A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) colocou um ponto final nas negociações com Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, para assumir o comando da Seleção Brasileira. Após meses de tratativas, o acordo, que parecia próximo, foi interrompido devido a entraves financeiros com o clube espanhol e preocupações do treinador italiano com a instabilidade administrativa da CBF e a segurança no Brasil. Com a decisão, a entidade agora volta suas atenções para Jorge Jesus, ex-Flamengo e atual técnico do Al-Hilal, que surge como favorito para liderar a equipe nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A necessidade de definir um novo comandante antes dos jogos contra Equador e Paraguai, em junho, pressiona a CBF a agir rapidamente.
O processo de negociação com Ancelotti foi marcado por altos e baixos. Desde 2023, o italiano era o principal alvo da CBF, especialmente sob o comando do presidente Ednaldo Rodrigues, que via no treinador multicampeão a experiência necessária para recolocar o Brasil no topo do futebol mundial. No entanto, a recusa do Real Madrid em pagar a multa rescisória do contrato de Ancelotti, válido até junho de 2026, tornou a transferência inviável. A diretoria do clube espanhol, liderada por Florentino Pérez, informou que só liberaria o técnico sem custos, uma condição que a CBF não aceitou.
⚠️ URGENTE!!!
Conversas encerradas: CBF desiste da contratação do técnico Ancelotti.
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📸 Real Madrid pic.twitter.com/LIKJJiaH13— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) April 29, 2025
Além das questões financeiras, outros fatores pesaram na decisão de Ancelotti. O treinador, que já havia assinado um compromisso com a CBF em 2023, expressou preocupações com a instabilidade política dentro da entidade, agravada pelo afastamento temporário de Ednaldo Rodrigues no passado. A segurança no Brasil também foi um ponto sensível, especialmente após Ancelotti ter sofrido um assalto em 2021, quando treinava o Everton, na Inglaterra. Esses elementos, somados à pressão do Real Madrid, culminaram no fim das conversas.
Histórico de negociações com Ancelotti
A relação entre Carlo Ancelotti e a CBF tem sido uma novela de idas e vindas. Desde o término da Copa do Mundo de 2022, a entidade brasileira identificou no italiano o perfil ideal para substituir Tite e, posteriormente, Dorival Júnior, que deixou o cargo em março de 2025 após uma derrota por 4 a 1 para a Argentina. Ancelotti, com um currículo invejável que inclui cinco títulos da Liga dos Campeões e conquistas em todas as cinco grandes ligas europeias, era visto como o nome capaz de unir talento e estratégia para liderar a Seleção.
No entanto, as negociações enfrentaram obstáculos desde o início. Em 2023, Ancelotti chegou a assinar um termo de compromisso com a CBF, mas a destituição judicial de Ednaldo Rodrigues à época abalou a confiança do treinador. Com o Real Madrid em boa fase, ele optou por renovar seu contrato com o clube espanhol até 2026. A reaproximação em 2025, impulsionada pelos resultados abaixo do esperado do Real Madrid, trouxe novo otimismo, mas os mesmos problemas de instabilidade e questões contratuais voltaram a surgir.
- Cronologia das negociações:
- 2022: Após a Copa do Mundo, Ancelotti entra no radar da CBF.
- 2023: Assinatura de um compromisso inicial, desfeito com a crise na CBF.
- 2024: Ancelotti renova com o Real Madrid, adiando planos da CBF.
- 2025: Nova tentativa, interrompida por entraves financeiros e preocupações pessoais.
A decisão de encerrar as conversas reflete a urgência da CBF em garantir um técnico para os compromissos de junho. Com a lista de convocados para as eliminatórias precisando ser enviada à Fifa até 18 de maio, a entidade trabalha contra o tempo para evitar improvisos.
Real Madrid e a pressão por resultados
A temporada 2024/2025 tem sido desafiadora para o Real Madrid, o que influenciou diretamente as negociações com Ancelotti. Eliminado nas quartas de final da Liga dos Campeões pelo Arsenal e derrotado por 3 a 2 pelo Barcelona na final da Copa do Rei, o clube enfrenta a possibilidade de encerrar o ano sem títulos. Na La Liga, o Real Madrid está quatro pontos atrás do Barcelona, com apenas cinco rodadas restantes, o que torna o título uma meta improvável.
Essa sequência de resultados ruins levou a diretoria do clube a reconsiderar a permanência de Ancelotti. Apesar de seu histórico vitorioso, com dois títulos da La Liga e três da Liga dos Campeões em suas duas passagens pelo Real, a pressão por renovação no comando técnico cresceu. A presença de nomes como Xabi Alonso, técnico do Bayer Leverkusen, e até Jurgen Klopp, ex-Liverpool, no radar do clube indica que a saída de Ancelotti pode ser iminente, independentemente do desfecho com a CBF.
Para Ancelotti, a situação no Real Madrid também trouxe complicações. O treinador exigiu que o clube pagasse a multa rescisória de seu contrato, estimada em valores significativos, para compensar a quebra do vínculo antes de 2026. A recusa de Florentino Pérez em arcar com esse custo foi o estopim para o fracasso das negociações com a CBF, que não estava disposta a assumir a despesa sozinha.
Preocupações de Ancelotti com o Brasil
Além das questões contratuais, Ancelotti demonstrou receio em relação a aspectos extracampo no Brasil. A instabilidade na CBF, marcada por disputas judiciais e mudanças na presidência, foi um fator determinante. Em 2023, a destituição de Ednaldo Rodrigues gerou incertezas que levaram o treinador a recuar de um acordo prévio. Mesmo com a volta de Rodrigues ao comando, a confiança do italiano na estrutura da entidade permaneceu abalada.
A segurança no Brasil também pesou na decisão. Ancelotti, que já enfrentou um assalto em Liverpool em 2021, expressou preocupações com a possibilidade de viver no país. A CBF insistiu que o treinador residisse no Brasil, uma exigência que contrastava com o desejo de Ancelotti de manter sua base na Espanha, semelhante ao modelo adotado por Lionel Scaloni, técnico da Argentina, que vive em Mallorca. Essas divergências, somadas às questões financeiras, tornaram o acordo inviável.
- Principais preocupações de Ancelotti:
- Instabilidade administrativa da CBF, com histórico de crises políticas.
- Segurança pessoal, agravada por experiências passadas.
- Exigência da CBF para que o treinador resida no Brasil.
Jorge Jesus surge como favorito
Com o fim das negociações com Ancelotti, a CBF voltou suas atenções para Jorge Jesus, que deve deixar o Al-Hilal ao final da temporada 2024/2025. O treinador português, que conquistou a Libertadores e o Campeonato Brasileiro com o Flamengo em 2019, é visto como uma opção viável e popular entre torcedores e dirigentes. Sua experiência no futebol brasileiro, aliada ao sucesso em competições internacionais, o coloca à frente de outros nomes cogitados, como Abel Ferreira, do Palmeiras.
Jorge Jesus já demonstrou interesse em comandar a Seleção Brasileira no passado, mas sua passagem pelo Al-Hilal, onde conquistou o campeonato saudita, reforçou sua reputação como um técnico capaz de adaptar-se a diferentes contextos. A CBF acredita que o português pode trazer a disciplina tática e a mentalidade vencedora necessárias para as eliminatórias e a Copa do Mundo de 2026.
A escolha de Jesus também reflete a necessidade de um nome que gere consenso. Após críticas ao processo de negociação com Ancelotti, descrito como desorganizado por comentaristas como Eric Faria, a CBF busca um treinador que assuma o cargo sem controvérsias. A popularidade de Jesus no Brasil, especialmente entre os flamenguistas, pode facilitar a transição e garantir apoio popular.
Desafios da CBF na escolha do novo técnico
A CBF enfrenta um cenário delicado para definir o próximo treinador da Seleção Brasileira. Com os jogos contra Equador, em 5 de junho, e Paraguai, em 10 de junho, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, a entidade precisa de um comandante que assuma o cargo a tempo de preparar a equipe. A lista de convocados, que deve ser enviada à Fifa até 18 de maio, será inicialmente elaborada por Rodrigo Caetano e Juan, mas a CBF insiste que o novo técnico anuncie os 23 jogadores.
O histórico recente da Seleção Brasileira aumenta a pressão. Após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo de 2022 e a derrota para a Argentina em 2025, a equipe ocupa a quarta posição na tabela das eliminatórias, com necessidade de resultados consistentes para garantir a vaga no Mundial. A escolha do treinador será crucial para definir o rumo do projeto até 2026.
- Nomes cogitados pela CBF:
- Jorge Jesus: Favorito, com experiência no Brasil e no exterior.
- Abel Ferreira: Sucesso no Palmeiras, mas menos cotado.
- Outros: Nomes como Xabi Alonso e Jurgen Klopp foram mencionados, mas sem avanços.
Impacto da decisão na Seleção Brasileira
A interrupção das negociações com Ancelotti representa um revés para a CBF, que apostava no prestígio do italiano para elevar o moral da Seleção. A entidade agora precisa lidar com a pressão de torcedores e da imprensa, que cobram uma solução rápida e eficaz. A escolha de Jorge Jesus, embora promissora, traz desafios, como a adaptação do treinador ao contexto da seleção e a gestão de um elenco repleto de estrelas.
Os próximos meses serão decisivos para a CBF. Além de definir o novo técnico, a entidade precisa garantir que o ambiente interno seja estável, evitando crises administrativas que afastaram Ancelotti. A preparação para os jogos de junho, que marcam a contagem regressiva de um ano para a Copa do Mundo, será um teste para a capacidade da CBF de planejar e executar seu projeto.
A torcida brasileira, por sua vez, mantém a expectativa por um treinador capaz de resgatar a essência do futebol pentacampeão. A chegada de Jorge Jesus, caso confirmada, pode reacender o entusiasmo, mas o caminho até 2026 exige foco e união entre jogadores, comissão técnica e dirigentes.
Cronograma dos próximos passos
A CBF trabalha com prazos apertados para anunciar o novo treinador e preparar a Seleção para os desafios de 2025. O calendário das eliminatórias e a proximidade da Copa do Mundo de 2026 impõem uma agenda rigorosa, que inclui a definição do elenco e a implementação de uma nova filosofia de jogo.
- Datas-chave para a Seleção Brasileira:
- 18 de maio de 2025: Envio da lista de convocados à Fifa.
- 5 de junho de 2025: Jogo contra o Equador, fora de casa.
- 10 de junho de 2025: Jogo contra o Paraguai, em São Paulo.
- Junho de 2026: Início da Copa do Mundo nos Estados Unidos, Canadá e México.
Expectativas para o futuro da Seleção
A desistência de Ancelotti marca o fim de um ciclo de especulações que durou mais de dois anos. Para a CBF, o momento é de reflexão e ação. A escolha de Jorge Jesus ou outro treinador será acompanhada de perto por milhões de brasileiros, que esperam ver a Seleção recuperar seu protagonismo no cenário global. A pressão por resultados imediatos, especialmente nas eliminatórias, será um desafio para o novo comandante.
Enquanto isso, a CBF precisa abordar as questões internas que afastaram Ancelotti. A instabilidade administrativa, que inclui disputas judiciais e mudanças na liderança, deve ser resolvida para garantir um ambiente favorável ao trabalho do próximo técnico. A segurança no Brasil, outro ponto sensível, também exige atenção, especialmente se a entidade mantiver a exigência de residência no país.
O futuro da Seleção Brasileira depende de decisões acertadas nos próximos meses. Com um elenco talentoso, que inclui nomes como Vinícius Júnior, Rodrygo e Endrick, o potencial para o sucesso é evidente. Cabe à CBF encontrar o líder certo para transformar esse potencial em conquistas.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) colocou um ponto final nas negociações com Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, para assumir o comando da Seleção Brasileira. Após meses de tratativas, o acordo, que parecia próximo, foi interrompido devido a entraves financeiros com o clube espanhol e preocupações do treinador italiano com a instabilidade administrativa da CBF e a segurança no Brasil. Com a decisão, a entidade agora volta suas atenções para Jorge Jesus, ex-Flamengo e atual técnico do Al-Hilal, que surge como favorito para liderar a equipe nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A necessidade de definir um novo comandante antes dos jogos contra Equador e Paraguai, em junho, pressiona a CBF a agir rapidamente.
O processo de negociação com Ancelotti foi marcado por altos e baixos. Desde 2023, o italiano era o principal alvo da CBF, especialmente sob o comando do presidente Ednaldo Rodrigues, que via no treinador multicampeão a experiência necessária para recolocar o Brasil no topo do futebol mundial. No entanto, a recusa do Real Madrid em pagar a multa rescisória do contrato de Ancelotti, válido até junho de 2026, tornou a transferência inviável. A diretoria do clube espanhol, liderada por Florentino Pérez, informou que só liberaria o técnico sem custos, uma condição que a CBF não aceitou.
⚠️ URGENTE!!!
Conversas encerradas: CBF desiste da contratação do técnico Ancelotti.
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Além das questões financeiras, outros fatores pesaram na decisão de Ancelotti. O treinador, que já havia assinado um compromisso com a CBF em 2023, expressou preocupações com a instabilidade política dentro da entidade, agravada pelo afastamento temporário de Ednaldo Rodrigues no passado. A segurança no Brasil também foi um ponto sensível, especialmente após Ancelotti ter sofrido um assalto em 2021, quando treinava o Everton, na Inglaterra. Esses elementos, somados à pressão do Real Madrid, culminaram no fim das conversas.
Histórico de negociações com Ancelotti
A relação entre Carlo Ancelotti e a CBF tem sido uma novela de idas e vindas. Desde o término da Copa do Mundo de 2022, a entidade brasileira identificou no italiano o perfil ideal para substituir Tite e, posteriormente, Dorival Júnior, que deixou o cargo em março de 2025 após uma derrota por 4 a 1 para a Argentina. Ancelotti, com um currículo invejável que inclui cinco títulos da Liga dos Campeões e conquistas em todas as cinco grandes ligas europeias, era visto como o nome capaz de unir talento e estratégia para liderar a Seleção.
No entanto, as negociações enfrentaram obstáculos desde o início. Em 2023, Ancelotti chegou a assinar um termo de compromisso com a CBF, mas a destituição judicial de Ednaldo Rodrigues à época abalou a confiança do treinador. Com o Real Madrid em boa fase, ele optou por renovar seu contrato com o clube espanhol até 2026. A reaproximação em 2025, impulsionada pelos resultados abaixo do esperado do Real Madrid, trouxe novo otimismo, mas os mesmos problemas de instabilidade e questões contratuais voltaram a surgir.
- Cronologia das negociações:
- 2022: Após a Copa do Mundo, Ancelotti entra no radar da CBF.
- 2023: Assinatura de um compromisso inicial, desfeito com a crise na CBF.
- 2024: Ancelotti renova com o Real Madrid, adiando planos da CBF.
- 2025: Nova tentativa, interrompida por entraves financeiros e preocupações pessoais.
A decisão de encerrar as conversas reflete a urgência da CBF em garantir um técnico para os compromissos de junho. Com a lista de convocados para as eliminatórias precisando ser enviada à Fifa até 18 de maio, a entidade trabalha contra o tempo para evitar improvisos.
Real Madrid e a pressão por resultados
A temporada 2024/2025 tem sido desafiadora para o Real Madrid, o que influenciou diretamente as negociações com Ancelotti. Eliminado nas quartas de final da Liga dos Campeões pelo Arsenal e derrotado por 3 a 2 pelo Barcelona na final da Copa do Rei, o clube enfrenta a possibilidade de encerrar o ano sem títulos. Na La Liga, o Real Madrid está quatro pontos atrás do Barcelona, com apenas cinco rodadas restantes, o que torna o título uma meta improvável.
Essa sequência de resultados ruins levou a diretoria do clube a reconsiderar a permanência de Ancelotti. Apesar de seu histórico vitorioso, com dois títulos da La Liga e três da Liga dos Campeões em suas duas passagens pelo Real, a pressão por renovação no comando técnico cresceu. A presença de nomes como Xabi Alonso, técnico do Bayer Leverkusen, e até Jurgen Klopp, ex-Liverpool, no radar do clube indica que a saída de Ancelotti pode ser iminente, independentemente do desfecho com a CBF.
Para Ancelotti, a situação no Real Madrid também trouxe complicações. O treinador exigiu que o clube pagasse a multa rescisória de seu contrato, estimada em valores significativos, para compensar a quebra do vínculo antes de 2026. A recusa de Florentino Pérez em arcar com esse custo foi o estopim para o fracasso das negociações com a CBF, que não estava disposta a assumir a despesa sozinha.
Preocupações de Ancelotti com o Brasil
Além das questões contratuais, Ancelotti demonstrou receio em relação a aspectos extracampo no Brasil. A instabilidade na CBF, marcada por disputas judiciais e mudanças na presidência, foi um fator determinante. Em 2023, a destituição de Ednaldo Rodrigues gerou incertezas que levaram o treinador a recuar de um acordo prévio. Mesmo com a volta de Rodrigues ao comando, a confiança do italiano na estrutura da entidade permaneceu abalada.
A segurança no Brasil também pesou na decisão. Ancelotti, que já enfrentou um assalto em Liverpool em 2021, expressou preocupações com a possibilidade de viver no país. A CBF insistiu que o treinador residisse no Brasil, uma exigência que contrastava com o desejo de Ancelotti de manter sua base na Espanha, semelhante ao modelo adotado por Lionel Scaloni, técnico da Argentina, que vive em Mallorca. Essas divergências, somadas às questões financeiras, tornaram o acordo inviável.
- Principais preocupações de Ancelotti:
- Instabilidade administrativa da CBF, com histórico de crises políticas.
- Segurança pessoal, agravada por experiências passadas.
- Exigência da CBF para que o treinador resida no Brasil.
Jorge Jesus surge como favorito
Com o fim das negociações com Ancelotti, a CBF voltou suas atenções para Jorge Jesus, que deve deixar o Al-Hilal ao final da temporada 2024/2025. O treinador português, que conquistou a Libertadores e o Campeonato Brasileiro com o Flamengo em 2019, é visto como uma opção viável e popular entre torcedores e dirigentes. Sua experiência no futebol brasileiro, aliada ao sucesso em competições internacionais, o coloca à frente de outros nomes cogitados, como Abel Ferreira, do Palmeiras.
Jorge Jesus já demonstrou interesse em comandar a Seleção Brasileira no passado, mas sua passagem pelo Al-Hilal, onde conquistou o campeonato saudita, reforçou sua reputação como um técnico capaz de adaptar-se a diferentes contextos. A CBF acredita que o português pode trazer a disciplina tática e a mentalidade vencedora necessárias para as eliminatórias e a Copa do Mundo de 2026.
A escolha de Jesus também reflete a necessidade de um nome que gere consenso. Após críticas ao processo de negociação com Ancelotti, descrito como desorganizado por comentaristas como Eric Faria, a CBF busca um treinador que assuma o cargo sem controvérsias. A popularidade de Jesus no Brasil, especialmente entre os flamenguistas, pode facilitar a transição e garantir apoio popular.
Desafios da CBF na escolha do novo técnico
A CBF enfrenta um cenário delicado para definir o próximo treinador da Seleção Brasileira. Com os jogos contra Equador, em 5 de junho, e Paraguai, em 10 de junho, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, a entidade precisa de um comandante que assuma o cargo a tempo de preparar a equipe. A lista de convocados, que deve ser enviada à Fifa até 18 de maio, será inicialmente elaborada por Rodrigo Caetano e Juan, mas a CBF insiste que o novo técnico anuncie os 23 jogadores.
O histórico recente da Seleção Brasileira aumenta a pressão. Após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo de 2022 e a derrota para a Argentina em 2025, a equipe ocupa a quarta posição na tabela das eliminatórias, com necessidade de resultados consistentes para garantir a vaga no Mundial. A escolha do treinador será crucial para definir o rumo do projeto até 2026.
- Nomes cogitados pela CBF:
- Jorge Jesus: Favorito, com experiência no Brasil e no exterior.
- Abel Ferreira: Sucesso no Palmeiras, mas menos cotado.
- Outros: Nomes como Xabi Alonso e Jurgen Klopp foram mencionados, mas sem avanços.
Impacto da decisão na Seleção Brasileira
A interrupção das negociações com Ancelotti representa um revés para a CBF, que apostava no prestígio do italiano para elevar o moral da Seleção. A entidade agora precisa lidar com a pressão de torcedores e da imprensa, que cobram uma solução rápida e eficaz. A escolha de Jorge Jesus, embora promissora, traz desafios, como a adaptação do treinador ao contexto da seleção e a gestão de um elenco repleto de estrelas.
Os próximos meses serão decisivos para a CBF. Além de definir o novo técnico, a entidade precisa garantir que o ambiente interno seja estável, evitando crises administrativas que afastaram Ancelotti. A preparação para os jogos de junho, que marcam a contagem regressiva de um ano para a Copa do Mundo, será um teste para a capacidade da CBF de planejar e executar seu projeto.
A torcida brasileira, por sua vez, mantém a expectativa por um treinador capaz de resgatar a essência do futebol pentacampeão. A chegada de Jorge Jesus, caso confirmada, pode reacender o entusiasmo, mas o caminho até 2026 exige foco e união entre jogadores, comissão técnica e dirigentes.
Cronograma dos próximos passos
A CBF trabalha com prazos apertados para anunciar o novo treinador e preparar a Seleção para os desafios de 2025. O calendário das eliminatórias e a proximidade da Copa do Mundo de 2026 impõem uma agenda rigorosa, que inclui a definição do elenco e a implementação de uma nova filosofia de jogo.
- Datas-chave para a Seleção Brasileira:
- 18 de maio de 2025: Envio da lista de convocados à Fifa.
- 5 de junho de 2025: Jogo contra o Equador, fora de casa.
- 10 de junho de 2025: Jogo contra o Paraguai, em São Paulo.
- Junho de 2026: Início da Copa do Mundo nos Estados Unidos, Canadá e México.
Expectativas para o futuro da Seleção
A desistência de Ancelotti marca o fim de um ciclo de especulações que durou mais de dois anos. Para a CBF, o momento é de reflexão e ação. A escolha de Jorge Jesus ou outro treinador será acompanhada de perto por milhões de brasileiros, que esperam ver a Seleção recuperar seu protagonismo no cenário global. A pressão por resultados imediatos, especialmente nas eliminatórias, será um desafio para o novo comandante.
Enquanto isso, a CBF precisa abordar as questões internas que afastaram Ancelotti. A instabilidade administrativa, que inclui disputas judiciais e mudanças na liderança, deve ser resolvida para garantir um ambiente favorável ao trabalho do próximo técnico. A segurança no Brasil, outro ponto sensível, também exige atenção, especialmente se a entidade mantiver a exigência de residência no país.
O futuro da Seleção Brasileira depende de decisões acertadas nos próximos meses. Com um elenco talentoso, que inclui nomes como Vinícius Júnior, Rodrygo e Endrick, o potencial para o sucesso é evidente. Cabe à CBF encontrar o líder certo para transformar esse potencial em conquistas.
