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30 Apr 2025, Wed

Jorge Jesus emerge como favorito para seleção brasileira após negociações com Ancelotti travarem na CBF

Jorge Jesus


A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta um momento crucial na escolha do novo técnico da seleção brasileira, com as negociações para contratar Carlo Ancelotti, do Real Madrid, enfrentando obstáculos significativos. Após meses de especulações e tentativas de trazer o renomado treinador italiano, a CBF agora volta suas atenções para Jorge Jesus, técnico português do Al-Hilal, que se consolida como a opção mais viável para assumir o comando da equipe já na Data Fifa de junho de 2025. A reviravolta ocorre em um cenário de pressão por resultados e prazos apertados, com a entidade buscando um nome que possa liderar o Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A decisão, que envolve fatores como contratos, multas rescisórias e compromissos internacionais, reflete a complexidade de gerenciar a seleção mais vitoriosa do futebol mundial.

O impasse com Ancelotti, que era o favorito do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, está diretamente ligado a questões contratuais e ao calendário do Real Madrid. O treinador italiano, que tem contrato com o clube espanhol até junho de 2026, enfrenta dificuldades para se desvincular antes do término da temporada europeia, especialmente devido à falta de acordo sobre a rescisão com o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez. A CBF, por sua vez, trabalha com prazos rígidos, visando ter um técnico definido para a convocação da pré-lista de jogadores em 18 de maio, visando os jogos contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias.

Enquanto isso, Jorge Jesus, que já foi uma prioridade da CBF no passado, retorna ao centro das discussões. O português, conhecido por sua passagem vitoriosa pelo Flamengo entre 2019 e 2020, é visto como uma alternativa mais acessível, especialmente após sua recente eliminação na Champions League da Ásia com o Al-Hilal. A possibilidade de rescisão contratual com o clube saudita, aliada à familiaridade de Jesus com o futebol brasileiro, fortalece sua candidatura.

  • Ancelotti e o Real Madrid: Negociações travadas devido à falta de acordo sobre rescisão contratual e prazos apertados da CBF.
  • Jorge Jesus como plano A: Eliminação na Champions Asiática facilita possível saída do Al-Hilal, com multa rescisória decrescente.
  • Prazos da CBF: Entidade quer técnico definido até 18 de maio para convocação e preparação para jogos de junho.

Histórico das negociações com Ancelotti

A busca por Carlo Ancelotti para comandar a seleção brasileira não é recente. Desde 2023, o italiano é um sonho antigo de Ednaldo Rodrigues, que via no treinador tricampeão da Champions League a experiência necessária para conduzir o Brasil rumo ao hexa na Copa de 2026. Naquele ano, a CBF chegou a avançar nas conversas, mas a negociação esbarrou em questões internas da entidade, incluindo uma crise de governança que culminou na perda temporária de poder de Rodrigues. Além disso, o Real Madrid renovou o contrato de Ancelotti até 2026, frustrando os planos brasileiros.

Agora, em 2025, a CBF retomou os contatos com o italiano, aproveitando a crise enfrentada por ele no Real Madrid. A temporada irregular do clube, marcada por eliminações na Champions League e na Copa do Rei, além de uma desvantagem na La Liga, colocou Ancelotti sob pressão. Apesar disso, a falta de clareza sobre sua saída do clube espanhol, especialmente antes do Mundial de Clubes em junho, tornou a contratação inviável para os prazos da CBF.

A relação entre Ancelotti e os jogadores brasileiros do Real Madrid, como Vinicius Jr., Rodrygo e Endrick, era um dos trunfos da CBF. O técnico mantém uma boa conexão com esses atletas, o que poderia facilitar a transição para a seleção. No entanto, a necessidade de um desfecho rápido levou a entidade a reconsiderar suas prioridades, com Jorge Jesus ganhando destaque.

Jorge Jesus: um velho conhecido do futebol brasileiro

Jorge Jesus, aos 70 anos, é um nome que desperta entusiasmo e controvérsia no Brasil. Sua passagem pelo Flamengo foi marcada por conquistas históricas, incluindo a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro de 2019, além de um estilo de jogo ofensivo que encantou torcedores. No entanto, sua saída abrupta para o Benfica em 2020 deixou marcas, e sua relação com alguns jogadores, como Neymar, é vista com cautela por parte da CBF.

No Al-Hilal, Jesus conquistou o Campeonato Saudita e chegou às fases finais da Champions Asiática, mas a recente eliminação para o Gwangju nas quartas de final abriu uma janela para sua saída. O contrato do treinador com o clube saudita prevê uma multa rescisória que diminui progressivamente até junho, facilitando uma possível negociação com a CBF. Além disso, o português já manifestou publicamente o desejo de treinar a seleção brasileira, o que reforça sua disposição para assumir o cargo.

A familiaridade de Jesus com o futebol brasileiro é um diferencial. Diferentemente de Ancelotti, que nunca trabalhou no Brasil, o português conhece as peculiaridades do país, desde a pressão da torcida até a logística de jogos pelas Eliminatórias. Sua experiência em gerenciar elencos estrelados, como no Flamengo, também pesa a seu favor, embora sua relação com Neymar, marcada por atritos no Al-Hilal, seja um ponto de atenção.

Por que a CBF mudou o foco para Jesus?

A decisão de priorizar Jorge Jesus reflete uma combinação de pragmatismo e estratégia por parte da CBF. Enquanto Ancelotti representa um projeto de longo prazo, com um perfil global e experiência em grandes clubes europeus, sua contratação depende de variáveis fora do controle da entidade, como a decisão de Florentino Pérez. Jesus, por outro lado, oferece uma solução mais imediata, com menos entraves contratuais e maior disponibilidade para assumir o cargo em maio.

Outro fator é o calendário apertado da seleção. Com jogos marcados para 5 e 10 de junho contra Equador e Paraguai, a CBF precisa de um técnico que possa começar a trabalhar imediatamente, sem esperar o desfecho de competições europeias. A eliminação do Al-Hilal na Champions Asiática e a distância do clube para o título do Campeonato Saudita tornam Jesus uma opção mais acessível.

Além disso, a CBF considera o impacto de Jesus junto à torcida. Sua passagem pelo Flamengo criou uma legião de admiradores, e seu estilo de jogo intenso e ofensivo é visto como compatível com a tradição do futebol brasileiro. No entanto, a entidade também avalia os riscos, especialmente a necessidade de gerenciar egos no elenco, como o de Neymar, que será peça central na Copa de 2026.

  • Disponibilidade imediata: Eliminação do Al-Hilal facilita rescisão de Jesus, com multa decrescente até junho.
  • Conhecimento do Brasil: Experiência no Flamengo dá vantagem a Jesus em relação a Ancelotti.
  • Estilo de jogo: Tática ofensiva de Jesus é vista como alinhada ao futebol brasileiro.
  • Relação com Neymar: A CBF monitora possíveis atritos, mas Jesus já sinalizou abertura para trabalhar com o craque.

Os bastidores da escolha do novo técnico

A escolha do novo técnico da seleção brasileira é um processo marcado por intensas negociações e pressões internas. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, enfrenta o desafio de equilibrar suas preferências pessoais com as demandas de dirigentes, jogadores e torcedores. A demissão de Dorival Júnior, anunciada em março de 2025 após uma goleada de 4 a 1 para a Argentina nas Eliminatórias, intensificou a urgência por um nome de peso.

Nos corredores da CBF, há divisões sobre o melhor candidato. Enquanto Rodrigues mantém Ancelotti como seu “sonho”, uma ala significativa defende Jorge Jesus, argumentando que sua contratação seria menos complicada e mais alinhada às necessidades imediatas da seleção. Marcos Braz, ex-vice-presidente de futebol do Flamengo, é um dos que apoiam o português, destacando sua capacidade de implementar um projeto competitivo em pouco tempo.

A CBF também considera outros nomes, como Abel Ferreira, do Palmeiras, e José Mourinho, do Fenerbahçe, mas ambos enfrentam obstáculos contratuais e compromissos com seus clubes. Jürgen Klopp, ex-técnico do Liverpool, chegou a ser mencionado em especulações, mas não há indícios de negociações concretas. Nesse cenário, Jesus se destaca como a opção mais prática, especialmente pela sua pré-disposição em abrir mão do Mundial de Clubes com o Al-Hilal.

Impactos da escolha para a seleção brasileira

A chegada de Jorge Jesus, caso confirmada, terá implicações significativas para a seleção brasileira. Em termos táticos, o português é conhecido por sua abordagem ofensiva, com pressão alta e transições rápidas, características que podem valorizar jogadores como Vinicius Jr., Neymar e Raphinha. No Flamengo, Jesus implementou um sistema que maximizou o desempenho de atletas como Gabriel Barbosa e Bruno Henrique, algo que a CBF espera replicar no contexto da seleção.

No entanto, a gestão de elenco será um desafio. A seleção brasileira conta com uma geração talentosa, mas também com personalidades fortes, como Neymar, que já teve desentendimentos com Jesus no Al-Hilal. O português, por sua vez, sinalizou publicamente que não há problemas com o craque, indicando disposição para construir uma relação profissional. A CBF, ciente dessa dinâmica, planeja reuniões com jogadores-chave para alinhar expectativas.

Outro aspecto é o impacto junto à torcida. A escolha de um técnico estrangeiro, seja Ancelotti ou Jesus, marca uma mudança na tradição da seleção, que historicamente foi comandada por brasileiros. A aceitação de Jesus, porém, pode ser facilitada por sua passagem bem-sucedida pelo Flamengo, que ainda ressoa entre os torcedores.

  • Mudança tática: Jesus pode implementar um estilo ofensivo, com pressão alta e transições rápidas.
  • Gestão de elenco: Desafios incluem a relação com Neymar e a integração de jovens como Endrick.
  • Apoio da torcida: Passagem pelo Flamengo dá a Jesus uma base de apoio, mas pressão por resultados será imediata.
  • Quebra de tradição: Técnico estrangeiro reforça nova fase da seleção brasileira.

Cronograma e próximos passos

A CBF trabalha com um cronograma apertado para definir o novo técnico. A entidade espera anunciar o substituto de Dorival Júnior até o início de maio, garantindo tempo para a preparação da convocação de 18 de maio. Os jogos contra Equador, em Quito, e Paraguai, na Arena Corinthians, são vistos como cruciais para o início do novo ciclo, com a seleção precisando recuperar terreno nas Eliminatórias.

  • Início de maio: Anúncio do novo técnico, com preferência por Jorge Jesus.
  • 18 de maio: Divulgação da pré-lista de convocados para os jogos de junho.
  • 25 de maio: Lista definitiva de jogadores para as Eliminatórias.
  • 5 de junho: Jogo contra o Equador, em Quito, pelas Eliminatórias.
  • 10 de junho: Jogo contra o Paraguai, na Arena Corinthians, pelas Eliminatórias.

Desafios para Jorge Jesus na seleção

Assumir a seleção brasileira é uma tarefa que combina prestígio e pressão. Jorge Jesus, caso confirmado, enfrentará o desafio de liderar uma equipe que não conquista a Copa do Mundo desde 2002 e que vive um momento de reconstrução após resultados decepcionantes, como a goleada para a Argentina. A expectativa por um futebol vistoso e competitivo será imediata, especialmente com a proximidade da Copa de 2026.

Além disso, Jesus precisará lidar com a logística das Eliminatórias, que envolvem viagens longas e condições adversas, como jogos em altitude. Sua experiência no Brasil, embora limitada ao contexto de clubes, pode ajudá-lo a navegar essas peculiaridades, mas a pressão por resultados em um ambiente de seleção é única.

A relação com a imprensa também será um fator. Jesus é conhecido por declarações contundentes, o que pode gerar tanto apoio quanto críticas. A CBF, ciente disso, planeja oferecer suporte ao treinador, incluindo uma equipe de comunicação para gerenciar a exposição midiática.

O que a torcida espera do novo técnico

A torcida brasileira, conhecida por sua paixão e exigência, espera um técnico que resgate a essência do futebol arte, mas com resultados consistentes. Jorge Jesus, com seu histórico de títulos e estilo de jogo vibrante, tem o potencial de atender a essas expectativas, mas precisará provar sua capacidade em um contexto completamente diferente do que enfrentou no Flamengo ou no Al-Hilal.

A escolha de Jesus também reacende o debate sobre técnicos estrangeiros na seleção. Embora a resistência a nomes de fora tenha diminuído nos últimos anos, a pressão por resultados será ainda maior para um treinador que não é brasileiro. A torcida, no entanto, tende a apoiar nomes que demonstrem compromisso e competência, algo que Jesus já provou em sua passagem pelo Flamengo.

A visão de longo prazo da CBF

A CBF enxerga a contratação de um novo técnico como parte de um projeto maior, que vai além da Copa de 2026. A entidade busca estabelecer uma filosofia de jogo consistente, capaz de integrar jovens talentos, como Endrick e Vitor Roque, com veteranos como Neymar e Casemiro. Jorge Jesus, com sua experiência em desenvolver sistemas táticos e maximizar o desempenho de jogadores, é visto como um nome capaz de liderar essa transição.

Além disso, a CBF planeja investir em infraestrutura e tecnologia, incluindo a modernização do centro de treinamento da Granja Comary. A chegada de um técnico como Jesus pode acelerar esses planos, trazendo uma perspectiva externa e novas ideias para o futebol brasileiro.

O impacto no cenário internacional

A escolha do novo técnico da seleção brasileira também reverbera no cenário internacional. Com Jorge Jesus, o Brasil pode adotar um estilo de jogo mais próximo do futebol europeu, com ênfase na intensidade e na organização tática. Isso seria uma resposta às críticas de que a seleção tem ficado atrás de potências como Argentina e França, que combinam talento individual com sistemas bem definidos.

No contexto sul-americano, a rivalidade com a Argentina, atual campeã mundial, ganha um novo capítulo. Jesus, com sua experiência em competições de alto nível, terá a missão de superar Lionel Scaloni e devolver ao Brasil o protagonismo no continente.

Como Jesus pode moldar o futuro da seleção

Jorge Jesus, se confirmado, terá a oportunidade de deixar um legado na seleção brasileira. Sua abordagem tática, que privilegia a posse de bola e a pressão alta, pode transformar a maneira como o Brasil joga, especialmente contra adversários mais fechados nas Eliminatórias. Além disso, sua experiência em lidar com jogadores jovens pode ajudar a consolidar a nova geração, garantindo uma transição suave para o pós-Neymar.

O português também é conhecido por sua capacidade de motivar elencos, algo essencial em um ambiente de seleção, onde o tempo de convivência é limitado. Sua passagem pelo Flamengo mostrou que ele consegue extrair o melhor de jogadores em pouco tempo, uma habilidade que será testada nos jogos de junho.

Expectativas para os jogos de junho

Os confrontos contra Equador e Paraguai serão o primeiro teste de Jorge Jesus, caso ele assuma o cargo. O jogo em Quito, em altitude, exigirá uma preparação física e tática específica, enquanto a partida na Arena Corinthians será uma oportunidade para conquistar a torcida. A CBF espera que o novo técnico traga uma identidade clara desde o início, com um futebol que combine eficiência e espetáculo.

A convocação de maio será outro momento crucial. Jesus, se confirmado, terá a tarefa de equilibrar a experiência de jogadores como Neymar e Casemiro com a juventude de nomes como Vinicius Jr. e Endrick. A escolha dos convocados também será um indicativo de sua visão para a Copa de 2026.

O papel de Neymar no projeto

Neymar, aos 33 anos, segue como a principal estrela da seleção brasileira, mas sua relação com Jorge Jesus é um ponto de atenção. No Al-Hilal, os dois tiveram desentendimentos, especialmente após críticas do treinador à forma física do jogador. No entanto, Jesus já fez gestos públicos para apaziguar a situação, afirmando que não há problemas pessoais.

A CBF vê Neymar como peça central no projeto da Copa de 2026, e a escolha de Jesus dependerá, em parte, de sua capacidade de gerenciar o craque. Reuniões entre o treinador, o jogador e a diretoria da CBF estão previstas para alinhar expectativas e garantir uma relação produtiva.

A pressão por resultados imediatos

A seleção brasileira vive um momento de cobrança por resultados. Após o fracasso na Copa de 2022 e a goleada para a Argentina nas Eliminatórias, a torcida e a imprensa exigem uma resposta imediata. Jorge Jesus, com seu histórico de conquistas rápidas, é visto como um nome capaz de atender a essa demanda, mas a pressão será constante.

A CBF, por sua vez, está disposta a investir no projeto, incluindo o pagamento da multa rescisória de Jesus, que é considerada um “investimento” pelo presidente Ednaldo Rodrigues. O sucesso do novo técnico dependerá de sua capacidade de unir o elenco, implementar sua filosofia de jogo e conquistar a confiança da torcida.

O futuro de Ancelotti e o Real Madrid

Embora Jorge Jesus seja o favorito, Carlo Ancelotti ainda não está completamente descartado. O italiano, que enfrenta críticas no Real Madrid, pode se tornar uma opção novamente caso sua saída do clube seja confirmada antes do Mundial de Clubes. No entanto, a CBF não está disposta a esperar até julho, o que torna a contratação de Jesus mais provável.

No Real Madrid, nomes como Xabi Alonso, do Bayer Leverkusen, e Jürgen Klopp são cotados para substituir Ancelotti. A decisão de Florentino Pérez será crucial não apenas para o clube, mas também para o futuro da seleção brasileira.

Um novo capítulo para o futebol brasileiro

A possível chegada de Jorge Jesus à seleção brasileira marca o início de um novo capítulo para o futebol do país. Com a Copa de 2026 no horizonte, a CBF busca um treinador que combine experiência, carisma e capacidade de entrega. Jesus, com seu histórico de sucesso e conhecimento do Brasil, tem todas as credenciais para liderar essa missão, mas o caminho até o hexa será cheio de desafios.

A torcida, ansiosa por um futebol que volte a encantar o mundo, espera que o novo técnico traga resultados e devolva ao Brasil o protagonismo no cenário global. Seja com Jesus ou outro nome, a seleção brasileira está em um momento de transformação, e os próximos meses serão decisivos para definir seu futuro.



A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta um momento crucial na escolha do novo técnico da seleção brasileira, com as negociações para contratar Carlo Ancelotti, do Real Madrid, enfrentando obstáculos significativos. Após meses de especulações e tentativas de trazer o renomado treinador italiano, a CBF agora volta suas atenções para Jorge Jesus, técnico português do Al-Hilal, que se consolida como a opção mais viável para assumir o comando da equipe já na Data Fifa de junho de 2025. A reviravolta ocorre em um cenário de pressão por resultados e prazos apertados, com a entidade buscando um nome que possa liderar o Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A decisão, que envolve fatores como contratos, multas rescisórias e compromissos internacionais, reflete a complexidade de gerenciar a seleção mais vitoriosa do futebol mundial.

O impasse com Ancelotti, que era o favorito do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, está diretamente ligado a questões contratuais e ao calendário do Real Madrid. O treinador italiano, que tem contrato com o clube espanhol até junho de 2026, enfrenta dificuldades para se desvincular antes do término da temporada europeia, especialmente devido à falta de acordo sobre a rescisão com o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez. A CBF, por sua vez, trabalha com prazos rígidos, visando ter um técnico definido para a convocação da pré-lista de jogadores em 18 de maio, visando os jogos contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias.

Enquanto isso, Jorge Jesus, que já foi uma prioridade da CBF no passado, retorna ao centro das discussões. O português, conhecido por sua passagem vitoriosa pelo Flamengo entre 2019 e 2020, é visto como uma alternativa mais acessível, especialmente após sua recente eliminação na Champions League da Ásia com o Al-Hilal. A possibilidade de rescisão contratual com o clube saudita, aliada à familiaridade de Jesus com o futebol brasileiro, fortalece sua candidatura.

  • Ancelotti e o Real Madrid: Negociações travadas devido à falta de acordo sobre rescisão contratual e prazos apertados da CBF.
  • Jorge Jesus como plano A: Eliminação na Champions Asiática facilita possível saída do Al-Hilal, com multa rescisória decrescente.
  • Prazos da CBF: Entidade quer técnico definido até 18 de maio para convocação e preparação para jogos de junho.

Histórico das negociações com Ancelotti

A busca por Carlo Ancelotti para comandar a seleção brasileira não é recente. Desde 2023, o italiano é um sonho antigo de Ednaldo Rodrigues, que via no treinador tricampeão da Champions League a experiência necessária para conduzir o Brasil rumo ao hexa na Copa de 2026. Naquele ano, a CBF chegou a avançar nas conversas, mas a negociação esbarrou em questões internas da entidade, incluindo uma crise de governança que culminou na perda temporária de poder de Rodrigues. Além disso, o Real Madrid renovou o contrato de Ancelotti até 2026, frustrando os planos brasileiros.

Agora, em 2025, a CBF retomou os contatos com o italiano, aproveitando a crise enfrentada por ele no Real Madrid. A temporada irregular do clube, marcada por eliminações na Champions League e na Copa do Rei, além de uma desvantagem na La Liga, colocou Ancelotti sob pressão. Apesar disso, a falta de clareza sobre sua saída do clube espanhol, especialmente antes do Mundial de Clubes em junho, tornou a contratação inviável para os prazos da CBF.

A relação entre Ancelotti e os jogadores brasileiros do Real Madrid, como Vinicius Jr., Rodrygo e Endrick, era um dos trunfos da CBF. O técnico mantém uma boa conexão com esses atletas, o que poderia facilitar a transição para a seleção. No entanto, a necessidade de um desfecho rápido levou a entidade a reconsiderar suas prioridades, com Jorge Jesus ganhando destaque.

Jorge Jesus: um velho conhecido do futebol brasileiro

Jorge Jesus, aos 70 anos, é um nome que desperta entusiasmo e controvérsia no Brasil. Sua passagem pelo Flamengo foi marcada por conquistas históricas, incluindo a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro de 2019, além de um estilo de jogo ofensivo que encantou torcedores. No entanto, sua saída abrupta para o Benfica em 2020 deixou marcas, e sua relação com alguns jogadores, como Neymar, é vista com cautela por parte da CBF.

No Al-Hilal, Jesus conquistou o Campeonato Saudita e chegou às fases finais da Champions Asiática, mas a recente eliminação para o Gwangju nas quartas de final abriu uma janela para sua saída. O contrato do treinador com o clube saudita prevê uma multa rescisória que diminui progressivamente até junho, facilitando uma possível negociação com a CBF. Além disso, o português já manifestou publicamente o desejo de treinar a seleção brasileira, o que reforça sua disposição para assumir o cargo.

A familiaridade de Jesus com o futebol brasileiro é um diferencial. Diferentemente de Ancelotti, que nunca trabalhou no Brasil, o português conhece as peculiaridades do país, desde a pressão da torcida até a logística de jogos pelas Eliminatórias. Sua experiência em gerenciar elencos estrelados, como no Flamengo, também pesa a seu favor, embora sua relação com Neymar, marcada por atritos no Al-Hilal, seja um ponto de atenção.

Por que a CBF mudou o foco para Jesus?

A decisão de priorizar Jorge Jesus reflete uma combinação de pragmatismo e estratégia por parte da CBF. Enquanto Ancelotti representa um projeto de longo prazo, com um perfil global e experiência em grandes clubes europeus, sua contratação depende de variáveis fora do controle da entidade, como a decisão de Florentino Pérez. Jesus, por outro lado, oferece uma solução mais imediata, com menos entraves contratuais e maior disponibilidade para assumir o cargo em maio.

Outro fator é o calendário apertado da seleção. Com jogos marcados para 5 e 10 de junho contra Equador e Paraguai, a CBF precisa de um técnico que possa começar a trabalhar imediatamente, sem esperar o desfecho de competições europeias. A eliminação do Al-Hilal na Champions Asiática e a distância do clube para o título do Campeonato Saudita tornam Jesus uma opção mais acessível.

Além disso, a CBF considera o impacto de Jesus junto à torcida. Sua passagem pelo Flamengo criou uma legião de admiradores, e seu estilo de jogo intenso e ofensivo é visto como compatível com a tradição do futebol brasileiro. No entanto, a entidade também avalia os riscos, especialmente a necessidade de gerenciar egos no elenco, como o de Neymar, que será peça central na Copa de 2026.

  • Disponibilidade imediata: Eliminação do Al-Hilal facilita rescisão de Jesus, com multa decrescente até junho.
  • Conhecimento do Brasil: Experiência no Flamengo dá vantagem a Jesus em relação a Ancelotti.
  • Estilo de jogo: Tática ofensiva de Jesus é vista como alinhada ao futebol brasileiro.
  • Relação com Neymar: A CBF monitora possíveis atritos, mas Jesus já sinalizou abertura para trabalhar com o craque.

Os bastidores da escolha do novo técnico

A escolha do novo técnico da seleção brasileira é um processo marcado por intensas negociações e pressões internas. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, enfrenta o desafio de equilibrar suas preferências pessoais com as demandas de dirigentes, jogadores e torcedores. A demissão de Dorival Júnior, anunciada em março de 2025 após uma goleada de 4 a 1 para a Argentina nas Eliminatórias, intensificou a urgência por um nome de peso.

Nos corredores da CBF, há divisões sobre o melhor candidato. Enquanto Rodrigues mantém Ancelotti como seu “sonho”, uma ala significativa defende Jorge Jesus, argumentando que sua contratação seria menos complicada e mais alinhada às necessidades imediatas da seleção. Marcos Braz, ex-vice-presidente de futebol do Flamengo, é um dos que apoiam o português, destacando sua capacidade de implementar um projeto competitivo em pouco tempo.

A CBF também considera outros nomes, como Abel Ferreira, do Palmeiras, e José Mourinho, do Fenerbahçe, mas ambos enfrentam obstáculos contratuais e compromissos com seus clubes. Jürgen Klopp, ex-técnico do Liverpool, chegou a ser mencionado em especulações, mas não há indícios de negociações concretas. Nesse cenário, Jesus se destaca como a opção mais prática, especialmente pela sua pré-disposição em abrir mão do Mundial de Clubes com o Al-Hilal.

Impactos da escolha para a seleção brasileira

A chegada de Jorge Jesus, caso confirmada, terá implicações significativas para a seleção brasileira. Em termos táticos, o português é conhecido por sua abordagem ofensiva, com pressão alta e transições rápidas, características que podem valorizar jogadores como Vinicius Jr., Neymar e Raphinha. No Flamengo, Jesus implementou um sistema que maximizou o desempenho de atletas como Gabriel Barbosa e Bruno Henrique, algo que a CBF espera replicar no contexto da seleção.

No entanto, a gestão de elenco será um desafio. A seleção brasileira conta com uma geração talentosa, mas também com personalidades fortes, como Neymar, que já teve desentendimentos com Jesus no Al-Hilal. O português, por sua vez, sinalizou publicamente que não há problemas com o craque, indicando disposição para construir uma relação profissional. A CBF, ciente dessa dinâmica, planeja reuniões com jogadores-chave para alinhar expectativas.

Outro aspecto é o impacto junto à torcida. A escolha de um técnico estrangeiro, seja Ancelotti ou Jesus, marca uma mudança na tradição da seleção, que historicamente foi comandada por brasileiros. A aceitação de Jesus, porém, pode ser facilitada por sua passagem bem-sucedida pelo Flamengo, que ainda ressoa entre os torcedores.

  • Mudança tática: Jesus pode implementar um estilo ofensivo, com pressão alta e transições rápidas.
  • Gestão de elenco: Desafios incluem a relação com Neymar e a integração de jovens como Endrick.
  • Apoio da torcida: Passagem pelo Flamengo dá a Jesus uma base de apoio, mas pressão por resultados será imediata.
  • Quebra de tradição: Técnico estrangeiro reforça nova fase da seleção brasileira.

Cronograma e próximos passos

A CBF trabalha com um cronograma apertado para definir o novo técnico. A entidade espera anunciar o substituto de Dorival Júnior até o início de maio, garantindo tempo para a preparação da convocação de 18 de maio. Os jogos contra Equador, em Quito, e Paraguai, na Arena Corinthians, são vistos como cruciais para o início do novo ciclo, com a seleção precisando recuperar terreno nas Eliminatórias.

  • Início de maio: Anúncio do novo técnico, com preferência por Jorge Jesus.
  • 18 de maio: Divulgação da pré-lista de convocados para os jogos de junho.
  • 25 de maio: Lista definitiva de jogadores para as Eliminatórias.
  • 5 de junho: Jogo contra o Equador, em Quito, pelas Eliminatórias.
  • 10 de junho: Jogo contra o Paraguai, na Arena Corinthians, pelas Eliminatórias.

Desafios para Jorge Jesus na seleção

Assumir a seleção brasileira é uma tarefa que combina prestígio e pressão. Jorge Jesus, caso confirmado, enfrentará o desafio de liderar uma equipe que não conquista a Copa do Mundo desde 2002 e que vive um momento de reconstrução após resultados decepcionantes, como a goleada para a Argentina. A expectativa por um futebol vistoso e competitivo será imediata, especialmente com a proximidade da Copa de 2026.

Além disso, Jesus precisará lidar com a logística das Eliminatórias, que envolvem viagens longas e condições adversas, como jogos em altitude. Sua experiência no Brasil, embora limitada ao contexto de clubes, pode ajudá-lo a navegar essas peculiaridades, mas a pressão por resultados em um ambiente de seleção é única.

A relação com a imprensa também será um fator. Jesus é conhecido por declarações contundentes, o que pode gerar tanto apoio quanto críticas. A CBF, ciente disso, planeja oferecer suporte ao treinador, incluindo uma equipe de comunicação para gerenciar a exposição midiática.

O que a torcida espera do novo técnico

A torcida brasileira, conhecida por sua paixão e exigência, espera um técnico que resgate a essência do futebol arte, mas com resultados consistentes. Jorge Jesus, com seu histórico de títulos e estilo de jogo vibrante, tem o potencial de atender a essas expectativas, mas precisará provar sua capacidade em um contexto completamente diferente do que enfrentou no Flamengo ou no Al-Hilal.

A escolha de Jesus também reacende o debate sobre técnicos estrangeiros na seleção. Embora a resistência a nomes de fora tenha diminuído nos últimos anos, a pressão por resultados será ainda maior para um treinador que não é brasileiro. A torcida, no entanto, tende a apoiar nomes que demonstrem compromisso e competência, algo que Jesus já provou em sua passagem pelo Flamengo.

A visão de longo prazo da CBF

A CBF enxerga a contratação de um novo técnico como parte de um projeto maior, que vai além da Copa de 2026. A entidade busca estabelecer uma filosofia de jogo consistente, capaz de integrar jovens talentos, como Endrick e Vitor Roque, com veteranos como Neymar e Casemiro. Jorge Jesus, com sua experiência em desenvolver sistemas táticos e maximizar o desempenho de jogadores, é visto como um nome capaz de liderar essa transição.

Além disso, a CBF planeja investir em infraestrutura e tecnologia, incluindo a modernização do centro de treinamento da Granja Comary. A chegada de um técnico como Jesus pode acelerar esses planos, trazendo uma perspectiva externa e novas ideias para o futebol brasileiro.

O impacto no cenário internacional

A escolha do novo técnico da seleção brasileira também reverbera no cenário internacional. Com Jorge Jesus, o Brasil pode adotar um estilo de jogo mais próximo do futebol europeu, com ênfase na intensidade e na organização tática. Isso seria uma resposta às críticas de que a seleção tem ficado atrás de potências como Argentina e França, que combinam talento individual com sistemas bem definidos.

No contexto sul-americano, a rivalidade com a Argentina, atual campeã mundial, ganha um novo capítulo. Jesus, com sua experiência em competições de alto nível, terá a missão de superar Lionel Scaloni e devolver ao Brasil o protagonismo no continente.

Como Jesus pode moldar o futuro da seleção

Jorge Jesus, se confirmado, terá a oportunidade de deixar um legado na seleção brasileira. Sua abordagem tática, que privilegia a posse de bola e a pressão alta, pode transformar a maneira como o Brasil joga, especialmente contra adversários mais fechados nas Eliminatórias. Além disso, sua experiência em lidar com jogadores jovens pode ajudar a consolidar a nova geração, garantindo uma transição suave para o pós-Neymar.

O português também é conhecido por sua capacidade de motivar elencos, algo essencial em um ambiente de seleção, onde o tempo de convivência é limitado. Sua passagem pelo Flamengo mostrou que ele consegue extrair o melhor de jogadores em pouco tempo, uma habilidade que será testada nos jogos de junho.

Expectativas para os jogos de junho

Os confrontos contra Equador e Paraguai serão o primeiro teste de Jorge Jesus, caso ele assuma o cargo. O jogo em Quito, em altitude, exigirá uma preparação física e tática específica, enquanto a partida na Arena Corinthians será uma oportunidade para conquistar a torcida. A CBF espera que o novo técnico traga uma identidade clara desde o início, com um futebol que combine eficiência e espetáculo.

A convocação de maio será outro momento crucial. Jesus, se confirmado, terá a tarefa de equilibrar a experiência de jogadores como Neymar e Casemiro com a juventude de nomes como Vinicius Jr. e Endrick. A escolha dos convocados também será um indicativo de sua visão para a Copa de 2026.

O papel de Neymar no projeto

Neymar, aos 33 anos, segue como a principal estrela da seleção brasileira, mas sua relação com Jorge Jesus é um ponto de atenção. No Al-Hilal, os dois tiveram desentendimentos, especialmente após críticas do treinador à forma física do jogador. No entanto, Jesus já fez gestos públicos para apaziguar a situação, afirmando que não há problemas pessoais.

A CBF vê Neymar como peça central no projeto da Copa de 2026, e a escolha de Jesus dependerá, em parte, de sua capacidade de gerenciar o craque. Reuniões entre o treinador, o jogador e a diretoria da CBF estão previstas para alinhar expectativas e garantir uma relação produtiva.

A pressão por resultados imediatos

A seleção brasileira vive um momento de cobrança por resultados. Após o fracasso na Copa de 2022 e a goleada para a Argentina nas Eliminatórias, a torcida e a imprensa exigem uma resposta imediata. Jorge Jesus, com seu histórico de conquistas rápidas, é visto como um nome capaz de atender a essa demanda, mas a pressão será constante.

A CBF, por sua vez, está disposta a investir no projeto, incluindo o pagamento da multa rescisória de Jesus, que é considerada um “investimento” pelo presidente Ednaldo Rodrigues. O sucesso do novo técnico dependerá de sua capacidade de unir o elenco, implementar sua filosofia de jogo e conquistar a confiança da torcida.

O futuro de Ancelotti e o Real Madrid

Embora Jorge Jesus seja o favorito, Carlo Ancelotti ainda não está completamente descartado. O italiano, que enfrenta críticas no Real Madrid, pode se tornar uma opção novamente caso sua saída do clube seja confirmada antes do Mundial de Clubes. No entanto, a CBF não está disposta a esperar até julho, o que torna a contratação de Jesus mais provável.

No Real Madrid, nomes como Xabi Alonso, do Bayer Leverkusen, e Jürgen Klopp são cotados para substituir Ancelotti. A decisão de Florentino Pérez será crucial não apenas para o clube, mas também para o futuro da seleção brasileira.

Um novo capítulo para o futebol brasileiro

A possível chegada de Jorge Jesus à seleção brasileira marca o início de um novo capítulo para o futebol do país. Com a Copa de 2026 no horizonte, a CBF busca um treinador que combine experiência, carisma e capacidade de entrega. Jesus, com seu histórico de sucesso e conhecimento do Brasil, tem todas as credenciais para liderar essa missão, mas o caminho até o hexa será cheio de desafios.

A torcida, ansiosa por um futebol que volte a encantar o mundo, espera que o novo técnico traga resultados e devolva ao Brasil o protagonismo no cenário global. Seja com Jesus ou outro nome, a seleção brasileira está em um momento de transformação, e os próximos meses serão decisivos para definir seu futuro.



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