Novela ‘Dona de Mim’ estreia com Camila Pitanga em papel trágico de Ellen, vítima de câncer, na Globo a partir de hoje

A estreia de “Dona de Mim”, nova novela das 7 da Globo, marcada para 28 de abril de 2025, traz um retorno aguardado: Camila Pitanga volta à emissora após quase uma década, interpretando Ellen, uma personagem que, apesar de sua breve participação, terá impacto duradouro na trama. Escrita por Rosane Svartman, a novela promete abordar temas profundos como maternidade, saúde mental, adoção e superação, com uma narrativa que mistura emoção, triângulos amorosos e reflexões sociais. Ellen, uma mulher que enfrenta um câncer de colo do útero em estágio terminal, aparece logo no primeiro capítulo, entregando sua filha Sofia ao magnata Abel Boaz, interpretado por Tony Ramos, antes de sua morte. A participação de Camila, embora curta, é descrita como intensa e carregada de simbolismo, reforçando a importância da prevenção e do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate a doenças graves.

A preparação de Camila Pitanga para o papel envolveu uma imersão profunda. A atriz visitou o Instituto Nacional de Câncer (INCA), onde conversou com médicas, psicólogas e pacientes para compreender o impacto físico e emocional de um diagnóstico de câncer. Essa pesquisa trouxe autenticidade à sua interpretação, que destaca a força de Ellen, uma mulher que, mesmo diante da morte, luta para garantir o futuro de sua filha. A novela, que substitui “Volta por Cima” na faixa das 19h30, também apresenta Clara Moneke como Leona, uma jovem babá que se torna peça central na vida de Sofia, e Claudia Abreu como Filipa, a esposa emocionalmente instável de Abel.

“Dona de Mim” chega com a promessa de conquistar o público com uma história envolvente, que combina o sabor das novelas tradicionais com debates contemporâneos. A direção artística de Allan Fiterman e a produção de Mariana Pinheiro reforçam a qualidade da obra, que já gera expectativa por sua abordagem sensível a questões como saúde, família e autoestima. A participação de Camila Pitanga, mesmo que breve, é apontada como um dos grandes momentos da estreia, com cenas gravadas em um hospital que prometem emocionar os telespectadores.

Um retorno aguardado à Globo

Camila Pitanga, aos 47 anos, marca sua volta à Globo após um hiato de oito anos desde sua última novela na emissora, “Velho Chico”, em 2016. A atriz, que também estrelou recentemente a série “Beleza Fatal” na plataforma Max, aceitou o convite para “Dona de Mim” sem hesitação, motivada pela oportunidade de trabalhar novamente com Rosane Svartman e Allan Fiterman. Sua personagem, Ellen, é descrita como uma figura de resiliência e fé, devota de Nossa Senhora da Penha, que enfrenta um câncer terminal enquanto toma decisões cruciais para o futuro de sua filha, Sofia.

A escolha de Camila para o papel reflete sua capacidade de transmitir emoção em personagens complexos. Ellen, embora apareça apenas no início da trama, deixa um legado que permeia toda a história. A personagem entrega Sofia, ainda bebê, a Abel Boaz, que a registra como sua filha após uma promessa feita a Ellen, motivada por uma dívida de vida. Esse ato inicial desencadeia os eventos centrais da novela, que explora as relações familiares na mansão dos Boaz, uma família dona de uma tradicional marca de lingerie.

A preparação para o papel exigiu de Camila um mergulho em questões técnicas e emocionais. Durante suas visitas ao INCA, a atriz aprendeu sobre o impacto do câncer de colo do útero, uma doença que, segundo dados do Instituto, afeta cerca de 17 mil mulheres por ano no Brasil, sendo a quarta causa de morte por câncer entre mulheres no país. A fé, mencionada por pacientes como um pilar de enfrentamento, também foi incorporada à construção de Ellen, que encontra força em sua espiritualidade para lidar com o diagnóstico.

A trama de ‘Dona de Mim’ e seus temas centrais

“Dona de Mim” se apresenta como uma novela que combina elementos clássicos do gênero, como triângulos amorosos e dramas familiares, com discussões atuais sobre saúde mental, maternidade e adoção. A história gira em torno de Leona, ou Leo, interpretada por Clara Moneke, uma jovem que enfrenta dificuldades financeiras e um trauma pessoal após uma perda gestacional. Ao se tornar babá de Sofia, filha de Abel e Filipa, Leo encontra um novo propósito e desenvolve uma relação especial com a menina, que vive solitária em uma mansão cercada por adultos.

A novela também explora a dinâmica da família Boaz, marcada por tensões e segredos. Abel, interpretado por Tony Ramos, é um patriarca com alma de poeta, mas sobrecarregado pela responsabilidade de comandar a empresa familiar. Sua esposa, Filipa, vivida por Claudia Abreu, luta para encontrar seu lugar como mãe e mulher, enfrentando instabilidade emocional e as frustrações de uma carreira artística que nunca decolou. A chegada de Leo à mansão impacta não apenas Sofia, mas também os irmãos Samuel, Davi e Ayla, trazendo novos caminhos para a narrativa.

A abordagem de temas como saúde mental e adoção é um dos diferenciais da trama. A novela destaca a importância de redes de apoio para lidar com traumas e a necessidade de prevenção em saúde, especialmente em relação ao câncer de colo do útero, que pode ser detectado precocemente por meio de exames como o Papanicolau. A história de Ellen, embora trágica, serve como um alerta para a importância do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos pelo SUS.

• Temas centrais de ‘Dona de Mim’:
  • Maternidade: Explora diferentes formas de ser mãe, incluindo adoção e laços não biológicos.
  • Saúde mental: Aborda os desafios emocionais de personagens como Filipa e Leo.
  • Superação: Enfatiza a resiliência diante de perdas e traumas.
  • Prevenção em saúde: Destaca a importância do diagnóstico precoce de doenças graves.

O impacto de Ellen na narrativa

Embora Ellen apareça apenas no primeiro capítulo, sua presença ressoa ao longo da trama. A personagem deixa uma carta para Sofia, que Abel promete entregar quando a menina completar 18 anos, e uma medalhinha que se torna um símbolo de conexão entre mãe e filha. Sofia, interpretada por Elis Cabral, carrega a foto de Ellen e a considera sua verdadeira mãe, o que gera conflitos com Filipa, que tenta construir um vínculo maternal com a menina.

A história de Ellen também levanta questões sobre escolhas e sacrifícios. Sua decisão de confiar Sofia a Abel reflete a força de uma mãe que, mesmo enfrentando a morte, prioriza o bem-estar da filha. A personagem é descrita como uma lutadora, alguém que já havia salvado a vida de Abel no passado, o que justifica a promessa que ele faz de criar Sofia como sua filha. Essa dívida de vida, embora não detalhada na estreia, será explorada em flashbacks ao longo da novela.

A interpretação de Camila Pitanga é apontada como um dos pontos altos do primeiro capítulo. Suas cenas no hospital, à beira da morte, foram gravadas com cuidado para transmitir a gravidade do momento sem perder a humanidade da personagem. A atriz destacou a importância de representar a condição de Ellen de forma respeitosa, enfatizando a mensagem de prevenção e o papel do SUS no atendimento a pacientes oncológicos.

A preparação de Camila Pitanga para o papel

Camila Pitanga dedicou-se intensamente à construção de Ellen. Além das visitas ao INCA, a atriz buscou entender o contexto emocional de pacientes com câncer terminal, conversando com psicólogas e familiares. Essa pesquisa foi essencial para que ela captasse a complexidade de uma mulher que enfrenta a morte enquanto tenta proteger sua filha. A fé, um elemento recorrente nas conversas com pacientes, foi incorporada à personagem, que encontra consolo em sua devoção a Nossa Senhora da Penha.

A preparação também envolveu desafios logísticos, já que Camila gravou suas cenas em um curto período, devido à natureza breve de sua participação. Apesar do tempo limitado, a atriz conseguiu trazer profundidade ao papel, com uma atuação que combina vulnerabilidade e determinação. Sua experiência em papéis intensos, como em “Velho Chico” e “Aruanas”, contribuiu para a força de sua interpretação.

A escolha de abordar o câncer de colo do útero, mesmo sem nomeá-lo explicitamente na trama, reflete a intenção da novela de conscientizar o público. Dados do Ministério da Saúde apontam que o exame Papanicolau, oferecido gratuitamente pelo SUS, pode reduzir em até 80% a mortalidade por esse tipo de câncer quando realizado regularmente. A história de Ellen, portanto, vai além do drama ficcional, servindo como um convite à reflexão sobre a saúde feminina.

O elenco estelar e a direção de ‘Dona de Mim’

“Dona de Mim” reúne um elenco de peso, que combina nomes consagrados e novos talentos. Tony Ramos, como Abel Boaz, traz sua experiência para dar vida a um patriarca complexo, enquanto Claudia Abreu entrega uma Filipa multifacetada, marcada por fragilidades e ambições. Clara Moneke, em seu primeiro papel protagonista, é apontada como uma revelação, trazendo carisma e autenticidade à Leona.

A direção artística de Allan Fiterman é outro destaque. Conhecido por seu trabalho em novelas como “Vai na Fé”, Fiterman aposta em uma estética que valoriza tanto os cenários grandiosos, como a mansão dos Boaz, quanto os detalhes do cotidiano, como a Feira de São Cristóvão, onde parte da trama se desenrola. A produção de Mariana Pinheiro garante a qualidade visual, com figurinos e cenários que reforçam a identidade da novela.

Além dos protagonistas, o elenco conta com nomes como Marcelo Novaes, que interpreta Jaques, irmão de Abel com quem mantém uma relação conflituosa, e jovens atores como Rafa Vitti, Juan Paiva e Bel Lima, que dão vida aos filhos de Abel. A química entre os personagens promete ser um dos pontos fortes da trama, especialmente nas interações entre Leona e Sofia.

• Elenco principal de ‘Dona de Mim’:
  • Camila Pitanga como Ellen, a mãe biológica de Sofia.
  • Tony Ramos como Abel Boaz, o patriarca da família.
  • Claudia Abreu como Filipa, a esposa de Abel.
  • Clara Moneke como Leona, a babá que transforma a vida de Sofia.
  • Elis Cabral como Sofia, a menina que busca atenção.

A relevância social da novela

“Dona de Mim” se destaca por sua abordagem de questões sociais relevantes. A novela aborda a saúde mental por meio de personagens como Filipa, que enfrenta instabilidade emocional, e Leona, que lida com o trauma de uma perda gestacional. A adoção, tema central na relação entre Sofia, Abel e Filipa, é tratada com sensibilidade, destacando os desafios e as possibilidades de construir laços familiares não biológicos.

A saúde feminina também ganha espaço, com a história de Ellen servindo como um alerta para a importância da prevenção do câncer de colo do útero. A novela reforça a necessidade de acesso ao SUS e a exames regulares, que podem salvar vidas. Dados do INCA mostram que 70% dos casos de câncer de colo do útero são diagnosticados em estágios avançados, o que reduz as chances de cura. A trama busca mudar essa realidade ao incentivar a conscientização.

Outro aspecto relevante é a representatividade. Com Clara Moneke como protagonista, a novela traz uma mulher negra no centro da narrativa, algo ainda raro nas produções brasileiras. A escolha reflete o compromisso de Rosane Svartman em criar histórias inclusivas, como já fez em “Vai na Fé”. A Feira de São Cristóvão, cenário recorrente, também celebra a cultura popular brasileira, com suas tradições nordestinas e forró.

Cronograma da novela

A estreia de “Dona de Mim” está marcada para 28 de abril de 2025, substituindo “Volta por Cima” na faixa das 19h30 da Globo. A novela terá exibição de segunda a sábado, com capítulos que prometem equilibrar emoção, humor e reflexões sociais. A trama está prevista para permanecer no ar até o início de 2026, com cerca de 150 capítulos.

• Datas importantes de ‘Dona de Mim’:
  • Estreia: 28 de abril de 2025, às 19h30.
  • Exibição: Segunda a sábado, na Globo.
  • Previsão de término: Janeiro de 2026.
  • Lançamento da trilha sonora: Maio de 2025 (a confirmar).

A expectativa do público e da crítica

A estreia de “Dona de Mim” é aguardada com grande expectativa, especialmente após o sucesso de “Vai na Fé”, também escrita por Rosane Svartman. A combinação de um elenco estelar, uma trama envolvente e temas relevantes posiciona a novela como uma das grandes apostas da Globo para 2025. A participação de Camila Pitanga, mesmo que breve, já é apontada como um dos momentos mais marcantes da estreia, com potencial para emocionar o público.

A crítica especializada destaca a abordagem sensível da novela a temas como saúde e maternidade, além da qualidade da direção e do elenco. A escolha de tratar o câncer de colo do útero, ainda um tabu em muitas discussões, é vista como um acerto, especialmente por sua mensagem de prevenção. A representatividade, com Clara Moneke no papel principal, também é elogiada como um passo importante para a diversidade na TV brasileira.

A novela também promete conquistar o público com sua trilha sonora, que deve incluir músicas que reforcem a identidade cultural da trama, como forró e canções populares. A ambientação na Feira de São Cristóvão, com sua atmosfera vibrante, é outro elemento que deve atrair os telespectadores, conectando a história à realidade de muitos brasileiros.

O legado de Ellen e a mensagem de prevenção

A história de Ellen, embora concentrada no primeiro capítulo, deixa uma marca indelével em “Dona de Mim”. Sua luta contra o câncer e sua decisão de confiar Sofia a Abel destacam a força do amor maternal, mesmo diante das adversidades. A personagem serve como um lembrete da importância de cuidar da saúde, especialmente por meio de exames preventivos que podem detectar o câncer de colo do útero em estágios iniciais.

A mensagem de prevenção é reforçada pela própria Camila Pitanga, que, durante o lançamento da novela, fez um apelo para que as mulheres priorizem seus exames. O SUS, alvo de debates recentes, é destacado como um recurso essencial para o acesso a tratamentos e diagnósticos, especialmente em um país onde as desigualdades sociais ainda limitam o acesso à saúde.

A novela também abre espaço para discussões sobre o luto e a resiliência. A relação entre Sofia e a memória de Ellen, simbolizada pela medalhinha e pela foto que a menina carrega, é um fio condutor da trama, que explora como o passado influencia o presente. A história de Leona, que encontra em Sofia uma nova forma de amor, reforça a ideia de que a superação é possível, mesmo após grandes perdas.

A força da representatividade na trama

A escolha de Clara Moneke como protagonista é um marco para “Dona de Mim”. Em um cenário onde a representatividade ainda é um desafio na televisão brasileira, a novela coloca uma mulher negra no centro da narrativa, com uma história que vai além dos estereótipos. Leona é uma personagem complexa, que enfrenta dificuldades financeiras, lida com um trauma pessoal e encontra força para transformar a vida de Sofia.

A representatividade também se estende a outros personagens, como os jovens da Feira de São Cristóvão, que trazem à tona a riqueza cultural do Brasil. A novela celebra a diversidade por meio de suas locações, figurinos e trilha sonora, criando uma conexão com o público que se identifica com esses elementos. A direção de Allan Fiterman valoriza essa pluralidade, com cenas que destacam a autenticidade dos cenários e dos personagens.

A história de “Dona de Mim” é, em essência, sobre encontrar um lugar no mundo, seja como mãe, filha, esposa ou indivíduo. A novela promete tocar o público com sua abordagem humana e sensível, enquanto levanta questões importantes sobre saúde, família e superação. A participação de Camila Pitanga, com sua Ellen inesquecível, é apenas o começo de uma trama que deve marcar a televisão brasileira em 2025.