Em 2025, milhões de trabalhadores brasileiros aguardam o início dos pagamentos do abono salarial PIS/PASEP, um benefício que injeta bilhões na economia e oferece alívio financeiro para famílias de baixa renda. Com um calendário unificado pelo mês de nascimento, o programa contemplará cerca de 25,8 milhões de pessoas, totalizando R$ 30,7 bilhões em repasses. Administrado pela Caixa Econômica Federal para o PIS e pelo Banco do Brasil para o PASEP, o abono é destinado a trabalhadores do setor privado e servidores públicos que atenderem a critérios específicos, como ter trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2023. O valor do benefício, que pode chegar a R$ 1.518, varia conforme o tempo de serviço no ano-base, proporcionando um complemento financeiro significativo para quitar dívidas, investir ou realizar planos pessoais.
O programa, criado há décadas, tem como objetivo principal promover a integração social e econômica dos trabalhadores, além de corrigir distorções na distribuição de renda. Para 2025, o governo federal organizou um cronograma que começa em fevereiro e se estende até agosto, garantindo que os recursos cheguem de forma escalonada aos beneficiários. A consulta ao benefício já está liberada desde 5 de fevereiro, por meio de plataformas digitais como a Carteira de Trabalho Digital e o portal Gov.br, além de canais de atendimento presencial e telefônico.
Para muitos brasileiros, o abono salarial representa uma oportunidade de equilibrar as finanças em um cenário de desafios econômicos. Com o salário mínimo fixado em R$ 1.518 para 2025, o valor máximo do benefício reflete o compromisso do governo em apoiar trabalhadores de baixa renda, enquanto estimula o consumo e a circulação de recursos no mercado.
O que é o PIS/PASEP e quem tem direito
O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) são iniciativas históricas no Brasil, criadas para beneficiar trabalhadores do setor privado e servidores públicos, respectivamente. Financiados por contribuições de empresas e entidades públicas, esses programas integram o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que também sustenta benefícios como o seguro-desemprego. O abono salarial, principal benefício do PIS/PASEP, é pago anualmente a trabalhadores que cumprem requisitos específicos, funcionando como um complemento de renda para aqueles com remuneração mais baixa.
Para receber o abono em 2025, os trabalhadores precisam atender a critérios claros, estabelecidos pela Lei nº 7.998/1990. Esses requisitos garantem que o benefício seja direcionado a quem realmente depende dele, promovendo maior equidade no mercado de trabalho. Além disso, a correta informação dos dados pelos empregadores é essencial para evitar problemas no acesso ao benefício.
- Estar cadastrado no PIS ou PASEP há pelo menos cinco anos.
- Ter trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias em 2023, consecutivos ou não.
- Ter recebido, em média, até dois salários mínimos mensais em 2023 (R$ 2.640, com base no salário mínimo de R$ 1.320 vigente à época).
- Ter os dados corretamente informados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou no eSocial.
Esses critérios excluem trabalhadores domésticos, empregados por pessoas físicas e aqueles que não possuem vínculo formal com empregadores contribuintes do PIS/PASEP. A exigência de cinco anos de cadastro reforça o caráter de longo prazo do programa, enquanto o limite de dois salários mínimos garante que o benefício alcance os trabalhadores de menor renda.
Como funciona o cálculo do abono salarial
O valor do abono salarial em 2025 é calculado com base no número de meses trabalhados no ano-base de 2023, utilizando o salário mínimo vigente no ano do pagamento, que será de R$ 1.518. Cada mês trabalhado equivale a 1/12 do salário mínimo, ou seja, R$ 126,50. Assim, quem trabalhou o ano inteiro recebe o valor máximo, enquanto aqueles com menos meses de trabalho formal recebem um montante proporcional.
Por exemplo, um trabalhador que atuou por seis meses em 2023 terá direito a R$ 759 (6 x R$ 126,50). Já quem trabalhou apenas um mês receberá R$ 126,50, e assim por diante. Essa proporcionalidade garante que o benefício seja justo, refletindo o tempo de contribuição de cada trabalhador no mercado formal.

A seguir, uma lista detalhada dos valores conforme os meses trabalhados:
- 1 mês: R$ 126,50
- 2 meses: R$ 253,00
- 3 meses: R$ 379,50
- 4 meses: R$ 506,00
- 5 meses: R$ 632,50
- 6 meses: R$ 759,00
- 7 meses: R$ 885,50
- 8 meses: R$ 1.012,00
- 9 meses: R$ 1.138,50
- 10 meses: R$ 1.265,00
- 11 meses: R$ 1.391,50
- 12 meses: R$ 1.518,00
Esse cálculo simples permite que os trabalhadores saibam exatamente quanto receberão, facilitando o planejamento financeiro. A transparência no processo é reforçada pela ampla divulgação do cronograma e dos canais de consulta, que ajudam a evitar confusões sobre os valores devidos.
Calendário de pagamentos para 2025
O calendário de pagamentos do PIS/PASEP 2025 foi unificado pelo mês de nascimento para ambos os programas, uma medida aprovada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) em dezembro de 2024. Os repasses começam em 17 de fevereiro e seguem até 15 de agosto, com os valores disponíveis para saque até 29 de dezembro de 2025. Essa organização escalonada evita sobrecarga nos sistemas bancários e facilita o acesso dos beneficiários.
Para o PIS, administrado pela Caixa Econômica Federal, o cronograma é o seguinte:
- Janeiro: 17 de fevereiro
- Fevereiro: 17 de março
- Março: 15 de abril
- Abril: 15 de abril
- Maio: 15 de maio
- Junho: 15 de maio
- Julho: 17 de junho
- Agosto: 17 de junho
- Setembro: 15 de julho
- Outubro: 15 de julho
- Novembro: 15 de agosto
- Dezembro: 15 de agosto
Para o PASEP, gerido pelo Banco do Brasil, o pagamento segue o número final da inscrição:
- Final 0 ou 1: 17 de fevereiro
- Final 2 ou 3: 17 de março
- Final 4: 15 de abril
- Final 5: 15 de maio
- Final 6: 17 de junho
- Final 7: 15 de julho
- Final 8 ou 9: 15 de agosto
Essa estrutura garante que os trabalhadores saibam exatamente quando poderão acessar seus benefícios, permitindo maior planejamento. Além disso, o prazo estendido até o final de dezembro dá flexibilidade para quem não puder sacar imediatamente.
Como consultar o benefício
A consulta ao abono salarial é um passo essencial para confirmar a elegibilidade e o valor a ser recebido. Desde 5 de fevereiro de 2025, os trabalhadores podem verificar essas informações por meio de diversos canais digitais e presenciais, todos projetados para facilitar o acesso. A digitalização dos serviços tem sido um avanço significativo, permitindo que milhões de brasileiros consultem seus benefícios sem sair de casa.
Os principais canais de consulta incluem:
- Carteira de Trabalho Digital: Disponível para Android e iOS, o aplicativo permite verificar a situação do benefício na seção “Benefícios” após login com a conta Gov.br.
- Portal Gov.br: Acessando a área “Benefícios do Trabalhador”, o usuário pode consultar o valor e a data de pagamento com CPF e senha.
- Aplicativo Caixa Tem: Exclusivo para o PIS, oferece informações detalhadas sobre o abono e outras movimentações financeiras.
- Aplicativo Banco do Brasil: Para o PASEP, permite consulta com o número de inscrição ou CPF e data de nascimento.
- Central Alô Trabalho: O número 158 atende de segunda a sábado, das 7h às 22h, com ligação gratuita.
- Superintendências Regionais do Trabalho: Atendimento presencial para esclarecimentos adicionais.
Além desses, a Caixa disponibiliza o telefone 0800-726-0207 para dúvidas sobre o PIS, enquanto o Banco do Brasil atende pelo 4004-0001 ou 0800-729-0001 para o PASEP. Esses canais garantem que trabalhadores de todas as regiões tenham acesso às informações necessárias, independentemente de sua familiaridade com ferramentas digitais.
Formas de saque do abono
O saque do abono salarial é outro processo que foi simplificado ao longo dos anos, com opções que atendem tanto trabalhadores com contas bancárias quanto aqueles que preferem receber em dinheiro. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil priorizam o crédito automático em contas existentes, mas também oferecem alternativas para garantir que todos os beneficiários tenham acesso aos valores.
Para o PIS, as formas de recebimento incluem:
- Crédito automático em conta corrente ou poupança da Caixa para correntistas.
- Depósito na Poupança Social Digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem.
- Saque com o Cartão Cidadão em terminais de autoatendimento, lotéricas ou correspondentes Caixa Aqui.
- Retirada em agências da Caixa, mediante apresentação de documento com foto, para quem não possui cartão.
Para o PASEP, as opções são:
- Crédito automático em conta corrente ou poupança do Banco do Brasil.
- Transferência via TED ou Pix para contas em outros bancos.
- Saque em agências do Banco do Brasil, com documento de identificação.
Essas alternativas garantem flexibilidade, especialmente para trabalhadores em áreas rurais ou com acesso limitado a serviços bancários. O uso de aplicativos como Caixa Tem e Banco do Brasil também facilita a movimentação dos valores, permitindo transferências, pagamentos e até investimentos diretamente pelo celular.
Impacto econômico do PIS/PASEP
O abono salarial vai além de um benefício individual, desempenhando um papel crucial na economia brasileira. Com R$ 30,7 bilhões previstos para 2025, o programa injeta recursos diretamente nas mãos de trabalhadores de baixa renda, que tendem a gastar a maior parte do valor recebido em bens e serviços essenciais. Estudos indicam que mais de 75% dos beneficiários utilizam o abono para despesas como alimentação, vestuário, material escolar e pagamento de contas, o que estimula o comércio local e fortalece a economia em nível nacional.
Em 2024, por exemplo, o programa liberou R$ 27 bilhões, beneficiando cerca de 24,5 milhões de trabalhadores. A expectativa para 2025 é de um impacto ainda maior, devido ao aumento do salário mínimo e ao número crescente de beneficiários. Regiões como o Nordeste, onde a renda per capita é historicamente mais baixa, tendem a sentir os efeitos do abono de forma mais intensa, com aumento no consumo em setores como varejo e serviços.
Além disso, o programa contribui para a formalização do mercado de trabalho, incentivando empregadores a registrar corretamente seus funcionários na RAIS ou no eSocial. Essa formalização não só garante o acesso ao abono, mas também a outros direitos trabalhistas, como FGTS e seguro-desemprego, criando um ciclo virtuoso de proteção social.
Mudanças previstas para 2026
Embora o PIS/PASEP 2025 siga as regras tradicionais, mudanças estão previstas a partir de 2026, com o objetivo de ajustar o programa às necessidades fiscais do governo. Uma das principais alterações será a redução gradual do teto salarial para elegibilidade, que passará de dois salários mínimos para 1,5 salário mínimo até 2035. Em 2026, o limite de R$ 2.640 (referente a 2023) será reajustado apenas pela inflação, iniciando esse processo de redução.
Essa mudança tem gerado debates entre economistas e representantes dos trabalhadores. De um lado, o governo argumenta que a medida é necessária para garantir a sustentabilidade do programa em longo prazo, reduzindo os gastos públicos. De outro, sindicatos e associações apontam que a redução do teto pode excluir milhares de trabalhadores que dependem do abono como complemento de renda, especialmente em um contexto de aumento do custo de vida.
Para 2025, no entanto, os trabalhadores não serão afetados por essas mudanças, e o foco permanece na garantia de que todos os elegíveis recebam seus benefícios dentro do prazo. A comunicação clara sobre o cronograma e os canais de consulta é essencial para evitar que valores fiquem retidos, como ocorreu em 2024, quando R$ 218,9 milhões não foram sacados por 239.142 trabalhadores.
Dicas para garantir o recebimento
Receber o abono salarial exige atenção a alguns detalhes importantes, especialmente em relação aos dados fornecidos pelos empregadores. Muitos trabalhadores enfrentam dificuldades para acessar o benefício devido a erros na RAIS ou no eSocial, o que pode atrasar ou até impedir o pagamento. Para evitar problemas, algumas medidas simples podem fazer a diferença.
- Verifique seus dados na Carteira de Trabalho Digital regularmente, garantindo que o empregador informou corretamente seu vínculo de trabalho em 2023.
- Confirme seu número de inscrição no PIS/PASEP, disponível no cartão do programa, na Carteira de Trabalho ou nos aplicativos oficiais.
- Atualize suas informações bancárias na Caixa ou no Banco do Brasil para receber o crédito automático, evitando filas e deslocamentos.
- Consulte o benefício logo no início de fevereiro para planejar o saque e evitar correrias de última hora.
- Em caso de dúvidas, procure os canais oficiais (telefone 158, aplicativos ou agências) e evite fontes não confiáveis que podem levar a fraudes.
Essas precauções ajudam a garantir que o trabalhador receba o valor devido sem complicações, aproveitando ao máximo o benefício.
Histórico e relevância do programa
Criado na década de 1970, o PIS/PASEP tem raízes na busca por maior integração dos trabalhadores no desenvolvimento econômico do país. O PIS, instituído pela Lei Complementar nº 7/1970, foi desenhado para conectar os empregados do setor privado ao crescimento das empresas, enquanto o PASEP, criado pela Lei Complementar nº 8/1970, buscava oferecer benefícios semelhantes aos servidores públicos. Ao longo das décadas, o programa evoluiu, incorporando o abono salarial como seu principal instrumento de apoio financeiro.
Hoje, o PIS/PASEP é uma das maiores políticas de transferência de renda do Brasil, beneficiando milhões de trabalhadores anualmente. Sua relevância vai além do impacto financeiro imediato, contribuindo para a redução da desigualdade e o fortalecimento do mercado de consumo. Em 2025, o programa completa mais um ciclo de apoio aos trabalhadores, reafirmando seu papel como pilar da proteção social no país.
O alcance do programa é impressionante. Em 2023, por exemplo, cerca de 24 milhões de brasileiros receberam o abono, com um impacto econômico estimado em R$ 22 bilhões. Para 2025, a expectativa é ainda maior, com mais trabalhadores elegíveis devido ao crescimento do mercado formal em 2023. Esse aumento reflete a recuperação econômica pós-pandemia, que ampliou o número de contratações com carteira assinada em diversos setores.
Canais de atendimento e suporte
Além dos canais de consulta já mencionados, o governo e as instituições financeiras oferecem suporte adicional para esclarecer dúvidas e resolver problemas relacionados ao abono. A Central Alô Trabalho (158) é uma das opções mais acessíveis, funcionando em horário estendido e atendendo trabalhadores de todas as regiões do país. As Superintendências Regionais do Trabalho, por sua vez, são ideais para quem precisa de atendimento presencial, especialmente em casos de discrepâncias nos dados informados pelo empregador.
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil também disponibilizam equipes especializadas para orientar os beneficiários. No caso do PIS, o aplicativo Caixa Trabalhador é uma ferramenta complementar que oferece informações sobre o abono, o seguro-desemprego e outros benefícios trabalhistas. Para o PASEP, o site do Banco do Brasil permite consultas rápidas e seguras, com instruções claras para saques e transferências.
Esses recursos reforçam o compromisso do governo em tornar o acesso ao abono salarial o mais inclusivo possível, atendendo tanto trabalhadores urbanos quanto aqueles em áreas remotas. A combinação de canais digitais e presenciais garante que ninguém fique sem informações, desde que busque os meios oficiais.
Benefícios além do financeiro
Embora o impacto financeiro do PIS/PASEP seja o mais evidente, o programa também traz benefícios intangíveis que fortalecem a relação entre trabalhadores e empregadores. Ao vincular o abono à formalização do trabalho, o programa incentiva a regularização de contratos, o que aumenta a segurança trabalhista e o acesso a outros direitos, como aposentadoria e licenças.
Para os trabalhadores, o abono representa mais do que um dinheiro extra. É uma forma de reconhecimento pelo esforço no mercado formal, muitas vezes em condições desafiadoras. Histórias como a de Maria de Souza, que usou o abono de 2024 para comprar material escolar para seus filhos, ilustram como o benefício pode fazer a diferença em momentos críticos. Para as empresas, o programa reforça a importância de cumprir as obrigações trabalhistas, contribuindo para um mercado mais justo e equilibrado.
Em 2025, o PIS/PASEP continuará a desempenhar esse papel duplo: apoiar financeiramente os trabalhadores e promover a formalização do mercado de trabalho. Com um calendário bem estruturado e canais de consulta acessíveis, o programa está preparado para beneficiar milhões de brasileiros, consolidando sua importância na política social do país.

Em 2025, milhões de trabalhadores brasileiros aguardam o início dos pagamentos do abono salarial PIS/PASEP, um benefício que injeta bilhões na economia e oferece alívio financeiro para famílias de baixa renda. Com um calendário unificado pelo mês de nascimento, o programa contemplará cerca de 25,8 milhões de pessoas, totalizando R$ 30,7 bilhões em repasses. Administrado pela Caixa Econômica Federal para o PIS e pelo Banco do Brasil para o PASEP, o abono é destinado a trabalhadores do setor privado e servidores públicos que atenderem a critérios específicos, como ter trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2023. O valor do benefício, que pode chegar a R$ 1.518, varia conforme o tempo de serviço no ano-base, proporcionando um complemento financeiro significativo para quitar dívidas, investir ou realizar planos pessoais.
O programa, criado há décadas, tem como objetivo principal promover a integração social e econômica dos trabalhadores, além de corrigir distorções na distribuição de renda. Para 2025, o governo federal organizou um cronograma que começa em fevereiro e se estende até agosto, garantindo que os recursos cheguem de forma escalonada aos beneficiários. A consulta ao benefício já está liberada desde 5 de fevereiro, por meio de plataformas digitais como a Carteira de Trabalho Digital e o portal Gov.br, além de canais de atendimento presencial e telefônico.
Para muitos brasileiros, o abono salarial representa uma oportunidade de equilibrar as finanças em um cenário de desafios econômicos. Com o salário mínimo fixado em R$ 1.518 para 2025, o valor máximo do benefício reflete o compromisso do governo em apoiar trabalhadores de baixa renda, enquanto estimula o consumo e a circulação de recursos no mercado.
O que é o PIS/PASEP e quem tem direito
O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) são iniciativas históricas no Brasil, criadas para beneficiar trabalhadores do setor privado e servidores públicos, respectivamente. Financiados por contribuições de empresas e entidades públicas, esses programas integram o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que também sustenta benefícios como o seguro-desemprego. O abono salarial, principal benefício do PIS/PASEP, é pago anualmente a trabalhadores que cumprem requisitos específicos, funcionando como um complemento de renda para aqueles com remuneração mais baixa.
Para receber o abono em 2025, os trabalhadores precisam atender a critérios claros, estabelecidos pela Lei nº 7.998/1990. Esses requisitos garantem que o benefício seja direcionado a quem realmente depende dele, promovendo maior equidade no mercado de trabalho. Além disso, a correta informação dos dados pelos empregadores é essencial para evitar problemas no acesso ao benefício.
- Estar cadastrado no PIS ou PASEP há pelo menos cinco anos.
- Ter trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias em 2023, consecutivos ou não.
- Ter recebido, em média, até dois salários mínimos mensais em 2023 (R$ 2.640, com base no salário mínimo de R$ 1.320 vigente à época).
- Ter os dados corretamente informados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou no eSocial.
Esses critérios excluem trabalhadores domésticos, empregados por pessoas físicas e aqueles que não possuem vínculo formal com empregadores contribuintes do PIS/PASEP. A exigência de cinco anos de cadastro reforça o caráter de longo prazo do programa, enquanto o limite de dois salários mínimos garante que o benefício alcance os trabalhadores de menor renda.
Como funciona o cálculo do abono salarial
O valor do abono salarial em 2025 é calculado com base no número de meses trabalhados no ano-base de 2023, utilizando o salário mínimo vigente no ano do pagamento, que será de R$ 1.518. Cada mês trabalhado equivale a 1/12 do salário mínimo, ou seja, R$ 126,50. Assim, quem trabalhou o ano inteiro recebe o valor máximo, enquanto aqueles com menos meses de trabalho formal recebem um montante proporcional.
Por exemplo, um trabalhador que atuou por seis meses em 2023 terá direito a R$ 759 (6 x R$ 126,50). Já quem trabalhou apenas um mês receberá R$ 126,50, e assim por diante. Essa proporcionalidade garante que o benefício seja justo, refletindo o tempo de contribuição de cada trabalhador no mercado formal.

A seguir, uma lista detalhada dos valores conforme os meses trabalhados:
- 1 mês: R$ 126,50
- 2 meses: R$ 253,00
- 3 meses: R$ 379,50
- 4 meses: R$ 506,00
- 5 meses: R$ 632,50
- 6 meses: R$ 759,00
- 7 meses: R$ 885,50
- 8 meses: R$ 1.012,00
- 9 meses: R$ 1.138,50
- 10 meses: R$ 1.265,00
- 11 meses: R$ 1.391,50
- 12 meses: R$ 1.518,00
Esse cálculo simples permite que os trabalhadores saibam exatamente quanto receberão, facilitando o planejamento financeiro. A transparência no processo é reforçada pela ampla divulgação do cronograma e dos canais de consulta, que ajudam a evitar confusões sobre os valores devidos.
Calendário de pagamentos para 2025
O calendário de pagamentos do PIS/PASEP 2025 foi unificado pelo mês de nascimento para ambos os programas, uma medida aprovada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) em dezembro de 2024. Os repasses começam em 17 de fevereiro e seguem até 15 de agosto, com os valores disponíveis para saque até 29 de dezembro de 2025. Essa organização escalonada evita sobrecarga nos sistemas bancários e facilita o acesso dos beneficiários.
Para o PIS, administrado pela Caixa Econômica Federal, o cronograma é o seguinte:
- Janeiro: 17 de fevereiro
- Fevereiro: 17 de março
- Março: 15 de abril
- Abril: 15 de abril
- Maio: 15 de maio
- Junho: 15 de maio
- Julho: 17 de junho
- Agosto: 17 de junho
- Setembro: 15 de julho
- Outubro: 15 de julho
- Novembro: 15 de agosto
- Dezembro: 15 de agosto
Para o PASEP, gerido pelo Banco do Brasil, o pagamento segue o número final da inscrição:
- Final 0 ou 1: 17 de fevereiro
- Final 2 ou 3: 17 de março
- Final 4: 15 de abril
- Final 5: 15 de maio
- Final 6: 17 de junho
- Final 7: 15 de julho
- Final 8 ou 9: 15 de agosto
Essa estrutura garante que os trabalhadores saibam exatamente quando poderão acessar seus benefícios, permitindo maior planejamento. Além disso, o prazo estendido até o final de dezembro dá flexibilidade para quem não puder sacar imediatamente.
Como consultar o benefício
A consulta ao abono salarial é um passo essencial para confirmar a elegibilidade e o valor a ser recebido. Desde 5 de fevereiro de 2025, os trabalhadores podem verificar essas informações por meio de diversos canais digitais e presenciais, todos projetados para facilitar o acesso. A digitalização dos serviços tem sido um avanço significativo, permitindo que milhões de brasileiros consultem seus benefícios sem sair de casa.
Os principais canais de consulta incluem:
- Carteira de Trabalho Digital: Disponível para Android e iOS, o aplicativo permite verificar a situação do benefício na seção “Benefícios” após login com a conta Gov.br.
- Portal Gov.br: Acessando a área “Benefícios do Trabalhador”, o usuário pode consultar o valor e a data de pagamento com CPF e senha.
- Aplicativo Caixa Tem: Exclusivo para o PIS, oferece informações detalhadas sobre o abono e outras movimentações financeiras.
- Aplicativo Banco do Brasil: Para o PASEP, permite consulta com o número de inscrição ou CPF e data de nascimento.
- Central Alô Trabalho: O número 158 atende de segunda a sábado, das 7h às 22h, com ligação gratuita.
- Superintendências Regionais do Trabalho: Atendimento presencial para esclarecimentos adicionais.
Além desses, a Caixa disponibiliza o telefone 0800-726-0207 para dúvidas sobre o PIS, enquanto o Banco do Brasil atende pelo 4004-0001 ou 0800-729-0001 para o PASEP. Esses canais garantem que trabalhadores de todas as regiões tenham acesso às informações necessárias, independentemente de sua familiaridade com ferramentas digitais.
Formas de saque do abono
O saque do abono salarial é outro processo que foi simplificado ao longo dos anos, com opções que atendem tanto trabalhadores com contas bancárias quanto aqueles que preferem receber em dinheiro. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil priorizam o crédito automático em contas existentes, mas também oferecem alternativas para garantir que todos os beneficiários tenham acesso aos valores.
Para o PIS, as formas de recebimento incluem:
- Crédito automático em conta corrente ou poupança da Caixa para correntistas.
- Depósito na Poupança Social Digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem.
- Saque com o Cartão Cidadão em terminais de autoatendimento, lotéricas ou correspondentes Caixa Aqui.
- Retirada em agências da Caixa, mediante apresentação de documento com foto, para quem não possui cartão.
Para o PASEP, as opções são:
- Crédito automático em conta corrente ou poupança do Banco do Brasil.
- Transferência via TED ou Pix para contas em outros bancos.
- Saque em agências do Banco do Brasil, com documento de identificação.
Essas alternativas garantem flexibilidade, especialmente para trabalhadores em áreas rurais ou com acesso limitado a serviços bancários. O uso de aplicativos como Caixa Tem e Banco do Brasil também facilita a movimentação dos valores, permitindo transferências, pagamentos e até investimentos diretamente pelo celular.
Impacto econômico do PIS/PASEP
O abono salarial vai além de um benefício individual, desempenhando um papel crucial na economia brasileira. Com R$ 30,7 bilhões previstos para 2025, o programa injeta recursos diretamente nas mãos de trabalhadores de baixa renda, que tendem a gastar a maior parte do valor recebido em bens e serviços essenciais. Estudos indicam que mais de 75% dos beneficiários utilizam o abono para despesas como alimentação, vestuário, material escolar e pagamento de contas, o que estimula o comércio local e fortalece a economia em nível nacional.
Em 2024, por exemplo, o programa liberou R$ 27 bilhões, beneficiando cerca de 24,5 milhões de trabalhadores. A expectativa para 2025 é de um impacto ainda maior, devido ao aumento do salário mínimo e ao número crescente de beneficiários. Regiões como o Nordeste, onde a renda per capita é historicamente mais baixa, tendem a sentir os efeitos do abono de forma mais intensa, com aumento no consumo em setores como varejo e serviços.
Além disso, o programa contribui para a formalização do mercado de trabalho, incentivando empregadores a registrar corretamente seus funcionários na RAIS ou no eSocial. Essa formalização não só garante o acesso ao abono, mas também a outros direitos trabalhistas, como FGTS e seguro-desemprego, criando um ciclo virtuoso de proteção social.
Mudanças previstas para 2026
Embora o PIS/PASEP 2025 siga as regras tradicionais, mudanças estão previstas a partir de 2026, com o objetivo de ajustar o programa às necessidades fiscais do governo. Uma das principais alterações será a redução gradual do teto salarial para elegibilidade, que passará de dois salários mínimos para 1,5 salário mínimo até 2035. Em 2026, o limite de R$ 2.640 (referente a 2023) será reajustado apenas pela inflação, iniciando esse processo de redução.
Essa mudança tem gerado debates entre economistas e representantes dos trabalhadores. De um lado, o governo argumenta que a medida é necessária para garantir a sustentabilidade do programa em longo prazo, reduzindo os gastos públicos. De outro, sindicatos e associações apontam que a redução do teto pode excluir milhares de trabalhadores que dependem do abono como complemento de renda, especialmente em um contexto de aumento do custo de vida.
Para 2025, no entanto, os trabalhadores não serão afetados por essas mudanças, e o foco permanece na garantia de que todos os elegíveis recebam seus benefícios dentro do prazo. A comunicação clara sobre o cronograma e os canais de consulta é essencial para evitar que valores fiquem retidos, como ocorreu em 2024, quando R$ 218,9 milhões não foram sacados por 239.142 trabalhadores.
Dicas para garantir o recebimento
Receber o abono salarial exige atenção a alguns detalhes importantes, especialmente em relação aos dados fornecidos pelos empregadores. Muitos trabalhadores enfrentam dificuldades para acessar o benefício devido a erros na RAIS ou no eSocial, o que pode atrasar ou até impedir o pagamento. Para evitar problemas, algumas medidas simples podem fazer a diferença.
- Verifique seus dados na Carteira de Trabalho Digital regularmente, garantindo que o empregador informou corretamente seu vínculo de trabalho em 2023.
- Confirme seu número de inscrição no PIS/PASEP, disponível no cartão do programa, na Carteira de Trabalho ou nos aplicativos oficiais.
- Atualize suas informações bancárias na Caixa ou no Banco do Brasil para receber o crédito automático, evitando filas e deslocamentos.
- Consulte o benefício logo no início de fevereiro para planejar o saque e evitar correrias de última hora.
- Em caso de dúvidas, procure os canais oficiais (telefone 158, aplicativos ou agências) e evite fontes não confiáveis que podem levar a fraudes.
Essas precauções ajudam a garantir que o trabalhador receba o valor devido sem complicações, aproveitando ao máximo o benefício.
Histórico e relevância do programa
Criado na década de 1970, o PIS/PASEP tem raízes na busca por maior integração dos trabalhadores no desenvolvimento econômico do país. O PIS, instituído pela Lei Complementar nº 7/1970, foi desenhado para conectar os empregados do setor privado ao crescimento das empresas, enquanto o PASEP, criado pela Lei Complementar nº 8/1970, buscava oferecer benefícios semelhantes aos servidores públicos. Ao longo das décadas, o programa evoluiu, incorporando o abono salarial como seu principal instrumento de apoio financeiro.
Hoje, o PIS/PASEP é uma das maiores políticas de transferência de renda do Brasil, beneficiando milhões de trabalhadores anualmente. Sua relevância vai além do impacto financeiro imediato, contribuindo para a redução da desigualdade e o fortalecimento do mercado de consumo. Em 2025, o programa completa mais um ciclo de apoio aos trabalhadores, reafirmando seu papel como pilar da proteção social no país.
O alcance do programa é impressionante. Em 2023, por exemplo, cerca de 24 milhões de brasileiros receberam o abono, com um impacto econômico estimado em R$ 22 bilhões. Para 2025, a expectativa é ainda maior, com mais trabalhadores elegíveis devido ao crescimento do mercado formal em 2023. Esse aumento reflete a recuperação econômica pós-pandemia, que ampliou o número de contratações com carteira assinada em diversos setores.
Canais de atendimento e suporte
Além dos canais de consulta já mencionados, o governo e as instituições financeiras oferecem suporte adicional para esclarecer dúvidas e resolver problemas relacionados ao abono. A Central Alô Trabalho (158) é uma das opções mais acessíveis, funcionando em horário estendido e atendendo trabalhadores de todas as regiões do país. As Superintendências Regionais do Trabalho, por sua vez, são ideais para quem precisa de atendimento presencial, especialmente em casos de discrepâncias nos dados informados pelo empregador.
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil também disponibilizam equipes especializadas para orientar os beneficiários. No caso do PIS, o aplicativo Caixa Trabalhador é uma ferramenta complementar que oferece informações sobre o abono, o seguro-desemprego e outros benefícios trabalhistas. Para o PASEP, o site do Banco do Brasil permite consultas rápidas e seguras, com instruções claras para saques e transferências.
Esses recursos reforçam o compromisso do governo em tornar o acesso ao abono salarial o mais inclusivo possível, atendendo tanto trabalhadores urbanos quanto aqueles em áreas remotas. A combinação de canais digitais e presenciais garante que ninguém fique sem informações, desde que busque os meios oficiais.
Benefícios além do financeiro
Embora o impacto financeiro do PIS/PASEP seja o mais evidente, o programa também traz benefícios intangíveis que fortalecem a relação entre trabalhadores e empregadores. Ao vincular o abono à formalização do trabalho, o programa incentiva a regularização de contratos, o que aumenta a segurança trabalhista e o acesso a outros direitos, como aposentadoria e licenças.
Para os trabalhadores, o abono representa mais do que um dinheiro extra. É uma forma de reconhecimento pelo esforço no mercado formal, muitas vezes em condições desafiadoras. Histórias como a de Maria de Souza, que usou o abono de 2024 para comprar material escolar para seus filhos, ilustram como o benefício pode fazer a diferença em momentos críticos. Para as empresas, o programa reforça a importância de cumprir as obrigações trabalhistas, contribuindo para um mercado mais justo e equilibrado.
Em 2025, o PIS/PASEP continuará a desempenhar esse papel duplo: apoiar financeiramente os trabalhadores e promover a formalização do mercado de trabalho. Com um calendário bem estruturado e canais de consulta acessíveis, o programa está preparado para beneficiar milhões de brasileiros, consolidando sua importância na política social do país.
