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30 Apr 2025, Wed

Camila Pitanga: 'Minha prioridade é a maternidade, mas não acho que isso seja para toda mulher'




Atriz reflete sobre relação com a filha, Antonia, 16, do antigo casamento com o diretor Claudio Amaral, e alinhamento com a carreira artística Camila Pitanga, de 47 anos de idade, reconhece a maternidade como uma reinvenção diária perante a filha, Antonia, 16, do antigo casamento com o diretor Claudio Amaral Peixoto, além da enteada, Maria Luiza, 26, filha mais velha de seu ex-marido. “Por ser mãe, já me reinventei muitas vezes. Tenho uma filha, a Antonia, e tenho a Maria Luiza [filha do ex-marido]. São 10 anos de diferença e a criança, a cada fase, te exige uma coisa”, reflete em entrevista à Quem.
Saiba-mais taboola
A atriz avalia que não existe um conjunto único de regras para criar um filho, já que cada fase abre novos desafios e experiências. “Não adianta ter uma fórmula de educação, postura. Você tem que estar sempre se reinventando para tentar da melhor maneira possível chegar naquela criança, naquela etapa, naquela fase de vida. Isso te transforma, te provoca e eu adoro”, afirma.
Camila Pitanga e a filha, Antônia
Dan Delmiro / Agnews
Artista desde a infância, a filha de Antonio Pitanga e Vera Manhães conta como lida com o equilíbrio entre os papéis de mãe e profissional. “O paralelo entre a maternidade e a vida artística cai um pouco no sentido da reinvenção. Uma coisa que você vive não é definitiva, você precisa estar em movimento, em constante transformação. Acho que, de alguma maneira, minha carreira artística regou a mãe que eu sou. Essa ideia de uma mãe suficientemente boa”, reflete.
Admitir que não tem o controle de tudo é determinante para a atriz. “Uma mãe real não se fixa numa coisa e admite as insuficiências, que você não dá conta. Essa relação de respeito e amor, soberanamente amor, faz com que você admita essas fragilidades com um pouco mais de leveza. Antonia está com 16 anos, já passou pela fase delicada da ‘aborrecência’, ainda bem que passou. A gente está em uma fase linda. Acho que tem a ver com isso, poder entender esse câmbio”.
Camila Pitanga
André Ligeiro
Marcada por novelas globais, filmes e uma recente série de sucesso, Camila garante que ser mãe vem antes de qualquer demanda profissional, porém pontua que a escolha é pessoal. “Minha prioridade é a maternidade, no meu caso. Amo meu trabalho, mas se tivesse que escolher alguma coisa, talvez, porque eu sei quem é a Antonia, porque ela existe no mundo…Talvez antes, na interrogação [escolheria diferente]…Mas não acho que isso seja para toda mulher”, declara ela, que vive atualmente um relacionamento com o professor de Filosofia Patrick Pessoa.
“Conheço muitas mulheres que optam por não ser mães, porque priorizam seu trabalho e outras coisas. Não é só entre a maternidade e o trabalho, a gente está sempre tendo que escolher como a gente é no mundo”, completa.
Ela também fala do maior desafio de criar uma menina hoje em dia. “Admitir o quanto que a gente precisa ainda batalhar por uma série de coisas, pela violência, que a gente sabe, que a maioria das mulheres é submetida. Considerar ainda um campo para semear e regar, por um lado, preocupa e, por um outro, me instiga”.
Initial plugin text
Camila rasga elogios à filha ao frisar que ensina a adolescente a ter coragem de enfrentar as dificuldades. “Vejo na Antonia uma jovem curiosa, potente, desejosa de estar no mundo e de afirmar as coisas que ela acredita no mundo. A gente não pode, em face do que a gente teme, ficar para trás, em face do que a gente considera que precisa se transformar, a gente se encoraja e assim que educo a minha filha”.
Da estourada vilã Lola, de Beleza Fatal, para a participação em Dona de Mim, nova novela da TV Globo, após 9 anos longe dos folhetins, Camila define o momento atual da carreira como uma fase de prosperidade. “Estou vivendo um momento de colheita e de uma caminhada que é muito coerente, de gostar do meu trabalho, de me realizar no meu trabalho, fazendo as coisas que eu acredito, prosperando. Me sinto próspera”, avalia.
Questionada sobre o que viveu que não gostaria que a filha vivesse, Camila pondera: “Antonia nunca vai repetir, eu sou dos anos 1970, Antonia é de 2008, nunca vai ser a mesma coisa. Tudo o que eu vivi, eu gostei do que eu vivi, não tiraria nem pela própria experiência pessoal e também não acho que seria justo considerar que ela precisaria passar ou não passar”.
“Mas, deixando bem claro, acho que não precisa escolher. Consegui fazer a convivência do meu trabalho e da minha maternidade como alguma coisa que se rega e não como uma coisa que eu tive que optar. Gosto da mãe que eu sou e gosto da artista que eu sou e elas se regam, elas são amigas”, acrescenta.
Assista:
Camila Pitanga reflete sobre priorizar maternidade, criação de menina e carreira
Gravidez
Parte do especial Além da Maternidade, gravado na Dia TV com a Brastemp, com a Quem na plateia, Camila relembrou da gravidez de Antonia durante as gravações de Paraíso Tropical, em 2007.
Camila Pitanga com Wagner Moura em ‘Paraíso Tropical’
Divulgação/Globo
“Demorei a descobrir que estava grávida, porque fiz aquele exame de farmácia e dava negativo. A minha menstruação atrasou, estava bem magra, fiquei com aquele ovinho, meu peito cresceu e dava negativo. Mas lembro de ficar muito sonolenta, muito avoada”, relatou no bate-papo que vai ao ar por completo no Youtube, com Camila Fremder, Bianca Andrade e Tata Estaniecki.
Ela conta que os sintomas da gestação refletiram nos bastidores da personagem que se tornou um dos principais papéis de sua trajetória televisiva. “Estava fazendo a Bebel, contracenando com o Wagner Moura, vivendo uma grande realização. Eu, que sou muito focada no meu trabalho, ficava meio: ‘Ah, é pra ir?’. Ao mesmo tempo, uma exigência de produção, de trabalho. Lembro de ter mais dificuldade para decorar”, afirmou.
Camila Fremder, Bianca Andrade, Camila Pitanga e Tata Estaniecki no especial ‘Além da Maternidade’
André Ligeiro
A atriz ainda comentou sobre a vivência do parto da filha, que durou 16 horas, em 2008. “Vivi vidas. Essas 16 horas foi uma grande saga, estava bem acompanhada com o pai da minha filha, Claudio, querido, a obstetra era legal, tinha uma doula legal. Mas foi um momento de embate pessoal sobre o que eu queria e o que a vida oferece”, declarou.
Camila Pitanga grávida ao lado de Claudio Amaral Peixoto
Reprodução/Instagram
Fases de mãe
Na mesma conversa, Camila exaltou a personalidade curiosa da filha desde pequena. “Antônia me provoca, me instiga, adoro conversar com ela, viajar, quero netos, quero ser avó e ela bebê também viajava muito. Era a bebê que topava tudo. No Marrocos com 5 anos, ficava interessadíssima nas coisas. Ir para uma cozinha qualquer quando bebê e ficava brincando com as panelas e com a textura nova e tudo ser um acontecimento na vida”, relatou.
Camila Pitanga e sua filha, Antônia Peixoto
Webert Belicio / Agnews
Ela ainda fez um paralelo de Antonia pequena como o centro da atenção e, atualmente, a relação estar diferente com a adolescência. “Para mim, foi um conforto poder ter no centro, poder ter uma rotina, poder me organizar, foi muito bom. Agora, estou vivendo uma outra etapa, esse centro não está mais tão colado em mim. Vou ter que ver de novo, vou admirar de longe, vou torcer e vou trocar da maneira como ela também me permite”.
Camila Pitanga e a filha, Antônia
Victor Chapetta/AgNews


Atriz reflete sobre relação com a filha, Antonia, 16, do antigo casamento com o diretor Claudio Amaral, e alinhamento com a carreira artística Camila Pitanga, de 47 anos de idade, reconhece a maternidade como uma reinvenção diária perante a filha, Antonia, 16, do antigo casamento com o diretor Claudio Amaral Peixoto, além da enteada, Maria Luiza, 26, filha mais velha de seu ex-marido. “Por ser mãe, já me reinventei muitas vezes. Tenho uma filha, a Antonia, e tenho a Maria Luiza [filha do ex-marido]. São 10 anos de diferença e a criança, a cada fase, te exige uma coisa”, reflete em entrevista à Quem.
Saiba-mais taboola
A atriz avalia que não existe um conjunto único de regras para criar um filho, já que cada fase abre novos desafios e experiências. “Não adianta ter uma fórmula de educação, postura. Você tem que estar sempre se reinventando para tentar da melhor maneira possível chegar naquela criança, naquela etapa, naquela fase de vida. Isso te transforma, te provoca e eu adoro”, afirma.
Camila Pitanga e a filha, Antônia
Dan Delmiro / Agnews
Artista desde a infância, a filha de Antonio Pitanga e Vera Manhães conta como lida com o equilíbrio entre os papéis de mãe e profissional. “O paralelo entre a maternidade e a vida artística cai um pouco no sentido da reinvenção. Uma coisa que você vive não é definitiva, você precisa estar em movimento, em constante transformação. Acho que, de alguma maneira, minha carreira artística regou a mãe que eu sou. Essa ideia de uma mãe suficientemente boa”, reflete.
Admitir que não tem o controle de tudo é determinante para a atriz. “Uma mãe real não se fixa numa coisa e admite as insuficiências, que você não dá conta. Essa relação de respeito e amor, soberanamente amor, faz com que você admita essas fragilidades com um pouco mais de leveza. Antonia está com 16 anos, já passou pela fase delicada da ‘aborrecência’, ainda bem que passou. A gente está em uma fase linda. Acho que tem a ver com isso, poder entender esse câmbio”.
Camila Pitanga
André Ligeiro
Marcada por novelas globais, filmes e uma recente série de sucesso, Camila garante que ser mãe vem antes de qualquer demanda profissional, porém pontua que a escolha é pessoal. “Minha prioridade é a maternidade, no meu caso. Amo meu trabalho, mas se tivesse que escolher alguma coisa, talvez, porque eu sei quem é a Antonia, porque ela existe no mundo…Talvez antes, na interrogação [escolheria diferente]…Mas não acho que isso seja para toda mulher”, declara ela, que vive atualmente um relacionamento com o professor de Filosofia Patrick Pessoa.
“Conheço muitas mulheres que optam por não ser mães, porque priorizam seu trabalho e outras coisas. Não é só entre a maternidade e o trabalho, a gente está sempre tendo que escolher como a gente é no mundo”, completa.
Ela também fala do maior desafio de criar uma menina hoje em dia. “Admitir o quanto que a gente precisa ainda batalhar por uma série de coisas, pela violência, que a gente sabe, que a maioria das mulheres é submetida. Considerar ainda um campo para semear e regar, por um lado, preocupa e, por um outro, me instiga”.
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Camila rasga elogios à filha ao frisar que ensina a adolescente a ter coragem de enfrentar as dificuldades. “Vejo na Antonia uma jovem curiosa, potente, desejosa de estar no mundo e de afirmar as coisas que ela acredita no mundo. A gente não pode, em face do que a gente teme, ficar para trás, em face do que a gente considera que precisa se transformar, a gente se encoraja e assim que educo a minha filha”.
Da estourada vilã Lola, de Beleza Fatal, para a participação em Dona de Mim, nova novela da TV Globo, após 9 anos longe dos folhetins, Camila define o momento atual da carreira como uma fase de prosperidade. “Estou vivendo um momento de colheita e de uma caminhada que é muito coerente, de gostar do meu trabalho, de me realizar no meu trabalho, fazendo as coisas que eu acredito, prosperando. Me sinto próspera”, avalia.
Questionada sobre o que viveu que não gostaria que a filha vivesse, Camila pondera: “Antonia nunca vai repetir, eu sou dos anos 1970, Antonia é de 2008, nunca vai ser a mesma coisa. Tudo o que eu vivi, eu gostei do que eu vivi, não tiraria nem pela própria experiência pessoal e também não acho que seria justo considerar que ela precisaria passar ou não passar”.
“Mas, deixando bem claro, acho que não precisa escolher. Consegui fazer a convivência do meu trabalho e da minha maternidade como alguma coisa que se rega e não como uma coisa que eu tive que optar. Gosto da mãe que eu sou e gosto da artista que eu sou e elas se regam, elas são amigas”, acrescenta.
Assista:
Camila Pitanga reflete sobre priorizar maternidade, criação de menina e carreira
Gravidez
Parte do especial Além da Maternidade, gravado na Dia TV com a Brastemp, com a Quem na plateia, Camila relembrou da gravidez de Antonia durante as gravações de Paraíso Tropical, em 2007.
Camila Pitanga com Wagner Moura em ‘Paraíso Tropical’
Divulgação/Globo
“Demorei a descobrir que estava grávida, porque fiz aquele exame de farmácia e dava negativo. A minha menstruação atrasou, estava bem magra, fiquei com aquele ovinho, meu peito cresceu e dava negativo. Mas lembro de ficar muito sonolenta, muito avoada”, relatou no bate-papo que vai ao ar por completo no Youtube, com Camila Fremder, Bianca Andrade e Tata Estaniecki.
Ela conta que os sintomas da gestação refletiram nos bastidores da personagem que se tornou um dos principais papéis de sua trajetória televisiva. “Estava fazendo a Bebel, contracenando com o Wagner Moura, vivendo uma grande realização. Eu, que sou muito focada no meu trabalho, ficava meio: ‘Ah, é pra ir?’. Ao mesmo tempo, uma exigência de produção, de trabalho. Lembro de ter mais dificuldade para decorar”, afirmou.
Camila Fremder, Bianca Andrade, Camila Pitanga e Tata Estaniecki no especial ‘Além da Maternidade’
André Ligeiro
A atriz ainda comentou sobre a vivência do parto da filha, que durou 16 horas, em 2008. “Vivi vidas. Essas 16 horas foi uma grande saga, estava bem acompanhada com o pai da minha filha, Claudio, querido, a obstetra era legal, tinha uma doula legal. Mas foi um momento de embate pessoal sobre o que eu queria e o que a vida oferece”, declarou.
Camila Pitanga grávida ao lado de Claudio Amaral Peixoto
Reprodução/Instagram
Fases de mãe
Na mesma conversa, Camila exaltou a personalidade curiosa da filha desde pequena. “Antônia me provoca, me instiga, adoro conversar com ela, viajar, quero netos, quero ser avó e ela bebê também viajava muito. Era a bebê que topava tudo. No Marrocos com 5 anos, ficava interessadíssima nas coisas. Ir para uma cozinha qualquer quando bebê e ficava brincando com as panelas e com a textura nova e tudo ser um acontecimento na vida”, relatou.
Camila Pitanga e sua filha, Antônia Peixoto
Webert Belicio / Agnews
Ela ainda fez um paralelo de Antonia pequena como o centro da atenção e, atualmente, a relação estar diferente com a adolescência. “Para mim, foi um conforto poder ter no centro, poder ter uma rotina, poder me organizar, foi muito bom. Agora, estou vivendo uma outra etapa, esse centro não está mais tão colado em mim. Vou ter que ver de novo, vou admirar de longe, vou torcer e vou trocar da maneira como ela também me permite”.
Camila Pitanga e a filha, Antônia
Victor Chapetta/AgNews



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