e o desfecho foi o rebaixamento.
O fato é que o Americano nunca mais conseguiu retornar à segunda prateleira do futebol e até teve alguns bons momentos no Campeonato Carioca depois disso, mas atualmente frequenta a Série A2 do Campeonato Carioca, a segunda divisão do RJ.
Duque de Caxias (2009 – 2011)
Até então, o clube de menor expressão do RJ com mais longevidade na Série B neste século foi o simpático Duque de Caxias. O clube subiu em 2008 e logo na primeira participação, fez bonito. Ficou em 8º lugar na Série B, já nos moldes atuais, e deu toda pinta de que tinha potencial para continuar crescendo.
Somália pelo Duque de Caxias
Reprodução/Redes Sociais
No ano seguinte, o Duque de Juninho Valoura e Somália oscilou e não foi tão bem quanto em 2009. A equipe terminou na 11ª colocação, mas ainda mantinha vivo o sonho de brigar pelo acesso. Só que tudo desandou em 2011. O time não conseguiu se estabilizar e foi atropelado pelos adversários, terminando a campanha na lanterna, com apenas 17 pontos em 38 rodadas. .
Infelizmente os clubes de menor investimento no Rio de Janeiro sempre encontraram dificuldade. O Duque de Caxias estava, teoricamente, começando um trabalho muito bonito, mas as dificuldades financeiras são enormes nesses clubes. Então, a gente já não conseguia mais porque não tinha investimento
Atualmente, assim como o Americano, o Duque está na Segundona do RJ, mas já até frequentou a terceira divisão estadual. O clube também segue distante de reviver grandes momentos, mas nada se compara ao Macaé.
Macaé (2015)
Quatro vitórias nas seis primeiras partidas. É difícil acreditar que uma campanha que começou assim acabaria de forma tão melancólica. O Macaé foi campeão da Série C em 2014 e subiu com um projeto promissor. A equipe chegou surpreendendo em uma Série B que tinha o Botafogo.
Rodrigo Lindoso Botafogo x Macaé
Vitor Silva/SSPress
O elenco contava com protagonistas como o ídolo Gedeil, Aloísio e um ataque com Anselmo e Pipico, que chegaram a punir o Botafogo, campeão da edição, com uma goleada por 4 a 2. O início promissor deu lugar a queda de rendimento o clube foi definhando até brigar contra o Z-4. E o Macaé não durou mais que uma temporada na Série: ficou em 17º, com 43 pontos e deu adeus à Segundona.
A queda, em si, já era ruim, mas o que veio depois foi ainda pior. O Macaé começou uma trajetória caótica, caindo no Estadual, frequentando divisões inferiores até se licenciar junto a Federação, em 2024. Atualmente, se o clube conseguir retomar as atividades, terá que recomeçar do zero: a quinta divisão do Campeonato Carioca.
Os clubes foram praticamente sumindo. Hoje em dia é só história, é só o nome.
Macaé x Flamengo – Quase gol Fla
André Durão
E o Macaé que outrora foi sensação na segunda prateleira do futebol brasileiro, hoje está esquecido.
E o Volta Redonda?
Embora o início da Série B esteja sendo desastroso para o cube, o Volta Redonda tem um projeto consolidado, que começou com o título da Série D, em 2016, e passou oito temporadas lutando pelo acesso na Série C, entre altos e baixos. É muito pouco provável que o Esquadrão de Aço siga o caminho de definhar no futebol em caso de descenso, mas as dificuldades vividas são as mesmas de Americano, Duque de Caxias e Macaé.
Após emendar a terceira derrota seguida, o técnico do time, Rogério Corrêa deixou fortes declarações na entrevista coletiva, que acentuaram o momento delicado vivido em campo.
Rogério Corrêa Volta Redonda
Reprodução/TaçoTV
Falta dinheiro. O Volta Redonda não tem dinheiro. E se alguém quiser vir aqui botar dinheiro vai ser de bom grado.
Um ranking feito pelo ge, recentemente, ilustrou quanto as equipes faturaram com premiações em 2025. Entre os 20 times da Série B, apenas Volta Redonda e Ferroviária não registraram nenhum ganho com premiações em 2025, ainda que o Voltaço tenha feito ótima campanha no Campeonato Carioca, sendo vice-campeão da Taça Guanabara e semifinalista geral da competição.
+ Técnico do Volta Redonda desabafa “Clube não estava preparado para Série B”
+ Veja o ranking nacional de faturamento com premiações no futebol brasileiro em 2025
Atualmente, após 5 rodadas, o Volta Redonda é o lanterna da Série B, com 1 ponto. A equipe volta a entrar em campo no sábado, contra o Paysandu, às 20h30, no Estádio Raulino de Oliveira.
+ Veja mais notícias sobre o Volta Redonda


Outros três times chegaram na Série B neste século, mas tiveram trajetórias curtas e quedas vertiginosas: “Foram sumindo. Hoje é só história”, lembra treinador Técnico do Volta Redonda desabafa em coletiva: “Clube não estava preparado para Série B”
Americano, Duque de Caxias e Macaé… Você se lembra desses times na Série B do Brasileirão? Em 2025, o Volta Redonda entrou para esta seleta lista de clubes de menor investimento do Rio de Janeiro que disputaram a Segundona neste século. O problema é que todos eles tiveram vida curta na competição, despencaram e hoje estão bem longe de campeonatos nacionais.
O panorama do “trio de Série B do RJ” não só é ruim como também foi seguido de quedas vertiginosas até no cenário estadual do futebol. Um deles está inativo e não disputa competições oficiais, mesmo tendo frequentado a Série B há somente 10 anos.
Paulo Roberto (Americano), Somália (Duque de Caxias), Pipico (Macaé) e Wellington Silva (Volta Redonda)
Reprodução/Redes Sociais
O Macaé foi campeão da Série C do Brasileirão em 2014 e disputou a Série B no ano seguinte. O clube, atualmente, está de licença e não vai disputar nem a quinta divisão do Campeonato Carioca em 2025.
Já o Duque de Caxias e o Americano conseguiram a façanha de permanecer, por mais de uma temporada na Série B, mas também acabaram sumindo do cenário nacional e fomentando a “Maldição da Série B”. Paulo Campos, técnico que já foi auxiliar no Real Madrid e passou por diversos clubes de menor investimento, treinou o Duque de Caxias antes da derrocada.
O futebol carioca, infelizmente, foi caindo. Somente os quatro gigantes mantiveram a tradição, por causa de torcida, público pagante maravilhoso… Infelizmente, os clubes de menor investimento não tiveram o carinho, vamos dizer, da Federação Carioca
Com isso, nas últimas 24 temporadas, a Série B contou com clubes de menor investimento do Rio de Janeiro em 7 oportunidades, através de quatro clubes diferentes. A titulo de comparação, em 2024 a competição contou com 7 clubes paulistas, sendo um deles o Santos.
Clubes de menor investimento do RJ na Série B no séc. XXI
Confira a trajetória dos “insurgentes” do RJ que disputaram a Série B:
Americano (2001 – 2002)
A primeira participação do ‘Cano’ na Série B neste século foi em 2001. A equipe esteve no grupo B da fase inicial, com 14 times, e acabou não conseguindo avançar, mas, em contrapartida, se livrou do rebaixamento.
Torcida do Americano-RJ
Carlos Grevi
A campanha não foi boa, mas como alento, o Americano ficou na Série B para o ano seguinte. Só que não teve a mesma sorte em 2002. Em um formato que tinha, na primeira fase, 26 times se enfrentando em sistema de pontos corridos, o Cano acabou ficando em 20º, com a sétima pior campanha. O problema é que caíam sete clubes e o desfecho foi o rebaixamento.
O fato é que o Americano nunca mais conseguiu retornar à segunda prateleira do futebol e até teve alguns bons momentos no Campeonato Carioca depois disso, mas atualmente frequenta a Série A2 do Campeonato Carioca, a segunda divisão do RJ.
Duque de Caxias (2009 – 2011)
Até então, o clube de menor expressão do RJ com mais longevidade na Série B neste século foi o simpático Duque de Caxias. O clube subiu em 2008 e logo na primeira participação, fez bonito. Ficou em 8º lugar na Série B, já nos moldes atuais, e deu toda pinta de que tinha potencial para continuar crescendo.
Somália pelo Duque de Caxias
Reprodução/Redes Sociais
No ano seguinte, o Duque de Juninho Valoura e Somália oscilou e não foi tão bem quanto em 2009. A equipe terminou na 11ª colocação, mas ainda mantinha vivo o sonho de brigar pelo acesso. Só que tudo desandou em 2011. O time não conseguiu se estabilizar e foi atropelado pelos adversários, terminando a campanha na lanterna, com apenas 17 pontos em 38 rodadas. .
Infelizmente os clubes de menor investimento no Rio de Janeiro sempre encontraram dificuldade. O Duque de Caxias estava, teoricamente, começando um trabalho muito bonito, mas as dificuldades financeiras são enormes nesses clubes. Então, a gente já não conseguia mais porque não tinha investimento
Atualmente, assim como o Americano, o Duque está na Segundona do RJ, mas já até frequentou a terceira divisão estadual. O clube também segue distante de reviver grandes momentos, mas nada se compara ao Macaé.
Macaé (2015)
Quatro vitórias nas seis primeiras partidas. É difícil acreditar que uma campanha que começou assim acabaria de forma tão melancólica. O Macaé foi campeão da Série C em 2014 e subiu com um projeto promissor. A equipe chegou surpreendendo em uma Série B que tinha o Botafogo.
Rodrigo Lindoso Botafogo x Macaé
Vitor Silva/SSPress
O elenco contava com protagonistas como o ídolo Gedeil, Aloísio e um ataque com Anselmo e Pipico, que chegaram a punir o Botafogo, campeão da edição, com uma goleada por 4 a 2. O início promissor deu lugar a queda de rendimento o clube foi definhando até brigar contra o Z-4. E o Macaé não durou mais que uma temporada na Série: ficou em 17º, com 43 pontos e deu adeus à Segundona.
A queda, em si, já era ruim, mas o que veio depois foi ainda pior. O Macaé começou uma trajetória caótica, caindo no Estadual, frequentando divisões inferiores até se licenciar junto a Federação, em 2024. Atualmente, se o clube conseguir retomar as atividades, terá que recomeçar do zero: a quinta divisão do Campeonato Carioca.
Os clubes foram praticamente sumindo. Hoje em dia é só história, é só o nome.
Macaé x Flamengo – Quase gol Fla
André Durão
E o Macaé que outrora foi sensação na segunda prateleira do futebol brasileiro, hoje está esquecido.
E o Volta Redonda?
Embora o início da Série B esteja sendo desastroso para o cube, o Volta Redonda tem um projeto consolidado, que começou com o título da Série D, em 2016, e passou oito temporadas lutando pelo acesso na Série C, entre altos e baixos. É muito pouco provável que o Esquadrão de Aço siga o caminho de definhar no futebol em caso de descenso, mas as dificuldades vividas são as mesmas de Americano, Duque de Caxias e Macaé.
Após emendar a terceira derrota seguida, o técnico do time, Rogério Corrêa deixou fortes declarações na entrevista coletiva, que acentuaram o momento delicado vivido em campo.
Rogério Corrêa Volta Redonda
Reprodução/TaçoTV
Falta dinheiro. O Volta Redonda não tem dinheiro. E se alguém quiser vir aqui botar dinheiro vai ser de bom grado.
Um ranking feito pelo ge, recentemente, ilustrou quanto as equipes faturaram com premiações em 2025. Entre os 20 times da Série B, apenas Volta Redonda e Ferroviária não registraram nenhum ganho com premiações em 2025, ainda que o Voltaço tenha feito ótima campanha no Campeonato Carioca, sendo vice-campeão da Taça Guanabara e semifinalista geral da competição.
+ Técnico do Volta Redonda desabafa “Clube não estava preparado para Série B”
+ Veja o ranking nacional de faturamento com premiações no futebol brasileiro em 2025
Atualmente, após 5 rodadas, o Volta Redonda é o lanterna da Série B, com 1 ponto. A equipe volta a entrar em campo no sábado, contra o Paysandu, às 20h30, no Estádio Raulino de Oliveira.
+ Veja mais notícias sobre o Volta Redonda



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